Encontro

Foto de Salome

A tua Presença

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Nessa magia dos teus versos dilacerados,
Os fragmentos de momentos desmedidos
Me sussurando os teus desejos e anseios,
Instintos me levando ao teu encontro...

Presença destemida em sua carícia imortal
Me enfeitiçando, desnudando minha alma,
Me implorando com sua inocência carnal...
Insistência dilacerando desejos passados

Enigmas, máscaras fragmentadas no chão
Entre este jogo de encantos e de sedução
Domando incertezas incontidas e perdidas,
Acalentando paixões finalmente liberadas

Anseio de te tocar dilacerando meu corpo,
Instintos implorando e, me fragmentando,
Teu antro me sugando a te corresponder
No sopro do desejo desse teu fiel querer

Segredos apagados nos ecos da ousadia,
Sensualidade à flor da pel, implorando os
nossos corpos a se fomentar da melodia
Que um dia se apagou para hoje retornar.

Aníma desta oração, em tuas madrugadas
Me disfarço... e me desfaço!...

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Copyrighted Sept. 2008" - Salomé

Foto de Cretchu

ZIKR

Quando chego cansado de meu trabalho, encontro minha amada e sorrimos um para o outro. Pergunto como foi seu dia e ela me diz com sua voz que me estremece onde quer que eu esteja. A escuridão se abranda enquanto setenta mil véus entre minha amada e eu são removidos, deixando meu coração iluminado. Assim, eu descanso nos braços de minha amada que brilha como a felicidade e que é o meu destino.

Foto de Sonia Delsin

UM CASTELO DE CARTAS

UM CASTELO DE CARTAS

O barulhinho monótono da chuva na calha a fazia enrolar-se no
ededrom macio. Alma passara grande parte da noite insone.
Meire a havia prevenido quanto àquele homem. Ele a faria
sofrer.
Quando abrira o coração com a amiga, a loira exuberante que
convivera com ela desde a infância tentara alertá-la.
__ Minha querida. Estes homens não são o que aparentam ser.
Ele diz estar carente, mas a verdade é que só procura uma
aventura. Não vá se apaixonar por ele.
__ Mas Meire, ele parece ser tão sincero. É que não viu os
olhos dele.
__ O que há com os olhos dele?
__ São verdadeiros. Ele fala olhando em meus olhos. São uns
olhos tão azuis, tão bonitos.
__ Menina tola. Nem parece ter quase trinta anos. Não
aprendeu ainda a viver. Faça como eu.
A amiga despediu-se beijando-a na face.
__ Cuide-se. Os homens casados estão em busca de uma
aventura. Não querem nada sério. Não vá se apaixonar por ele.
Sérgio marcou um encontro no meio da tarde e ela foi encontrá-
lo toda feliz.
Já haviam se visto uma meia dúzia de vezes. Nas duas
primeiras só conversaram. Conversas gostosas, um beijinho, um
afago.
Nas outras vezes foram a um motel. Ela havia perdido a
virgindade aos vinte anos e raramente encontrava-se com um
rapaz. Estivera estudando, trabalhando tanto.
E o tempo passava.
Naquela exposição conhecera Sérgio. Ele não escondera que era
um homem casado e pai de dois filhos. Dez anos mais velho.
Sentiram enorme atração um pelo outro, mas ela nunca sonhara
para sua vida ser um “caso” na vida de um homem. Desejava uma
família de verdade, filhos.
Ficaram duas horas se amando e por fim ela confessara que
esperava mais de uma relação que encontros casuais. Queria
uma relação mais sólida.
__ Alma querida, sou um homem casado. Nunca lhe escondi
isso. Nunca lhe prometi nada.
Ela baixou os olhos e falou baixinho:
__ Eu sei. Fui uma tola em pensar que poderia...
__ Eu nunca falei que me separaria.
Vestindo-se ele falou que seria melhor não se encontrarem
mais.
__ Você merece encontrar a pessoa certa. Não sou a pessoa que
você precisa para sua vida. Melhor não nos vermos mais.
__ Mas Sérgio...
__ É melhor assim querida. Você vai encontrar um sujeito
legal e vão se casar.
Um beijo frio na despedida.
Acontecera no dia anterior.
Meire a tentara alertar. A amiga experiente tentara lhe abrir
os olhos.
Ela estivera criando com a fértil imaginação um castelo de
cartas e doía-lhe vê-lo desmoronar.

Foto de Sonia Delsin

LAÇOS ETERNOS

LAÇOS ETERNOS

Era uma vez um menino e uma menina.
Viviam numa terra onde a lua clareava um lago e iluminava tudo ao redor. A menina vivia num castelo e o menino numa cabana.
Ela a se cobrir de ouro. Ele a se cobrir de trapos.
Enquanto ela brincava com lindos brinquedos ele vivia a atirar uma flecha em direção a um mourão de cerca.
Entre os dois existia um abismo. Um enorme abismo, mas que transpunham com grande facilidade, já que os dois eram providos de lindas asas.
Um voava de encontro ao outro, o sol e a lua testemunhavam, mas se calavam.
Estiveram apaixonados desde todo o sempre.
Dava gosto vê-los a se falar, a se olhar, a se acariciar.
Em suas brincadeiras o garoto vivia a perseguí-la e a perseguição resultava sempre num abraço bem apertado.
Em carícias e promessas de amor eterno.
Os primeiros anos se passaram, vieram os anos juvenis e os dois descobriram que podiam ser tão infelizes.
As asas enfraqueciam diante da constatação de um fato. O amor que sentiam era proibido.
A mocinha foi se entristecendo, o rapaz se abatendo e um dia o chamaram para a guerra. Ela ficou a chorar e ele foi pela pátria lutar.
O tempo passou e um dia ele voltou. A procurou e a encontrou casada.
A sua amada, a sua eterna namorada estava casada.
Ele temeu uma aproximação.
Não devia, nem podia.
Tudo acabado?
Ela o viu a caminhar na aldeia e o chamou.
Foi do pai a infeliz idéia de uni-la a um homem tão mais velho. Não o amava e era tão triste sua vida agora.
Ele a abraçou dizendo que era tarde demais para os dois. Que o amor precisava morrer para que eles continuassem a viver.
Quis se afastar, mas ela o chamou com o olhar.
Ele a beijou e descobriu que nunca nada os separaria.
Viveram por muito tempo uma vida dupla encontrando-se às escondidas na cabana.
Um dia ele se cansou da espera, da tristeza de ter que dividir com outro a mulher de sua vida e partiu.
A cabana vazia a fez chorar, chorar...
A lua no lago nunca mais quis entrar.

Foto de Rose Felliciano

Luz, mesmo não sendo dia...

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"O que é o Amor, me pergunto
Se nesse estado bruto em que me encontro
Dos desencontros e sofrimentos
Quantos lamentos....

Momentos lindos, paixões loucas
Nas horas poucas
Saudades muitas, esquecimentos
Lembranças, silêncios, nada mais...

Isso é o Amor, me responda
Apenas momentos de claridade em chamas
E eternas noites, onde a escuridão me ronda?...

Não, não mais me enganas...
O Amor não é a vela da covardia
O Amor é Luz, mesmo não sendo dia..." (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*

Foto de Manu Hawk

Noite Quente de Verão (Conto)

"Noite Quente de Verão"

Sexta-feira, mais uma, como muitas outras! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de poder me divertir muito com os amigos. Nessa em especial, melhor ainda, pois conseguimos marcar um encontro onde todos do setor poderiam estar presentes. Colocaríamos o papo em dia, beberíamos, flertaríamos, e dançaríamos muito!!!

Cheguei atrasada, e nem pude confirmar se estava de pé o encontro. Eram poucas pessoas no setor, mas “ele” em especial, era o que mais importava, o que queria confirmar era se “ele” iria realmente. Enfim, chegamos ao fim do dia, e para minha decepção, mais uma vez, “ele” foi o primeiro a dizer que não poderia ir. E logo em seguida, quase todos disseram o mesmo. Desânimo total. Só eu e mais um amigo poderíamos ir. Nos olhamos, rimos da situação e resolvemos ir assim mesmo. Estava bem desanimada, mas logo que chegamos, meu amigo pediu duas cervejas, coisa que não devo beber de forma alguma, rs. E não paramos aí, desce mais duas. Papo vai, fofoca vem, e mais duas. Ele afasta, carinhosamente, o cabelo que caiu no meu rosto. Estava uma noite linda, e quente de verão, quente em todos os sentidos, e merecia mais duas. Brincava com minhas mãos enquanto falava. Nunca havia conversado tanto com “L”, era um cara bem divertido, inteligente, super atraente. Engraçado, não havia reparado nisso antes. Resolvemos dançar.

A partir desse momento tudo mudou, não sei se foi efeito da cerveja, da música alta, ou sei lá do que mais, mas já estava olhando-o de forma diferente. No exato momento em que fomos dançar, mudaram pra pagode, parei e disse que não sabia dançar aquilo. Não tenho nada contra, mas não era o meu forte. “L” riu e disse que não precisava saber nada, era só se soltar e dançar, ele levava. Levou bem, bem demais! Senti aquelas mãos firmes me pegarem, aquele corpo colar no meu, e me levar. Parecia que deslizava, nunca imaginei que dançaria assim, tão solta e tão junto daquele homem. Que cheiro gostoso...

Em alguns momentos sentia as pernas roçarem nas minhas, no ritmo da música, como se entrasse pelas minhas, e depois afastava, rodava e voltava colando novamente, sem vontade de desgrudar mais. Ria muito, nunca dancei tanto, até que nossos olhos se encontraram, estranho, o ritmo mudou, ficamos lentos, algo dentro de mim acelerou, nos beijamos. Um beijo louco, cheio de tesão, começando pela língua de leve na boca, a música alta, e nós ali, no meio da pista, quase que sugando um ao outro. Recomeçamos novamente, agora abraçados, levados pelo novo ritmo que se tornava cúmplice do roçar de corpos. Corpos quentes, gritando de tanto tesão, onde podíamos sentir exatamente o que cada um implorava. Paramos, os olhos diziam tudo, recuar seria impossível, não foi preciso falar mais nada, um minuto e saímos dali. “L” estava no Rio de Janeiro há algum tempo e fomos para seu apart, não acreditávamos no que estava acontecendo, mas também nem queríamos encontrar explicação, apenas seguir nossos desejos. E foi assim o resto da noite, durante a madrugada, vendo o dia amanhecer, e por todo o fim de semana, apenas atendendo aos comandos dos nossos desejos, dos nossos corpos, de uma magia que não podia ser quebrada. Mãos ardentes, roupas no chão, bocas carinhosas, línguas exploradoras, encaixe perfeito, movimentos deliciosamente alternados, doces, furiosos...deleite!

Segunda-feira, mais uma, mas essa como nenhuma outra! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de podermos ficar juntos. E foi assim por todo o mês, até "L" voltar para sua cidade. Mas voltou outras vezes, muitas e muitas vezes, e sempre acontecia igual nos encontros, mas diferente em nossas loucuras, em nossos desejos. Era estranho, poderia passar meses, e quando nos encontrávamos o tesão era o mesmo, parávamos tudo para dar vazão a nossa fúria, roçar nossas bocas e coxas, arrepiar nossas almas e preencher nossos vazios!

O “ele” do setor? Nem lembro mais, e graças à decepção, conheci alguém especial como “L”.

(por Manu Hawk - 21/05/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Tua Fêmea para sempre

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Um encontro combinado
Uma atração singular
Fogo da saudade que queima, arde e explode
Na imensidão da paz

Um sentimento tal
Que desperta instintos selvagens
Os teus lábios nos meus lábios
Um amor que não morre jamais

Quero novamente dedilhar teu corpo
Saciar essa paixão acesa,
Esse amor incontido
Com as mãos, lábios e dentes

Despertar um outro sonho
Com carícias indecentes.
Devora meus sentidos :
Sou tua fêmea pra sempre

Foto de Graciele Gessner

Você, Minha Pura Ilusão. (Graciele_Gessner)

Você que não se encontra ao meu lado.
Você que declarou um dia me amar.
Você que fiquei a esperar.
Você que jamais veio a me procurar.
Você que um dia foi tudo e soube-me conquistar.
Você que hoje não representa nada em minha vida.
Você que um dia me apaixonei intensamente.
Você que um dia amei sem limite.
Você que o tempo me fez esquecer.
Não tem mais sentido permanecer,
Nada mais se faz necessário...
Por que insistir nesta história?
Nossas vidas tomaram outros rumos.
Não encontro mais os mesmos encantos.
Você é a minha pura ilusão.
Você é página vira, é apenas recordação.
Você não é dono do meu coração.

18.05.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Cretchu

GIRO DERVIXE

Àquela que me despertou de meu sono

Quando termino meu trabalho ao final da tarde, desço para minha casa. Passo pelas vacas Jersey, devagar para não assustar as fadas. Em meu quintal encontro aquela por quem espero. Seus cabelos são as moradas do sol, sua pele derrama o leite mais doce. Observo-a em silêncio. Ela baila pousando seus pés macios sobre a terra, os longos braços delicados e brancos se mexem suavemente. Quando me vê sorri para mim, e sua voz é o som do Universo que cintila em seus olhos castanhos.

Foto de Carmen Vervloet

A FLECHA ACERTOU UM SÓ CORAÇÃO

O universo por inteiro conspirou
Juntou ondas de energia
O deus Eros confirmou
Tecendo a nossa magia.

Os anjos bateram palmas
Era para ser um lindo dia
A junção de nossas almas
Misturadas na poesia!

As flores dançavam valsa,
As ondas vigilantes e calmas
Embalavam suavemente nossa balsa,
Mágica ponte do encontro,
Do destino entrelaçado ponto a ponto.

Mas dentro de mim tudo feneceu
Nada disso você percebeu!
A flecha acertou um só coração
Que chora a desilusão!

Mesmo assim ofereço-lhe, regada em lágrimas,
Minha violeta lilás
Quem sabe seu perfume, busque lembranças lá trás!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

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