Dor

Foto de Enzo 7231

N320; DA MINHA JANELA 01 DE 02 - VISTA PARA O STRESS (POESIA, DESCRIÇÃO)

Quando acordo de manhã
Depois de me levantar
Vou até à janela da sala
Para um pouco observar

Esta janela é no entanto
Uma porta para o mundo exterior
O que divide o meu lado calmo e pacifico
Do lado do stress e da dor

As pessoas a correr, cheias de pressa
Ainda agora acabaram de acordar...
"Ai tenho que ir apanhar o comboio"
"Ai que me vou atrasar"

E assim de repente
Mais um acidente
Alguém que ia meio a dormir
Não viu o carro da frente

Mais gritos, mais discussão
Mais carros, mais trânsito
Despertam os vizinhos
Bem-vindos ao inferno.

Num banco não muito longe
Onde nunca se tinha passado nada
Há hoje, com três indivíduos...
Assalto à mão armada

A criança faz birra
Quer o colo da mãe
"Cala-te imediatamente!"
Grita ela também

Hoje acontece tudo
É dia de uma manifestação
Entra a policia de choque em cena
Mais violência...mais confusão

Incêndio num prédio velho
Perto do bairro de lata
Onde toda a gente é assaltada
Cada vez que por lá passa

Esta é a vida na cidade
A vida que ninguém merece
Vejo tudo isto da minha janela
Janela com vista para o stress

BY:Enzo 7231
20/08/2009
12:05

Foto de Paulo Master

O Mal Irremediável

Nascer, crescer, morrer. Um ciclo necessário para o bem da humanidade, não apenas um mal irremediável, mas uma realidade sublime, uma dádiva. A função da morte é primariamente permitir a evolução.
Eu vejo a luz! Expressão que ironicamente deixa de existir a partir do momento em que nos deparamos com ela. Após a morte é possível ver a “luz”? No momento em que a luz se tornar visível passará a ser impossível afirmar sua existência. Pacientes terminais que vivem experiência quase morte tem a convicção afirmativa que estiveram lá. A fé não apenas nos leva a creditar a morte, nos faz também acreditar que estamos vivos e podemos seguir adiante.
Na mitologia nórdica, as valquírias eram deidades menores, servas do deus Odin, belas jovens mulheres que montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros iriam morrer.
No campo real essa hipótese deixa de ser uma opção viável, pois é difícil aceitar uma perda. Como seguir em frente sozinho? Um sentimento corrosivo, destrutivo e desleal entra em cena nos tomando as forças, forçando-nos a digerir o triunfo da morte. A definição da morte extrapola o senso comum, um termo pejorativo que exprime um sentimento desagradável e mordaz.
Poderíamos aceitar a concepção da morte como a volta do filho pródigo, aquele que voltou para o seu verdadeiro lar, os braços do pai. A morte como uma entidade sensível é um conceito que existe em muitas sociedades desde o início da história. Uma linha tênue. Os que continuam a viver seguem em um mundo de equilíbrio precário, frágil paz de espírito, uma simples lembrança pode destruir toda sua harmonia. As lembranças são imagens diáfanas de contornos além do surreal, mas que carregam uma figura caracterizada pelo uso de uma referência evanescente. Sucumbir à difícil transição é um ato doloroso. A teoria da “extinção absoluta” personifica a morte, tornando-a real e absolutamente possível embora duramente aceitável.
O escritor sábio do livro de Eclesiastes disse que o dia da morte é melhor do que o dia em que se nasce. (Eclesiastes 7:1).
O sentimento condescendente é complacente a dor de outrem cria uma ligação profunda entre os seres humanos. Afirmações de profundo pesar; pêsames que exprime ou inspira tristeza sombria; fúnebre. Contudo, já nascemos obstinados ao fatídico fim, estigmatizados ao necro acontecimento. A morte, aceitando-a ou não, faz parte do ciclo da vida. O nascimento é o precursor da morte.

Foto de Cecília Santos

Sobrevivi

Sobrevivi aos temporais.
Renovei-me, na minha própria dor.
Encontrei em mim mesma,
motivos para mudar.
Ludibriei as tristezas,
fiz de conta que nunca as tive.
Lancei-me num mar profundo,
busquei forças e sensatez.
Ultrapassei fortes barreiras.
Passei longe do olho do furacão.
Voando nas asas do vento,
buscando paz pro meu coração!

SP/11/2011*

Foto de Paulo Master

Tarde Gris

Em solidão, devaneio a escrita como uma bela dama a bailar ao ritmo da emoção, as letras se agitam sibilantes, com o suave e envolvente ritmo do meu coração. Em júbilo, a magia das palavras se mostra com capricho, num brilho fulgurante. Vejo-me seduzido pelo amor e seu poder inebriante.
Um coração emotivo, de rimas suaves e poetizadas. Sigo falando de flores, amores, solidão e dor, saudade e desejo, afeto e amor. Já falei da noite fria, da aurora mostrei a magia. Suspirei com na tarde gris, do formoso céu, comtemplei o anis.
Desejo alçar um novo voo, quem sabe, suplantar o amor, a liberdade, e pousar naturalmente nos seios da felicidade.

Foto de Izaura N. Soares

A Saudade Dizia... Não! (RONDEL)

A Saudade dizia... Não!
Izaura N. Soares

Banido os versos do amor
Na história triste da paixão
Tropeçam os sonhos em flor
Na semente do coração.

Assim nasceu a solidão
Dentro do coração com, dor
Banido os versos do amor
Na historia triste da paixão

Tamanha foi a minha ilusão
Guardando o sonho com fervor,
A saudade dizia... Não!
Não quero mais o seu calor.
Banido os versos do amor

Foto de Carmen Vervloet

Soneto da Chuva

Gotas escorrem na vidraça da janela
Outras se acumulam nela em relevo
Fica opaca minha translúcida tela
Já não vejo o que sempre vejo.

Meu céu azul hoje está chorando
Num beijo molhado toca a vidraça...
Do que será que está lembrando?
De como era linda a natureza casta?

Em dorido pranto revela sua dor
Gotas de desesperança absoluta
Fonte inesgotável de um intenso amor...

Do alto vê a terra muito destruída
Sempre atento na sua escuta
Faz em água a invocação à vida.

Foto de Carmen Vervloet

Borboleteando

Deixou o casulo,
secou as asas e voou
leve, livre e solta,
pousando de flor em flor...
Depois de um parto dorido
gestado em anos de dor.

Liberdade era tudo que queria,
sentir o prazer de um novo vôo
pousar onde a atraia a cor.

Borboletear... Nos teares do roseiral,
tecer um sonho bonito
nos fios do essencial.

O espírito até então enclausurado
tinha ânsia de bem querer,
o néctar da liberdade
queria em sofreguidão sorver

Pousar na pétala de felicidade macia,
realizar sonhos de sua autoria,
pousar num ninho sem correntes
onde apenas houvesse um beijo quente.

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Dor lancinante

Chorei
De novo chorei
A indiferença machuca
Doi
Uma dor lancinante, pulsante
Impregnante, como um suspiro profundo
No fundo da alma
Doi
Choro lágrimas secas, de sangue
Presas nas entranhas, no oco do peito
Dilacerando meu coração
Estou seca, o ar pesado entra e parece me atordoar
e ao fundo, escuto uma voz fraca
Sou eu, pedindo socorro baixinho, sem forças
Quero viver, quero amar de novo

Foto de Carmen Lúcia

Só o amor...

O amor pode gerar
com a mesma intensidade,
em gotas de simultaneidade,
o sorriso da alegria e a lágrima chorada,
a euforia à revelia e a dor já saturada,
a agonia da partida e o júbilo da chegada,
a tristeza em desvario e a satisfação sonhada,
a malícia do desejo
e a candura da ingenuidade,
a mentira tão sincera
e a verdade mais austera,
a experiência não vivida
e a vivência despercebida,
a felicidade bem sentida
dos momentos sacramentados,
instantes que marcam a vida,
que fecham ou abrem feridas.

Mesmo diante de desafios,
do certo ou do incerto
só o amor aponta
corretamente os trilhos
onde devemos passar.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Faça de conta...

Se me vir andando pela rua
finja que jamais me viu,
como se esse meu olhar triste
por um motivo qualquer surgiu
e que não foi você o causador
do estrago que em meu peito
transformou-se em dor.

Finja com naturalidade
como sempre muito bem o fez
fazendo parecer verdade
a mentira que nunca desfez,
que se vestiu de autenticidade
levando-me a crer que o amor
nunca pudesse morrer.

Mude de calçada, siga calmamente,
deixe que as mágoas todas eu transporto,
mesmo com a alma pesada
pela dor que transbordo.
Faça de conta que a culpa foi minha,
que toda farsa em meu ser se aninha...
Deixe que eu carregue o peso desse fardo
e siga como se nunca o houvesse amado.

_Carmen Lúcia_

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