Cordas

Foto de Gideon

Fim de férias

Hoje toquei violino...
Ele estava empoeirado
As cordas bambas
Cavalete desalinhado...

Torto, equilibrava-se jogado
Em um sofá, meio abandonado.
O arco com a crina de cavalo
Meio enroscada estava quase envergado
Pelo peso do tempo calado...

O meu violino mudo...
Estava lá, todo este tempo
Aguardando-me, pacientemente,
O retorno de meus acalentos.

Por diversas vezes
Ensaiara despertá-lo,
Mas o tom menor de meus momentos
Adiava sempre o retorno aos treinamentos...

Os dias passando,
O compromisso aproximando-se...
E nada, nada de coragem
Para romper o silêncio musical...

Tomado por um ímpeto de vida
Aproximei-me decididamente
E arrebatei o arco desalinhado.

Puxei daqui e apertei dali..
E logo o arco rompeu a gravidade
E aprontou-se, esticado, para ser usado.

A poeira fugiu assustada,
As cravelhas emparelhadas
Rugiram aos apertos da afinação acelerada.

E logo o meu velho e fiel violino
Já estava ao meu ombro esquerdo apoiado
Harmonizando as cordas paralelas
Agora já afinadas.

Hoje toquei violino...
E de volta a vida musical
Treinei por muito tempo animado...

Foto de Graciele Gessner

Vizinho Espião. (Graciele_Gessner)

... Num dia de sol, deparei-me com a minha vizinha debruçada pelo quintal de sua casa, justamente deitada, tomando banho de sol, apenas em trajes de praia. Não me contive, e fiquei espionando-a enquanto pude, pois a minha esposa não estava em casa.

Aquele monumento de mulher repetia o banho de sol todos os dias, chamei meus amigos para compartilhar da visão única em que eu estava privilegiado. Pode acreditar, a muvuca estava feita aqui em casa. Digamos que teve uma movimentação, que poderia facilmente chamar a atenção do mais desatento da rua. Não medimos esforços para apreciar a mais bela vizinha que eu poderia ter, e compartilhar com os amigos é algo quase impossível de acontecer.

Toda manhã, meus amigos ligavam aqui em casa para se certificar que a área estava limpa e se a tal vizinha estava debruçada no quintal. Não demorava muito, a turma chegava em bando e pegavam o melhor ângulo, de preferência bem visível e ao mesmo tempo escondido.

Como homens bem-intencionados, começamos a palpitar o que a minha vizinha nos ofereceria por descuido, nos permitiria ver sem saber que estava sendo observada. Pois bem! A vizinha tudo em cima era de fato um mulherão, tinha um corpão de causar inveja em muitas mulheres, sua pele dourada pelo sol só fazia raiar a sua beleza. Até que uma manhã de quarta-feira, o inusitado acontece. Tivemos a sorte de ter uma amostra atrapalhada de seus lindos seios. Ela havia desfeito os nós das cordas do biquíni que passavam pelo pescoço, para evitar aquela marquinha frontal. Como eu e nem meus amigos esperávamos por isso, quase nos revelamos com a nossa expressão uníssona “uauuu!!!”.

No outro dia, meus amigos vieram diretos aqui em casa, já não ligavam mais, simplesmente vinham sem precisar convidar. Mas aquele dia estava realmente infernal, fazia um sol de lascar com qualquer ideia picante. Não desanimamos, pelo contrário, começamos a palpitar as possibilidades que existiam e que pudessem ocorrer. Deparamo-nos com a vizinha se mostrando vulnerável aos nossos olhos cobiçadores. Só que algo estava estranho, diferente dos outros dias. A vizinha se aproximou do muro, ela não se deitou, estava próxima da janela em que espionávamos. Para o nosso espanto ela disse:

- Oh, vizinho espião! Tenho esta marquinha... Aqui!... Será que tiro?!

Ficamos paralisados, atônitos. Digamos que perdemos a fala e sem saber onde nos esconder. Mas a pergunta que não quer calar, desde quando ela sabia da nossa espionagem? A cena que não sai das nossas mentes é o momento que ela pergunta e abaixa uma parte do biquíni de baixo, foi de ficar boquiabertos. É óbvio que adoraríamos ver, mas a minha vizinha gostosona nos privou de nossa diversão. Nunca mais tomou banho de sol ao lado da minha janela, mudou-se para o outro lado do quintal.

Restou-me uma última esperança, negociar com o meu vizinho sortudo daquele lado para vê-la... É o jeito!

25.01.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de DAVI CARTES ALVES

SOB O OLHAR PERVERSO DO AMOR

Desejar-te tanto

pele, alma, lábios

querer vestir-se com as tuas dores

querer ser balsamo

orvalho revigorante

para teus exaustos sensores

Mais eis que da tua fausta bandeja

só caem migalhas

entre cascas barrentas e amargas de aipim

encerradas num, bom dia!

Tépido e sem cor,

morno assim

Parca ração

quando a tua chuva não beija á tempos

as searas ressequidas

e o vazio das tuas mãos ausentes

a esmurrar-me já nas cordas,

impiedosamente

Resta recolher resignado

espalhados pelo carpe,

sem mais o pulsante brilho,

estilhaços de um coração de acrílico

Arde n’alma a angustia

quando não podemos reter o azul

e o crepúsculo chega vestido de lírio

pingando fogo

vazando delírio

e derramando laminas famintas

em vão

os olhos suplicarem colírio

abraça-me a sensação

de “contornos sem essências”

o de Clarice Lispector mesmo

ali bem perto do

coração estilhaçado

a sensação de a alma

o ser, a vida, o todo

sentir e arder

como a pequena e ingênua aranha

que trêmula e palpitante

encharcada de álcool e chamas vorazes

esperneia e crepita em angustiante dor

sob o olhar perverso

do moleque tirano

que se chama Amor.

by - DAVI CARTES ALVES
Acesse: poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de DAVI CARTES ALVES

SOB O OLHAR PERVERSO DO AMOR

Desejar-te tanto

pele, alma, lábios

querer vestir-se com as tuas dores

querer ser balsamo

orvalho revigorante

para teus exaustos sensores

Mais eis que da tua fausta bandeja

só caem migalhas

entre cascas barrentas e amargas de aipim

encerradas num, bom dia!

Tépido e sem cor,

morno assim

Parca ração

quando a tua chuva não beija á tempos

as searas ressequidas

e o vazio das tuas mãos ausentes

a esmurrar-me já nas cordas,

impiedosamente

Resta recolher resignado

espalhados pelo carpe,

sem mais o pulsante brilho,

estilhaços de um coração de acrílico

Arde n’alma a angustia

quando não podemos reter o azul

e o crepúsculo chega vestido de lírio

pingando fogo

vazando delírio

e derramando laminas famintas

em vão

os olhos suplicarem colírio

abraça-me a sensação

de “contornos sem essências”

o de Clarice Lispector mesmo

ali bem perto do

coração estilhaçado

a sensação de a alma

o ser, a vida, o todo

sentir e arder

como a pequena e ingênua aranha

que trêmula e palpitante

encharcada de álcool e chamas vorazes

esperneia e crepita em angustiante dor

sob o olhar perverso

do moleque tirano

que se chama Amor.

by - DAVI CARTES ALVES
Acesse: poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Elias Akhenaton

POETA - PÁSSARO DA LIBERDADE!


O poeta é um pássaro que voa
Nas asas da liberdade, rompendo
O tempo, o vento, rompendo barreiras
E preconceitos em todas às fronteiras!

Falando de todos os sentimentos
Que afloram de sua Alma poética.
Gosta de falar do sol e do azul do céu,
Do mar, do que toca ao coração!

Fala da dor, do pranto, da tristeza,
Do acalanto, da alegria e da esperança.
Fala de tudo que lhe inspira
Recitados nas cordas de uma lira!

Fala do frio, do calor, do amor, da flor
Do desejo, do beijo e do beija-flor,
Prende a atenção do leitor, fala com amor,
Com a essência que brota do seu interior!

Assim é o poeta, um pássaro livre,
Um mensageiro dos sentimentos,
Dos seus atos e da liberdade de
Expressão dos seus pensamentos!

Elias Akhenaton.

Foto de gilsanjes

TRISTÃO

Nos acordes do meu violão
Um mar de pensamentos
Recordo mil momentos
Acolheu-me a inspiração
Desbravo a lira fria
Desejando um MÍ Maior
Veio-me somente um DÓ
Pra compor esta canção

FÁ LÁ pra MÍ
Se ainda brilha um SÓL
Por detrás de um SÍ Bemol
De onde a RÉ ferida
Brinca comigo
Dedilho com sentimentos
Conheço seus fingimentos
Não dá cordas pra ninguém

Nessa pálida Harmonia
Quero mais é recordar
Que estou livre pra ficar
Dividir meu coração
Eu prometo ser fiel
Ás notas que se vão
De mãos dadas comigo
De Tristão em Tristão

Foto de LuizFalcao

"Fica em Paz"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão

Ao recolher-me, ainda forte o vazio,
Herança da ausência tua!...
Deitado, as memórias não me permitem um repouso.
E como dói essa presença que tais memórias me trazem!...Esse vazio tão cheio de saudades!...
E nos teus lugares preferidos, e em cada canto da casa, sinto-te ainda tão presente!...
Vejo passares de um cômodo ao outro nos teus afazeres diários e rotineiros,
E o cansaço que nos últimos dias, te afligia o corpo enfermo.
Vejo no rosto estampada a tua tristeza e no olhar as tuas alegrias que são os teus amores, os teus rebentos.
O Olhar teu, desvendando os segredos dos olhares nossos, decifrando-nos os sentimentos.
Das mãos tuas, o calor intenso do amor que nos aquece o coração.
Sobre as nossas cabeças, as mesmas mãos nos ungem de bênçãos,
E com orações protege-nos o teu amor, movendo o céu, o dedo de Deus ao nosso favor.
Longe, em nossa infância, vão buscar-te mais lembranças trazendo-te pelas mãos.
Novamente aos nossos ouvidos a doce voz do passado que embala o sono,
Ao mesmo tempo em que corrige os nossos erros com severas advertências.
Sinto no rosto, os peitos que naqueles dias mataram a minha fome,
Teu cheiro me faz descansar seguro.

Memórias!...
Levam-me de um lado para o outro e em segundos, tantas lembranças!
De tantos sorrisos, de muitas lágrimas, de esperanças e de força, muita força...
Quanta força em tão frágil ser!...Quanto ser em tão frágil corpo!...
O corpo... Cárcere, sofrido, doido!...Cansado de viver!...
Exausta, minha alma não descansa, e novamente vêem as lembranças.
Tão tristes... doídas...recentes! Novamente me põem diante da pedra fria.
Pedra... Aonde o teu cárcere envolto em mortalha, me fez chorar.
No desatar das amarras, descobria o corpo nú, ao qual novamente cobri com teus melhores vestidos.
Debrucei-me sobre o peito, ainda quente, do corpo pálido e inerte.
O coração em silêncio não fazia mais fluir em tuas veias a minha vida rubra.
Enquanto te olhavam os olhos meus, meu coração perguntava por ti:
Onde estavas minha vida? Para onde foras minha querida?
Onde estava o consolo de tua presença vívida?
Confuso, incrédulo da ausência tua, desesperava-me a saudade.
Saudade!... Salgada, molhada, brotada da lamina dos olhos, dói no peito, rasga a alma!
Quanta saudade se pode sentir, sem sufocar, sem morrer?
Quando enfim, com voz embargada e tremulante pronunciei a palavra adeus, ouvi em meu íntimo tua voz de criança dizendo-me:

“Não sofras...Fica feliz! Estou transpondo os portões da cidade dourada! Minha cidade amada...Meu lar! Vejo todos. Os que amo, me aguardam. Entre eles, o mais Amado! Nos braços Dele, do meu Senhor, de toda luta e dor, de toda lágrima, enfim... Descansar! Sei que sofres, pois também já senti essa dor, mas creia em mim...Tudo passa! O tempo é como a água que escorre entre os dedos e logo se vai. Há de chegar o dia em que estarás transpondo os mesmos portões e eu...Eu também estarei lá aguardando para te abraçar e tu estarás feliz assim como estou agora. Então, viva o tempo que tens da melhor maneira. Viva com intensidade cada segundo, cada momento até que chegue o nosso dia de estarmos juntos outra vez. Fica feliz! Fica em paz!”

E nesse consolo que não consola, novamente me vi chorando num misto de dor e de raiva...Tanta raiva!
E tanto amor! O amor que vinha do fundo das entranhas e que socava as vísceras até explodir na garganta um canto.
Melodias vibravam as cordas vocais e jorraram como um rio não represado, posto que os olhos secaram como a terra sem chuva.
Meu lamento era sonoro. E sonora foi toda aquela noite!
Enquanto outros velavam seus mortos, as notas sofridas fluíram alto... Muito alto na madrugada!
Meu corpo tremia levitando o meu lamento! Elevei as alturas minha dor em cânticos de amor e de saudades.
E nesse instante viajei pelo tempo. No passado distante e no recente.
E lembrei de tudo o que foi e não seria mais.
Pensei nos cantos vazios da casa. Nos olhares que estariam ausentes.
Nos sons dos sorrisos. Nas brincadeiras. Nos beijos molhados em minha face.
E na voz que sempre ouvia abençoar minhas partidas: “Deus te abençoe e te traga em paz”
Enquanto contemplava teu rosto em profundo sono, ouvi em meu espírito novamente ecoar as palavras:
“Fica em paz!”... “Fica em paz!” “Paz!...”

Estas últimas, porem marcantes lembranças, gostaria de esquecer e guardar apenas aquelas que sempre me farão sorrir, mais a vida não é toda feita de momentos felizes apenas, nem de presenças perpetuas, mais com certeza, alegres ou tristes, sempre presentes estarão as lembranças, e nelas mamãe querida, comigo sempre estarás, por onde quer que eu vá. “Te amo”

Em memória de minha mãe Maria de Lourdes Lemos Falcão.
De Luiz Antônio de Lemos Falcão. Rio 19/11/1998.

Foto de Felipe Ricardo

Compasso

Musico sem causa
Violão sem cordas
Flauta sem o teu sopro
Precusão em silencio
Nada mais que pausa
Caio em linha feitas
Naquilo que nao gosto
Onde esta este teu sol?

Mostre as chaves disso que
Amo em te amar sabemdo
Que tu amas este meu amor
Que ja nao amo mais [...]
Mostre estas tuas batidas
E assim veras minha harmonia
Sem jamais pulsar por estes
Teus lindos compassos e erros

Diga-me esta tua escala e me
Deixe brincar de ser musico
Pois minhas paixões nascem
E morrem e Sí porém por Dó
Rézares por Mí Fáças do jeito
Que o proprio Sol Lá no céu Sí
Cale perante toda esta cor mas
Não deste amor e sim da flor

Que agora em silencio te entrego
Sei que jamais será aquela nota
Que muito amei, mas qual a
Musica que nao tem compasso?

Foto de CarmenCecilia

O VALOR DA LIBERDADE

O valor da liberdade...

Busque! Antes que tardia...
Quem não quer e não anseia
Tão prazerosa e guerreira
Uma liberdade por inteira

É mais que uma procura
Quem aspira... Conquista!
Parece sinônimo de felicidade
A valiosa e genial liberdade...

É a arte que se compõe
No pulsar de nossas vidas
Nas cordas do coração
Dos que tem a alma livre

Pela igualdade e a fraternidade
Com ela foram feitas revoluções
De quem aspira e suspira por ações
Pelo ar puro o bem estar das nações

Que oxigena mentes e pulmões
E só ela pode referendar emoções
Bombear o sangue aos corações
Que nos faz sonhar e levitar

Suas diretrizes básicas a programar
Consolidar raízes e a nos fazer felizes
Ver o sol se por e depois raiar
A lua crescer e a tudo pratear...

Caminhar por ai a gritar e a cantar
Sem saber para onde ir... Só passear
Simplesmente ao prazer de espairecer
De ir e vir... Partir... Renascer

Sem lenço... Mesmo aos tropeços
Sem adereços, fins e começos
Sem referências ou endereços
Só rir, chorar, falar, calar e amar...

Ficar à mercê de todas as veleidades...
Sem se preocupar e nem pestanejar!
Vadiar em prazeres nada comedidos...
Nem arrependidos ou mesmo impedidos

Mas decidido às aventuras e venturas
Andarilho que segue ao léu... Sem véu...
Com a bússola das paixões momentâneas...
Estonteantes, instantâneas... Espontâneas...

Que a tudo cura mesmo em noites escuras
Com a alma nas escutas afinada às labutas
Essa é uma luta melodiosa e gloriosa
Ah! Esse sonho alado e acalantado

Pela força e a magia do teu brado!
Parece até um conto qualquer de fadas
Essa liberdade paralela a nossa vontade
Onde procuramos a nossa verdade!

Dueto: Carmen Cecília & Hildebrando Menezes

Foto de sofiaclarisse

Tu

E se...

Não tivesses cordas
nem pássaros a afogar-se
nos teus olhos.

Não fosses triste
e dissesses que não sabes.

Não mentisses ao dizer que sabes tudo,
não mentisses ao dizer que gostas muito de ti,
não mentisses ao dizer que és feliz,
não mentisses ao dizeres que és completo.

Ficavas tão bem
vestido de ti,
cheio de constância e de verdade.

E se...

Então te voltasses para mim,
me estendesses a mão sem tremer
e pousasses para sempre esse olhar no meu
e me transportasses contigo para o reino da verdade?
E fôssemos ser felizes,
bem longe do que não sabes o que dizes?

Clarisse

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