Dia

Foto de Sonia Delsin

TALENTO

TALENTO

Se tenho talento?

Eu tento...

Precisamos tentar.

Na vida tudo depende de começar.

Se eu não puder ser a árvore mais alta da floresta que eu seja o pinheiro mais vigoroso.

Para poder enfrentar o frio mais rigoroso.

Se tenho talento?

Tento.

Para alguma coisa nascemos.

Sempre um talento nós temos.

Basta descobrir qual é.

Um dia eu falei pra mim mesma.

Quero escrever até o fim de meus dias.

Isto me traz alegrias.

É um talento?

Creio que seja.

Cada qual deve realizar o que mais deseja.

Sonia Maria Delsin

Foto de Miraene

NOSSA HISTÓRIA

Lembro de nós deitados na cama abraçados a nos observar
Lembro da mesa que balançava quando a gente estava a se amar
Lembro da lágrima que descia do meu rosto toda vez que começávamos a brigar
Do beijo molhado e carinhoso que dávamos a nos encontrar
Dos dias de chuva que junto estávamos
Dos chamegos, sorrisos e amassos
Lembro de mim e de Você
Da paixão e do querer
Do desejo de te ter
Insaciável loucura
Entre amor e ternura
Estávamos nós dois
Impacientes, Inconseqüentes
Duas crianças querendo viver
Na agonia de vencer
Perdeu tanto eu quanto você
E cantamos a solidão
Choramos a separação
Mas ninguém voltou
Vendo os olhos tristes de nosso amor
Vivemos hoje falando ao nada
Que nossa história que ficou marcada
Jamais será lembrada, como um dia ruim.

Foto de Melissa.Mateo

Domingos da Vida

A os domingos dias de ficar em casa, de sair,de ficar com os amigos, de esquecer que amanha tudo começa de novo...
A domingos de minha vida, em praias, campos, transito, etc...
Mas não a domingos melhores que aqueles passados com a família, almoçando juntos, contando histórias, ouvindo piadas...
Acordamos com o cheirinho de comida da vó feita com todo carinho, ouvimos nossas tias rindo, os irmãos falando alto, e então chegamos a cozinha e aquela cena de todos sentados a mesa penetra em nossa mente e ali se solidifica pra eternidade...
O dia passa com jogos, brincadeiras, e muito carinho...O fim da tarde chega e aquele café gostoso se faz presente na mesa posta cheia de doçuras, então rimos muito e o tempo voa, mas nem sentimos...
A noite chega os parentes se despedem, então deitamos em nossa cama e olhamos para o lado vendo assim um retrato de toda família, e assim dormimos com toda felicidade do mundo...
A família é o maior tesouro que a vida pode lhe oferecer, sempre de o valor necessário para cada membro,somente assim terá a certeza da felicidade eterna...

Foto de karla888

Duas Faces

A noite cai e com ela uma personalidade
Doce...terna, com amor...
O beijo e diferente...o olhar e presente e com finalidade
O abraco sem medo, sem medo da dor...

O dia amanhece e essa doce imagem se vai
adormece a ternura, acorda o distante,
A figura doce quase que por completo se esvai
Fica o amor que por momentos do dia nao e o bastante.

De novo escurece e as estrelas brilham
A lua la no alto esquenta
Pois mais uma noite se aproxima e com ela o amor
Aquele amor nocturno que sustenta

Sustenta o frio do dia, a distancia dos momentos
Pensamentos distantes que nos assolam a alma
E nos deixa vulneraveis a um sopro dos ventos
que nos sopra verozmente contra o passado...contra quem ama.

E assim se faz o sentido dos sentidos,
Cultiva se o amor dos amores
Colhe se a ternura dos sofridos,
Sente-se o fogo dos calores.

Caindo de novo nos bracos das duas faces
Recolhendo no amor dos seus afagos
Redescobrindo o prazer dos seus beijos
Entregando os meus sentidos as suas fases...

Uma distante,
uma doce,
uma ofegante,
a outra antes fosse...

enfim sao duas faces.

Foto de Mentiroso Compulsivo

Este Dia!

Hoje queria parar o tempo, o sonho, a idade... Prendê-los num exílio de alegria! Abrir os braços e gritar: SAUDADE! Não leves... Não me roubes este dia...

Foto de Sonia Delsin

TRANSFORMAÇÃO

TRANSFORMAÇÃO

Castiguei meu corpo culpando-me pelas culpas alheias.
Sofri, amarguei. Até que descobri a feiticeira em mim.
Ela encontrou solução para os problemas.
Decifrou enigmas.
Os labirintos... ela os fez parecerem brincadeiras de criança.
Ela libertou-me dos pesadelos.
Exorcizou fantasmas e demônios.
Com magia transformou toda tristeza em alegria.
Fez da minha vida só poesia.
Foi um remédio amargo que precisei tomar.
Sobre brasas tive que caminhar e sobre pregos me deitar.
A transformação foi lenta.
Fiquei presa a uma crisálida um tempo enorme.
Presenciei mudanças enquanto me transformava.
Calada ou me rebelando sujeitei-me ao aperto do casulo amigo.
Um dia descobri que criara asas e que elas me levariam a espaços sequer sonhados.
Pronto! Nascia uma borboleta!
A lagarta não mais se arrastaria.
Lindas asas me levariam ao encontro de meus sonhos.

Foto de Sonia Delsin

O FANTASMA DA SALA

O FANTASMA DA SALA

Quando menina eu sempre ficava com minha mãe na sala aguardando a chegada de papai. Ele saía todas as noites, fizesse tempo bom ou ruim. Era um hábito que tinha, e do qual só se livrou quando eu já estava com quinze anos de idade.

Ficávamos um tanto inseguras na casa sem uma presença masculina, porque morávamos numa chácara.

Minha mãe era uma mulher corajosa e depois de ter trabalhado o dia inteiro ainda contava lindas estórias para nos distrair, todas as noites. Hoje eu me pergunto onde ela conseguia tanta força para suportar tudo o que suportou.

Ouvíamos o nosso velho rádio. As radionovelas... mas a minha paixão eram as estórias de fadas, princesas, príncipes encantados. Eu poderia ouvir mil vezes Cinderela (morria de pena da borralheira e vibrava com o final da estória) e ainda assim queria ouvir de novo. E "Joaninho Pequenino"!... Esta meus irmãos queriam ouvir mais e mais.

Eu nunca ia dormir antes papai chegasse. Minha mãe embalava um a um até que dormisse e eu ficava "firmona". Aguardava-o porque ele sempre trazia doces e também porque o amava tanto e queria vê-lo ainda uma vez antes de pegar no sono.

Enquanto o aguardávamos ficávamos as duas na sala, minha mãe e eu, e foram as melhores horas de minha vida (aquelas horas tão nossas).

Não sei depois de tantos anos se estávamos sugestionadas pelo ambiente, ou se pela ausência de papai, pelas nossas cabeças tão capazes de fantasiar... mas o fato é que minha mãe e eu víamos um fantasma.

Verdade mesmo! Ele se esgueirava rente a parede da sala e adentrava pela porta semi-fechada do quarto da nona. Usava um chapéu na cabeça e logo que ele entrava no quarto a impressão que tínhamos era que a noninha conversava com alguém.

No outro dia ela dizia: O "Queco" veio me visitar de novo esta noite.

Cresci assim, com aquele fantasma passando rente a parede e nem o estranhava mais. Ele fazia parte das nossas noites. Nem nos assustava.

Confesso que sentia mais medo quando as folhas das bananeiras balançavam-se com o vento do que com aquela figura que lentamente passava por nós.

Não conheci pessoalmente este meu avô, pois que faleceu bem antes de meu nascimento. Mas o vi, o senti, ou sei lá o quê. Ele fez parte de minha infância. Não foi um fantasma assustador, foi uma presença fluídica que ficou entre as tantas e tantas incógnitas que não decifrei em minha vida.

Foto de Sonia Delsin

ESDRAS...

ESDRAS...

É um sonho. Um louco sonho.

A estrada é de pedras. Esdras caminha só.

Esdras é um lobo solitário. Sonha amores, sonha paixão. Sonha um encontro.

Esdras é um homem que deseja adormecer nos braços de uma mulher. Descansar todo seu cansaço, sem palavras inúteis.

No sonho ele caminha em busca de emoção, e mais que isso. Busca uma maneira de amortecer a solidão.

Ele está perdido em suas lembranças, em seus anseios. Em sua estrada de pedras.

As pedras lhe doem sob os pés e Esdras sabe que o caminho é longo e ele deve encontrar um caminho só de flores um pouco à frente.

Ele confia na sua forte intuição de que tudo vai mudar, que a história vai se reverter, porque seu coração de menino lhe diz que um novo sol a cada dia trará um novo tempo.

Um céu colorido de papel crepom entra no sonho. Nuvens coloridas lhe recordam algodão doce. Algodão de tantas cores.

O pôr-do-sol do sonho possui mais que as cores do arco-íris. Milhares de cores lhe estonteiam.

Uma mulher lhe abre uma janela, uma janela dentro de um outro tempo, de uma dimensão que Esdras não compreende bem; mas lhe faz sentir tanta emoção. Ele deixa que a forte atração o leve a caminhar por caminhos antes não percorridos.

Ela o faz sentir-se vivo. Dá-lhe asas para voar ao seu lado, porque é uma mulher alada. Umas destas mulheres de outro planeta, outro tempo. Uma mulher borboleta, que voa e revoa sobre a matéria que consegue entender e viver. Sem ignorar a matéria nua e crua, ela vive num mundo particular, só seu, e leva Esdras para caminhar um pouco ao seu lado.

Ela o convida para sonhar o sonho dos mortais e dos imortais e o lobo solitário a segue, a busca.

Ele a encontra e não sabe que ela surgiu do nada... de um sonho, de uma estrada que começa dentro de um tempo que não se compreende. Só se vive e se revive... sem entender.

Foto de Sonia Delsin

SERÁ TARDE PARA NÓS

SERÁ TARDE PARA NÓS

Se algum dia teu olhar no meu jardim entrar.
Se espiares.
E a rosa contemplares.
Fique silencioso com teus desejos.
Não me peça beijos.
Se algum dia tua mão sentir vontade de meu cabelo de tocar.
Se for muito grande a vontade de me abraçar.
Controle os impulsos teus.
Já controlei todos os meus.
Se um dia descobrires que eu sou a rosa que mais desejaste.
Esqueça.
Quando eu mais te quis, me recusaste.

Foto de Sonia Delsin

VOLTE, AMOR

VOLTE, AMOR

Tenho os olhos úmidos.
Aperte minha mão.
Tenho uma dor...
É lá no fundo...
... do coração.
Seria tão mais fácil meu viver se eu conseguisse te esquecer.
Mas não posso.
Porque do teu beijo ficou o gosto.
Todo dia eu me lembro do teu abraço.
De quando eu me deitava no teu regaço.
Tenho os olhos brilhantes.
Da lágrima que não cai.
Da lágrima represada.
Começo a dar risada.
De tudo.
De nada.
Aperte minha mão.
Estou tão sentida.
Querendo tanto, tanto que voltes a fazer parte da minha vida.
Volte, amor.
Vamos caminhar de braço dado.
Vamos percorrer os caminhos do passado.
Aquela sorveteria ainda existe.
E isto me deixa triste.
Quando passo por ela vejo lá um dentro um casal a sorrir.
Um casal que só eu existe no meu imaginar.
Este casal lá nunca mais vai voltar.
Ou vai?
Volte, amor. Eu quero tanto.
Tomar sorvete na taça.
Achar graça...
Ó! Estou chorando...
A lágrima represada encontrou no meu rosto uma estrada...

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