Dor

Foto de Carlos Henrique Costa

Forma humana

O ser corrupto, abrupto pela maldade,
A sombria calada noite, o ser espreita,
Nas vielas, fumaça, desgraça bem feita,
A droga, maldita, dita forjada felicidade.

Mundo moribundo, corroído na cidade,
A vida ensina o que nada se aproveita:
A ira, a dor, a morte é o que se suspeita!
A voz atroz sucumbe à paz e liberdade.

Deforma a forma humana em vira-lata!
Tudo que na vida tem nela se consome,
Sempre mais um trago, um toco cata!

Corpo quase osso, desprovido da fome,
Pela quantidade da droga que o mata!
Pobre homem, nem mesmo sabe o nome.

Foto de Lefurias

Cumplice da dor

Me dói forte no peito,
Por ver você com outro,
Me deixa no sufoco,
Preferia estar morto.

Acabou com meu amor,
Esmagou, dilacerou,
Corroeu meu coração,
Me deixou aqui nesse chão...
Como cumplice da dor.

Nunca me senti assim,
Tão mal, tão ruim,
Na pior, e o pior...
No poço do fim.

Já não tenho mais vontade de nada,
Mas não vou ficar tristinho,
Pode esperar sua malvada,
Meu sangue vai virar vinho,
Você vai ter de ficar calada.

Foto de Lefurias

Amor maiúsculo

Esse Amor, tão grande Amor,
Que deve ser escrito em letra maiúscula,
Para mostrar sua grandeza,
Por onde for.

Amor, tão forte Amor,
Inabalável...
Quando na dor,
Se fortalece, cresce, floresce,
Para uma nova e melhor vida,
Sempre em cada dia.

Amor desnaturado,
Sobrenatural,
No bem, no mal,
Sem sentido, sem razão,
Bem vivido, com emoção.

Que Amor é esse, escrito com letra gigante?
Amor mais forte e bonito a cada instante,
Amor que chama a atenção,
Amor que vale por um milhão!

Foto de Carmen Lúcia

Cala, coração!

Quem irá calar um coração
que bate incontrolavelmente
e sofre a mágoa dessa inquietação
por só querer ser feliz... E a tudo bendiz ,
ainda que sem retorno, em abandono,
mesmo sem uma plausível explicação
que o faça abrandar a pulsação
ante os anseios que incansavelmente
o desnorteiam, o fazem delirar
e liberar fortes emoções...
Ainda que voltem para seu lugar
proibidas de passar...

Ah, coração, que não conhece a vida,
querência imprevista, paixão recolhida...
Inocente, quer se encher de amor
sem saber que ele está extinto
para um coração carente, indigente
e inclemente zomba de sua dor...
De um sentimento profundo
maior que seu próprio espaço,
não cabe em seu mundo...

_Carmen Lúcia_

Foto de giogomes

Falar de Amor

Falar de amor em poesia,
ajuda a passar o tempo em alegria.

A realidade já é preenchida de dor.
Por que escrever sobre todo este temor ?

Basta ouvir o rádio,
abrir uma revista ou ver o noticiário.

Tantas notícias dolorosas,
pouco se fala sobre jardins de Rosas.

Nem de belos Tigres passeando,
só quando para a extinção estão caminhando.

Estamos perdendo a capacidade,
de falar de coisas boas na verdade.

Só informação sensacionalista nos anais,
ou "mundo cão" em nossos jornais.

Não é proposto que neguemos o que lá está,
mas que simplesmente tentemos, essa dor amenizar.

Através de uma palavra amiga,
um abraço em alguém que está de partida.

Um simples prato de comida,
para aquele que só tem bílis em sua barriga.

Uma bola ou boneca de presente,
para aquele que sempre foi carente.

Muito disso só ouvimos no Natal.
Dá ibope, coisa e tal.

É muito bom falar de amor,
consolar o coração de quem tem dor.

Cantarolar paixão todo dia,
transmitir isto tudo com muita alegria.

Sem muito se preocupar,
com classificação etária que irão colocar.

Claro que no amor,
também há momentos de dor.

Mas nada disso é comparado,
ao bem estar de estar apaixonado.

É ótimo falar de amor em poesia.
Não há propaganda e nem hipocrisia.

E não há dinheiro, grana,
que compre espaço neste lindo programa.

(Gio Gomes - 20/10/2007)

Foto de Allan Sobral

Soneto a Meu Deus

Meu Deus,
Hoje te esccrevo em versos,
pois em versos a vida inverteu-se

Fui a mão que escreveu a poesia,
Hoje nada mais sou do que tinta borrada em papel,
Fui o alto da montanha, o alvo do Sol
Hoje nada mais sou que nuvem borrada no céu.

Meu Deus,
Hoje te escrevo vazio,
pois os vazios da vida invadiram-me

Vivo fingindo, atuando o drama da vida,
Me defendo sorrindo,
Vivo morrendo, fingido fugir da morte
Largado a propria sorte,
me entrego chorando.

Meu Deus,
Hoje te escrevo com lagrimas,
Pois em lagrimas a vida banhou-se

Danço sozinho, como vampiro que vivo do amor,
leve sorrizo embreagado e sem cor,
Bêbado da dor.

Meu Deus,
Hoje te escrevo com saudades,
pois só tem falta quem tem amor

ALLAN SOBRAL

Foto de betimartins

Os delicados perfumes do amor...

Os delicados perfumes do amor...

Caminhando nos trilhos da vida, entre enganos e desenganos, busquei saberes, sentimentos e o tão falado amor. Li e reli paginas que pareciam não ter fim e nem inicio, quis entender, mas a mente parecia que não entendia, insisti e voltei a procurar o sentido da vida.

Desenhei sonhos em belas nuvens no céu, deitada na relva fresca, ainda bem menina, no balouço eu podia voar sem medo de cair, queria ser pássaro, ser o infinito e ser a lua discreta onde nos presenteia com seu manto de belas estrelas, no cântico do silencio da noite abençoada.

Cresci, quis aprender rapidamente as lições da vida, tudo que ela nos oferecia, jamais pensando na dor e na indiferença de cada um que cruzei. Ai de mim que tanto sofri, mas como aqui tem café no bule eu soube como dar à volta a vida e a vida colocou armaduras e eu caminhei...

Às vezes caminhava como aquela pequena criança que aprendia quais os passos a dar no caminho tão agreste, mas eu aprendia rapidamente. Chegou o momento que quis conhecer o Criador, afinal era por ele que estava aqui, mas o Criador foi ainda mais professor que a vida...

Duvidei das suas obras aqui neste lugar lindo, duvidei do seu amor, da sua real existência e da sua sabedoria infinita. O Pai Celeste sabe como colocar as sementes de amor em cada coração humano, o maior problema é que muitos deixam sua alma permanecer na maior escuridão e ignorância.

Claro que eu já fui mais que ignorante, claro que tive que conhecer o outro lado para entender este lado que pode escolher como meta de vida e de amor. Hoje ainda aprendo por vezes sem a dor, mas algumas vezes a dor tem que ser imposta por minha teimosia de querer as coisas a minha forma de entendimento.

A outra face da moeda da vida é dolorida, escutando as vozes dos desesperados, o vazio da eternidade mergulhada na mais profunda escuridão. Ainda sinto o cheiro nauseabundo, os cheiro dos vícios, o terror da solidão e as vozes que suplicam arrependimento e ajuda.

A outra parte que reluz amor, é como acenda lha para meu coração, deixando-o feliz, e mergulhado nos mais delicados perfumes do amor.

Perfumes que aprendi, a saber, diferenciar, os perfumes de almas infinitas perdidas no amor celestial, os falados anjos de luz. O perfume do amor de almas famintas de saudade, o perfume do amor de família, que é tão denso, tão profundo e por vezes incompreendido.

È no perfume divino que minha alma repousa, no colo do meu Pai celeste, que acalmo meu coração, deixando-o a conversar uma bela conversa calma sobre a palavra amor e o que ela representa a todos nós.

A minha alma chora em suaves prantos, chora de tristeza, de saudade do Pai que acalma meu coração sofrido, mas sabendo que aqui tenho que continuar a minha parte do acordo e no meio do choro ela ainda acredita nos perfumes do amor.

Acredita que em cada pensamento posso ser esperança, posso aqui escrever sobre a paz que deveria existir em cada um de nós dentro do nosso coração. Eu acredito em ti meu irmão porque eu sei que és capaz e muito capaz de aprender e exalar o perfume do amor.

E te deixo no meu mais profundo sentir, o que minha alma pode deixar aqui fluir como desabrochar da rosa divina branca nestes belos repleta de paz, reluzindo na senda divina, os mais belos raios de luz e amor.

Paz profunda.

Betimartins

Foto de betimartins

Poema da solidão

Poema da solidão

Busquei palavras alegres e elas, sumiram
Sumiram, cansadas do tempo e da espera
Nos rostos cansados, envelhecidos, tristes
Alguns queimados pelo sol quente e agreste
Nos campos, onde ali, nada se passa, somente...
Rasgam nos céus, os abrutem negros, esperando
A hora certa, a hora da morte que espreita, atrevida
Em cada momento, num gesto impensado, espera
No passo mal dado, no gesto desesperado, aflito...
As horas cravam no peito da minha insanidade
A dor de se sentir sozinho, ali no meio do nada
No meio de tudo, no centro da terra, ninguém...
Continuando aprender a solidão da vida, velozmente
Que na espera, sem a grande vaidade e ela é sagaz
No corpo morto, ali, abandonado na mata, sozinho
Outrora, ela fora uma jovem bela e bonita, tão alegre
E foi a cobiça do homem da solidão agressiva, doente
Que jamais deixou entrar amor sadio, puro e inocente
E o seu coração, fechado maltratado e aberto a solidão
Um dia também foi deveras mal tratado por atos de desamor
Mas a solidão não perdoa e cobra sem medo de errar
Vestindo as vestes negras, vestes da noite fria e mal cheirosa
Deixando fluir os fantasmas do passado sombrio! Quantos...
Onde esperam pacientemente o passo prometido, mal dado
Para a tua alma envenenar, povoar tua mente de pensamentos ruins
Esta é a solidão de quem nunca está sozinho, de quem está revoltado...
Quis escrever um poema à solidão e revoltei-me, chorei até
Pelas palavras que escrevi sem querer, algumas bem desagradáveis
Algumas duras e sinceras, mas que dilacera corações, tristes...
Corações que choram sozinhos, choros de desamor
Choros aflitos e sombrios, na agonia de estar sozinho
Na solidão de cada um que caminha por ai... Sozinho...

Betimartins

Foto de betimartins

Poema da calçada...

Poema da calçada...

Descem as pedras da calçada
Entre pontapés esguios, sortidos
Nos gritos abafados das crianças
No andar apressado da Mulher
Aquela que se despe em cada esquina
Aquela que leva o pão para casa
A que fica com dez filhos a sua volta
E a que em veste finas e saltos altos
Ainda consegue trabalhar para si
Na rua da pobre calçada esburacada
O peão perdido do seu cavalo e viola
Jaz entre vômitos, deitado, sujo e inerte
Com cantos em fortes lamentos a vida
O homem do boteco, sentado na escada
Com sua bata já encardida, com olhar triste
Percorre seus pensamentos e chora
Chora por aqueles que já se foram
Uma bola invade seus pés e uma menina
Com um belo sorriso, cheio de luz
Estende a suas mãos e o chama de avô
Entre abraços apertados, temendo
O medo de perder também o seu amor
Mas aquela rua tem um palhaço de vestes
Já meio desgastadas pelo tempo e idade
No rosto pintado os olhos cor de mel
Grandes, cheios de amor, sorrindo
A todos que lá passam de mão estendida
Fazendo pequenas graças, na sua alegria
A noite chega fria com a chuva, a água que cai
Sem parar, enchendo ruas e casas já velhas
O pouco que já tem fica em nada, nada mesmo
Ajudam-se, partilham sua dor, entre abraços
Entre palavras de esperança, no poste sem luz
Seus joelhos já sentem ardor e cansaço
Sem ter para onde ir ficam ali na rua da calçada
Esperando que amanhã seja um novo dia...

Betimartins

Foto de marcos alves

O reencontro

Vivo na minha memória
Habita o meu coração
Faz parte da minha história
Meu coração ta ferido
E muito dolorido
Mas quem nunca sentiu essa dor
È por que jamais amo
Lembro com muita emoção
De tudo que vivemos
E tenho a certeza
Que um dia nos reencontraremos
E quando esse dia chegar
Quero poder te abraçar te beijar
E dizer novamente
Eu te amo Pai
E te amarei eternamente

Autor Marcos Paulo Alves Simões
Em homenagem a seu Pai
Carlos Simões Sobrinho

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