Escuro

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

ESPERANÇA.

ESPERANÇA

Quando teus olhos adentrei...
Vislumbrei uma proposta de futuro...
Quando de teu coração me aproximei...
Senti que estava em um porto seguro!!!

Mulher, amiga amante e companheira...
Minha existência completou...
Bonita, cúmplice, meiga e feiticeira...
Também do meu coração se apoderou!!!

Campânia de caminhadas...
Lenço suave para minhas lagrimas enxugar...
Ombro amigo nas derrocadas...
Platéia lotada para me incentivar!!!

Amor sempre presente...
Serviçal constante quando o assunto é somar...
Presença marcante...
Sempre pronta para me amar!!!

Mãos dadas em direção ao futuro...
Corações unidos a caminho da paz...
Chama que me aquece e me tira do escuro...
Amor como este nunca mais se desfaz!!!

Foto de Marta Peres

Quando tudo parecer perdido

Quando nada mais importar
quando pensar ter as portas fechadas
quando nada fizer sentido
ter o corpo cansado, abatido pela doença,
procure ver o sol,
fortalecer na Fé, Esperança,
o passado não é perdido.

Se hoje é o escuro, amanhã
haverá sol
e o sol quente, aquece o coração
enche a vida de Esperança
faz com que a noite passe ser dia.

Então pára, pense em toda sua vida
veja, a causa não é ainda perdida
tenha calma, paciência,
não chore amarguras
a vida inicia-se outra vez.
Marta Peres

Foto de Marta Peres

Sono da Rua

Minha rua dorme ...dorme sossegada
Pois é escuro e nem os meus passos
Ouve, dorme o sono dos sossegados
E puros.

Dome minha rua dorme...
Não demora o apagador de lampiões
Entrar em teus jardins formosos
E como ladrão roubar a paz do teu sossego.

Dorme...estou eu cá, vim pra te vigiar
E velarei teu sono, ninguém há de molestar.
Dorme minha rua há escuro e cá, eu sobre
o muro ouvindo as estrelas cantar.

Dome minha rua, dorme...
O vento a cantar na calçada
E enovelado como um cão dorme tranqüilo
E a lua inda brilha com as estrelas.

Dorme minha rua...dorme...
Vou sair bem devagar,
Meus passos serão macios e calmos
Como se nuvens estivesse a pisar...
Marta Peres

Foto de Mathefius

Frio

Frio

O dia surge lindo e quente. O sol brilha com uma intensidade invejável.
O cheiro da terra ainda úmida pelo orvalho da madrugada, torna-me ébrio de saudade.
Não sei ao certo o que faço aqui. Por que está tão escuro? Por que as paredes parecem vir de encontro a mim tomando-me o fôlego?
Lembro-me do teu sorriso, puxa! era avassalador!
Sempre que me sorria parecia que o céu vinha ao meu encontro.Teu beijo doce me fazia pensar em pêssegos. Tua pele suave, tal qual a mais pura lã, me aquecia e confortava. Toda vez que eu respirava tinha a certeza da vida!
Frio!!!
Por que parece que não posso enxergar? Bom, ao menos me conforto em saber que estou aquecido envolto nessa lã tão macia, mesmo assim ainda sinto frio, meu corpo estático, rígido, o que há?
Percebo o dia tão belo, o sol brilha, as flores daquele jardim parecem compôr um balé. Vejo a terra! Ainda está úmida do orvalho da manhã. me parece agora que estou vendo através dela.
Mais porque estou deitado? Pareço tão pálido! Porque estou me vendo como se...
As flores murcham rapidamente, o sol está incoberto por um grupo de nuvens negras, o vento sopra ferrozmente.
Não sinto meu corpo! Não consigo respirar! E esse gosto de fél em minha boca.
Frio, frio, frio!
Onde está você? por que não a vejo? Porque não estás do meu lado para confortar-me e me guiar para longe desse pesadelo?
A insanidade já toma conta de meus pensamentos. Já não me pertenço!
Vermes malditos!!!
Vejo a alegria e o sorriso sarcástico em suas bocas.
Comam! Saciem-se!
Podem devorar meu corpo mais jamais terão a minha alma ou o meu coração. Estes eu já não tenho mais, presente-ei em vida ao meu grande amor e nela sei que sobreviverei.
Gélido, me despeço.

Adeus!

Foto de val_dinei

Feliz Sofrimento

Naquele dia mais que perfeito você apareceu em minha vida como um anjo, seus olhos como estrelas brilhando, e eu te admirando.

Queria que aquele momento fosse eterno, sonhei sempre em ter você por perto, com seu sorriso lindo me alegrando, seu olhar me fazendo viajar e seu corpo me fazendo delirar.

mais que pena não foi assim, em um instante percebi que te perdi, e que não a teria nunca pra mim.

Te perder foi como perder meu coração, mergulhei em um mundo escuro cheio de solidão e perdi completamente a razão, mais por tanto amar você te deixei partir...

Imagine o quanto que eu sofri sem você perto de mim!!!


Mais foi melhor assim eu sofrendo mais sabendo que em algum lugar você estava feliz.

BY: Valdinei de Oliveira

FROM: Mariane S. Prado

Foto de Lou Poulit

NÃO CABEM DOIS MARES NO MEU ABISMO

Não cabem dois mares no meu abismo. Não resplandecem duas estrelas na minha escuridão, nem duas manhãs podem beijar o reabrir dos meus olhares. O meu sonho incauto colhe os ventos rebeldes que o arrebatam, e o peito do alto tolhe as vagas que lhe desafiam, mas no silêncio milenar das suas profundezas o meu amor não se desalinha. Pelas imensuráveis distâncias do próprio cosmo, o meu amor peregrina e das palmas que lhe acariciam esmola: de cada era a prece em que tardo e a bailarina, em quem como um raio ardo e me esvaio, com cada passo tece o cetim no espaço, o olhar que toca a tez amada quando amanhece.

O relâmpago, que a eternidade de um instante proclama, não alforria duas senhoras, nem duas escravas lhe possuem a chama. O hálito morno, que áspero lambe o leito e dessedenta o rio, e como um senhorio crava estrelas em suas areias, só tem uma pataca. Para que dois alforjes? Não são de sandálias as suas pegadas, mas onde aponta o velho cajado ancora-se o frêmito do escuro ao firmamento, como se ao crepúsculo o amor ancorasse o vento e, a se deserdar do fim iminente, sentisse o que o músculo não sente. O corpo da amada não mente, o botão guarda o instinto da rosa. O templo espera, de uma só direção, pela manhã sestrosa que há de lhe dar vida às pedras.

Pois que venha o amor no dia das algas. Abissais, viscosas e quentes, esgalgas algas, crispadas no rastro das correntes, rubras espadas a sua conquista. Virá o tempo do grito rijo, nas entranhas do torpor. Virá a madrugada ao regozijo do repouso. Amada, virá o amor tardio... Ah, o amor vadio, sem peja ou medo, a mais doce peleja, o mais furioso brinquedo. Virá na ponta do dedo, no gume da fala, descabelar a pérola numa luta que na vala brota, de pétalas no fundo da grota... O pórtico exíguo e seu tímido obelisco hão de ser soterrados sob as asas do pégaso amado, para que apenas as suas estrelas rasguem o negrume e habitem o instante. Ah, o amor... Pelo caminho dos pirilampos o amor virá com seu tropel. Mas que não venha pelos campos, nem do mar nem do céu, mas com um canto gutural o amor mais visceral venha do nosso passado... E domado como um bicho amante, pela crina, há de transfigurar-se em doçumes, no vau largo da bailarina, num último cismo de lumes. A manhã pertencida espreguiça o levante, sem posses ou posseiros, sim à vida... E nunca mais aos ciúmes.

(Itaipú, 21/julho/2007)

Foto de nelllemos

Ilegal

ilegal
meu amor escuso
escuro
que escondo detrás
dos quadros na parede
esse amor que jogo em baixo dos tapetes
que fujo
mas ele me persegue
ele quer me encontrar
e me acha
toda
inteira dele
mole
meu corpo se entrega
minhas ancas em suas mãos
minhas mãos em seu corpo em espasmos
meu corpo queima
estremece
sou dele agora
sedento eu o bebo
sugo cada liquido seu
já não tenho como fugir
não
já não quero mais fugir

Nell Lemos

Foto de Vanessa F.

Perdida...

Caminho escuro e de difícil retorno
Aquele que me fazes percorrer.
As vozes do silêncio tomam conta de mim
Como as amarras que me prenderam a ti.
De voz e coração atado,
Caminho por atalhos clandestinos
Na esperança de encontrar milagres
Que me desprendam de tudo o que me sufoca…
De tudo o que odeio sem amar
E do que amo sem querer.
Feridas que não tendem a sarar
Choram por ti na noite fria e agreste.
Que de tão escura
Cega os olhos e gela o coração que
Arde por ti,
Que te implora por luz que te recusas a dar
Para o caminho escuro iluminar.

Foto de rodmar49

Amor que morre!

Amor que morre...
momento triste...
quando olho para ti...
e o tempo ainda existe.

Lua Nova no céu...
Sol que escurece...
Mares de macaréu...
coração que endurece.

Veias de sangue lento...
sangue escuro de dor...
coração que bate sonolento...
pelo findar deste amor.

correm por meu corpo tormentos,
como turbulentos rios...
agitam todos meus sentimentos...
em ondas de cerrados frios.

Só ficaram recordações...
daquele amor arfante...
dois doridos corações...
de paixão agonizante.

Foto de Stacarca

Amor funéreo

Amor funéreo

"A chaga que 'inda na
Mocidade há de me matar"

A noute era bela como a face pálida da virgem minha. O luar ia ao cume em recôndita dentre a neblina escura que corria os escuros delírios. Eu, pobre desgraçado levava meus pés a mais uma orgia a fim de esquecer a minha vida de boêmio imaculado. - Ah! E minha donzela morta que lhe beijava a face linda? Hoje, Não esqueci de ti, minha virgem bela de cabelos dourados que com as tranças enxugava meus prantos em dias de febre qu'eu quase morria, nem de seus lábios, os doces lábios que nunca beijei em vida, os mesmos que emudeciam os rogados de cobiças fervorosas? Sim, ó donzela de pele pálida que sempre almejei encostar as mãos minhas. Hoje, êxito de sua bela morte, sete dias sem ti, minha romanesca linda dama que as floridas formas diligenciavam os mais escuros defuntos. Os mesmos que indagam da lájea fria?
As lamparinas pouco a pouco feneciam na comprida noute que seguia, a calçada de rebo acoitava outros vagabundos que a embriaguez tomara, o plenilúnio se destacava no céu escuro, como um olho branco em galardão, magnífico. Ah como era bela a área pálida, e como era de uma beleza exímia, tão mimosa como a amante de meus sonhos, como a donzela que ainda não cessei d'amar.
- Posterga a defunta! Diziam as amantes!
- Calem-te, vossos talantes nada significam meretrizes de amores não amadas, perdoai-me, o coração do poeta nada mais diz, pois de tão infame, 'inda que vive, exalta aquela que não mais poderás oscular!?
O ar frio incessante plasmava em minha fronte doente, rígida, sequiosa pela douda vontade d'um beiço beijar, As estrelas fúnebres cintilavam, não eram brilhos obtusos, eram infladas e que formavam uma tiara de cores que perscrutava a consternação do ébrio andante, solene co'uma divinal taciturnidade. A'mbrósia falaz diria um estarrecido boêmio. Aquele mesmo que sem luz entreve o defunto podre que nunca irá de ressuscitar?!
A rua tênebra na qual partia, musgos fétidos aos compridos corredores deserdados p'la iluminação tênue dos lampiões avelhentado co'o tempo, lírios, flores que formavam a mistura perfeita d'um velório no menos pouco bramante, as casas iam passando, as portas vedadas trazia-me uma satisfação soturna, as fachadas eram adiposas e de cores sombrias, ah que era tudo escuro e sem vida. Como eram belos os corredores azeviches, aqueles mesmos que as damas trazia para gozar de suas volúpias cândidas que me corria o coração no atrelar aureolo.
A disforme vida tornara tão medíocre e banal qu'eu jazia a expectação feliz. – Pra que da vida gozar? Se na morte vive a luz de minha aurora!
- Hoje, sete dias rematados sem minha virginal, ó tu, que fede na terra agregada e pútrida comida p'los vermes, tu que penetraste em meu coração como o gusano te definha, tu que com a palidez bela pragueja as aziagas crenças banais que funde em minha febre, tu que mesmo desmaiada em prantos a beleza infinda, tu que amei na vida e amarei na morte. Ó tu...
No boreal ouviam-se fragores d'um canto sanhoso, era uma voz bela e que tinha o tom lânguido de um silêncio sepulcral, bonançosa era a noute, alta, os ébrios junto as Messalinas de um gozo beneplácito, escura, os escárnios da mocidade eram como o fulcro de uma medra irrisória, e o asco purpurava uma modorra audaz;
A voz formidolosa masturbava minha mente em turbadas figuras nada venustas.
Assassinatos horríveis eram belos como um capro divinal que nunca existira, o funambulesco era perspicaz que aos meus olhos era uma comédia em dantesca, os ébrios junto às prostitutas que em báquicos meio a noute fria gritavam, zombavam na calmaria morta, as frontes belas eram defeituosas que fosforesciam no fanal quimérico. Cadáveres riam nas valas frias do cemitério donde foras esquecidos, os leprosos eram saudáveis, os bons saudáveis eram leprosos fedidos que suas partes caíam no chão imundo, as lágrimas inundavam as pálpebras de revéis em desgosto, a febre desmaiava os macilentos, pobres macilentos que desbotavam aos dias.
Era tão feio assim.
- Quem és? De que matéria tu és feito? Perguntei e os ecos repetiam.
O silêncio completava os suspiros de meu medo, a infâmia percorria a ossatura lassa que o porvir eriçava. Tão feio tão feio... – Quem és? Porque me tomas?
Riu-se na noute. Riu-se de uma risada túrbida que nas entranhas me cosia. – Não vês que o medo é o lascivo companheiro da morte? Não sentis que a tremura d'amplidão oscila o degredo da volúpia? Não ouves o troado que ulula por entre os caminhos perdidos da vida? Não crês que a derrocada és a fronte pálida do crente que escarra?
Quem és tu? Quem és? Repetia a estardalhaço.
Um momo representava como um truão, júbilo em tábido que vomitava uma suspeição incólume, do mesmo modo como espantadiço em vezes. O medonho ar que cobria as saliências da rua era fugaz, não era do algo aturdo que permanecia em risos na escuridão das sombras de escassa claridade da noute, parecia vim de longe, cheirava ruim a purulenta, como um cadáver tomado pela podridão do tempo.
A voz: – Sentes o olor que funde do leito da morte? Ei-lo, a fragrância de sua amada como és hoje, podre como a fé de um assassino salivante, oh que não é o cheiro de flores de um jardim pomposo, nem da inocência dos ramos de sua amada que não conseguiste purpurar em seu cortinado!? A voz espraiava uma fé feia, pavorosa como o cheiro lânguido em esquivo.
– Insânia! Insânia! Insânia! Gritava como um doudo ínvio.
A tom lamentoso da voz era horrível, mas... Era uma voz análoga e invariável. Nada poderia mudar o estranho desejo, ouvir a voz blasfemar palavras lindas dolentes.
- Ora, porque tu te pasmas? Quem és a figura a muladar o nome de minha donzela?
O vento cortava o esferal cerco da quelha, os dous faziam silêncio ouvindo a noute bela gemer lamúrias de quinhão. Era tão calmo, tão renhido...
- Moço, não vede os traços que figuram de minha fronte? Não vede que as palavras são como a tuberculose que nos extenua arrancando os gládios do peito? Não vede o amor que flameja e persevera perpetuando aos dias como a cólera. - Agora ouvi-me, senhor! Maldito dos malditos quem és? O que queres? – Sois o Diabo?
O gargalhar descortinava as concepções desconhecidas, era como o sulco dos velhos tomado p'la angústia das horas, do tempo, dos anos. Não era o Diabo, tampouco um ébrio perdido na escuridão da madrugada, nem menos um vagabundo escarnecido e molestado p'la vida das ruas.
A voz: - Quereria saber meu nome? Que importa? Já-vos o sabes quem sou, Pois? Não, não sou o Diabo, nem menos a nirvana que molemente viceja entre as doutrinas pregadas por idiotas vergastas. Não sou o bem nem o mal, nem 'alimária que finge ser um Arcangélico nos lasso dos dias. Não sou o beiço que almeja a messalina tocar-lhe os lábios adoçados de vinho. Oh que não sou ninguém somado por tudo que és. – Sabei–lo, pois?
- Agradeço-te. Disse-o!
Dir-te-ia as lamúrias seguintes, os ecos rompendo os suspiros meus, a lua sumira, o vento cessara, a voz que apalpadelava aos ouvidos descrido. Oh! tudo findou! Não sei se a noute seguiu bela e alta, lembro-me apenas de estar num lugar escuro, ermo, as paredes eram ebúrneas, a claridade não abundava o espaço tomado. O ar era desalento, um cheiro ruim subia-me as narinas;
- M'escureça os olhos, oh! Era um caixão ali.
Abri-o: Ah que era minha virgem bela, mas era uma defunta! Na pele amarelenta abria-se buracos que corria uma escuma nojenta, verde como o escarro de um enfermo; Os lábios que sonhei abotoar aos beijos meus era azul agora, os cabelos monocromáticos grudavam pelo líquido que corria pelo pescoço, as roupas lembravam um albornoz, branca como a tez inocente da juventude. Os olhos cerrados e túrbidos, tão sereno, a bicharia roendo-lhe a carne, fedia. As mimosas mãos entrelaçadas nos seios, feridas em exausto.
... Meus lábios em magreza os encontrou, frio como o inverno, gelado como a defunta açucena, a pele enrubescia aos meus toques, a escuma verde era viscosa e o prazer como o falerno, a cada beijo que pregava-lhe nos lábios, a cada toque na tez amarela, era tudo o amor, o belo amor pedido. A noute foi comprida, adormeci sobre o cadáver de minha amada, ao dia os corpos quentes abraçados, a adormeci em seu leito, dei-lhe o beijo, saí:
Coveiro: - És por acaso um tunante de defuntos? Perguntou-me.
- Não vês que o peito arde de amor como o fogo do inferno? E a esp'rança estertora como tu'alegria? Disse-o.
- Segues meu senhor!

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