Estrelas

Foto de Fernando Almada

O simples dizer que te amo

te direi
das vozes líquidas de oceanos em efervescência
nos gestos e sinais do navegador aflito
de noites emplumadas inseminando musgos nos jardins
de andorinhas em vertigem nos rituais de passagem
de prematuras primaveras
de besouros dourados a caminho do fogo do poente
do eretismo dos estames nas flores em pleno cio
das canções pastoris dos relâmpagos de verão nas campinas
do vento selvagem e sua sábia ternura com ramagens apaixonadas
do cromatismo das escamas de um fruto verde em vôo aberto
da luz fátua das estrelas tímidas em viagem
pelas últimas estações da madrugada
do mistério da germinação das sementes
em tardes habitadas por lembranças
te direi mais tarde simplesmente
que te amo

Foto de Dennel

Canção da Alvorada - Dueto

Salomão...
Amor! Abra a porta para o seu amado
Que bate e chama à procura do seu afago
Trago nas vestes o cheiro de flores
Para nos enlaçarmos em infinitos amores

Sulamita...
Ah, amado!... Se soubesses os tesouros que eu daria
Pra enlaçar-me nos teus braços e, ao menos uma vez
Afagar os teus cabelos, aspirar o teu perfume
E amar-te entre as flores... Nem que fosse um só dia

Salomão...
Se soubesses o que trago em minhas mãos
Perfumes suaves valendo mais que tesouros
Em frascos vedados com rótulos de ouro
Abriria a porta para o seu coração

Sulamita...
Amado, não me tentes tanto assim
Bem sabes que te amo e te desejo loucamente
Quem dera, com os perfumes que trazes para mim
Pudesse banhar-me contigo eternamente

Salomão...
Abra a porta! O vento corta o silêncio da noite
Em uivos selvagens, cantando canções
Estrelas e nuvens disputam lugar
Abra a porta! Tenho que entrar

Sulamita...
Eu não posso... O vento que invade o silêncio e canta
Corta-me roubando a canção
Levando às estrelas meus uivos selvagens
E às nuvens os versos do meu coração

Salomão...
Abra a porta que a aurora não tarda chegar
Amanhecendo o dia quero te amar
As horas avançam numa rapidez sem fim
Quero repousar meu corpo em perfumado jasmim

Sulamita...
Já é dia. O sol brilha sobre nós dois
E a aurora feliz, sorridente se foi
Imploro amor, não se ausente de mim
Enfeite minha alma com florido jardim

Salomão...
Flores preciosas eu quero colher
Todas ofertar a Deus e a você
Perfumes suaves eu quero gozar
Juro sulamita! Não deixarei de te amar

Sulamita...
Quando longe estás eu nunca te esqueço
Beijo-te em versos e em louca paixão
Sinto o teu corpo no meu e estremeço
E abro-te as portas do meu coração

Salomão...
Com doces palavras, formosa canção
Alegra minha alma, oh meu coração
O lugar onde estavas não pude pernoitar
Voltei minha amada para te amar

Sulamita...
Beijo-te a nuca, me enrosco em teus pelos
E neles mergulho meus pequenos seios
Que cabem inteiros em tuas mãos
E sobem às estrelas sorvidos num beijo

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2005 All Rights Reserved

Foto de Joaninhavoa

Em estocada és tesão! Aqueces meu violão

*
Em estocada és tesão! Aqueces
meu violão...
*

O rio que eu canto desaguou nesse mar
Fundiu-se e banhou-se no fundo das águas
Envergonhado! Por timidez

Na rocha sentado como um "pensateur" contas
As estrelas lá do céu uma a uma de quando em vez
Ou num vôo rumo ao desconhecido
À Lua, caminho vedado! A Marte, talvez...

Em contemplação não há combates
A não ser na mente que reina! Um rosto
Se cruza no olhar recordar

Os olhos dela e uma pontada de paixão...
Meu violão...

Penso na ponta nua da bengala d`estoque
não deve contrariar as leis da honra...
Quanto às leis da natureza! São divinas demais
Pl`o que faço jus a meus ais...

Joaninhavoa
(helenafarias)
07 de Dezembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

O CONDÃO DA FLOR-DE-LIZ

*
O CONDÃO
DA FLOR-DE-LIZ
*
*
*

Nos meus sonhos d`outrora como nos d`agora
Nunca soube o teu nome nem nunca ouvi tua voz
Sempre uma sombra! Talvez meu algoz

Andei por montes e vales descampados agrestes áridos
Ouvi o choro dos mártires misturado com o meu em campos
Vermelhos e pedi aos céus para pôr um fim

Mais sangue não! Dai-me o condão
A Flor- de- Liz, símbolo da paz e da pureza
Aponta na direcção certa

Para cima como as estrelas nas pétalas
O compasso da vida na ressureição
O sonho comanda a vida no mais profundo

do Ser!

Joaninhavoa
(helenafarias)
07 de Dezembro de 2008

Foto de Anderson Maciel

EU SOU

eu sou um amante
eu sou deslumbrante
eu sou criatura de Deus
eu sou mais eu
eu sou uma das estrelas la no ceu
eu sou o poderoso mel
eu sou o que vc chama de rotina do recitar
eu sou um poeta chamado Anderson que ama amar
eu sou uma simples composição
eu sou uma mera formação
eu sou uma coisa sagrada
eu sou uma coisa que por muitos é amada
eu apenas sou feliz
eu sou Anderson o Poeta fazendo o que sempre quiz. Anderson Poeta

Foto de Darsham

Perdão Meu Deus!

*****
****
***
**
*
Mais um dia de terror. Não conseguia aguentar mais. Ela simplesmente bateu a porta e disse não ao seu presente. Deslizou pelas escadas, encontrou caras, ouviu vozes dispersas, de conteúdo vazio. Procurou na sua memória onde estava estacionado o seu carro. Desejava teleportar-se naquele momento para os confins do universo, onde não fosse mais que uma pequena partícula, desejava que as vozes que teimavam em toldar-lhe a mente se dissipassem nos segundos que marcavam o tempo e que se transformavam em passado.

O frio que se fazia sentir, naquele dia, apesar de o sol se querer mostrar, gelava-lhe a alma e no entanto sabia-lhe bem, atordoava-lhe os pensamentos, sacudia a sua mente e transportava-a para outro plano.

Chegou ao carro, entrou, trancou as portas, ligou o rádio e chorou…baixinho, para que só ela ouvisse. Ficou assim apenas durante o tempo em que a música, tão sua conhecida, ecoou naquele lacrimejado silêncio.

Já na estrada, a sua condução era absorta…se o carro se movimentava, era porque sabia onde tinha que chegar…
Até que, algo lhe rasgou o manto taciturno em que estava envolvida e naquele momento temeu pela sua vida. Uma força desconhecida apoderou-se de si e travou o carro a fundo embatendo fortemente com a cabeça no volante. Naqueles milésimos de segundo, ela penetrou a escuridão e as trevas, para de novo alcançar a luz…

Tomou o comando do carro, agora com extrema atenção e lançou-se dali para fora, querendo apagar aquele momento da sua existência. O seu coração ainda estava acelerado pelo susto, na sua fragilidade recordou porque se encontrava naquele estado e chorou novamente…as lágrimas caíam desgovernadas pela sua face, para depois morrerem no seu pescoço.

Dirigiu-se para a praia. Só o mar lhe poderia dar o aconchego de que precisava naquele momento. Enquanto via a estrada à sua frente e o movimento frenético das ruas, tão próprio da quadra natalícia, apenas conseguia pensar que não pertencia a este mundo. Seriam as pessoas que não a compreendiam ou o inverso? Porque razão olhava para as pessoas próximas e lhe pareciam estranhos, defendendo a sua clausura, deixando que esta a absorvesse? O mundo era um lugar desconhecido para ela…

Sentia-se no término das suas forças e aos poucos ia abandonando o seu corpo. Parou o carro e dirigiu-se à praia. Descalçou-se e começou a caminhar junto à água.

As ondas batiam ferozmente nas pedras, enquanto o dia escurecia e a lua o anunciava…
Na vastidão dos grãos de areia, vislumbrava-se apenas um corpo prostrado, uma alma perdida que gritava na sua muda voz…

Num acto de extremo desespero brada aos céus:
- Deus? Estás aí? Não me ouves? Não me vês? Estou sozinha! Não tenho nada, já não acredito em mais nada, não sou nada! Ajuda-me! – E chorou, desesperadamente, como se a raiva e o desespero das suas lágrimas contivesse algum veneno lancinante, que acabasse com aquela agonia.

Desafiando todas as suas convicções e crenças, levanta-se do chão, ergue as mãos ao alto e berra:
- Acreditei em Ti, depositei em Ti toda a minha fé e hoje vejo que acreditei numa ilusão. Se Existisses não Deixavas que eu morresse em vida, vazia, desabitada…Já não tenho mais fé, já não sou ninguém… – Deixou-se cair sobre a areia e assim ficou, impávida a olhar o mar.
Repentinamente o vento acalmou, dando lugar a uma brisa suave. A água deveio cetim e as estrelas pronunciaram-se sobre o céu, ganhando vida própria.

Ela continuava exactamente no mesmo lugar, mas agora já não estava sozinha. Ao ouvir o seu nome, ao longe, reconheceu aquela voz e virou-se para se certificar. Ao levantar-se sentiu-se inundada por uma sensação de estranha paz e sorriu perante a confirmação do que havia pensado quando ouviu o seu nome ser chamado. Era a sua amiga, aquela a quem tantas vezes havia chamado de anjo por sempre a tentar resgatar da solidão em que vivia.

Abraçaram-se cúmplice e carinhosamente. Após um olhar repleto de palavras, deram as mãos e caminharam até à ausência dos grãos de areia. Ela apertou a mão do seu anjo, em sinal de agradecimento, fechou os olhos e disse baixinho:
- Perdão Meu Deus!

Foto de Rose Felliciano

Minha Terra tem Soneto...

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“Tens meus passos, tuas ruas
E como nelas andei...
Amei em noites de lua,
Nas nuas brisas, despertei...

O teu céu é de um azul diferente
As estrelas são confidentes
Carregas meus sonhos, minha vida
Pelas tuas avenidas a desfilar....

És tão bela, minha cidade
Que mesmo em lindas viagens
Sinto saudades de ti...

Em nenhum lugar desse mundo
Haverá porto seguro
Como o que tenho aqui... (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*

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10 de Dezembro- Aniversário de Londrina-Pr

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"Meu amor e carinho à querida cidade
que acolheu meus passos e de braços abertos
incentivou meus sonhos, cresceu comigo
Deu-me amigos, família, trabalho...
Londrina, de brilho raro
Beleza intensa, doce presença ...
Terra que enraízo, dou frutos
Nasci, fiz-me adulto...Aqui quero morrer..." (Rose Felliciano)

Foto de gisele torress

por amor!!!!

Por amor
As palavras se calam
E os olhos se prendem.
Olhares que levam ao coração sentimentos
E lá os abandonam,
A partir desse instante
Esses sentimentos no coração vivem
E sobrevivem ao tempo.
Por amor
A distância não significa nada,
O tempo não abala os sentimentos
E nem o coração se tranca.
Por amor
A morte não é o fim
Pois em um outro universo
Onde a morte já não existe,
O verdadeiro amor sobrevive a tudo
É o reencontro inevitável das almas
Que apagam o tempo.
Por amor
Fazemos loucuras
Somos quem não podemos ser.
Por amor
Somente por amor,
Tocamos as estrelas
Sem tirar os pés do chão,
Viajamos em torno do mundo
Sem sair do lugar.
Enfim,
Somos felizes
POR AMOR!!!

Foto de killas

ESCREVER MEMÓRIAS

Ainda vou escrever as minhas memórias,
Cheias de dor e muito sofrimento,
Já olho bem lá longe as estrelas,
Naquele longínquo firmamento.

Com tudo aquilo que eu já chorei,
Uma grande fonte de lágrimas criei,
Aquilo por que eu já passei,
Quando na eterna escuridão caminhei.

Com as dores de alma eu já lutei,
Tentando o meu mundo perceber,
Onde será que foi que eu errei,
Para a vida para sempre me esquecer.

A luz da lua eu sempre observei,
E o seu singelo e triste luar,
O mundo que eu um dia já amei,
Está indelevelmente a acabar.

Um mundo de um intenso amar,
Eu queria e quero a todos mostrar,
Aquele cheio de um grande calor,
Que a todos um dia vai abrasar.

É triste o meu contar,
Mas são estas as minhas memórias,
Já nem consigo mais chorar,
Ao recordar estas histórias.

Foto de ivete azambuja

FRAGMENTOS

Não sei se fujo ou se corro ao seu encontro.
Para ir, todas as perspectivas são vagas, todo sentimento é insuficiente,
mas a solidão me põe na balança.

Ah! Se eu pudesse abrir esse chão,
enterrar nele todas as minhas estrelas,
pequenos fragmentos de minhas ilusões.

Não sei se quero ou se fujo, não sei se consigo fugir por muito tempo, se não vou fraquejar diante de eróticos pensamentos...

Não me conheço
Não sei se conheço algo,
Mas sei que não sou de todo ignorante,
Pois te desejo!

Espero que a fuga termine,
quem sabe encontro um buraco aberto e,
nele possa colocar todas as estrelas,
fragmentos de minhas ilusões!

(Ivy Portugal)

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