Escuro

Foto de Anandini

meu anjo

Não acreditava que os anjos estivessem tão perto.
Sabia sim,da existência deles,mas me surpreendi
ao deparar-me com um deles a me espreitar,
Tão belo á minha frente,
lançando seu olhar timido sobre mim.
Tu,
Tú és um anjo divino
que surgiu para me trazer a alegria
do amor essencial.
Com suas asas,brancas,imaculadas
Me protege da friagem do mundo
Me faz buscar loucamente o prazer
do amor, a cada instante
digno da eternidade...
A luz que vem de suas asas
ilumina meu amanhecer e
aquece minhas noites solitárias...
Desejo criar asas...
Ser borboleta-mulher,
para poder estar a sua altura
e poder abraça-lo,e sentir seu amor.
Desejo voar contigo de mãos dadas...
Contemplar o luar,as estrelas brilhantes
Me acender,ser uma delas.
Precisas ser misericordioso,
espalhar sua luz aos perdidos no mundo.
Tantos na escuro,sem compreensão...
Com sua força e luz,
todas as pedras das dificuldades
dissolver-se ão do caminho
E a relva macia,será tapete mágico
a receber cada pé
nesta longa caminhada.
Se faça sempre presente em minha vida...
meu anjo bom.
Voe alto,irradie sua luz mostrando a direção
aqueles que não sabem amar.
Desejo tanto estar a seu lado
Sabe,vejo
minhas asinhas ...estão despontando...
São asinhas azul violeta.
Tornar-me hei sua borboleta.
Desejo adentrar seus pensamentos
Quero sentir invadir-me a alma
sentir-me domada por tí...
Anjo de outras galaxias.
Não sabem quem tú és...
Eu sei,
és anjo,
meu anjo bom
que me fez criar asas
Agora sou borboleta livre
Esperando o afago deste anjo
de asinhas acetinadas...
brancas,imaculadas...
Esperando ser aceita
em seu mundo
mundo feito de amor...
Assim és tu
Anjo.
Meu anjo...

Foto de Dark_Queen

Onde estás meu menino?

Chega a noite... cai uma lágrima...
Sento-me no escuro a chamar por ti...
Sinto-me só... sinto-me perdida...
Procuro os teus traços na noite,
Procuro o teu reflexo no luar...
Onde estás meu menino?
O vento murmura o teu nome,
Mas tu não vens!
Rogo à lua que te traga até mim...
Pois, estás perdido... estás cansado...
O tempo separou-nos...
As lágrimas caem...
E eu espero por ti...
Onde estás meu menino?
Será que vais voltar?
Será que queres voltar?
Será que ainda te lembras de mim?
Os dias e dias tornaram-se anos e anos,
E eu aqui sentada a esperar por ti.
Onde estás meu menino?
Esperarei por ti, até ao fim dos meus dias...
Estarei sentada no escuro...
A chamar por ti...
E todas as noites...
Rogarei à lua que te traga até mim...

CL

Foto de Lou Poulit

O Caminho é o Mestre.

Precisei viver muito, cair e levantar muitas vezes, para legitimar no meu silêncio a simples impressão de que tudo valeu a pena, por ter aprendido algumas coisas. Há tantos anos que nem me lembro mais quando foi, li sobre o conceito cabalístico de amor. Achei que era uma coisa muito bonita, mas impossível de se conseguir. Parecia um paradoxo existencial insolúvel, porque parece pressupor o sacrifício da individualidade própria e sem ela, ainda que consigamos pisar no horizonte, não poderia haver nisso um mérito nosso, já que não terá sido uma obra nossa. Guardei o conceito com carinho numa das últimas gavetas da alma.

Os anos se sucederam e através deles uma aparentemente infindável sucessão de logros e malogros, que deixavam uma coisa cada vez mais clara e insofismável, na minha alma obstinada e penitente: as melhores coisas que havia conquistado não eram aquelas pelas quais me dispusera a tantos sacrifícios, não eram a montanha, mas sim as que em algum momento me pareceram uma pedra suficientemente firme, para enterrar o cravo e continuar a escalada. E isso foi verdadeiro em literalmente tudo. Sabia exatamente o que queria e, quase sempre, soube encontrar meios de prosseguir. Mas não sabia o mais essencial.

Não sabia que nossas ambições são como uma miragem. Ainda que sejam alcançadas, podem durar bem pouco nas nossas mãos. Mesmo porque logo precisaremos desesperadamente de um novo objetivo, uma nova referência para que possamos canalizar nossa energia. Precisaremos fazer isso, ou teremos a impressão de que todo o universo, em seu legítimo direito de prosseguir, está nos atropelando lenta e minuciosamente. Talvez possamos parar para comemorar uma conquista, ou nenhuma conquista, como fazemos mais freqüentemente, e assim exercer nossa auto-estima, e simplesmente não querer mais nada. Porém não poderemos interromper a sucessividade das coisas, ou a transitoriedade de tudo.

Como não podemos assumir nenhum dos extremos do paradoxo, ou seja, não podemos ser Deus nem tão pouco um inútil grão de areia, a solução está necessariamente no meio do caminho entre um e outro. Não é como encontrar uma agulha no palheiro, ou um determinado grão na praia, é muito mais difícil que isso!

Às vezes, por minha própria experiência, tenho a impressão de que posso propor uma solução: desconcentrar o foco. No entanto, preciso esclarecer uma coisa da maior importância: Quando digo desconcentrar o foco não estou defendo nenhuma abstenção, negligência ou leviandade generalizada, como pode perecer. Mas sim, muito ao contrário, redistribuir o feixe, contemplando mais as pequenas coisas do caminho, que estão sempre tão perto da gente; e nem tanto no horizonte, em cuja distância o foco talvez se perca irremediavelmente.

Isso não é nada fácil, concordo, mas deve ser uma espécie de aliança profícua. Sim, uma aliança porque assim daremos ao universo a oportunidade de participar muito mais proveitosamente das nossas conquistas, de nos oferecer alternativas, enquanto damos a nós mesmos a oportunidade de exercer mais legitimamente o nosso livre-arbítrio. Porém, aqui cabe um alerta: Não se deixe iludir pelo seu conceito vulgar e tão divulgado: O tal livre-arbítrio, instituição criada a partir textos inspirados, não pode ser o direito absurdo de fazermos o que bem entendermos. Crer nisso seria subestimar a inteligência do Grande Legislador, depois de superestimar a nossa. Não é minimamente razoável.

Vejo isso da seguinte maneira: suponhamos que você tenha dito ao seu filhinho amado que parasse a brincadeira para fazer o dever de casa. As crianças nunca têm pressa para aprender. Na verdade, ao fazer seus exercícios, querem mais se livrar da obrigação do que aprender o que os adultos pensam ser necessário. Ora, se você lhe desse dois ou três cascudos mais alguns gritos, certamente ele faria os seus exercícios e alguma coisa sobre a matéria haveria de fixar na mente, além dos cascudos e gritos, claro. Mas tenho a mais cristalina convicção de que você se sentiria um pai/mãe muito melhor, se ele resolvesse fazer o dever e aprender por conta própria! Sem precisar de qualquer penalidade. A evolução dele e a sua satisfação seriam muito mais legítimos e perenes. Pois aí está, para mim, o sentido verdadeiro do livre-arbítrio, dentro dos limites da mente humana. Até onde a criatura e o criador eram uma coisa só, não poderia haver esse mérito. Então, porque resolvemos criar nossos próprios objetivos e expectativas, e engendrar os meios para isso, passamos a precisar dessa instituição. Porque Deus, que não pode ser um pai menor do que eu ou você, prefere não nos arrastar para casa pelos cabelos. Na verdade não se trata de uma liberdade, mas da oportunidade de escolher bem e com responsabilidade.

Então, juntando tudo, creio ter uma boa proposta. É simples e não tem o rigor hermético imposto pelas instituições dogmáticas, que também tendem a priorizar suas próprias necessidades: focamos o horizonte apenas para que tenhamos uma referência de direção; depois criamos focos nas pequenas coisas que estão em nós, à nossa volta, entre nós e na mesma direção que escolhemos. Sem perceber, estaremos abrindo mão de uma parte do nosso ego cabalístico, aquele que quer satisfazer a si próprio, entretanto, também estaremos sintonizando a energia cósmica, que quer satisfazer a toda criatura, humana ou não, que possa escolher, segundo as preferências de cada uma. Além de satisfazer, segundo a Sua preferência, a todas as demais que não podem escolher por si.

A polarização sexual dessa questão é muito bem representada por um mito antigo: Os deuses do Olimpo estavam prestes a se unhar, por não haver consenso sobre quem teria mais prazer no amor, se o homem ou a mulher (uma questão que, hoje, a ciência responderia facilmente). Então Zeus, tido como grande sedutor mas que, provavelmente, era um péssimo amante, mandou chamar um semi-deus, por sua vez tido como apaziguador. Não podendo recusar a missão que lhe fora confiada, este meditou um pouco e depois afirmou categoricamente (sem a tecnologia atual): Quem tem mais prazer no amor é a mulher... Liderado pela extremada deusa Hera, mui traída esposa de Zeus, o bloco dos feministas já estava começando a sua festa. Mas, olhando os olhares inchados de raiva dos machistas, ele completou: ... Mas o homem é quem o provoca. E assim, enquanto o bloco dos machistas fazia a sua festa, a enfurecida Hera cegou o pobre semi-deus. Na tentativa de ajudar os que queiram compreender melhor a inexplicável sabedoria dos antigos, aqui vão versos definitivos de Vinícius de Moraes, da sua “Brusca Poesia da Mulher Amada”:

“...E de outro não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!”

O verdadeiro amor só pode ser isso: O sentimento de querer bem e de satisfazer as pessoas/coisas amadas. E para dar certo, basta que aquele que ama seja uma das pessoas amadas. Ponto passivo: não existe uma matemática humana para o amor, essa coisa de determinar de modo fixo um ponto entre os dois extremos. Tudo bem, mas não estaria exatamente nisso o mérito? Veja, essa exatidão fixa, humanamente lógica, redundaria em mais uma estrutura ideológica capaz de engessar a psiqué e atrair o foco para o ego. Ela não é necessária. Mais importa que se exerça a vida, a alma, que se ame e que se cresça. A alma é o maior objetivo, o amor é o meio mais eficiente, e o caminho, quanto mais escuro mais guarda estrelas: É o mestre!

Foto de Lou Poulit

Antes Sujo o Verso Seja, Que o Homem em Quem Viceja

Meu Deus, lá se vai mais um ano! Mais um cano e eis que vejo: Porque ainda sou tão puro! Uma luz no fim do escuro.

Começar tudo outra vez... Tudo que se fez (sem trocadilho), do porão ao tombadilho. Tudo, tanto que se quis, e tudo mais que não se diz. Como arrepio que fugiu pela mente; pois somos gente, de carne e osso, e mesmo do fundo do poço vejo: Porque ainda sou tão puro! Uma luz no fim do escuro.

Se lá se vão, os anos não importam. Entortam-se os anos como pepinos: de meninos. E sem olhar pra trás!

Mas não confunda a barafunda que aqui faço (e não afunda) com o corcunda da igreja, que mesmo sem abraço beija o pé, que de pronto abunda! Deixem-me ser errado porque queremos, ao menos uma vez (e não porque queiram). Fui tão sério, tanto, tanto, quis tanto fazer tudo certo... Que mágica! Ao se virar a página, nenhuma coisa pode ser tão trágica.

Tome o poeta por assexuado, mas o homem é na verdade macho (e precisa usar desodorante). É facinho, mas é macho de fato. Com focinho e tudo, macho do mato. Da fruta e do flagra do flato!...

Basta, nunca fiz tanta bosta posta num espaço tão curto. Mas só assim me ameniza a lombeira de um ano inteiro, à beira de fazer uma última e salutar besteira. Antes sujo o verso seja, do que o homem em quem viceja! Em Notre-Dame, na Lapa antiga, nem a Cornélia boa de briga me escapa e nem à tapa me convence, que de tudo nada se aproveita. Se já me peita hoje com o sorriso (embora ela pense que economizo) não sabe na vida o quanto eu a desejo! E que por isso... Eis que vejo: Porque ainda sou tão puro! Uma luz no fim do escuro.

Nessa vida não há dois sentidos... Há três, quatro, cem! E todos tidos como sem-vergonhas, sem isso e sem aquilo. Mas não é um “self-service”. O poeta serve-se de palavras, crava as unhas no meu plexo e no sexo dos meus ideais (ais!), mas eu quero é mais, muito mais. O mais difícil: O Himalaia, a panacéia divinéia, até mesmo a Paulicéia, o Saara, o Everest, a Cachemira... Pois está na cara que se veste e depois se tira a fantasia! Para que só reste a luz do dia... Que seja a luz feliz dos olhos, de preferência dos olhos da vida!

Nada contra as luzes da virada. Mas seja a luz eternizada sobre o que se construiu pedra por pedra (ou seria pedrada por pedrada?), dia e noite, lembrança a lembrança... Porque nossa imensa andança, qualquer que fosse a distância, já tinha exato um endereço. Quero ser grato. Por ter pago o preço, por ter sido tanto tempo lapidado, para não perder agora o brilho do olhar.

Pois que venha o ano-novo logo! Assim volto a ser sério e rogo: não se apague em mim o sorriso da amada. Então, ainda que a minha estrela se apague, que o sol em zigue-zague, perverso caia no próprio escuro imerso, minha alma que ainda viceja gritará ao universo: Veja! Porque ainda somos mais puros juntos, uma luz no junto dos escuros!

Foto de Lou Poulit

Mulher de Verdade

Essa mulher de imagem pública,
Cúbica pintura, me implora
Despir-lhe muito mais que roupas,
Rotas de tão despidas.

Essa personagem em nossas vidas,
Que nega o que me importa,
Nem mesmo morta me interessa,
Não me excita, não me apressa
E se me apanho numa cantiga
É de falo fanho, sem prumo certo,
Sem as estrelas que sempre oferto
Ao ventre escuro que me ilumina.

Não é uma menina... Uma menina...
Não é uma promessa... Uma promessa.
Não é um prato de louça fina
Mas é uma travessa... Uma travessa.

Queria que fosse de verdade!
Desperta, de mentiras deserta,
De sabor curtida, mas nem tão pura!
De cheiro e da vida madura,
Moldura dos meus parcos segundos,
Eternos e tão gratos segundos.
Que em minhas mordidas se leia:
Um homem ama essa mulher!

E num momento, deserta de sanhas,
Quando o tempo chegasse a pesar,
Eu a sentisse nas minhas entranhas
Como a selva sente o rio passar.

Foto de andrepiui

Mamifero Noturno

Ouço as batidas do meu coração
que palpita tão rapido
que mais parece um vulcão
entrando em erupção.
Um casal se esbofeteia
em plena madrugada
no meio da rua
em frente a minha casa.
ligo a caixa amplificada
e ouço sair várias
melodias da minha guitarra.
Melodias de amor
paz revolta tristeza
e muito rock n roll.
Fecho os meus olhos
e muitas imagens
me aparecem como visão.
Imagens de um mundo melhor
sem guerras preconceito
miseria fome e descriminação.
Mais enquanto não
nos ver-mos como irmãos
jamais sairemos desta situação.
Chaos total
espalhados por todo este mundão...

Morcego, mamifero noturno
nos veste como soldados
e nos ajuda a fazer
com que o sol venha a brilhar
no meio de todo esse escuro...
Pois a escuridão
que está assolando a tudo
está escondendo a beleza da Lua
que encanta a todos
neste imenso mundo...

Chove e não molha
o Sol que parece Lua cheia
entre as nuvens.
Faz aparecer nas estradas
um calor que transborda,
transborda em fervor.
Como um grande amor
perdido no tempo e no espaço
mais que nunca se acabou.
Transborda em um grande caldeirão
desmascarando tudo e a todos
estarrando de vez a corrrupção.
Que assola a mente
de todos neste imenso mundão.
Precisamos nos unir
sentir de vez
a energia positiva fluir.
Pois verdadeiros soldados
realmente nós temos que ser,
se esse quadro podre e imundo
quiser-mos de uma vez reverter...

Morcego, mamifero noturno
vem mostrar a todos
o Sol que brilha
no meio deste imenso mundo...
Morcego doce sanguinário
vem nos ensinar
como ser-mos todos loucos
mesmo não estando chapado...
(André dos Santos Pestana)

Foto de Coyotte Ribeiro

"Amor Sincero

Há muito tempo atrás, um casal de velhinhos que não tinham filhos morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, a qual ambos se amavam muito, eram felizes.
Até que um dia aconteceu um acidente com a senhora.
Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas imediatamente tenta ajuda-la e o fogo também atinge seus braços e mesmo em chamas consegue
apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros já não havia mais fogo apenas fumaça e parte da casa toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, as chamas queimaram todo o seu rosto. Chegando ao quarto de sua senhora, logo ela foi falando:
- Tudo bem com você meu amor? Sim respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e eu não posso mais enxergar, mas fique tranqüila amor que a sua beleza esta gravada em meu coração
para sempre.
Então triste pelo esposo, disse-lhe:
- Deus vendo tudo o que aconteceu meu marido, tirou-lhe as vista para que não se presencia esta deformidade em que eu fiquei.
As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.
Passando algum tempo recuperados, voltaram para casa onde ela fazia tudo para seu querido esposo e ele todos os dias dizia-lhes, como eu te amo!
E assim viveram 20 anos até que a No dia de seu enterro quando todos se despediam então veio aquele senhor sem seus óculos escuro e com sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão, beijando-o rosto e acariciando sua amada disse em um tom apaixonante:
- "Como você é linda meu amor eu te amo muito".
Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo que estava ao lado perguntou se o que tinha acontecido era um milagre, e olhando nos olhos dele o velhinho apenas falou:
- "Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando há vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar
Foram vinte anos vivendo ambos muito felizes e apaixonados!!”

"Por MJPA "

El Estraño....Coyotte

Foto de Lou Poulit

Do Que Mais Preciso

Não preciso do teu passado,
bem podes cultivá-lo em ti...
Mais te quero o arado
que o risco insuspeito de julgar-te.
Que em ti floresça meu sepulcro grato,
Malgrado o tempo dos teus enganos,
porque dos meus, ainda mais humanos,
deles todos me deserdei de enfado.

Não preciso do barco jovem e fugaz.
Mais me apraz a quilha carcomida
pelas ondas e escolhos da vida,
onde me rasgue em tépidos humores
e me acalmem as dores tuas algas,
fidalgas algas de tantos amores
e viagens tantas de destino incerto,
que me deserdem do meu deserto.

Desde que o teu caminho escuro,
repetido, em que juro em preces
a minha gratidão desvairada,
me ofereça a paz em que amanheces;
E sorva a luz dos olhos da fera
que me regenera o sulcado peito
feito uma seara infinda, onde pássaros
embrenhados cantem sua canção mais linda.

Foto de Lou Poulit

Cena de Natal, Num Hospital

Não te iluda a tristeza
que te prende, ilesa, antes da janela,
porquê para depois dela não há ceia
muita ou pouca, feia ou bonita,
em que não se lhe omita a menção.

Não te iluda a tangível impressão
das lembranças luzidas pelas horas:
memória das fartas tranças, cartas vestais
de outros natais de nossa estória,
que não têm mais que hoje
a glória de ser o dia
de celebrar a mais bela história,
que já se pode um dia contar;
porquê para além da tua porta
e por toda a casa que hoje te hospeda,
há mais caídas que saídas
e há muitos tipos de queda.

Nem te iluda o silêncio escuro,
que ante o muro das tuas crenças
lamenta o instante que te pertence,
num vau de horas imensas;
porquê um dia serão todas apenas
não mais que apenas um dia,
do rio eterno de águas lentas
que há de lavar esse momento
e de te levar ao centro
de tudo que te compõe a vida.
Para todos verem que só a ti pertencem,
para além da dor, o julgamento,
o inexplicável, o grado e o malgrado,
e todos os direitos que pertencem
a quem já foi julgado.

De entre os tristes abraços
erguem-se do abate os pedaços
de cada um de nós, coadjuvantes,
que assim encenamos o próprio resgate.

Foto de Thyta2000

Sem noção

Ai de mim
se dependesse de ti
se dependesse do seu amor
te amo, sem saber como
te amo, como se ama o escuro.

Te amo só,
porque só estou...
Meu amor é minha companhia
amor que não foi consumido
como um sonho distasnte.

Aquela unica vez,
foi como nunca
espero o nada
encontro tudo,
neste cruel amor que me cerca.
Longo caminho até chegar
a um beijo teu, se chegar...
Ainda me resta lembrar
aquela única vez!

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