Corpo

Foto de pétala rosa

LENTAMENTE

LENTAMENTE

Lentamente me desnudas a alma, o corpo, depois
de suspiros e pensamentos dentro da
Tua pele.
Grito, e chamo-te em gemidos no roçar do meu calor
e dos teus lábios que fervem
dentro de mim.
Desvairado, soltaste nos lençóis deslizando
Nesta paixão e deitaste em mim num sono quente.

Escorre nos meus lábios o teu corpo.

Descobri que és meu, ou foste ontem, mas as tuas mãos fazem-me
Frio na barriga e lembro-me que sou tua.
Deixo-me levar neste encontro de olhares e na aceitação divina
Dos orgasmos vividos e sentidos na mais
Pura das delicias.
Beija-me sem convite ou hora marcada.
Abraça-me simplesmente sem explicação, e escorrega
os teus dedos dentro de mim.
Arrasta-me ao sol-pôr, nos contornos do meu rosto
e descobre o desejo dentro das delicias que
Ontem guardei para ti.

Bebe de mim o que resta dum abraço.

Lentamente
Somos poesia na madrugada
Somos cheiro a pele
Somos segredos
Somos paixão
Somos o luar dentro das estrelas...

À noite, quando as estrelas despertam a saudade
escuta a minha voz, semeando rosas
no teu olhar, e...guarda o meu sorriso
Na tua alma...

Amália LOPES
Setº 2007

Foto de Sandra Ferreira

Meia-lua...

Meia-lua
Infinito céu
Acumulado de névoas
Desaparece e volta
Num vai e vem
Contagiante, hipnotizante
Não tiro os olhos dela
Meia-lua
Pensamentos vagueiam
Solitária cama
Estendida sobre os lençóis
Deslumbro a noite
Cortinas por correr
Quero adormecer
Contemplando a meia-lua
Relembrando teus braços
Circundando meu corpo
Protegida, querida
Atraída
Com palavras e afectos
Adormecer
Vou adormecer
Com o desejo
Que o meu querido
A esteja a contemplar
Pelo menos
Nesta noite
Nossos olhares
Estarão unidos.

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Foto de Dirceu Marcelino

VOLÚPIA II - DUETO - En sonidos Guitarras Galegas ( El Zhivago ) -

*
* El Zhivago -
*
Marisa Dinis & Dirceu Marcelino

* * *

"...Guitarras em seus lamentos insistentes
Enfeitiçando-me em sua uma doce melodia,
Meu corpo dividido entre seu fogo ardente
E teus olhos em mim, criando uma sinfonia.

Olho para o horizonte, nessa final despedida
Que me libertará do vento que tanto soprou,
Na nua bohemia que preencheu a minha vida
E as felicidades e tristezas que o vento levou.

Olho para ti meu destino, aí deitado na cama
E nada mais belo que este simples momento
Donde meu olhar reconhece nos teus olhos
A única razão do meu ser: esse nosso amor..."(Marisa Dinis)

***

Se for nosso destino amor te darei,
Minha vida, na palma da sua mão,
Entregarei. Se fores quem procurei
Fonte inesgotável de minha inspiração.

“Tu... Aquela com que sempre sonhei”,
Musa que deslumbra meu coração
Não sei como, mas sempre te amarei,
Pois te vejo com imensa devoção,

Desde o dia quando eu te olhei,
Transmiti-te toda minha emoção
E de ti eternamente me enamorei.

O laço cego de nossa paixão,
Só com mui beijos eu desatarei,
Eis ataste com mil fios nosso coração. ( Dirceu Marcelino )

Foto de Henrique Fernandes

ANATOMIA LEIGA DE MORTAL

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.
.

Seco o corpo do banho de solidão
Onde me afogo na inércia
Outrora sorriso de uma emoção
E desejos num tear de peripécia

Galgo silencioso o inóspito
Em demanda pelas constelações
Sem terminar o meu propósito
Na sela de um cavalo de emoções

Colho a hora de um tempo inexistente
Nesta anatomia leiga de mortal
Semeio no olhar meu lado experiente
E mergulho turvo numa paixão

Atravesso o oásis da inteligência
Por areias movediças da escolha
E sopro a verdade sobre a existência
Coleccionando sonhos numa garrafa sem rolha

Foto de Raiblue

Inv(f)ernais...

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Sempre gostei do inverno, seu hálito de mofo e cheiro de sombras frescas com as quais adorava brincar de adivinhar o que havia por trás delas. O mistério das coisas sombrias me fascinava!Talvez existisse em mim um lado desconhecido, submerso em águas profundas do meu ser inquieto e inconstante.
Alguma coisa acontecia, quando chegava o frio, era como se rompesse a placenta naquele momento e eu nascesse ali, naquele instante, ele era aquecedor para as geleiras da minha mente,irrigava mais intensamente o sangue que parecia parado nas demais estações,as mãos formigavam como se começassem a existir a partir dali...
Finalmente, resolvi sair de casa, estava ansiosa por rondar a cidade à noite, após meses de silêncio quase fúnebre. Foi quando,de repente,o avistei,atravessamos o mesmo caminho.Destinos cruzados?Almas gêmeas ou corpos desesperados ,ansiando carne...? Seu olhar parecia perfurar meu corpo, um punhal rasgando impiedosamente meu coração há muito tempo enclausurado nos porões da alma.Cada um seguiu seu caminho,retornei para casa com uma estranha sensação,estava ardendo,tudo em mim era só chama vermelha, incandescente...,.tudo era só desejo....uma vontade de devorar aquele desconhecido,e,quando pensei nisso,senti um gosto diferente na boca, um cheiro forte impregnava em todo meu quarto,era dele,eu sei,eu reconheci,ficou no ar,ficou em mim...
Acendi velas brancas, coloquei lençóis vermelhos na cama,e me deitei,completamente nua,cheirava apenas à carne crua...fresca...estava ali pronta para ele,num ritual apocalíptico,iria exterminar a solidão. Em meio às sombras da noite, entreguei-me àquele desconhecido, senti seus dentes em minha carne como se quisesse mastigar-me em pedacinhos e aquilo deixou-me louca!De repente, um gosto de sangue na boca e um orgasmo misturado à dor da carne arrancada por suas presas afiadas, prazer infernal!!Despertei gritando!Um misto de sensações me tomava, passei a mão no pescoço, procurei o sangue jorrado ou alguma marca, mas só havia suor, quente,cheirando à coisa antiga,um incenso talvez...As contrações no meu corpo continuaram por um certo tempo,meu sexo estava vivo e explodindo...Como poderia tudo ter sido apenas um sonho?
Levantei absorvida pelo tédio dos dias sempre iguais. O sonho trouxera o gosto amargo da decepção, ao acordar.Continuava sozinha, na minha escuridão de sempre.Antes, ela não me incomodava,mas agora era dilacerante,deixava-me angustiada e faminta...uma fome esquisita que nenhum alimento saciava...
Na noite seguinte, tornei sair, porém,dessa vez,parecia determinada a encontrar algo ou alguém específico,alguma coisa me impulsionava e me atraia de forma irresistível...morte! Essa palavra se repetia em minha mente como um mantra mórbido,eu sei,mas de salvação,eu adorava seu eco, engraçado, ela tinha um sentido diferente...,de vida...,de algo que pulsava,vibrava...
Entrei num botequim situado na esquina de um beco chamado Beco dos Imortais, cada bar tinha um nome de um célebre imortal, escolhi o Bar do Baudelaire,pois estava bem baudelaireana naquela noite,até cairia bem um vampiro...Algo me puxava para lá,farejava qualquer coisa indefinida,começava a sentir aquele gosto na boca novamente...aquele do sonho,e aumentava a minha fome...
Entrei, sentei, não vi nada no cardápio que me agradasse, contudo, na mesa em frente à minha, vi um homem de olhar fulminante a me fitar insistentemente.E, de repente,misteriosamente,vi-me sentada ao seu lado.Ele era de poucas palavras,mas despertava cada vez mais minha fome com seu olhar de serpente, seu veneno era apetitoso...Acho que estava obcecada,tarada ,depois de tanto tempo em reclusão,precisava urgentemente de uma noite orgástica!Então veio o convite tão desejado... e eu aceitei de imediato,é claro!Quando saíamos do bar, ele me abraçou subitamente, um abraço quente, de arrepiar cada poro da pele.Ao abrir os olhos,mirei um espelho que ficava bem na minha direção,para minha grande surpresa,só havia uma pessoa refletida...
Enquanto ele me apertava contra seu corpo, e o seu sangue parecia se concentrar todo no seu sexo,minha boca sentia intensamente aquele gosto daquele dia...estava muito gelada e tonta ,talvez de desejo,não sei,só sei que necessitava de algo quente urgentemente, e ele estava ali,eu podia deixá-lo ir,mas foi inevitável o beijo...a mordida...,ele precisava morrer para que eu sobrevivesse...

(Raiblue)

Foto de Bruna matias

TE DESEJAR

NOS DIAS EM QUE ACORDAMOS
E NOS DEPARAMOS COM UM COMPLETO NADA,
PERMITINDO QUE SUA IMAGEM
TOME CONTA DO AMBIENTE,
COM SEU JEITO MAIS ENVOLVENTE
DEMOSTRANDO O QUE SEU INTERIOR TANTO PEDE...

E COM UM DESEJO INCONTROLÁVEL
DESVENDA EM MEUS OLHOS
QUE SEU DESEJO TAMBÉM É MEU.

E ASSIM COM DELICADEZA
ME AMPARA EM SEUS BRAÇOS,
E ME PROMETE AMAR COMO JAMAIS AMOU...

A NOITE CORRE DEVAGAR...
E ASSIM COM ELA,
NOSSO AMOR...

OS ESPAÇOS EM NOSSA VOLTA SÃO POUCOS...
AS HORAS SÃO CURTAS...
AS CARICIAS SÃO MUITAS...

E O MUNDO LA FORA,
JÁ NÃO NOS PERTENCE.

E É COM UM SIMPLES PENSAMENTO
QUE ACORDO DE MANHA,
SENTINDO SEU CHEIRO.
TE SINTO POR TODAS AS PARTES,
PRINCIPALMENTE EM MEU CORPO...

POIS TUDO NÃO PASSOU DE UM SONHO.
COM A MAIS REPLETA LOUCURA,
DE TE POSSUIR EM MEUS BRAÇOS...
QUE DURANTE DIAS,
SONHO POR TE DESEJAR...

E PARA TODO SEMPRE LHE AMAR...

TODOS OS DIAS INTENSAMENTE...

Foto de Henrique Fernandes

LAMAÇAL DE PAIXÕES PERDIDAS

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.
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É permanente a voz solta no meu escuro
Um vulto invoca o amor que desconheço
O destino contra a vontade deixa de ser puro
Acorrentando-me aos desejos que confesso

O silêncio é um pântano de ansiedade
Um lamaçal de paixões perdidas
Adormecido no pesadelo da realidade
Deambulo sonâmbulo em fantasias ardidas

O luar mancha de vida o meu peito
A madrugada é carimbo de que existo
Colecciono estrelas que iluminem meu leito
Rebolando-me sobre espinhos não desisto

Uma lágrima aplaude a minha emoção
Um arrepio na pele indica-me o caminho
No labirinto que separa o corpo do coração
Enquanto perseguir o sonho não estarei sozinho

Foto de Mentiroso Compulsivo

FELICIDADE (Carta a Pessoa Amiga)

Custa muito dizer sim, quando tudo em nós grita “não”. Mas, mesmo com custo, a nossa vida tem que ser um sim. Há duas atitudes que temos que evitar; a ignorância ou a ilusão dos problemas que surgem todos os dias a nós e aos outros, convencidos de que tudo corre bem… e o desânimo e a tentação de desespero, convencidos que não há nada a fazer, de que tudo está perdido….

Não procures ser aquilo que não podes ser. O jardineiro não transforma um cravo numa rosa. Enquanto ser livre, és responsável por ti, terás que te assumir como és, ou antes, terás que ser o melhor de ti mesmo, com tudo de bom e de mau que faça parte de ti.

O Homem aspira à “felicidade”. Mas, infelizmente, não sabe ao certo no que ela consiste, nem quais são os meios que lhe permitiriam alcançar de modo infalível esta condição de bem-estar “total”, de que tem uma vaga intuição, mas não uma ideia precisa. O Homem parece condenado a sonhar com ela, sem ser capaz de a definir claramente.

Saint-Exupéry em Citadelle dizia:

“Há pessoas que desejam a solidão, onde se exaltam, outras necessitam da balbúrdia das festas para se exaltar, outras ainda devem as suas alegrias à meditação das ciências (…), assim como as há que encontram a sua alegria em Deus (…). Se eu quisesse parafrasear a felicidade, talvez dissesse que para o ferreiro é forjar, para o marinheiro, navegar, para o rico enriquecer, e deste modo nada diria que te ensinasse alguma coisa. E, aliás, algumas vezes a felicidade seria para o rico navegar, para o ferreiro enriquecer e para o marinheiro não fazer nada. Assim foge esse fantasma sem entranhas que debalde tu pretendias captar.”

A felicidade, como vez, não é, exactamente, um “objecto” perceptível que se possa conquistar.

Talvez mais importante que aspirar a felicidade, com significado pouco claro, será a serenidade, a descontracção, um estado de alma caracterizado, se não sempre pelo contentamento, pelo menos por uma grande calma interior. Tu inspiraste-me ter essa calma interior, então, faz-me o favor de não a perderes.

Pascal disse:

“O único futuro é o nosso fim. Assim jamais vivemos, mas esperamos viver, e, dispondo-nos sempre a ser feliz, é inevitável que nunca o seremos”

Quase todos nós esperamos por grandes momentos no futuro, procuramos e investimos na tentativa de encontrarmos, um dia, o que nos irá fazer feliz, investimos na nossa felicidade de vermos realizados os nossos sonhos amanhã. E, enquanto ficamos à espera de ser feliz amanhã, estaremos ainda mais longe de o ser. Alguém, um dia, disse algo assim parecido: O homem torna-se velho demasiadamente cedo e sábio demasiadamente tarde, precisamente já quando não há tempo.

É uma questão de inverter o sentido da corrente do pensamento, em vez de pensarmos no futuro, de sonhar com ele ou de o recear, construímo-lo no presente.

Não basta tão-somente não situar a nossa felicidade na realização futura de algo, de sonhos, o que adia incessantemente o momento em que se poderá ser feliz. Também não é por nem sempre certos obstáculos, tidos como irremediáveis ou definitivos, obstruírem o nosso amanhã e nos impedirem de tomar consciência de que a serenidade ainda está, apesar de tudo, ao nosso alcance. É necessário, acima de tudo, algo que não captamos nitidamente, em virtude do próprio quadro social que nos é imposto pela sociedade na nossa vida quotidiana em todos os níveis, desde o profissional ao familiar: é a perda de relações directas com a natureza, com as pequenas coisas da vida.

Quase sempre esquecemos os pequenos momentos, as pequenas coisas do presente que passam por nós, que olhamos, que sentimos, mas que, por serem pequenas, simplesmente as ignoramos.

Sabes que pequenas coisas são estas? Que esperas? Tu tens estas pequenas coisas. Tu tens alma de poeta, ter alma de poeta é um dos segredos da felicidade. Tu tens um sorriso e um sentido de humor que modifica qualquer alma triste.

Basta um olhar, nunca desperdices um olhar, deixa fitar teus olhos por um olhar penetrante (especialmente de for de um rapaz de 1m80, simpático e bonito) que te transmita confiança e sensualidade, nem que dure breves instantes, vive esse olhar intensamente. Vive o olhar de uma criança que te olha com admiração, querendo explorar os mistérios das tuas expressões, como brinquedos nas suas mãos se tratassem.

Não deixes de sentir um perfume, uma flor, olha o mar, perde-te no horizonte, admira a lua, as estrelas. Sente a chuva, o sol a sombra e o luar… Vais ver que esse teu olhar vai além do horizonte que limita geralmente a nossa vista. Deixa o pensamento viajar e contempla tudo o que gostes e queres e verás que o teu corpo e a tua mente se sentirão bem. Admiráveis surpresas surgirão…

Admira um filme com os amigos, um jantar e sorri como sabes sorrir…

Devemos olhar os nossos desejos, os nossos sentimentos, não como fontes de ilusões, nem como impulsos que instigam a fugir ao presente para sonhar com um futuro melhor, visto haver risco de que ele nos faça esquecer de vivermos verdadeiramente, ou seja trocando, um pequeno momento uma pequena coisa do presente, sempre ao nosso alcance, por belos sonhos, que nunca chegaremos a saber se um dia os alcançaremos. Vive as aventuras, não importa quais, com quem ou com quê, nem como, apenas vive-as, se elas te aparecerem no presente.

Estas coisas que nos pertencem ao nosso meio habitual, aparecerem sob um novo aspecto, como lavadas da sua monotonia, que até objectos, pessoas ou coisas, renascerão sob uma nova forma de vida, como uma natureza-morta, como a cadeira ou os sapatos, pintados por Van Gohg, que parecem transparecer vida.

No fundo é só e simplesmente dar uma outra dimensão à vida. Toda a realidade pode adquirir uma profundidade que a une, pouco a pouco, o verdadeiro sentido de viver, ao conjunto das coisas da natureza, do universo.

Tu já tens o que é de mais importante na vida, uma filha. Vou-te contar o meu segredo. Não interessa o que temos materialmente, quanto tempo vamos aqui estar e a onde estamos, apenas interessa saber aquilo que são os sinais da vida, a lua, as estrelas, a chuva, a criança, o mar, o céu e o sol, uma flor, etc… Um dia em que a tua filha perceba tudo isto, e os filhos da tua filha e assim sucessivamente, ficarás eterna para sempre, porque eles irão olhar sempre a lua e as estrelas como tu um dia olhaste, vão sentir a chuva como sentiste, o céu e o mar como admiraste, cheirar o perfume da flor como cheiraste. Percebes agora porque as pequenas coisas são importantes e porque o pequeno nem sempre é necessariamente pequeno.

Elas podem ser vividas por ti só ou em conjunto com outras pessoas (não interessa quem, pode ser a tua filha, o teu marido, um admirador, um amigo, etc), desde de que tu sintas que está a viver o momento (seja ele qual for - até pode ser uma “queca”- smile), nem que seja por breves momentos que podem durar segundos, minutos dias, anos…e o resto, o resto é treta.

Eu até concordei com o António Variações*, que dizia: - Só estou bem a onde eu não estou e eu só quero ir a onde eu não vou. Mas agora nem pensar, temos que sentir que a onde estamos é a onde queremos estar e a onde vamos é a onde queremos ir, só assim poderemos acreditar que não estamos aqui para nada e que não procuramos a felicidade, porque estamos serenos com a vida, não queremos nada diferente, apenas e simplesmente aqueles pequenos sinais da vida. Se eles duram breves instantes ou anos, que importa, a vida vista assim, não faz parte do tempo, é vivida sempre eternamente.

Com Amizade
Jorge

*Cantor português, muito conhecido, cujo vida artística foi muito curta devido ao facto de ter falecido novo.

Foto de Henrique Fernandes

ACOLHO A TUA PESSOA

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Sirvo-me da profundeza vaidosa
Na face madura e presunçosa
Do amor que há em mim sem falsidade
Num gesto de simplicidade
Na quentura de um enlaço á toa
Acolhedor à tua pessoa
Sem ser mão na mão é de alma
Expondo-me ao teu juízo de calma
Entranhado no meu ser verdadeiro
De corpo e mente num inteiro
Desejo que conquista a saudade
Na autentica alegria e vontade
Que me percorre o pensamento
Entre súplicas que chegam no vento
Como um poema comprometido
Escrito não lido mas sentido
No meu chegar a ti com vaidade
Desaguando na tua verdade
Sublimo com fervor
Sem saber lidar com o amor
Desta extravagância que é sentir
Um índice de sensações a florir
Personalidade que sai do obscuro
Na lida com o amor no seu puro

Foto de Miraene

Poema e Vida [A tristeza de Ser]

Os meus poemas já manjados
São um completo francasso
Eu já não ligo pro que sinto ou o que sentirei.

Minhas histórias, na memória
São a vida lá de fora
Que nunca vi, nem conhecerei

Meus passos perdidos, meu corpo ferido
Minha lágrima suja de sangue
Em nenhum instante posso sorrir

Meu pensamento bem longe
Voa a todo instante
Fugindo de mim

Minha alma arrancada
Minhas mãos inchadas
Meio dia faz frio

Meu sonho, um sonho
Minha vida, uma mentira
Meu caminho, jamais o fiz...

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