Dois

Foto de Sonia Delsin

RESUMO

RESUMO

Homem e mulher sofriam.
Suas vidas, seus motivos...
Sim, sofriam...
...
O dia nascia.
Um nome a atraía.
A porta de uma sala se abria.
Uma história se iniciava.
De como devia ser um beijo ele falava.
Encantada ela escutava.
O homem era tudo que ela buscava.
Tudo que sonhava.
Que desejava.
...
De poesias ela comentava.
Nas entrelinhas o chamava.

De lembranças eternas ela falava.
Ele em parte discordava.
Em parte concordava.

Dois anjos se encontrando quando o sol no horizonte apontava?
Dois anjos quando seus mundos desmoronavam?
Dois anjos que voavam?
...
Em resumo.
Um encontro.
...
Mudanças depois deste inusitado encontro?
...
Quem sabe?

Foto de Ronita Rodrigues de Toledo

Tarde demais

Se o tempo retrocedesse
Para aquela tarde de verão
Quando em meio a multidão
Tão solitário o avistei...

Se aquela tarde voltasse...
Fosse somente um segundo,
Juro, não exitaria
E olhando em seus olhos
Meu amor confessaria.

Se tivesse dois segundos
Segurava sua mão
E ao seu lado andaria
Sem pensar na solidão.

Se eu pudesse voltar o tempo
Para ao menos lhe explicar
Porque o amor se calou
E a razão pela qual
O destino nos separou...

Se o tempo retrocedesse
Para os segundos daquele dia
Quando pensei te-lo encontrado,
Já era tarde, te perdia...

Ah! se eu soubesse
Que nunca mais o veria...
Que após aquela tarde
Um anjo então se tornaria.

Ah! se eu soubesse...

Ronita Marinho
Registro BN

Foto de ivaneti

Desejo...

Desejo

Foi você que mudou a direção do meu destino
Em seus beijos... senti teus lábios...
Tive medo da paixão... seu amor me deixou zonza.
Se pudesse transcrever minha dor, fazia uma canção!
A lembrança do seu corpo, faz meu sangue ferver.
Te procurei com vontade de te ver,
Querendo apenas encostar em teu ser,
A cada momento que penso em você...
Uma dor atravessa meu peito, como o arco íris no céu...
O corpo fica agonizando, suspirando querendo você!
Rastreei sua pele pelo seu cheiro...
Deixei minha febre te sentir...
Em sua cama... busquei a luz de teu olhar
Um encontro... dois corpos, tomados no desejo
Gritei no silêncio da noite!
Perguntava e eu respondia…
Numa explosão de alegria...
Pois enquanto houver dia...
Meus desejos serão teus...

Foto de Carmen Lúcia

Acalma meu coração

Acalma meu coração
Fala-me com jeitinho
Com todo o teu carinho
Envolve-me em tua emoção...
Leva-me em teus sonhos
Dorme comigo meu sono
Embala-me em tua canção...
Aperta-me junto a teu peito
Conforta-me com esse teu jeito
Me pega de jeito,no leito...
Liberta todos meus medos
Encosta teu corpo ao meu
Que vibra ao contato do teu...
Sinta minh’alma atrevida
Buscando a tua... que é minha
E juntas, suave combinação
Mistura de amor e paixão
Iremos os dois pela vida,
Nos seremos eterna guarida.

Foto de Dennel

Inocência

A inocência abraçada à experiência
Duas gerações em flor desabrochando
Dois corações pulsantes de alegria
Duas vidas que estão se completando

A inocência crê e espera
Da experiência a condução
Águas brotando em fontes cristalinas
Nos braços defensores e fortes de mãe

Beija a vida, celebrando a data especial
Fazendo votos de dias promissores
Crescer, casar, ter filhos, ser feliz
Desejados nesta data triunfal

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de JGMOREIRA

POEMA DO MENINO JESUS - ALBERTO CAEIRO

Poema do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Foto de ivaneti

Amor Real

Amor Real...

Como viver sem falar de nós dois...
Como acordar e não te-lo aqui,
Como é triste minha sina, de sonhos...
Que dor atravessada na minha alma.

Como queria não viver de ilusão,
Poder conter a emoção
Como eu queria!
Ficar mais um dia com você!

Amor! amar! até meu coração cansar
Cansar de ser sua... de continuar!
Eu só queria te ter mais uma vez!

Poder imaginar você
Como um amor real!!!

Foto de Cecília Santos

IMORTAL

IMORTAL
#
#
#
Hoje mais que ontem.
Sei que a vida é eterna.
Nosso corpo vira partículas de pó.
Mas a nossa alma que e imortal,
Ganha a pura liberdade e voa.
Voa procurando novos rumos,
novas moradas.
Vai à procura de outro plano,
de outra dimensão.
Não é ilusão, nem minha imaginação.
Sei que sua vida agora,
tem outras diretrizes.
Seu tempo, seu mundo,
não é o mesmo que o meu.
Sua vida prossegue, com novos amigos.
Novos ensinamentos, novas verdades
Falo com você através dos anjos nos meus
sonhos, atavés da lua das estrelas.
Te encontro em cada estação do ano.
Você está presente na gota de orvalho
de cada amanhecer.
Sinto sua presença na brisa suave.
No sol escaldante, na noite tranqüila.
Sua presença é tão forte e constante.
Que sei que você não me esqueceu,
assim como eu não te esqueci.
Sei que sente minha falta,
assim como eu sinto a sua.
O amor entrelaçou nossos corações.
Jamais seremos dois seres separados.
Meu coração continua a te amar.
Meu sorriso é pra te alegrar.
Meu canto pra te embalar.
Meus braços são ninhos pra te proteger.

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/2007*

Foto de fer.car

DUAS ALMAS EM UM SÓ CORAÇÃO

Não queria lhe amar, ou quem sabe, nem deveria
Você é oposto daquilo que seria o certo
Mas algo me impulsiona aos seus braços
Em seus beijos já não sinto os pés no chão
Tentei me desviar, mudar de rumo e de estrada
Mas no fim do túnel avistei um sentimento puro
Seu rosto sereno e seus olhos tocando os meus
Suas mãos passeando sobre meu corpo
E neste exato momento penso que não consigo evitar
Porque aquilo que mais fujo é o que mais desejo
E se não existe união sem amor, somos o retrato da luz
Se existe perfeição não sei, mas sem você meu peito nem sente
Como planta sem água, música sem refrão
Passos sem direção, e alma sem emoção
Assim apenas deixo que o momento venha
Invada meu ser, prove aquilo que não quis acreditar
Mas tão evidente e claro que já não duvido
Você me ama e este amor é tão lindo
E sendo você meu oposto, tem em si algo único
Como água e vinho, dia e noite
Ao seu lado, vejo, Nós
Como dois em um, duas almas em um só coração

Foto de HELDER-DUARTE

Amor

Amor o que será?

Neste existir onde estará?

Afinal que valor tem, este sentimento,

Sobre o qual poetas, procuraram dar entendimento!

Neste meu modo de ser,

Nesta minha faculdade, a que chamamos razão,

Um facto posso compreender,

E chegar a uma conclusão.

Nesta realidade:

Espaço, tempo e eternidade,

Entre tanto género de amor e amar,

Dois somente vou considerar.

O amor existe em duas dimensões:

uma humana e racional...

Outra divina...

E espiritual!

Mas oh! Alma Humana...

Entende a realidade,

Que o amor divino, é a verdade!

O sentimento humano, age falsamente.

Com interesse e hipocritamente...

É invejoso, mentiroso...

E não caridoso...

Quem este amor tem: é insensível, maldoso,

Pouco compreensível. E preconceituoso.

É pessoa que acusa...Condena, mata.

Ao próximo maltrata.

Este amor olha à aparência e ao exterior.

Ao mal chama bem,

Pois a Deus não tem...

É o sentimento, do homem natural,

Que a todo o doente, apelida de feitor do mal.

Faz tudo o que a seu alcance tem,

Para prejudicar, os que desejam o bem.

Mas o amor de Deus é o verdadeiro,

Pois é o primeiro.

É antes da eternidade,

Vem de Deus, é a verdade.

Por ele Deus, tudo criou.

Este não tem fim,

E por ele o Senhor me salvou,

Da morte, enfim.

Quem assim ama,

Ao seu amigo e até inimigo estíma,

Nasceu para amar,

Até ao ponto, de por Deus e próximo, sua vida dar.

Até no seu falar,

Ainda que com autoridade seja,

Mostra ao seu semelhante amar,

E bem lhe deseja.

É frontal e a favor da verdade,

Enfrenta a injustiça;

Vence a mentira,

Porque tem liberdade.

Oh! Gente humana,

A vós imploro,

Que ameis deste modo!

Aceitai o amor espiritual,

Que de Deus emana!!!

HELDER DUARTE

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