Estrelas

Foto de Dirceu Marcelino

SENHOR MEU DEUS ! EU TE AGRADEÇO (Oração )

Senhor, Meu Deus, meu Salvador, Eu te agradeço.
Não são apenas duas as lágrimas que escorrem
Dos meus olhos, muitas, representam o apreço
Deste que Lhe agradece e Te apresenta seu amém.

Passei a vida escondendo meu adereço,
Não sabia que eram os meus tesouros, também,
Agora percebo ter o dom que não mereço
E transmito-os à minha neta e ao neném,

Lançando a primeira poesia e me desvaneço.
Sei que da minha consciência isso vai mui além
Não tenho entendimento para tanto e me enterneço.

Ouço o cantar d’ um Anjo, em meu colo, vendo o trem
Dos meus sonhos “Correndo entre as estrelas” e estremeço.
Peço-te Senhor Meu DEUS, que os abençoe. Amém.

NB. Escrevi esta singela poesia-oração, hoje ao ouvir e ver o vídeo de MARA LIMA, em You Tube, no seguinte endereço. Sei que ela não recusará a indicação, mesmo não a conhecendo, mas se o fizer, retiro imediatamente:

http://www.youtube.com/watch?v=B6CXpKvzYpM

Foto de DAVI CARTES ALVES

AMOR NÃO CORRESPONDIDO

Amor não correspondido
Coração bate partido
Sentimento sem sentido?
Na garganta um estalido
Ocultado no gemido
Pelas lágrimas arrefecido
Por amar sem ser ouvido

Amor não correspondido
Coração bate partido
Sentimento sem sentido?
Sacrificar o coração
Na ardida sensação
De amar, num retorno em vão
E mesmo enxergando a situação
Se perder no vale das lágrimas
Pra Banhar-se no chafariz da ilusão

Amor não correspondido
Coração bate partido,
Sentimento sem sentido?
Um olhar petrificado,
Num retrato já molhado
Este que bruscamente:
Ffffffuuuuuuuu PLOFT!
Na parede é lançado,
E no quarto sem ruídos,
Personagens destruídos

Amor não correspondido
Coração bate partido
sentimento sem sentido!!!

É,
tentar conquistar um coração
Que não nos corresponde
É como entoar melodias num caldeirão furado
Pra convencer os rinocerontes a dançar,
Quando antes, queríamos mesmo
Era enternecer as estrelas,
Convencê-las a nos amar

Foto de DAVI CARTES ALVES

O MAR E AS ESTRELAS

Lembrei-me daquele pescador
que ao lamentar a fuga de um grande peixe
na madrugada solitária, limitando-se a
contemplar as estrelas, cadentes e fugidias
arrazoou:
Que bom que não precisamos pescá-las!!!

Lembrei-me de um amigo poeta
que ao contemplar as estrelas,
comparando-as com as virtudes
da amada, concluiu:

e não é que o céu de Ícaro
tem mais estrelas
que o de Galileu.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Xiclarana

Amo-te

Se queres saber quanto eu te amo
multiplica as estrelas do céu
pelas gotas do oceano

Foto de angela lugo

Sonhei com um anjo

Sonhei com um anjo aparecendo no céu
Tirando com carinho dos meus olhos o véu
Minha alma no sonho sentia-se extasiada
Como pétalas de flores a beleza derramada

Eram luminosas estrelas caindo pelo chão
Tentava pegá-las docemente com a mão
De repente sumiam da minha visão
Que agonia sentia o meu coração

Tanta luz na terra do céu refletia
Todos dormiam sem ver o que acontecia
Assim como eu que sentia e não transmitia

A felicidade brotava em perfeição
Cada estrela que caia uma rosa nascia
Acordei era dia, no jardim a demonstração


Foto de psicomelissa

duda está de volta

TOMAR BANHO, COMO É BOM !

Ontem querido eu vi a lua e mesmo não estando cheia como gostava de vê –La quando estava na praia e de certa forma próxima a ti. Mesmo que a proximidade seja carregada de simbolismos. Porque sabemos que você está apenas internalizado dentro de mim mas não nos encontramos ainda né?
Porem ontem quando vi a lua rodeada de estrelas e o céu estava divino, não consegui deixar de pensar que pra que a noite fosse perfeita, só me faltava a sua companhia. Afinal estava voltando do trabalho quando tive esta visão maravilhosa.
Olhe pra d. lua e desejei que ela me trouxesse um amor eterno, verdadeiro e seguro. Mas como o Sr. Café sempre diz pra eu ter cuidado por que “tenho o dedo torto”.
Por isso ousei desejar um banho refrescante, onde todas as preocupações e problemas deveriam se esvair junto com a água que escorria do meu corpo, levando toda a sujeira impregnada nos poros e junto com a sujeira o cansaço e o que antes fazia minha alma ficar escura e suja (problemas e preocupações) também se fora com a água que percorria todo meu corpo, revigorando e relaxando.
Confesso que o banho só seria melhor se eu estivesse tomando banho acompanhada pelo homem da minha vida, porque alem de ser especial porque ambos saberíamos que seria apenas a preparação pra de dois tronarmos um.
Sabe como gosto de tomar banho e como este ato é significativo e especial pra mim.chegando a ser um ritual.sabe que você é um amigo formidável, alem de ser a pessoa em quem eu confio e faço minhas confidencias.
Por isso Sr. Café sempre soube da minha fraqueza que é tomar banho, principalmente se estiver acompanhada por mi amore.
Depois poder sentar numa varanda para ver a noite, d. lua e suas companheiras, as estrelas, que alem de fornecer um clima fantástico e extremamente inspirador, quando acompanhada estou.
Se ao meu lado tenho o homem da minha vida provavelmente neste momento inicial estaríamos juntos admirando a paisagem e conversando sobre o dia exaustivo de trabalho (de ambos) e partilhando segredos, confidencias que são dignas apenas dos verdadeiros amantes.
Bom, sei que o Sr. Café entende por amantes assim como eu, Maria Eduarda , que a palavra amantes está livre de significados pejorativos e vulgares. Amantes pra mim (Maria Eduarda) são dois adultos que sentem um sentimento forte um pelo outro, onde o lugar é apenas um detalhe, porque quando se juntam o mundo pára pra poder admirar como é mágico ver a sincronia destes que se amam.
Por isso são denominados de amantes que somente o sentimento puro e verdadeiro pode guiar e sincronizar os corações pra sem falar palavra alguma, o outro sabe o que deva fazer pra realizar e dar prazer pra quem está tão próximo, que de dois corpos acabam sendo unidos pelo desejo e pelo nobre sentimento do amor tornando se um.
Está é a magia de amar e ser amado, ah! Que saudades têm de quando o meu coração tinha dono, hoje muitas vezes nem me reconheço, saber ficar só não é fácil. Mas hoje, Maria Eduarda aprendeu a não aceitar mais migalhas de afeto.
Desejo apenas ser tratada como uma nobre donzela, ao invés de receber afeto como se fosse um favor. Por isso este é apenas um devaneio que Duda relatou em primeira pessoa, entendam como se você estivesse ouvindo no lugar do Sr. Café, este grande desabafo de Maria Eduarda.
Afinal até as grandes heroínas tem suas dores e crises, no caso de Duda está preferindo ficar só, ao invés de se relacionar com uma pessoa “menos pior” e que não seja o homem ideal. Candidatar é fácil, mas outra coisa é manter se como homem e companheiro nas dores e alegrias (entre outras exigências de Duda)
O que ocorre é que Maria Eduarda não aceita menos, deseja ser literalmente seu conto de fadas e não aceita menos.

ps:quer saber mais sobre nossa querida heroina, visite : http://osrcafeesuashistoriasinusitadas.blogspot.com

Foto de Dirceu Marcelino

O TREM DO MENINO MARCELINO BOM MENINO I - Ó Carmem Cecília...Avoco-te minha Musa...

"Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
P’ro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo ar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar, no ar.
( O trenzinho caipira: Heitor Villa Lobos)

O trenzinho do Menino Marcelino

...Voouuuu...!!!

Jáááaa...voouuuu...!!!

"Lá vai o trem com o menino” (adaptação, igual primeira parte)
Lá vai a lida a rodar
Lá vai criança, o menino...
Na cidade a sonhar...
Lá vai o jovem-menino
Pro o amor encontrar
Correndo vai pela praia,
Vai pela areia, a beira do mar
"Cantando pela serra do luar"
"Correndo entre as estrelas, a voar...

Voarrr...Voouuuu... Luaaarr... (sons de locomotiva)
Luaarr...
Vooouuu..uuu..uuu...

"Lá vai o trem c'o menino ( Segunda parte declamada)
“Lá vai a vida a rodar,”
Lá vai ex-criança, jovem-menino,
À cidade e noite a girar, (terceira parte cantada )
Lá vai o trem, seu destino,
O dia e noite encontrar
Correndo vai pela terra,
À cidade entre a serra e o mar.
"Cantando pela serra do luar"
Correndo entre as estrelas a sonhar...
Sonhar... luar, amar, no mar...

Até Itanhaémmmmm (Quarta parte apenas musicada)
À beira do mar...ar...ar
Fuuiiaaammooorrrr
Itanhaémmmm...

Jáaa... fuuiii...

Lá vem o trem do menino, (Quinta parte adaptada - retorno )
Após o amor encontrar,
Correndo entre a areia e o mar
Vem pela serra,
Do maaar,
Voltando pela serra do luar,
Correndo entre as estrelas a sonhar.

Sonhar, c'o mar, amaarrrr.......

Já fuuiiii

Voltaaarr ..voa ar.. Fuuiiuuuuu...amarr...

Fuuuiiiuuuuuuuuuuuu..voaaarrr...

NB. Não tenho a mínima intenção de mudar a letra do Grande Compositor HEITOR VILLA LOBOS, estou apenas fazendo uma adaptação da interpretação da música feita por "ZÉ RAMALHO", à segunda parte do vídeo-poema Nuvens de Fumaça I, de minha autoria (pois, pretendo a escrever sobre o tema), cujo vídeo-poema foi magistralmente ilustrado por CARMEM CECÍLIA, em You tube, no endereço seguinte:

http://www.youtube.com/watch?v=7fE5aNx-zQ4

OUTRA COISA: Estou apenas treinando, pois, quero aprender fazer video-poemas na Escolinha da Fernanda. E meu netinho, que não saber falar, tá aqui no meu colo, cantando comigo...

Foto de Sonia Delsin

DOCE RECORDAÇÃO

DOCE RECORDAÇÃO

No porão.
Doce recordação.
Meus olhos presos no retrato.
Presos no sorriso.
Aquele sorriso ficou aprisionado?
No passado?
Não.
Aquele sorriso caminhou por toda estrada.
Foi o guia.
De todo dia.
A marca da sua alegria.
Doce recordação...
Sedosos cabelos que o tempo guarda.
Lindos olhos que admiravam estrelas.
Eram duas estrelas.
E são.
Ainda que o mundo tenha lhe trazido tanta decepção.

Foto de Carmen Vervloet

OS OLHOS NÃO MENTEM

Os Olhos Não Mentem

Teus olhos me olharam
De um jeito tão intenso
E me falaram de um amor tão imenso...
Que não precisou nem um instante
Envolvida por ondas afagantes
Para que eu caísse em teus braços
E revelasse num sentido abraço
O que teimava em negar meu coração
Derramando emoção!...
O amor foi reacendido delirante
Entre estrelas fulgurantes,
Lua nova e verde mar...
Meus olhos a falar o que meu coração
Não podia, nem queria negar!...
Num silêncio profundo
Que te ouvia a respirar...
As palavras perderam o sentido
E este amor tão contido
Explodiu em beijos e carícias
Entre lágrimas lavando a dor
Acendendo em luz o amor!
Nosso teto o céu brilhante
Bordado por estrelas fulgurantes!...
Nosso lençol... A branca areia!
Nossa música... O canto da sereia
Suave e terno a embalar
Este doce e intenso amar!
E neste mágico momento
Isentos de mágoas e ressentimentos
Éramos um só corpo, um só pensamento...
Banhados pelas águas do mar
Fundidos no conjugar do amar!

O tempo em mágico transe parou!...
A Estrela Dalva piscou...
E nós esquecidos do mundo
Em silêncio profundo a dançar
Sobre a espuma do mar...
Como cúmplice, somente a natureza...
Nesta cena de infinita beleza!

Carmen Vervloet

Foto de Dirceu Marcelino

LEMBRANÇAS DO MENINO QUE QUERIA SER MAQUINISTA DE TREM

***

"Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
P’ro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo ar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar, no ar."
( O trenzinho caipira: Heitor Villa Lobos)

***

Eram três crianças de 8, 6 e 4 anos de idade.
Iriam viajar da cidade de sua infância para outra grande metrópole regional.
A viagem de trem:
Enquanto aguardavam na estação a chegada do trem que os levaria para uma cidadezinha próxima, um importante tronco ferroviário que interliga várias ferrovias que vem do interior do estado ao litoral, mais propriamente ao Porto de Santos, o que viam.
Viam as manobras das locomotivas a vapor.
Entre várias, tal como a chamada “jibóia” enorme, gigante, com várias rodas, as “Baldwins”, a que mais chamava a atenção do “menino” era uma “Maria Fumaça” pequenina. Tão pequena que nem tender ela tinha.
Ia para frente apitando, estridentemente:
Piuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuu!
Retornava, repetia os movimentos para frente para trás, tirando alguns dos vagões de várias composições estacionadas nos diversos trilhos da estação ferroviária.
E o Menino sonhava. Queria ser maquinista de trem.
Tanto que ele gostava, que em outras ocasiões, quando levava comida em marmitas para o pai, que trabalhava nas oficinas, permanecia várias horas sentado nos bancos da estação.
Via as manobras das “marias fumaças” e também a passagem das longas composições de carga puxadas por máquinas elétricas, verdes oliva, chamadas “lobas”.
Até que um dia sua mãe resolveu levá-los em uma viagem.
Nesse dia enquanto aguarda o Menino avistou ao oeste um único farol que surgia no horizonte da linha ferroviária, amarelado e a medida que se aproximava ouvia-se o barulho característico daquela famosa locomotiva elétrica, que zumbia como um grande enxame de abelhas: “zuuummmmmmmmmm”
A locomotiva devagar passava do local de aglomeração das pessoas e aos poucos deixavam em posição de acesso os carros de passageiros de segunda classe e lá quase ao final da plataforma um ou dois vagões de primeira classe.
Eram privilegiados, filhos de ferroviários.
O Menino sentia orgulho desse privilégio.
Lembra-se que naquele dia sentou-se no último banco do lado direito.
Dali podia ver que poucas pessoas permaneciam fora da composição. Alguns parentes, que gesticulavam se dirigindo aos parentes acomodados nos carros de passageiros.
Ao longe. Via um senhor uniformizado de terno azul marinho e “quepi”, com o símbolo – EFS.
Aos poucos esse Senhor vem caminhando pela plataforma, desde o primeiro carro até próximo da janela em que o Menino se encontrava.
Para e tira um apito do bolso superior de sua túnica e dá um apito estridente: “piiiiiiiiiiiiiiiirrriiiiiiiii”
Em seguida, a locomotiva apita “Foohhooommmm..”
Novo apito.
A seguir, começam a ouvir-se os sons característicos dos vagões que retirados de sua inércia estrondavam um a um e começavam a se locomover lentamente até que o carro e que o Menino está começa a se locomover, mas, sem fazer o barulho característico, o seja, o “estralo” ao ser acionado, pois os solavancos que se sentem nos primeiros vão diminuindo gradativamente e quando atingem o ultimo praticamente são imperceptíveis.
Justamente, por essa razão é que os vagões de primeira classe são colocados no fim da composição.
Este carro diferia dos demais por ter os bancos revestidos, corrediços, que permitiam serem virados e propiciar as famílias se acomodarem em um espaço particular.
Assim iniciava-se o percurso até a cidadezinha, onde passariam para outra composição, a qual seria tracionada por uma locomotiva a vapor.
Como era linda a paisagem.
Muitos locais dignos de cartões postais, o primeiro, por exemplo, a ponte sobre o rio Sorocaba, que nasce na serra de Itupararanga e desemboca no rio Tietê
Lindos lugares que por muito tempo permaneceram esquecidos, mas que hoje podem ser registrados em fotos e filmes das câmeras digitais.
Fotos que nos fazem afagar a saudade dos dias de outrora.
Mas, além dessas fotos antigas ou digitais, temos a capacidade de guardar no fundo do nosso inconsciente outras imagens e filmes de nossas lembranças.
Revendo tais filmes, verificamos que inconscientemente queremos alcançar trilhar os nossos sonhos, mas, geralmente em razão das dificuldades da lida, não o atingimos, ou então, ultrapassamo-nos e exercemos outras atividades ou profissões que nada tem a ver com aqueles sonhos.
Eu, por exemplo, adoro trens.
Simplesmente, queria ter sido “maquinista de trem”.
Mas termino este conto, simplesmente, para dizer:
À poucos dias, nesta cidade, de onde o Menino iniciou a viagem teve oportunidade de ver, aquele Senhor, em uma comemoração do retorno da “Maria Fumaça” que estava em outra cidade, onde permanecera sob os cuidados da Associação de Preservação Ferroviária, ser chamado entre outros velhos aposentados, pelo Prefeito:
_”Agora para comemorar o retorno de nossa Maria Fumaça - “Maria do Carmo” - chamo o mais velhos dos aposentados.
Puxa! Que felicidade do Menino, ao ver aquele Senhor caminhando pela plataforma da estação.
Sim. Era motivo de felicidade.
Pois o menino, já não é mais tão criança, já é um envelhescente e aquele Senhor continua vivo.
Oitenta e quatro anos.
Era o “Chefe da Estação”.
O mesmo “Chefe de Trem” que vira caminhando a quarenta anos pela plataforma da estação.

Para assistir video - poema relacionado entre em:

http://www.youtube.com/watch?v=7fE5aNx-zQ4
e em
http://www.youtube.com/watch?v=knPPSfHNm2U

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