Corpo

Foto de Carmen Lúcia

Passou

Passou feito canção,
Sem deixar rastros,nem marcas,
Só o som de melodia
Da mais doce sinfonia.

Passou feito um sussurro,
Um murmúrio de riacho,
Calmo,carregando a lua,
Refletida em seus braços.

Passou feito uma brisa
Como carícia em meu corpo,
Leve,soprou meus cabelos,
Secou o suor de meu rosto.

Passou feito o raiozinho,
Último do sol poente,
Que não aquece...Ilumina!
Deixando a alma reluzente.

Passou feito uma pluma
Tocada pelo vento,
Rodopiou com leveza,
Tendo que ir,não querendo.

Passou deixando poeira
Tal qual estrela cadente,
De um brilho real,surreal,
Espetáculo comovente.

Passou deixando poesia
Seu lirismo e fantasia,
Sem pressentir que passava,
Falou-se em harmonia.

Passou deixando no ar
Perfume da mais pura essência,
Quem o sentiu,reviveu
O seu tempo de inocência.

Passou percorrendo o mundo
Pedindo socorro e guarida,
Muitos nem viram que era...
O Amor...Simbologia da Vida!
Passou...

Foto de Atevag

A complexidade da pureza …

Cada vez que estou só contigo e fecho os olhos…
Abstraio-me de tudo e a tesão invade-me o corpo,
A descendência animal de homem não me fala… Grita!!
Cada toque passa a ser um toque e não mais um, cada beijo nos faz gemer um pouco embora de forma controlada, até que, a roupa deixa de fazer parte de nós e a simplicidade do corpo é tão simples para nós quanto alterada a sua forma…
Espero cada momento nosso como único,
Sinto-os como puros, simples e tão complexos…
A continuação já não é pensada mas reduzida á naturalidade do momento,
Colo-me a ti e encontro-me num só, não de filme mas de sentimento…
Sinto a vontade de te acarinhar no momento em que o meu corpo se sente preso e jamais se quer soltar…
O meu corpo pede-me mais, mais e mais… até que a prisão que tanto desejava se torna em liberdade e ai, a parte animalesca ouve-se então de dentro para fora quando antes insistia comigo no contrário…
Espero cada momento nosso como único,
Sinto-os como puros, simples e tão complexos…

Ibag

Foto de Cesare

Mãe

Obrigado, mãe, por tudo que você me ensinou!

A ser alegre, mesmo nas situações difíceis.
A respeitar aos outros e ser respeitado.
A ser independente, mesmo ainda criança.
A ajudar ao próximo, sem ver classe social ou raça.
A cuidar dos idosos com carinho e respeito.
A defender as minorias, quando estas são atacadas.
A sempre falar em tom baixo, mesmo nas inevitáveis discussões.
A ser educado e cumpridor dos deveres.
A saber o momento de calar ou não nas situações da vida.
A cuidar de nossa educação escolar, ensinando o que sabia.
A apreciar música, tendo sempre uma para cada momento.
A lutar pelo que se quer na vida e não desistir mesmo nas dificuldades.
A amar meu pai e se dedicar a ele de corpo e alma.
A ter me mostrado que a vida é para ser vivida com intensidade!!!

Esta homenagem do Dia das Mães dedico a Você, ELAINE, que, apesar de mais nova que eu, muito me ensinou em vida e ainda ensina, quando lembro dos momentos que juntos passamos. Você que, além de irmã, foi para mim uma amiga e conselheira. Uma verdadeira mãe que, mesmo mais nova, ensinou muitas coisas, principalmente ao menino que existe dentro de mim...

Obrigado!!!

-----------------------------------------------------------
(*) Minha irmã Elaine faleceu em 2002, nos Estados Unidos, vítima de remédio para emagrecer, deixando três lindos filhos (Mariana, Alexandre e Bruna), meus sobrinhos que amo e a quem também dedico esta homenagem.

Foto de cathy correia

Distante...

Vi-te e apercebi-te profissional
Como só alguém
Que vive de corpo e alma o seria.
Que mistérios esconderás
Por trás dessa dessa fingida frieza?
Quem ousou ferir-te de morte?
Quem apagou do teu coração
A palavra Amor?
És belo como um deus
Porém carregas essa beleza
Como se ela fosse uma maldição!
És um romântico
Que ainda sonha
Com Belas Adormecidas,
Com Gatas Borralheiras,
Com contos de encantar.
Algum dia
Em algum lugar
Encontrarás a tua cara metade
E aí sim...
Vais desabrochar...
Como uma túlipa
Que abre as suas pétalas
Aos primeiros raios de sol...
E nos teus olhos
O Amor já não será
Miragem inantingível...!

Foto de yurirbraz

Maldita Princesa Cadáver

Maldita Princesa Cadáver

Yuri Rodrigues

Morta, gelada neste caixão,

Linda como as rosas que a enfeitam,

E eu aqui, apodrecendo em vida

Com o amor que fez nascer e mim.

Maldita! Mesmo defunta, me atormenta,

Quero os seus lábios gelados

Esquentando os meus com a paixão eterna.

Não pude resistir aos seus encantos

E olhe onde eu parei

Definhando-me de amor

Por uma bela princesa

Que adormece no vale dos mortos.

Eu te amo... E te odeio!

Quero que feneça nas trevas

E sinta o amargo da escuridão.

Viva no meu mundo.

Maldita princesa cadáver!

Por que quis que me apaixonasse por você

Se não tinha intenção de me amar?

Maldita! Eu ainda te amo!

Plantarei ao lado de seu túmulo,

Uma rosa, vermelha como o sangue,

Que jamais morrerá.

Será o meu espírito,

Velando-te nas noites que se findarão,

Admirando o seu corpo em decomposição

E te odiando...

Por que fizestes por ti, me apaixonar.

Maldição!

Eu ainda a amo.

Durma em paz, bela princesa cadáver...

Eu a encontrarei nas trevas,

De onde eu nunca deveria ter saído.

Foto de Lady B-Neka

Secretamente no mundo...

O teu abraço é o único que me consola,
Mesmo quando não preciso de consolo algum…
É no teu olhar que me amarro
Enquanto nas tuas mãos me acorrento…
Só o calor do teu corpo me aquece
Quando um qualquer frio me derruba…
É na tua mão que acendo paixões
E é no teu beijo que estrelas ardem incessantemente…
És o único que controla o universo num gesto
E o único a ter lugar no meu mundo
Mesmo sem teres a chave…
És simplesmente o único dos únicos,
O maior dos maiores, o sonho dos sonhos…
É em ti que deposito esperanças,
E é na minha mão que colocas
O olhar, o calor, o beijo, o sonho,
Que comigo nunca morrerá, sem antes passar
Do sonho para um lugar no mundo
Que secretamente formámos os dois…

Foto de Atevag

... de ti

Longe de ti o meu sentimento chora, longe de ti o meu corpo chama-te, longe de ti o meu dormir não sonha e o meu sonho não passa disso mesmo... Longe de ti? Por vezes até penso que te tenho sempre ao meu lado, sempre presente! Sim!! Tenho uma mente que sente e me mente.
P´ra sempre...de ti.

Foto de cathy correia

Encontro

Voltei a encontrar-te
No meu mundo de sonho.
Presença constante nas ruas onde passo
E de novo recebi o sol e a alegria.
Voltaram a colorir a minha vida tão cinzenta...
Sem graça!
Voltei a encontrar-te
E a ouvir de novo
A música da tua voz
E a enfeitar as meninas dos meus olhos
Com o teu corpo...
Viril...
Sedutor...!
Voltei a encontrar-te
E fiz das minhas madrugadas
Uma festa dos sentidos.

Foto de jairokour

Beijo Para Flor

Ela não me saía da cabeça. Se entranhara tanto em mim que por mais que eu tentasse, não conseguia tirá-la de meus pensamentos.
Sonhava com ela, imaginava milhares de situações, sentia uma vontade louca de ouvir sua voz, ver seu sorriso, estar junto dela, tocá-la, sentir sua pele.
Eu me controlava, mas era evidente que eu a queria demais, que morria de tesão por ela. Apesar de tudo que vivêramos, tinha dúvidas se ainda era correspondido, mantinha-me então discreto e evitava avançar o sinal.
Certo dia por um motivo qualquer, estive em sua casa. Na hora de ir embora, ficamos conversando no portão. Estávamos sozinhos. Ao despedir-me, beijei-lhe o rosto como de costume. Segurava sua mão e senti que ela apertou a minha retendo-a na sua, como se não quisesse que eu fosse. Isso me deu coragem. Puxei-a para dentro e fechando o portão, venci a timidez inicial e toquei seus lábios com os meus. Um lampejo de resistência e espanto apareceu em seu olhar, que logo foi substituído por um brilho intenso e senti sua boca macia pressionando a minha, correspondendo e provocando em mim imediata reação, excitando-me, deixando meus sentidos à flor da pele.
Perdi o medo e com minha boca colada à dela, envolvemo-nos num beijo intenso, quente, úmido, cheio de lascívia e paixão. Adorava a pressão de seus lábios contra os meus, enquanto nossas línguas se encontravam e se enroscavam, lutando frenéticas, procurando cada uma absorver da outra toda carga de luxúria reprimida em nós até aquele momento, buscando desvendar nossos segredos, revelando os mistérios de nossos corações, fazendo aflorar todo desejo contido, enclausurado.
Ah, o beijo. Mais que o sexo, o beijo é a demonstração e a procura dos anseios mais recônditos. É a entrega perfeita, sincera. O sexo é instinto animal, o beijo é o desnudar da alma. O sexo é o prato que nos sacia a fome, o beijo é o alimento que nos revigora a alma. Mostramos no beijo todos os nossos sentimentos. O sexo é gozo efêmero, rápido, o beijo, gozo eterno. O beijo faz o sexo e é o sexo. Sexo é físico, beijo é alma. Revelamos nele toda a nossa fragilidade frente aos sentimentos que nos assolam e toda nossa força criada pela paixão. O beijo agasalha nosso frio, livra-nos de nossas amarras, liberta-nos de nossas vergonhas, estimula nossas emoções e provoca o toque. E o toque, num círculo vicioso, excita o beijo. Mais uma vez eu tomava consciência do porque as cortesãs oferecem o sexo e recusam o beijo. Sexo pode existir entre corpos desconhecidos, beijo verdadeiro e sincero, só entre corações que se querem.
Ao beijá-la sentia meu sangue fervilhar, minha pulsação disparar e todas as minhas sensações concentrarem-se em nossas bocas. Meu coração almejava querer e ser querido. O contato de seus lábios com os meus variavam de intensidade conforme o fluir das emoções, ora suave feito brisa de outono, provocando leves arrepios, ora intempestivo como furacão, provocando tremor, nos deixando ofegantes. Nossas línguas viajavam de encontro ao céu de nossas bocas, acariciavam-se, descobriam-se e completavam-se. Ao comando do beijo nossas mãos nos procuravam, respondendo com afagos de amor. Nossos corpos se entregavam ao contato da paixão e à chama do desejo que se avolumava e se intensificava.
Afastei-me, tomei fôlego e segurando suas mãos a conduzi para dentro de casa, procurando um lugar mais confortável.
Sentados no sofá, Flor, procurando a minha, ofereceu-me novamente sua boca sôfrega. Aceitei-a, ávido de mais carinhos e beijei-a arrebatadamente como sempre desejei, como sempre sonhei. Guiado pelo desejo fiz com que minha boca percorresse seu pescoço, seu colo, sua orelha. Pousasse em sua nuca beijando-a suavemente, provocando suspiros e arrepios de excitação. Minhas mãos descobriam seu corpo em suaves, mas decididos toques. Ela retribuía beijando meus olhos, mordiscando meu queixo, meu pescoço, acariciando meu rosto. Voltava, procurando o agasalho de minha boca, o abraço da minha língua. Prendia meu lábio inferior entre os seus, mordia levemente e deixava sua língua tatear pelos cantos de minha boca provocando-me e levando-me ao paraíso. Por cima do tecido de sua blusa, meus dedos atrevidos encontraram seu mamilo rígido e minha mão apertou suavemente seu seio, arrancando dela um gemido de prazer. Procurei os botões e a soltei. Deixando minha boca deslizar ao encontro daqueles mamilos maravilhosos, rodeei-os com minha língua, sugando-os delicadamente, depositando neles beijos úmidos e calorosos. Flor contorcia-se de excitação. Encorajado por suas reações tirei completamente sua roupa. Contemplei extasiado aquele corpo celeste. Ah, como descrever aquela visão de beleza exuberante? Ela nua, recostada no sofá, olhos semicerrados esperando ansiosa pelo meu próximo toque, adivinhando meu próximo beijo, se oferecendo, se entregando inteiramente a mim.
Decidi naquele instante que meu prazer, meu gozo, seria o dela. Resoluto distribui delicada e demoradamente centenas de beijos em seu colo, em seu ventre maravilhoso e, ousado, explorador, percorri seu corpo com minha boca, beijando, lambendo, sentindo a suavidade e o sabor de sua pele. Voltei aos seios, refiz o caminho de sua boca, mordisquei a pele de seu ombro, beijei seus pés. Partindo da parte de trás dos joelhos deslizei a ponta da língua alternadamente pelo interior de suas pernas, e subindo, guiado pelos seus murmúrios de aprovação, aproximei-me atrevido e pousei meus lábios nas pétalas macias daquela flor maravilhosa, sentindo sua suavidade, seu sabor divino, néctar propagado dos deuses. Deliciado, entre seus tremores e gemidos ouvia os murmurantes sinais inequívocos de seu delírio, que me orientavam e conduziam: “assim..., mais..., continue...”.
Beijava-a agora com a delicadeza do amor mesclada com a fúria da paixão. Flor respondia com movimentos ondulantes de seus quadris, suas pernas pressionando minha cabeça, fundindo-nos no mais íntimo contato. Minha boca e minha língua, como se estivessem em um parque de diversões, beijavam e brincavam loucamente, saltitando de um ponto a outro, alimentando seu prazer, amplificando seus sons, tonificando suas sensações. Estendi os braços e toquei novamente seus seios, brincando com seus mamilos, navegando por suas curvas, escalando suas colinas. Busquei sua boca e senti meus dedos, qual sorvete sabor prazer, sendo lambidos e sugados, umedecidos e envolvidos por sua língua. Continuei, distribuindo por onde minhas mãos alcançassem, as carícias que fluíam das pontas de meus dedos, descobrindo seus pontos de loucura, ligando chaves do seu prazer, desvendando as trilhas da sua paixão.
Sentindo o aumentar do ritmo dos seus movimentos, a frequência de seus ais, o balanço do seu ventre coordenado com a intensidade de meus beijos e o pulsar de minha língua, pressionei suas nádegas de encontro a mim, mantendo aquele cálice preso à minha boca, evitando sua fuga. Com as mãos crispadas no tecido do sofá, Flor aumentou a pressão de seu corpo sobre meu rosto, permitindo que eu sorvesse a intensidade de suas sensações, o mel dos amantes, querendo que seu prazer também fosse meu, e desmanchou-se com um tremor vigoroso na melodia fluida do gozo profundo, num êxtase sem fim, trêmulo, intenso, sonoro.
Segurando minha cabeça, manteve-me ali, preso por instantes em seu pulsar, compartilhando e transmitindo-me seus impulsos, suas delícias, agraciando-me com uma parcela de seu céu, me fazendo morrer de paixão e de felicidade. Acalmada, levou meu rosto junto ao seu e beijou minha boca suave e demoradamente. Acomodou minha face em seu colo, para que eu ouvisse, nas batidas de seu coração, os acordes de seu amor.
Sorridente, saciada, satisfeita, sem proferir uma palavra sequer, me fez feliz por tê-la feito feliz.

Foto de jÜjÜ Martins

Nas asas da liberdcade.

Cônscia enfim,
Reintegro corpo, alma e pensamento,
Das raias da loucura, à luz da razão.
Imbuída do espírito de trégua,
Dispo-me de meus sonhos e me desfaço de minhas ilusões.
Solto as rédeas da paixão e as garras do seu coração.
Transmuto-me de meus sentimentos, para o indulto de seu ato;
Para que no momento de seu vôo alado,
Em busca de seus sonhos encantados
Tu possas ser, enfim, Livre e Feliz!

“Vai amor e faça tudo o que tiver na cabeça,”
na alma e no coração. Ame. Curta.

Viva a Vida! Viva a sua Liberdade!
Mesmo que custe a minha prisão...

by: jÜjÜ Martins - Agosto/2000

Páginas

Subscrever Corpo

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma