Dedos

Foto de vino silva

Não Sei Se Voltarás

Não sei se voltarás
Sei que te espero.
Mesmo que se faça noite,
eu não arredo o pé daqui!
Não quero viver de desamor
e nem do gosto do dissabor

Não sei se voltarás
mais as minhas mãos e o meu corpo,
esperam-te, faminto como um instinto.
Vem quando quiseres,
estarei aqui, mesmo que amanheça o dia!

Não sei se voltarás
Mas o se voltares, vais encontrar,
vestígios dos teus dedos em meu corpo,
e a marca dos teus beijos venenosos,
em minha boca cúmplice.

Não sei se voltarás
Mas o meu corpo já não será o mesmo.
O teu perfume criou raizes em minha pele,
pareço hipnotizado por ti,
já não tenho vida ,só vivo para ti,
respiro você todos os dias,
parece um vício de um feitiço!

OBS
Todos os meus poemas estão registados,
quero que o site, cria um mecanismo
de defesa, contra cópias das nossas obras,
para manter a beleza dos poemas postados aqui..
Um abraço a todos poetas do site, um bem haja...

Foto de betimartins

Musica para o meu coração

Musica para o meu coração

Escuto leves dedos nos toques mágicos do piano
Que pelo tempo foi esquecido, acumulando pó
A musa da musica, inspirada pelo amor
Deixa confusos os toques da harpa divina
Que no céu são melodias sagradas, nascidas
No confuso toque do batuque, dos nossos ancestrais
Nas suas místicas visões, ensinamentos e lições de vida
O toque da viola, entre cantos dos trovadores da vida
Que entre encantos e desencantos, deixam alguém a suspirar
Escuto as serenatas na noite ainda meio adormecida,
Com o olhar matreiro da lua, entre o código das estrelas
Piscam ao som dos cantares dos grilos, sapos, da coruja
Que se encanta com os vaga-lumes dançando na noite
Escuto o som das águas batendo levemente na praia
Como gemidos, breves lamentos com o canto majestoso
Das belas sereias encantadas, escondidas na profundeza do mar
Escuto a brisa acariciar as flores que estão na pradaria, soltando
Belas fragrâncias de aromas ao som do vento inconsolável
Levando recados ao tempo, do tempo as suas sementes
Espalhando como notas de musica a leveza da vida
No toque do radio na casa sombria, cheia de tanta tralha
Onde a graça vira desgraça, nos toques dos ratos enfurecidos
Onde a pomba namora arteira, fazendo na trave o seu ninho
Mas o toque que escuto agora dentro do meu coração é amor
Bate leve, muito levemente, cheio de segredos, de novidades
E bate descompassada mente ao som do amor, sem regras
As notas são sem rima e nem sequer arrima, mas são as notas
Notas de amor do compositor esquecido, nas pautas escondidas
As canções de amor que somente é musica para o meu coração...

Betimartins

www.betimartins.prosaeverso.net

Foto de vino silva

As Nossas Fantasias

Vou deslizando meus dedos,
por essa estrada linda,
Em cada curva que passo,
novas surpresas.
É a tua pele macia,
o meu horizonte de beleza.
Delícia da minha vida,
companheira dilecta,e saborosa.
Nossos corpos embriagados,
parece a caça e o caçador,
vagueando pelos suspiros à flor da pele.

Lá,ficamos no nosso mundo,
no nosso ninho de amor
a saciar a tua boca doce,
que se abre em flor.
Oh,meu infinito amor,
que prazer tão acolhedor,
acende-me a fogueira da paixão,
és minha adoração.
Se o meu prazer é a tua pele macia,
então rogo a tua supremacia.

Foto de Mary Escritora

Traíção

Traição

Procuro você à noite e não o encontro,
A cama se torna vazia sem ter você ao lado.
Enquanto espero atenta o tocar sutil dos teus dedos,
Outra devora seu corpo, já não sei mais o que faço.
Ligo o rádio, pra esquecer o tempo, que passa acelerado.
Volta pra casa, que eu estou te esperando.
Pra olhar os teus olhos e te beijar boca.
Quero te amar sem limite,
te encher de prazer.
Antes que amanheça, e outra tentação apareça.
Já não me conformo com tanta dor.
Feris-te o meu sentimento,
e alimentasse o meu amor.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Polinização

Sinto jovem, entre meus dedos
Sinto perder os meus medos
Observando seu casulo rompido

Borboleta lilás, chama
Fogo da mulher que declama
Charme em um olhar incontido

Mulher, flor de um fruto nascido
Desejar desconhecido
Tranca aberta do homem que a ama

Doce o mel que derrama do ventre
A mulher tem o gosto do viver
Que abelha do toque te adentre
No meu jeito liberto de ter

Foto de Leonardo André

Nosso encontro de amor

De repente...
no meio da multidão...
nossos olhos se encontraram.
Você sorriu,
virou as costas
e seguiu o seu caminho.
Corri atrás...
não podia deixar
de lhe conhecer.
Seu nome,
meu nome,
trocamos telefones.
Dedos trêmulos
discando seu número..
primeiro encontro marcado.
Mais tarde...
um barzinho à meia luz
e o primeiro beijo.
O amasso no carro:
mãos n’aquilo
aquilo nas mãos.
Mil beijos depois:
dois corpos nús
se amando na cama.
Seu corpo suado,
meu rosto molhado
de tanto prazer.
E foi tantos gritos,
gozos infinitos,
palavras de amor.
Depois... o silêncio,
corpos abraçados...
dormimos, enfim

Foto de Vágner Dias

És a chama do fogo

És a chama do fogo
que me consome
de ti sinto fome
sinto-me incendiar
quanto encontro teu olhar
e quando meus dedos atrevidos
percorrem seus seios
intumescidos
fica louca
eu os lambuza de
saliva
cheio de malícia
em minha boca
o fogo te aquece
quases te enloqueço
quando minhas mãos
em seu corpo começam a
deslizar
penso que vai desmaiar
te sinto ofegante
nessa paixão
batimentos acelerados
no meu e no teu coração
sinto meu corpo tremer
nesse gozo do teu
prazer.

Foto de Arnault L. D.

7º Concurso literário (Faces do amor) Lado escuro da Lua

Quando ela pensa em amor,
se apega em olhar a Lua.
A vê brilhando, iluminada.
O espetáculo em cena que atua.

Nenhum astro há de destoar,
Colaborando a ornar o infinito.
Tendo ao fundo um azul-ultramar,
tanto ponto de luz, tão bonito...

Quando ela pensa no amor,
suspira, a olhar para o céu...
Colorindo em lápis de cor,
lambuzando, o querer, de mel...

E o luar flui exuberante.
Brilhante, no céu faz-se impor.
Um adorno de diamante,
nos dedos da noite, a se expor...

E entre astros estou consumido.
Quando pensa em amor, eu não sou...
Estou lá, mas, como se escondido,
no lado oposto da Lua estou.

Por seus olhos, cegos pelo brilho,
eu opaco tornei-me invisível.
No lado escuro da Lua me exílio.
Ela pensa o amor, e eu (a amo), no impossível.

Foto de nanda gois

O HOMEM QUE GUARDAVA O TEMPO

O HOMEM QUE GUARDAVA O TEMPO
Hoje o tempo não quis parar, o dia nasceu, os ponteiros não rodaram pra traz, o que atrasa não adianta, era assim que ele falava, hoje eu perdi a sua presença, o tempo te levou pra longe de mim. Ainda ontem eu estava a seu lado sorrindo, brincando, correndo, rodopiando e segurando a sua mão. Ah! Se eu tivesse tido a sabedoria de fechar na palma da minha mão, os grãos de areia que escorriam por entre os meus dedos. Na minha inocência, o tempo não passava, os ponteiros apenas bailavam um após o outro. De tanto olhar você cuidar do tempo, parecia que o tempo são faria o que você mandasse. Doce ilusão, me enganei, o tempo é ingrato, cruel e desumano, te traiu e te fez parar, te consumiu e te veio buscar. O tempo não imortaliza, ele quer me fazer esquecer de te, não vai, o tempo já te levou de mim, mas não vai apagar você de mim. O homem que guardava o tempo, não se importava com o tempo, não pensava em parar o tempo, mexia, mexia e não sossegava enquanto o tempo não andasse pra frente. Essa era a sua recompensa. Não devia ter deixado; pra que mexer no tempo. Você não me ensinou que o tempo que tanto cuidou era tão cruel, estou sentindo falta do tempo, que você tinha tempo pra comigo ficar. O tempo me trouxe no seu tempo, me guardou no seu ragaço, o tempo da sua existência, era o tempo que você cuidava. 
Mas você era pra mim o homem que guardava o tempo. Ainda estou guardando na lembrança todos os bons momentos que vivi com você. Cada palavra, cada sorriso, cada bronca, cada lagrima que o seu sorriso ajudava a enxugar, com aquele jeito que só você, de homem que guardava o tempo, tinha de me dizer, que eu era forte, que tinha sangue valente. O homem que guardava o tempo, permitiu que o tempo se acabasse, na ampulheta, virada de ponta cabeça, o ultimo grão de areia caiu. O homem que guardava o tempo, não perdeu o bonde, subiu nele e se foi o tempo. Eu vi o tempo chegar, que marcava colado ao lado dele, vi os minutos passarem e vi você, homem que fez o meu tempo, abri as asas do tempo e voar pra longe de mim. Contava-me varias vezes que eu tinha nascido pra vencer. Hoje estou a procurar no tempo perdido o que é esse vencer, será que é a saudade de você. Não sei responder, na sua ausência não me sinto vencedora. 
Cadê você agora tempo impiedoso, malvado que tudo leva, tudo apaga, cadê você tempo que não deixou que o homem que era teu companheiro virasse o tempo e passasse mais um pouco de tempo comigo. Você tempo da existência não sabe como dói a saudade do homem que guardava o tempo, que você levou. O tempo fez uma troca injusta levou o homem que guardava o tempo e no seu lugar deixou a saudade que não me larga e fica comigo e não me ajudar a contar o tempo. O homem que guardava o tempo, de tanto guardar foi guardado pelo tempo. Os passos daquele homem que há bem pouco tempo corriam no tempo, andavam pelo vento, foram parando a cada momento e um dia aqueles passos rápidos não caminharam mais. Não mexiam como pêndulos, os ponteiros já não bailavam mais, também pararam, naquele momento o tempo lhe fez uma homenagem. Eu vi tudo parar o tempo parou os pássaros, os cucos não cantavam mais, os números não rodavam mais. O silencio que se fez , foi porque no teu peito não batia mais um coração. O tempo te levou pra longe de mim. Eu vi em milésimo de tempo, o tempo parar e vi você voltar como antes a brilhar . Olhei em volta e não tinha mais você, o tempo foi embora e ti levou. 
O Homem que guardava o tempo pra sempre se foi com o tempo, de ti quase nada me ficou, o tempo consumiu quase tudo de concreto que você deixou. Mas guardo num canto só meu um pedacinho do tempo que tanto você cuidou, foi o tempo que trabalhou todos esses retalhos dessa colcha enorme que foi construída durante anos ao seu lado. Lembro quando sentada contigo meu amigo, você me ensinava a guardar e cuidar do tempo. Precisava deixar alguém guardiã desse tempo, desculpe não fui eu, não aprendi há guardar o tempo, nem aprendi a aprisioná-lo, pois hoje eu vejo que onde você o guardava não era uma prisão e sim um paraíso onde o Tempo continuou a vagar pelo mundo e levar os que ele, queria. Hoje eu precisei acertar o tempo e percebi que os ensinamentos que você me deixou o tempo também levou, e agora não tenho o homem que guardava o tempo pra me ajudar a mexer no tempo, o tempo ta aqui parado, imóvel, como vou mexer no tempo se o tempo não me deixou lembrar como você fazia, o tempo apagou, troquei por coisas que nada me trouxeram, que na saudade me ficaram, não soube manter, não pude guardar, não soube cuidar e não passarei pra outros o tempo que você me deixou. Espalhei o tempo não soube juntar. 
A saudade que estou sentindo agora o tempo que você me deu não consegue apagar. Amigo queria que o tempo voltasse e de novo pudesse te ver. Sentado naquela varanda, balançando na cadeira e olhando o horizonte, me ouvindo falar, sonhar, voar, vendo muitas vezes me afastar. Muitas foram as vezes que te fiz chorar, não era por querer, era por não saber ficar ao seu lado, por não controlar o meu jeito de ser. Saudade, muita saudade de você. Hoje sou muito do que você me deixou. Sou forte, não sinto, consinto que o tempo faça você morrer.

Foto de Carmen Lúcia

Retrato da Vida

Num canto da sala balançava a cadeira. Por cima dos óculos ela só observava. Não dava palpites.
A rotina diária...Muita algazarra, correria. Todos apressados, em tropeços, passavam por ela.
Nem sequer percebiam que ela percebia. Olhava a todos e a tudo.Sem que ninguém a visse.
Os dedos já cansados esboçavam um bordado. Pareciam mecanizados, de tão acostumados a esses traçados. Chegavam à perfeição.
Seu rosto, sem expressão, semblante enrugado, eram marcas que o tempo lhe deixara.
Um tempo ausente que corria lá fora. Agora mais veloz, levando embora a vida que ela via caminhar, além da janela, afastando-se cada vez mais.
Vieram-lhe as lembranças. Ricas lembranças.Criança correndo pelo campo, sem tempo, sem marcas, só esperança. Só risos. Sonhos. Fantasias.
Então cerra os olhos.Começa a imaginar.Ouve uma música suave. Esboça um doce sorriso e se pega a rodar, a girar, por entre flores, pés descalços na grama úmida com o vento acariciando seu rostinho de criança feliz. De repente a criança põe-se a correr...para um lugar belíssimo, indescritível, inimaginável...
A cadeira já não balança. Permanece imóvel no canto da sala.
Caído ao chão, um bordado perfeito e já terminado.
Repousa de lado aquele rosto sem expressão, marcado agora pela morte.
A lida prossegue lá fora. E lá dentro, a rotina de sempre. É a vida!
Ninguém percebe a partida.

_Carmen Lúcia_

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