Dor

Foto de Carmen Lúcia

Amar e ser feliz

Somos dois em um, almas coladas,
parceiros de uma vida em comum,
companheiros da mesma jornada,
unidos pelo amor sem-fim.

Se me perco, em ti me encontro
e em mim te aninhas em doce aconchego,
somos dois em um, irei pra onde fores
até onde alcançar esse imenso apego.

Desconheço o ciúme, cúmplice da dor,
chamas bem acesas não há como apagar,
quem ama confia, ou não é amor...
Feliz de quem descobre sua alma gêmea
e passa pela vida, da tristeza, incólume.

Sem ter que perdoar erros que não existem,
viver a lastimar as dores que persistem,
ter pena de um amor que um dia se perdeu,
tentar se enganar que esse amor morreu.

_Carmen Lúcia _

Foto de Peter

O céu na terra

O céu na terra

Isto poderia ser o paraíso
Se cada um desse um sorriso
Isto poderia ser melhor
Se cada um olha-se em seu redor

Um nascer do sol esplenderoso
Apreciar esse astro poderoso
Ver a beleza de uma flor
Admirando todo o esplendor
Mergulhar no mar
E esquecer a dor

Reaprender a amar
Esquecer o ódio e o rancor
Saber perdoar
E a amizade valorizar

Porqué olhar o outro com desdém?
Se afinal o nosso e o melhor que se têm
Ver para além da tristeza
Esquecendo-a como fraqueza
Encarar a dadiva da alegria
Aproveitando-a com toda a sabedoria

Buscar a nossa essência
A unica razão para a nossa existência
Olhar a vida como uma oportunidade
E não como uma fatalidade

Este mundo poderia ser o céu
Se todos tirar-mos o véu
E mostrar-mos a nossa beleza
Fazendo dela a nossa fortaleza

Unir-mos as mãos para tocar-mos no coração
Amor, paz e compaixão
Terão que ser os mais importantes valores
E só a eles dar-mos louvores

Porque o material?
Se o organico é essencial?
Porque a maldade?
Se o bem é a nossa identidade?

Pedro Gomes

Foto de gizela silva

DOI DEMAIS

Hoje está uma noite quente!
mas os reflexos de uma noite revoltada, eu observo!
o ruído dos raios a bater um no outro
è o som das palavras que me disseste hoje!
dói tanto saber que me odeias!
dói demais que não percebas a minha dor!
maldito dia,
maldito dia que te conheci!
maldito dia que te amei!
pensas que sou uma criança!
sim sou uma criança perdida sem o teu amor!
o meu coração ouviu a voz revoltada dos céus!
hoje eles obrigam-me a percorrer uma nova estrada!
uma estrada que não tem a tua presença!
dói tanto ser obrigada a esquecer-te!
dói demais ver a noite a chorar
da mesma maneira que os meus olhos choram por ti!
sei que nunca vais voltar!
sei que nunca mais me dedicarás o teu tempo!
sei que nunca mais irei ter o teu sorriso!
dói tanto estar sentada neste banco
dói demais ser a mulher
a quem esta noite
dedica a sua tempestade!
tenho medo
muito medo que me odeies!
dói tanto estas saudades!
dói demais não ser tua!
dói demais o meu mundo desaparecer!
dói tanto fugir!
dói ir e não puder voltar!

AUTORA: GIZELA SILVA

Foto de gizela silva

UM ROSTO

Sinto o vento no meu rosto,
um vento frio!
sinto arrepios estranhos na minha alma,
como se não fosse a primeira vez que esse vento me acariciava!
observo uma foto que voava com as folhas de Outono,
faziam remoinhos de revolta ate me alcançarem!
uma melodia estranha começa a entrar na minha mente!
uma mente que grita ao meu corpo para se ajoelhar!
eu não tenho poder sobre ele, não tenho poder para recusar!
ajoelho-me e as minhas mãos afastam essas folhas
que me impediam de descobrir a imagem de uma foto.
As minhas mãos sangram,
o meu coração também!
derramam sangue e escondem o rosto dessa foto!
um rosto familiar,
um rosto de pura dor;
de pura magoa!
um rosto que não sabia o que eu sentia
ou talvez um rosto que não percebia o meu amor!
dou voltas e voltas ao meu destino,
recupero forças e levanto a cabeça!
digo a minha mente
– esse rosto não è ninguém!
esse rosto não è nada!
o sangue, derramado pelo meu corpo, seca!
as minhas pernas continuam a percorrer o caminho
que escolheste para nós!
o meu rosto continua a sentir a brisa do vento de Outono!
continuo sozinha, sem essa foto na minha memoria!
continuo sozinha sem essa melodia na minha mente!
continuo sem mentiras,
continuo sem gotas de sangue,
continuo sem ti!

AUTORA: Gizela Silva

Foto de vino silva

Minha Amiga

Diz-me quem te roubou a mente.
quem é que à noite rouba o teu sossego?
Quem é que está por detras do teu subconsciente
E que suspirando sonhas,
e queima em desejo as tuas fronhas?
Por quem clamas,e vaza a dor no peito,
Quando o desejo chega de repente,
E aquece o corpo do jeito imprudente,
Tornando o teu corpo um manto de amor?

Mas sê forte, amanhã é um outro dia,
por enquanto, se agarre ao travesseiro.
e não deixa de orar primeiro.
No amor às vezes nos mentimos tanto
e os nossos sentimentos torna-se
parte da mentira.
Amiga não dé seu corpo de mão beijada
assim como se houvesse algum quebranto,
Acreditando em tudo sem espanto.
Mas não deixa o amor e o medo,
acabar o encantamento,
pois se não for amor,
avida te dará um outro sossego!
Pois se a mentira cabe no amor,
na dor não cabe!

Foto de Isabeluxis

Tudo Passou

Perante dias de angústia de indecisões
Um amor perdido com o tempo e discussões
Faltava -me ar, energia e muito mais
Tiras-te me a vida com coisas casuais

Passei alegrias mas também tormentos
Agora terei de me achar, em mim pensar
Tentar esquecer certos momentos
Fiquei doente pelos meus pensamentos
Débil ,fraca, frágil, sem mais argumentos
Não valeu a pena lutar pelo nosso amor
Pois este já tinha morrido, de tanta dor

Agora voltei a mim , agora renasci
Das cinzas voltei e em fogo me tornei
Do ódio cresceu revolta e força voltei a ter
Para te dizer, foste uma nuvem escura
Que do céu caiu e me molhou, água pura
Mas tudo agora é passado quero é viver

Tomei um partido, uma certa posição
Pois ainda está a sarar a ferida no coração
Mas de tudo isto há uma conclusão
Por muito que possamos dar e amar
Nunca devemos deixar venha prejudicar
Pois a vida já é curta , problemática
Quando nós permitimos alguém com ela brincar

Foto de vino silva

Ciúme

De onde vem tanta tensão,
ciúmes, mágoas e desamor?
Maltratamos à paixão,
calamos o coração.
Dando vazão a este sabor?

Porquê?.Vivemos misturados
De emoções contraditórias,
e seguimos brigando
Por razões tão irrisórias?

Se me queres, eu te quero,
Mas às vezes eu nem sei
Se devo rir ou chorar,
porque no dia seguinte não sei
se tenho amor ou dor.

Brigamos por tudo e por nada,
e a raiva nem acaba na cama
este fatal veneno é o ciúme,
que estraga o perfume,
do nosso amor de lume.

Vivemos um amor total,
que as vezes é bandido e vilão
e em nossos corpos não cabe,
a vontade de leva-lo a um leilão
e ficamos com cicatrizes,
quando olhamos, para nossas crizes.

Foto de betimartins

Solidão!

Solidão!

Entre choros aflitos, entre gritos de dor
Nos chãos sombrios e frios, abandonados
Almas despidas de amor, perdidas
Nas correntes da vida apressada...

Cai a lagrima do avô sozinho, ali
Entregue as quatro paredes do imóvel
Fala baixinho para si mesmo, conversa
Quem sabe se para seu anjo da guarda!

Entre as grades da minha mente, assolada
De revolta, de lamentos sombrios e tristes
Eu sinto dentro de mim a solidão cravada
Como punhais afiados no meu peito aflito...

Pesam como chumbos a solidão que a noite
Trás, impiedosa, justa e melodramática
Que deixa escutar os gemidos que estremecem
O nosso medo da nossa incompreensão...

Mas a solidão também é justa e boa
Quando nos deixa descansar em seus braços
Refletir nossos erros e nossas metas
Para que um dia não sinta mais a solidão revoltada

É justa a minha solidão, mas será justa da criança
Que um dia foi abandonado? A Do meu velhinho?
Aquela que esquece na garrafa atirada na rua
Entre passeios, chuva e degradação da vida...

Ou aquela que aquela mulher que vende seu corpo
Entre lagrimas de repudio, nojo, mas de necessidade
Para a fome matar, a fome dos infelizes e solitários
Que a própria solidão arrasta para mundos incompreendidos...

betimartins

Foto de betimartins

Deixa falar-te sobre o meu amor.

Deixa falar-te sobre o meu amor.

Amor é algo maravilhoso, transcendental
Amor é poder voar sobre teus sonhos e devaneios
Amor é ser livre, mas tu aprisionas-te o meu coração
De tal forma que ele jamais pode libertar do amor.

Eu corri de encontro ao céu e trouxe todas as estrelas
Brilhando e reluzindo na tua vida, fazendo-se lembrar
Que jamais nosso amor ficará no escuro e no esquecimento
Das vidas que os dois corremos a nossa procura, do nosso amor.

Entre lagrimas e sorrisos de pura felicidade, juntos abraçados
Eu quero te contar o que sinto e como sinto ensinar como sou
Deixar minha alma viajar de encontro a tua, livremente e solta
Trazer o manto de jasmins para te refrescar e orientar...

Amor não tem corrente, nem amarras, nem sequer dor
Mas tem tanta cor que trouxe dentro do coração, calor
Quando teus lábios cruzam os meus, beijando, trazendo desejo
De saber a grandiosidade deste amor, deste nosso sentimento.

O amor é paciente, prudente nos julgamentos, acreditando
Que tudo vale por amor, tudo vale a pena mesmo quando
Os outros não acreditam, não sintam, estejam cegos na vaidade
Onde aprendem a sentir a dor, as correntes e as amarras da vida.

O meu amor é o universo pulsando amor e vida, em vários planos
Plano que ninguém acredita ninguém enxerga na vida por desamor
Eu viajo até ao mais distante, o mais belo mundo, o nosso mundo
Onde só tu e eu podemos acessar e onde Deus sorri feliz por nós.

Deus acreditou na nossa força, na força deste amor, abençoando
Cada momento de luta, onde nossa união fica mais firme nas dificuldades
Caminhando os dois na mesma direção, caminhando sem medo de errar
Na luz do nosso grandioso amor, sublime amor que atravessou mares...

Mares e momentos de sofrimentos, perdas, mas firmes, caminhamos
Acreditamos em nós, dirigimos ao nosso Pai e fomos atendidos
E hoje eu posso dizer que sou feliz e posso sorrir de mão dada contigo
Entre agradecimentos ao supremo e falar-te da luz do nosso amor...

Entra a noite majestosa, entre as brumas da vida, entre as rosas vermelhas
Que plantaste em meu jardim, com amor e muita paciência eu me entrego
A ti, trazendo a minha alma pura, despojada de lembranças e tristeza
Deixando-a fundir na tua e assim escrever um mais belo poema de amor...

betimartins

www,betimartins.prosaeverso.net

Foto de MorumySawá

MINHAS VISITAS AO INFERNO

Já visitei o inferno em vida. Já entrei em suas câmaras horrendas diversas vezes. Em todas, padeci muito. Nada tem a ver com o "Hades" mencionado na bíblia e nos estudos teológicos que são dados por religiosos. Aquele que jaz embaixo da terra e começa depois da morte não me interessa aqui. O inferno que já conheci e que me machuca fica mesmo na terra dos viventes.
Já estive no inferno do engano. Há algum tempo debato com um cenário surreal e dantesco que aconteceu dentro de minha mente. Vomito e sujeira, mau cheiro e loucura atolava meu filho no submundo dos tóxicos. Ali não existem humanos, apenas carcaças ambulantes. Sempre que tenho este pesadelo desejo dormir profundamente só para fugir do que testemunhei imaginando no futuro um cenário tão real que aflige não só a minha mente, mas, também a minha alma. Vivo a me perguntar por que os jovens se revoltam contra o sistema a sua volta. Tentam ser livres e acabam criando uma masmorra para si mesmo. Constroem o inferno com suas próprias mãos.

Sempre que desperto deste pesadelo um Lago de Enxofre permeia o mundo em que existo. Cada um dos jovens perdidos neste mundo tem uma mãe e um pai. Pais que choram como eu. Choram por não saber como apagar as labaredas medonhas que teimam em alcança-los.
Já estive no inferno da culpa. Hoje sei que nenhum tormento provoca maior dor que a culpa. Qualquer mulher culpada sabe o tamanho de sua opressão. Qualquer homem culpado fala que os ossos derretem com uma consciência pesada. Culpa é ácido que corrói. A culpa avisa que o passado não pode ser revisitado. Assim as pessoas se submetem a carrascos internos e esperam redenção através de açoites. A dor da culpa lateja como um nervo exposto.

Os culpados procuram dissimular o sofrimento com ativismos, divertimentos e prazer, omissão e loucura. Mas a culpa não cede; persegue, persegue, até aniquilar a iniciativa, a criatividade e a esperança. Recordo quando no final de uma reunião, uma mulher me procurou pedindo ajuda. Seu marido se suicidara de forma violenta. Mas antes, ele procurou vingar-se. Deixou uma nota responsabilizando a mulher pelo gesto trágico. Diante da tragédia, aquela pobre mulher, desorientada e aflita, não sabia como sair do cárcere que o marido meticulosamente construíra.

Já estive no inferno da maldade. Conheci homens nefastos, mulheres perdidas em sentimentos da inveja. Sentei-me na roda de escarnecedores. Frequentei sessões onde o martelo inclemente da religião espicaçou inocentes. Vi pastores alçando o voo dos abutres. Semelhante às tragédias shakespearianas eu própria senti o punhal da traição rasgar as minhas vísceras. Fui golpeada por suspeitas e boatos. Com o nome jogado aos quatro cantos, minha vida foi chafurdada como lavagem de porco. Senti o ardor do inferno quando tomei conhecimento da trama que visava implodir o trabalho que consumiu meus melhores anos de ministério. E eu sem saber como reagir.

Portanto, quando me perguntam se acredito no inferno, respondo que não, não acredito, eu o conheço! Sei que existe. Eu o vejo ao meu redor. Inferno é a sorte de crianças que vivem nos lixões brasileiros em meio às drogas. Inferno é a negligencia de pessoas que se acomodam em seu mundo particular e que se danem os que estão lá fora. Inferno é o corredor do hospital público na periferia de Brasília e em outros estados brasileiros. Inferno é a vida de meninas que os pais venderam para a prostituição. Inferno é a luta que meu filho enfrenta todos os dias quando acorda dizendo que não vai mais ser escravo do vicio.

Um dia, aceitei lutar contra esses infernos que me rodeiam, assustam e afrontam. Ensinei e continuo a ensinar que Deus interpela homens e mulheres para que lutem contra suas labaredas. E passados tantos anos, a minha resposta continua a mesma: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Acordo todos os dias pensando em acabar com os infernos. Gasto a minha vida para devolver esperança aos culpados; oferecer o ombro aos que tentam se reconstruir; usar o dom da oratória para que os discriminados se considerem dignos. Luto para transformar a minha escrita em semente que germina bondade em pessoas gripadas de ódio. Dedico-me porque quero invocar o testemunho da história e mostrar aos mansos que só eles herdarão a terra onde paz e justiça um dia se beijará.

Cleusa de Souza Klein

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