Diabo

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ELÓQUIO

ELÓQUIO

Encontro-me
Por um encontro marcado
Comigo a sós
A falar ao pé do ouvido
Discretamente
Eu! Não mais ninguém;
Seria de fato algum segredo?
Olho para mim
Que ninguém perceba
Que ninguém me veja;
Ai de mim...
Por ter que me escutar
Seria sermão ou repreensão?
Por amar alguém;
Exilar a própria alma
Entregar a vida à própria sorte
Ai de mim...
Pobre diabo, que sou;
A claudicar
Despeço-te de mim
E comigo a sós
Murmuro este funesto.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Fevereiro de 2009 no dia 12

Encontro-me
Por um encontro marcado
Comigo a sós
A falar ao pé do ouvido
Discretamente
Eu! Não mais ninguém;
Seria de fato algum segredo?
Olho para mim
Que ninguém perceba
Que ninguém me veja;
Ai de mim...
Por ter que me escutar
Seria sermão ou repreensão?
Por amar alguém;
Exilar a própria alma
Entregar a vida à própria sorte
Ai de mim...
Pobre diabo, que sou;
A claudicar
Despeço-te de mim
E comigo a sós
Murmuro este funesto.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Fevereiro de 2009 no dia 12

Foto de eda

""Teu Corpo""

""Teu Corpo""
Nas curvas do teu corpo, me sinto mais faminta!
conheço as sensações dos seres anormais,

Nas curvas do teu corpo eu sinto um desespero
de quem já fez de tudo e ainda falta muito mais........

Eu morro de ciúmes da calça que te veste
que brinca e se diverte, tirando a minha paz!

Eu fico tão confuso com a tua intimidade com aquele sabonete
nas partes sensuais...

Eu cheiro teu perfume, tem gosto de uma fruta que ainda vai nascer,
A fruta mais gostosa que nem Adão e Eva chegaram a conhecer...

Eu vendo a minha alma pra Deus ou pro Diabo só pra não te perder
em teu corpo meu destino, aonde eu sou menina brincando de prazer....

Autora:Eda.S.L.M.S.

Foto de pttuii

Poesia que eu odeio

Poesia a cair,
Esfíncter a doer,
Deboche,...

No azimute de um velho,
a confessar,
a um padre assassino,
que comeu a alma ao vento...

Poesia em descrédito,
Verte o escroto do diabo,
Em risos mudos...

Poesia comedida,
É o ridículo do rabisco,
Que deriva à bolina...

Poesia que eu odeio,
Tanto desprezo,
Diluído em sopa de morte,...

Foto de pttuii

Manifesto e uma quadra

O que é que podes ainda dizer que é teu? O pedaço de alma que sempre conservaste na pele, até isso caiu. Certo? Já se calaram os assuãos que, outrora, brotavam do teu coração. E deixaste de ser alegre, com aquela alegria de uma criança quando lhe dizem que gostam dela. Sabes de boas maneiras. Até te sentas do lado certo da mesa quando vais a um restaurante, dos tais piéce de resistance. E gozas com o waiter, dizendo que o mundo não nasceu para quem arrisca. Só para os que sabem esperar por aquilo que pretendem.
Já desapareceu o arco e flecha do teu lado belicoso. Deixei de ver aos teus pés, o Bufallo Bill assassinado após batalha gloriosa com os Sioux. Machetes de guerra que te viam, e que tu não escondias, onde estão? Respondes que a vida faz as rotundas pela esquerda. Que o Sol chora lágrimas de cal quente, da mesma com que se dá banho aos mortos depois de eles se despedirem de nós. Resumindo, a cobardia fez de ti uma bitch. Dás o esfincter, numa posição de pato assustado, e em troca recebes cautelas quentinhas. Tipo castanhas que saltam no crepitar do forno outonal do universo. Não tens o nada, que faz as pessoas explodirem em busca do tudo. E com certeza que também não terás o tudo, responsável pelo friozinho na barriga das pessoas realizadas.
Já foste capaz de matar à velocidade do som. Carregavas, pelo cano, uma escopeta imaginária que guardavas aos pés do sofá da sala. Bastava um violador escapar sem condenação à justiça da mais pequena cidade do interior americano, que tu fazias justiça pelas próprias mãos. Despedaçavas rostos finos. Homens de feitio aquilino saíam despedaçados às mãos do teu instinto de Charles Bronson de 1.º andar da Rua dos Passarinhos. Não contente, partias pescoço, e depois serravas o corpo em seis, para melhor o empilhar na bagageira da tua Renault 4L. Hoje, nem o rato que tem ninhadas de vermes à entrada do teu quintal, tu consegues matar.
Cansei de ver-te a confraternizar com o diabo dos irresponsáveis. Com um satanás velho, que mandria porque já se cansou de fazer mal, e está reduzido a tirar o olho de vidro da órbita esquerda, e dar-lhe lustro para parecer mais magnânime.
A ti, e a quem anseia por menos suavidade, eu respondo.
-Raio que os parta a todos!!!!
Cansei-me de esperar que os coitadinhos arranjem forças para mendigar pedacinhos de terra prometida, à luz de ideologias que promovem o desmembramento dos sonhos. O homem não é de iniciativas. O homem é social. O colectivo manda mais que o chico esperto que explora 100 chicos espertos, só para se tornar mais chico esperto.

a condenação da torção,
de pescoço do suez,
é menos que o chupão,
na pila do burguês....

Foto de Osmar Fernandes

Promessa é dívida (Sexta-feira treze no cemitério...)

Promessa é dívida
(Sexta-feira treze no cemitério...)

Era meia-noite, sexta-feira treze. A noite estava escura e sem estrelas. O portão do cemitério estava lacrado. E Wilson e Eliezer, com as velas nas mãos, pensavam que pecados haviam cometido para estarem ali, naquele lugar.
Medroso, desconfiado e já arrependido, Eliezer, gaguejando, disse ao amigo:
— Sinto-me pesando uma tonelada e meia. Esse negócio de pagar promessa é bobagem. Já passamos de ano mesmo! Vamos embora, cara?!
— Não! Nós fizemos uma promessa e vamos pagá-la, custe o custar! Prometemos acender três velas no cruzeiro da igrejinha do cemitério e vamos cumprir o nosso juramento à Nossa Senhora. Lembre-se de que estávamos praticamente reprovados.
— Ah, mano, pelo amor de Deus! Vamos para casa! Estou com muito medo de entrar lá dentro. Alguma coisa me diz que isso não vai dar certo. Nossa Senhora vai entender, afinal como vamos entrar se o portão está lacrado com cadeado?
— Vamos pular o muro!!
— Pular o muro?! Você endoideceu, está maluco!
— Maluco! Maluco eu vou ficar se você começar a me irritar com esse papo. Pegue aquele pau ali e coloque-o, em pé, encostado no muro.
Ao encostar o toco junto ao muro do cemitério, as luzes todas se apagaram. Eliezer deu um grito... e pulou, abraçando o amigo:
— Não falei? Não falei? Vamos sumir daqui!
Wilson, corajoso, do signo de Leão, teimoso feito uma mula, respondeu-lhe:
— Se você repetir essa conversa mais uma vez vou amarrá-lo aqui neste portão e vou deixá-lo aí sozinho a noite inteira.
— Se você fizer isso comigo pode encomendar meu caixão, porque só de pensar nisso já começo a morrer agora.
Depois de tanta lengalenga saltaram o muro... Do local onde estavam até o cruzeiro tinha mais ou menos trezentos metros.
Eliezer quis segurar na mão do amigo, mas Wilson não o deixou. Começaram então a andar a passos lentos. Os dois, uniformizados, vestidos de camisa branca e calça azul, pareciam fantasmas... A cada tumba que passavam, Eliezer tremia e enrijecia todo o corpo, batia o queixo, dando a impressão de estar com a febre malária.
Dentro da igrejinha do cemitério um velhinho cochilava tranqüilamente. Jamais concordara com os filhos em morar num asilo. Por esse motivo, e sem ter onde morar, abrigava-se ali.
De repente, Eliezer tropeçou num túmulo e gritou:
— Valha-me Deus!!!
Wilson, imediatamente, tapou-lhe a boca e disse:
— Cala-te, infeliz, aqui é um lugar sagrado!
— Então não me solta, não me solta! Deixa eu segurar na sua mão?
E continuaram em busca do lugar sacrossanto.
O velhinho, seu Mané, como era conhecido, levou um susto com o grito. Nunca ouvira nada igual antes. Ficou agonizado e começou a tremer de medo e a pensar: “Meu Deus, o que foi isso?!”. Levantou-se do chão, olhou pela fresta da janela, e viu um vulto vindo em sua direção.
Eliezer teve uma idéia fascinante e falou baixinho no ouvido do amigo:
— Mano, nós somos dois idiotas, mesmo!
— Por quê?
— Vamos acender as velas, rapaz!
Alegre com a idéia, pegou o fósforo... Mas Wilson, mesmo tenso, lembrou-se de que a promessa era acender as velas no cruzeiro, não no trajeto do cemitério, e retrucou:
— Não faça isso! Se acendê-las agora quebrará a promessa. Não acenda as velas de jeito nenhum. Se fizer isso vou amarrá-lo aqui neste túmulo.
Seu Mané pegou seu rosário e começou a rezar... Apavorado, pegou um lençol branco e se enrolou, tentando se proteger. Mas, de olho arregalado pela fresta, imaginou:
“Meu Deus! Hoje é sexta-feira treze. Dia das bruxas! Dia de fazer despacho, macumba... Estão vindo me pegar”.
Os dois amigos estavam a dez metros da igrejinha. Seu Mané, vendo a aproximação fantasmagórica em sua direção, sentiu o seu coração disparar e soltou um Pum... O desgraçado soltou barro por todo lado, tinha mesmo defecado; mas o medo do fantasma foi tão grande que nem sentiu o mau cheiro, nem se deu conta de sua obra-prima. Não pensou duas vezes, abriu a porta da capelinha e saiu em disparada...
Os dois amigos, vendo esse fantasma desabar na frente deles, gritaram:
— Meu Deus!!!
Eliezer desmaiou ali mesmo. Wilson se escondeu próximo a uma tumba. Seu Mané, coitado, caiu desfalecido sobre uma sepultura. Wilson começou a rezar:
— Minha Nossa Senhora, tende piedade de mim e do meu amigo. A senhora sabe o que viemos fazer aqui. Imploro-lhe, por todos os santos que não deixe meu maninho morrer, é muito medroso.
E em seguida começou a rezar o terço...
Nossa Senhora, ouvindo suas preces, fê-lo dormir.
No dia seguinte, o sol já acordado... Como de costume, o coveiro veio zelar o cemitério. Ao se deparar com um corpo estendido ao chão, levou um susto: “O que é isto, meu Deus?! Mesmo acostumado a lidar com defuntos, suas pernas tremeram, mas, como era corajoso, tocou no corpo, que se mexeu e resmungou estranhamente... O coveiro exclamou:
— Credo em Cruz, minha Nossa Senhora!
O corpo perguntou-lhe:
— Aqui é o céu? O senhor é São Pedro?
— Que São Pedro! O senhor está doido? Quem diabos é você, afinal?
— Virgem Maria! Acho que vim para o inferno. E o senhor, então, só pode ser o Capeta, o Cão!
— Não! Aqui não é o inferno, nem sou o Diabo! Aqui é o cemitério da cidade, você não está vendo, seu idiota?
Somente aí se deu conta de que estava realmente na terra e insistiu:
— Então, quem é o senhor?
— Sou o coveiro.
— Então eu morri mesmo! E o senhor vai me sepultar. Valha-me meu Padim Ciço!
— Não, seu imbecil! Você não está morto! Morto não fala, não respira. Quem é você, rapaz? Como é seu nome?
Eliezer respirou fundo, já se acalmando, respondeu:
— Eu sou Eliezer! Sou estudante! O senhor viu meu amigo?
— Que amigo?
— O senhor não conhece o Wilson, o fotógrafo?
— Todo mundo o conhece, e eu também.
— Então! Ele veio comigo. E quero saber dele!
Eliezer, já de pé, viu um corpo estendido mais adiante e, de supetão, gritou:
— Olha, olha lá, seu coveiro! Eu não lhe falei que ele veio comigo?
Correram até o corpo e, ao chegarem bem próximos, Eliezer, assustado e confuso, não entendeu nada e falou para o coveiro:
— Esta coisa gorda e “cagada” não é o Wilson.
O coveiro ficou de cabelos em pé. Desenrolou o lençol e viu que era um senhor idoso. Acordou-o e indagou:
— O que o senhor está fazendo aqui, todo podre desse jeito?
Ainda meio perturbado, este lhe respondeu:
— Sei lá, moço! Eu estava aqui, dormindo no meu cantinho, quando vi uma assombração querendo me pegar. Saí correndo e caí.. É tudo que me lembro.
O velhinho tomou banho numa torneira ao lado da capelinha... O coveiro, ainda nervoso, continuou interrogando-o:
— Em que cantinho você estava dormindo?
— Na capelinha.
— Ah! Então você é o fantasma do cemitério? Seu safado! Seu velho caduco!!!
— Não, senhor! Pode parar com isso! Respeite-me. Apenas não tenho para onde ir. Ninguém me aceita, nem mesmo meus filhos, que trabalhei tanto para criá-los. Agora não venha o senhor me dizer essas asneiras, não! Nunca assustei ninguém, nem tive essa intenção.
Eliezer procurava o seu amigo, e de repente gritou:
— Seu coveiro! Hei! Hei! Aqui está o Wilson, o meu amigo. Eu não lhe disse que ele tinha vindo comigo?! Venha ver, corre! Corre!
E de fato lá estava ele, ainda dormindo, estendido ao chão. Os dois chegaram bem próximos dele e o seu Mané gritou:
— Sangue de Cristo tem poder!!!
Wilson acordou agoniado e, assustado, falou:
— Eliezer, cadê as velas?
— Estão aqui.
— Vamos pagar logo nossa promessa!
Seu Mané e o coveiro fizeram as pazes e seguiram com os dois amigos até o cruzeiro. Acenderam as velas e fizeram orações agradecendo à Nossa Senhora por terem passado de ano. Depois, foram até a casa do coveiro, tomaram o café da manhã e contaram-lhe toda a história...
Seu Mané prometeu para o coveiro que iria procurar o asilo dos velhos naquele dia mesmo.
O coveiro conta esta história para todo mundo até hoje.
Os dois amigos ficaram felizes, e nunca mais brincaram com o estudo. Passaram a ser os alunos mais estudiosos do colégio. E para todo mundo Wilson alertava:
— Promessa é coisa séria. Só prometa uma que possa cumprir, por que promessa é dívida.

(Respeite o direito autoral...)

Foto de Osmar Fernandes

Ninguém dá nada de graça

Ninguém dá nada de graça!

Quando alguém dá uma esmola,
Está pagando promessa.
Quando dá um chute na bola,
Quer fazer o gol da festa.

Quando alguém dá alguma coisa,
Quer algo em troca.
Ninguém dá nada de graça!
É o instinto dessa raça.

Quando dá um sorriso,
Quer outro em troca.
Quando chora
Quer colo, quer mimo.

Por isso, cuidado!
Quando alguém lhe oferecer de graça uma droga,
Lembre-se deste ditado:
Ninguém dá de graça uma esmola.

Até a salvação não é de graça!
Deus e o diabo disputam toda alma.
Ou você escolhe a Cristo que é o amor e a paz.
Ou você escolhe o inferno que é a desgraça.

Foto de jcguimaraes

22 ARCANOS





O Mago da natureza
exibe em forma de jogo,
repousados sobre a mesa,
terra, água, ar e fogo.

A influente Sacerdotisa,
símbolo da imortalidade,
dá à alma que agoniza,
a paz da espiritualidade.

Imperatriz e Imperador
que educam nobres herdeiros,
mostram que a fome e a dor
são sofrimentos passageiros.

O sábio Sumo Sacerdote,
grande voz do conhecimento,
antes que o mal nos derrote,
dá-nos luz e discernimento!

O jovem Enamorado
que corta o laço materno,
busca o amor açorado
para que seja eterno.

O Carro conduz, na verdade,
a vontade de seu condutor,
seu destino é a liberdade
seu desejo, o libertador.

A Justiça nos faz entender
que no peso de cada ação,
a balança deve pender
para o lado da razão.

O Ermitão se isola do mundo
para rever o seu próprio eu,
e num mergulho profundo
percebe o que não percebeu.

A Roda da Fortuna gira
como um ser em evolução,
que do passado retira
a herança da geração.

A Força dos nossos instintos
que nos faz agir sem pensar,
é caminho de labirintos
sem saída para encontrar.

O Enforcado nos aponta
o sentido da iniciação,
é quando a fé se confronta
com a grande transição.

A Morte nos faz renascer
com a purificação do fogo,
pois, das cinzas vamos crescer
para a nova etapa do jogo.

A Temperança realizadora,
é a força da purificação,
a alquimia que sintetiza
o poder da transformação.

O Diabo traz o oculto,
que perturba a nossa mente,
para um confronto adulto
com o que nos faz impotente.

A Torre destrói padrões,
quebra a estrutura do ser,
rompe com as relações,
para voltar a crescer.

A Estrela é inspiração,
é toda leveza do amor,
é o espírito em ascensão,
é a vida com esplendor.

A Lua nos faz mergulhar
nas profundezas da dor,
e descobrir ao chorar
a nossa força interior.

O Sol ilumina os caminhos,
da jornada espiritual,
na qual não estamos sozinhos,
como num grande ritual.

O Julgamento é necessário
no confronto de valores,
pois, senão, do contrário,
de nada valeram as dores.

O Mundo é o fim da jornada
que une os lados distantes,
é a premiação almejada,
o fim da busca incessante.

O Louco segue adiante,
na sua eterna procura,
um cavaleiro errante,
movido pela aventura.

Foto de Osmar Fernandes

O medo

O medo

“O medo é o maior inimigo do homem. Ele está por trás do fracasso, da doença e das relações humanas desagradáveis. Milhões de pessoas têm medo do passado, do futuro, da velhice, da loucura e da morte. O medo é um pensamento em sua mente, e você tem medo dos seus próprios pensamentos.
Se você tem medo do fracasso, dedique sua atenção ao sucesso. Se você tem medo de um acidente, pense na orientação e na proteção de Deus. Se você tem medo da morte, pense na vida eterna. Deus é vida e esta é a sua vida agora. (“Dr. Joseph Murphy).”
Jesus, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui e velai comigo. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto,orando e dizendo: Meu pai , se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. E, indo a segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu beber, faça-se a Tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam pesados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. (Mt. 26:37 à 46).
Jesus, o Salvador do mundo, também sentiu o medo, o medo da morte. Todo mundo sente ou já sentiu algum tipo de medo na vida. Existe o medo normal e o medo anormal:
O medo normal é bom, traz perfeição e responsabilidade. Quem já não sentiu medo de falar em público? Quem já não sentiu medo de viajar de avião? Quem já não sentiu medo de andar de elevador? Quem já não sentiu medo de dirigir? Logo, o medo normal fortalece e deixa a pessoa mais atenta e criativa... e naturalmente a transforma em vencedora.
Por outro lado, o medo anormal é fatal. A síndrome do medo obsessivo vem de traumas da infância, complexo de inferioridade,frustração, estresse, insegurança e outras causas. O medo que apavora enlouquece ou mata. Quando alguém chega neste estágio do medo, precisa urgentemente, de ajuda médica, de preferência, um especialista no assunto.
O medo também é um estado mental, tanto negativo, quanto positivo, e vai predominar aquele no qual a pessoa acreditar, obviamente. Mas, é bom ficar atento, tomar cuidado, porque nem tudo o que a gente vê, é o que realmente pensou que viu...
“E, à quarta vigília da noite, dirigiu-se para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: HOMEM DE POUCA FÉ, por que duvidaste? E , quando subiram para o barco, acalmou o vento. Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.” (Mt. l4:25 à 33).
Um neto disse à sua avó:
- Vó, eu te amo! Mas, quando você morrer, não vou ter coragem de me despedir da senhora no velório. Tenho medo de velório, de gente morta, de caixão! Dá-me arrepios só de falar nessas coisas horrendas. Tenho mais medo de velório e gente morta que o diabo da cruz!
A vovó, Mainha, lhe respondeu, dizendo:
- Leitinho, não precisa ter medo de morto, morto não pode fazer mal a ninguém. Eu te amo muito, jamais lhe fiz mal algum em vida, e prometo-lhe por tudo o que há de mais sagrado entre o céu e a terra, que, em hipótese alguma lhe farei mal, estando eu morta. Vou lhe confidenciar uma passagem da minha vida: Eu também, na sua idade, entre doze e treze anos, tinha muito medo de defunto, não suportava nem ouvir falar de morte. Mas, num belo dia, sua bisavó me ensinou uma simpatia para que eu perdesse este terror. Isso já faz alguns anos, e como ela me mandou fazer, fiz, e nunca mais senti o pavor de velório, de gente morta, enterro, etc. Portanto, vou lhe ensinar também, e se você cumprir à risca, nunca mais sentirá este medo pavoroso. Você vai fazer o seguinte: Ao falecer um grande amigo, ou um parente de primeiro grau, vá ao velório, aproxime-se do caixão e beije a planta do pé direito do morto, por três vezes consecutivas, sem receio, e mentalmente, ore a oração do pai-nosso. Não comente isso com ninguém, nem mesmo com a mãe; e jamais sentirá medo de defunto outra vez.
Algum tempo depois, sua vovozinha veio a falecer, e o menino, lembrando-se da simpatia que ela lhe havia ensinado, a fez, à risca, conforme o dito de sua vó. O medo sumiu... Foi enterrado junto com ela. Nunca mais teve aversão ou pavor de gente morta fosse quem fosse: um amigo, um parente ou simplesmente um estranho. Alguns anos mais tarde, Leitinho tornou-se o proprietário da funerária mais requintada e mais importante de sua cidade e região, tornando-se rico e respeitado em toda a Comarca. Todo dia dois de novembro, dia de finado, a capricho, leva para sua vovozinha uma coroa de flores. E diante de seu túmulo lhe agradece dizendo:
- Vovó eu te amo muito, se não fosse o ensinamento e a simpatia que você me ensinou, não sei o que seria de mim e de seus bisnetos. Fique com Deus eternamente... Até um dia.

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

EU E A MINHA SOGRA

EU E MINHA SOGRA
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Sera que ha lugar para minha sogra no paraiso ? Claro que nao!
Senao ja nao seria mais um paraiso, mas o inferno verdadeiro!
E o diabo perderia o seu reinado e se tornaria um misero jardineiro
Cuidando dos jardins suspensos da nova e infernal mansao

A minha sogra espalharia suas garras sobre toda a terra, convencida
E se iludiria achando que o mundo estaria otimo, misera louca!
Ah! Se eu pudessemos cortar-lhe a lingua e costurar-lhe a boca
A flor , o vinho, a noite e a filha seriam os presentes em minha vida

Ah! eu respeito a minha sogra, mas nao lhe dou minha simpatia
Ja caiu tijolo de alto de um predio perto de minha cabeca
E tenho certeza que foi a desgracada que errou a pontaria

Mas eu ja decidi nao deixar que ela me destrua, nem a minha princesa
Quando ela morrer eu a cremo e a enterro por mais garantia
Sabe o que e, com minha sogra nunca se pode dar moleza

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA (1) 914-699-0186 - Luiz

Foto de Rose Felliciano

A quem temer???

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Estamos vivendo tempos de violência...
Muitas violências.
Resolvemos ou amenizamos este problema, nos protegendo... Protegendo nosso corpo, nossos bens, nossa família...
Construímos muros altos, com cercas elétricas, vidros, alarmes, luzes...
Ambientes monitorados por câmeras, sons...
Seguranças, vigilantes, cães...
Armas, cursos de defesa pessoal...
Moramos em condomínios fechados, apartamentos com portaria 24horas...
Nossos carros têm travas, ar-condicionado para não abrir os vidros, segredos, alarmes e alguns são blindados.
Temos segurança pessoal, seguro residencial, seguro de carro, seguro de vida, seguro funeral...
Ufa! Será que assim estamos protegidos???
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“E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mateus 10:28)
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Muitas vezes, nos protegemos do ladrão que mata o corpo e deixamos dentro da nossa casa, junto da nossa família, bem solto, o ladrão das nossas almas, que mata o corpo e a alma...
Ele está ao nosso lado quando achamos normal ver na televisão, os divórcios, adultérios... E às vezes torcemos pela amante, pois a esposa é muito chata mesmo....
Ele está naquela roda de “amigos”, onde preferimos mostrar os defeitos das pessoas e ainda rimos ou esperamos por suas quedas, para assim, nos sentirmos aliviados e vingados por “Deus”.
Está na internet, que muitas vezes tira o nosso tempo de conversarmos com nossos filhos, passear com nossa família, ler a bíblia, ir à Igreja...
Está matando nossa alma quando não sentimos mais vontade de orar por nós, de orar pelas pessoas...
Quando gostamos e instigamos o sexo sem compromisso, sem amor, por prazer da carne apenas... A libidinagem...
Quando ignoramos as pessoas, simplesmente porque não nos simpatizamos com ela..
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“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.”(Mateus 5:44-48)
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O inimigo está matando nossa alma e tirando nossa vida, quando somos indiferentes aos sofrimentos das pessoas , simplesmente por não nos envolvermos nos “problemas dos outros” e sair da nossa “zona de conforto.”
Quando não falamos de Jesus, para evitar polêmica ou por outro receio qualquer...
Engraçado que ouço muito comentário de críticas sobre o crescimento desordenado de igrejas. Dizem que hoje qualquer porta de casa é uma igreja. Porém, nunca vi ninguém questionar o crescimento desordenado de bares. E olha que qualquer porta de casa vira boteco também....
Vejo questionarem pastores que pedem dinheiro na televisão, mas não vejo críticas às empresas que gastam milhões em propagandas, divulgando suas megas, teles, e bolões da vida. Ao contrário, vejo essas pessoas apostando e apostando e apostando.... Ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente, nenhum desses milionários... Ah! Mas dando dinheiro para Igrejas, eu não tenho a chance de ganhar uma “bolada” e nas megas eu tenho (?). Outra dúvida: ah, mas os pastores usam esse dinheiro para benefício próprio. Os outros não (?)
Não quero aqui defender esse ou aquele. Até porque não sou eu quem julga. Mas não façamos dos exemplos ruins, um empecilho para buscarmos a Deus. Pois só com Deus conseguiremos nos proteger do inimigo que pode matar o nosso corpo e a nossa alma também. Até porque,
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"Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." (Salmo 127:1)
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Devemos nos proteger da violência urbana e humana, mas nunca esquecendo que quem vai à frente da sentinela é o Rei dos exércitos celestiais. Jesus Cristo!
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“pois aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeçes em alguma pedra."(Salmo 91:11-12)
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Temos a receita para defendermos nosso patrimônio e nossa segurança pessoal, como já descrito no início desse artigo. E qual seria a receita para defendermos nossa alma?
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Efésios 6:13-17 A Armadura de Deus

http://meditarnabiblia.blogs.sapo.pt/3210.html
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"Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estais, pois, firmes tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz, tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus."

Cinturão da Verdade- Satanás luta usando mentiras. Ás vezes as suas mentiras soam como verdades. Mas somente os cristãos têm as verdades de Deus que podem vencer Satanás.
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Couraça da Justiça- Satanás ataca frequentemente o nosso coração - o centro das nossas emoções - dignidade e confiança. A justiça divina é a armadura do corpo que protege nosso coração e assegura a aprovação de Deus. O Senhor nos aprova porque nos ama... Por isso enviou Seu Filho para morrer por nós.
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Sapatos da prontidão para divulgação do Evangelho- Satanás deseja nos convencer de que relatar as Boas-Novas é uma tarefa inútil e desprezível que o peso dessa tarefa é muito grande e que as respostas negativas serão demasiadamente difíceis de ser controladas. Mas os sapatos que Deus nos deu representam a motivação para seguir proclamando a verdadeira paz que está disponível em Deus, e somente Nele. Essas são as boas novas que todos precisam de ouvir.
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Escudo da Fé- O que vemos são os ataques de Satanás sob a forma de insultos, reveses e tentações. Mas o escudo da fé nos protege sobre as setas inflamadas e invisíveis do diabo. Sob a perspectiva divina, tornamo-nos capazes de enxergar além das nossas circunstancias e saber que a suprema vitória é nossa.
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Capacete da Salvação- Satanás deseja que tenhamos dúvidas a respeito de Deus, Jesus e da salvação. O capacete protege as nossas mentes para que não tenhamos dúvidas em relação à obra que Deus realizou para nós: A nossa salvação.
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Espada do Espírito/Palavra de Deus- A espada é a única arma de ataque nesta descrição da armadura divina. Existem momentos em que precisamos de tomar uma atitude ofensiva contra Satanás. Quando somos tentados, precisamos confiar na verdade, que é a Verdade de Deus - A Sua Palavra.

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Tenhamos todos, ótimos dias....

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Meu carinho,

Rose Felliciano.

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