Cordas

Foto de tchejoao

Alguém vai pela rua

O olhar, tão diferente,
Exclama!
Indiferente, diz que ama,
E assusta
A rua, quando passa...
Co'a boca fechada,
Colada entre os dentes,
A língua, a nota,
O acorde que faltava...
Na pauta, nas cordas,
Na vida que ela leva
Pra casa, que alegra
O mais triste fantasma...
Mas mata, enterra,
O pouco que restava
Daquilo, que o corpo,
Chamava de Tezão...
E o peito jurava
Que o nome era paixão...
E o dia entendia
Como sendo uma canção.

Foto de Homem Martinho

BEIJO LOUCO

BEIJO LOUCO

Aperto As Cordas Da Viola, Com vigor,
Quero Exprimir Meu Sentimento,
Confessar-te Todo O Meu Amor,
Dizer-te, Também, O Meu Sofrimento.

Minha Língua Fica Irrequieta,
Dá Voltas, Muitas Voltas, A cantar,
A Minha Garganta Se Me Aperta,
E Isto, Só De Pensar No Teu Olhar.

Quando, Eu, Estou A Cantar,
Sou Como Ondas Do Mar,
A Rebentarem Nesse Teu Corpo.

Se Algum Me Ouvires Cantar,
Se, Eu, Te Puder Vislumbrar,
Enviar-te-ei Um Beijo Louco.

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/03/21

Foto de Graça_da_Praia_das_Flechas

Garganta Profunda...Sou Tua !

Em meu corpo banhado de mel
Feito para ti
Tesão,amor
Sou suave cascata cristalina
Para esfriar teu imenso ardor.
Sou chama, sou o fogo que inflama
Quando clamas por mim em teu cantar
Será real esta paixão insana
Que mostras em teu sensual versejar?
Quero os teus beijos
Transbordando desejos
Sugados
De saliva banhados
Sem explicações
Revolução total
Numa transa animal.
Não me importa
Se afundarás
Neste meu rio caudaloso
Escandaloso
Voluptuoso.
Sou precipício
Peçonhenta
Cobra ciumenta.
Tenho vícios
Virtudes
Sou singular
Plural
Sem igual.
Na vadiagem
Faço tudo com malandragem
Sem pudor
Rimo loucura com amor.
Sou tango
Nas noites serpenteio
Sapateio
No ritmo da dança
Pego à lança
Vou no embalo
Do falo
No ouvido sussurro
Fico indecente
Prazer fremente
AHhh! Líquido quente.
Sou garganta profunda
Estreita
Afunda
Goza nos meios
Cria um canal
Anal
Total.
Dedos passeando
Arrebentando
Acariciando
Lambendo
Tocando
Meu violão sem cordas
Batuta em pé
Boca de jacaré
Fazendo a música pelas bordas
Beiras às estribeiras
Entra de lado
No mansinho
De frente também
No compasso vá além.
Cadenciado
Movimento regulado
Somos cifras engatadas
Acordes enigmáticos
Em odores que extasiam
Nos viciam.
Vem cá paixão
Vamos nos entregar à reação
Chegando ao cume de nosso tesão
Orgasmos explodindo
Em devaneios infindos
Somos Tsunami
Mar em erupção
Eclodindo...

Direitos Autorais Reservados ®
*** Campanha pelos Direitos Autorais
na Internet ***
NITERÓI-R.J

Foto de josecarreiro

DUETO

DUETO

Um fechar de olhos, o toque do lençol no rosto
deslocam o corpo do eixo em que se segura
há uma coreografia nos movimentos, um dueto ou
a imagem inicial de duas cordas do mesmo violoncelo
em vibração concertada. Os músculos jogam em coreografia
as sensações unificam-se e os sentimentos resultam felizes.

José Maria de Aguiar Carreiro
in MAGMA nº 3, Dezembro 2006, Lajes do Pico, Edições Atlânticas
http://sol.sapo.pt/blogs/josecarreiro/archive/2006/12/30/magma3.aspx

Foto de Sirlei Passolongo

Eu queria ser criança

Queria ser criança
Comer algodão-doce e se lambuzar
Correr pela praça sem rumo
De pega-pega brincar

Queria ser criança
Doces e pipocas no carinho da rua
Inventar história de monstros
Viver no mundo da lua

Queria ser criança
Andar descalças, pular amarelinha.
Bola queimada, pular cordas.
Passar-anel e brincar de casinha

Queria ser criança
Inocência, esperança.
Ver a vida sempre colorida
Ser simplesmente criança!

Foto de Anjinhainlove

Fico aqui

Fico olhando
A minha vida ser manipulada
Como se de uma marioneta se tratasse.
Fico olhando
Todos os que amo partir
Deixando para trás tudo por que lutaram
Numa vida.

Fico olhando
As pessoas que passam na minha vida,
Olhando impotente,
Sussurrando tantos “Adeus”
A quem antes gritava “Adoro-te”

Fico lutando
Por me integrar num mundo
Onde nada alguma vez fica igual.
Fico sentindo
Todas as emoções
Do nascimento à morte,
Da chegada à partida.

Fico olhando
Minhas palavras repetidas
Desaparecerem no infinito
Sem serem acolhidas por um coração
Por mais pequeno que seja.

Fico vivendo neste lugar
Olhando o céu,
Sussurrando palavras de dor a ouvidos surdos,
Lutando pela minha felicidade,
Enquanto tento me libertar
Das cordas da morte,
Para que assim possa sentir
A vida
Em cada pestanejar,
Em cada lágrima,
Em cada inspiração,
Em cada palavra.

Foto de joão jacinto

Mortais pecados

Olho-me ao espelho, debruado de talha,
luminosamente esculpida, dourada
e pergunto-me ao espanto das respostas,
na assumida personagem de rainha má,
quem sou, para o que dou, quem me dá.
Miro-me na volumetria das imagens,
cobertas de peles enrugadas,
vincadamente marcadas,
por exageros expressivos,
de choros entre risos,
plantados nos ansiosos ritmos do tempo.
Profundos e negros pontos,
poros de milimétricos diâmetros,
sombras cinzentas, castanhos pelos,
brancas perdidas entre cabelos,
perfil de perfeita raiz de gregos,
boca carnuda, gretada de secura,
sedenta de saudosos e sugados beijos
de línguas entrelaçadas,
lambidelas bem salivadas.

Olho fixado no meu próprio olhar,
de cor baça tristeza,
desfocando a máscara, de pálido cansaço
e não resisto ao embaraço de narciso;
sou o Deus que procurei e amei,
em cumprimento do milagre
ou o mal que de tanto me obrigrar, reneguei?
Sou o miraculoso encantador a quem me dei
ou a raposa velha, vaidosa, vestida de egoísta,
com estola de alva ovelha, falsa de altruísta?

No meu lamento, a amargura porque matei;
sangrando a vítima, trucidei-a em ranger de molares,
saboreei nas gustativas variados paladares,
viciadas no prazer da gula do instintivo porco omnívoro.

Rezo baixinho, cantarolando, beatas ladainhas
de pecador que se rouba e se perdoa,
a cem anos de encarceramento.

No aliciamento cobiçante de coxas,
pertença de quem constantemente
me enfrenta, competindo nas mesmas forças,
traindo-me na existência do meu possuir,
viradas as costas, acabamos sempre por fingir.
Entendo velhos e sábios ditados,
não os querendo surdir em consciência.
Penso de mim, a importância de mais,
que outros possam entender,
sendo comuns mortais,
minha é a inteligente
certeza do enganar e vencer.

Sadicamente bofeteio
rechonchunda face de idealista tímido,
de quem acredita e se deixa humilhar,
dá-me a outra, para também a avermelhar.

Vendo-me a infinitas e elegantes riquezas,
de luxúrias terrenas, orgias, bacantes incestuosas,
sedas, glamour, jóias preciosas,
etiquetas de marca,
marcantemente conotadas
que pavoneiam a intensa profundidade da alma.
Salvas rebuscadas, brilhantes de pesada prata,
riscadas de branco e fino pó.
Prostitui-me ao preço da mais valia,
me excita de travesti Madalena,
ter um guru para me defumar, benzer e perdoar,
sem que me caía uma pedra na cauda.

Adoro o teatro espectacular,
encenado e ensaiado em vida,
mas faço sempre de pobre amador,
sendo um resistente actor.
Escancaro a garganta para trautear,
sem saber solfejar.
Gargarejo a seiva da videira,
que me escorre pelo escapismo do meu engano,
querendo audaciosamente brilhar,
descontrolando o encarrilhar,
do instrumento das cordas da glote,
com a do instrumento pulmunar
e desafino o doce e melódico hino.

Sou no vedetismo a mediocridade,
que se desfaz com o tempo,
até ser capaz de timbrar,
sem ser pateado.

Acelero nas viagens
que caminham até mim,
fujo do lento e travo de mais.
Curvas perigosas, apertadas,
que adrenalinam a fronteira do abismo.
Fumo, bebo a mais
e converso temas banais,
por entre ondas móveis,
que me encurtam a pomposa solidão,
nada é em vão.

Tenho na dicção um tom vibrado e estudado,
de dizer bem as palavras que sinto,
mas premeditadamente minto
e digo com propósito sempre errado.
Sou mal educado, demasiado carente,
enfadonho, que ressona e grunha durante o sono.
Tenho sempre o apreçado intuito do saber,
do querer arrogantemente chamar atenção,
por me achar condignamente o melhor, um senhor,
sem noção do que é a razão e o ridículo.
Digo não, quando deveria pronunciar sim.
Teimosamente rancoroso, tolo,
alucinado, perverso, mal humorado,
vejo em tudo a maldade do pecado.
Digo não, quando deveria embelezar a afirmação.

Minto, digo e desfaço-me de propósito em negação.

Mas fiz a gloriosa descoberta do meu crescer,
tenho uma virtuosa e única qualidade;
alguém paciente gosta muito de mim.

Obrigado!

Tenho de descansar.

Foto de Zedio Alvarez

Amor calculado

Fiz um calculo exato para conquistar um amor.
Com a coragem e audácia de um condor,
Quando vai ao encontro de suas caças
Para sobreviver, mas sem dar tom de ameaças.

Nunca tive medo de cantar
Queria dedilhar as cordas do teu lindo violão.
Me iludo as vezes com o meu cancioneiro.
Será que ele estar repassando meu amor verdadeiro?

Fico preocupado com o teu futuro
Ele fica se escondendo do meu que vive a agonizar
Esperando um gesto, ou ao menos uma premissa.
Não dê brecha para me desconfiar do meu cantar.

Como professor de matemática que sou,
Calculei milimetradamente todas as suas arestas.
Foi uma conta exata que nada sobrou.
Tua baixa verticalidade se igualou
Com horizontalidade do ninho do amor.

Foto de Lmax

Hoje Maleado...

Hoje...

Estive um tempo sorumbático,
Afluxo desleal em minha mente
Companheira de um dia todo.
Maleficência em minha alma,
Maleando meus pensamentos.
Subdelírio fatal, de um moribundo.
Feliz? Triste? Mudo? Apático?
Eu, ridículo, eu!
Com raiva de ser!
Malacofono em meus dizeres,
De cordas atadas no coração.
Malacossomo como uma sanguessuga,
Tentando arrancar palavras de uma mente vazia.
Destruindo meus desejos.
Obscurecendo sonho portentoso.
Malambeiro não sou,
Mas as vezes a beira de um penhasco estou.

Foto de Lmax

Hoje...Maleado.

Hoje...

Estive um tempo sorumbático,
Afluxo desleal em minha mente
Companheira de um dia todo.
Maleficência em minha alma,
Maleando meus pensamentos.
Subdelírio fatal, de um moribundo.
Feliz? Triste? Mudo? Apático?
Eu, ridículo, eu!
Com raiva de ser!
Malacofono em meus dizeres,
De cordas atadas no coração.
Malacossomo como uma sanguessuga,
Tentando arrancar palavras de uma mente vazia.
Destruindo meus desejos.
Obscurecendo sonho portentoso.
Malambeiro não sou,
Mas as vezes a beira de um penhasco estou.

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