Fantasmas

Foto de DeusaII

Quando a noite chega!

Quando a noite chega
Um manto negro cai sobre mim.
Meus pesadelos ganham asas
E sinto-me abafada por meus fantasmas.

Quando a noite chega,
Meus medos ganham cor
Até mudam de tamanho,
E pernoitam sobre meu leito.

Quando a noite chega,
Meus terrores sobrevoam minha cama
Já suada por meus sonhos abalados,
Viajo então, não para o paraíso,
Mas para um inferno de dor e sofrimento.

Quando a noite chega,
Meu coração acelera,
Perante o perigo de mais uma ilusão,
Que já nem é realidade.
Perante uma tristeza de mais
Um amanhecer cansado.

Foto de Henrique Fernandes

SINTO-ME SÓ

.
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.

Sinto-me só.

Verto sem fundo a luz engasgada da esperança,
pelo esgoto de areias movediças
no gume de uma espinha sangrenta
de lágrimas secas.

Sou rígido olhar cego no calor oco
de um grito violento de pedra teimosa,
que é o sol mendigo do meu deserto dorido
sobre um oceano de almas desencontradas.

Desce um golpe ditador
que me fere o seio do desejo,
rasgado às mãos de uma saudade bailarina,
dançando desfocada de voz morta que me inspira
a canção desafinada do frio,
com acordes de uma melodia conturbadamente gélida
sobre o meu corpo chorado de ausência,
talhante dos meus momentos refugiados
no barulho do medo.

Arrasto-me pela cascata ruidosa
do meu sorriso negativo e sem estrelas.

Sorrio desassossego
nascido sobre a sepultura do passado,
errado.
Pelo movimento de guerra dos fantasmas
que secam a árvore do meu continuar
pelas ruínas do vento empolgado por lamentos,
que espancam o meu respirar
contra as paredes do eu pedindo
o rolar da minha cabeça sem abrigo,
no atrito de emoções aos berros sacrificados
num banho de mofo na gaveta das recordações.

Um comboio de escolhas lentas
sustenta a justiça do vazio,
na inércia do meu interior atenuado
por perdões desarrumados sem eco no ego.

Divago agreste
com raiva na bagagem de nada que me enche
o peito com fragmentos de uma culpa
inacabada pela orla da minha consciência,
ancorada no estender cadáver das minhas mãos
enforcadas no rosto da escuridão.

Trajo em mim os soluços de luto da minha lua,
transformada numa besta de conflitos.

Desmaio invadido por paz doente
num antro tosco de tristeza,
perdido num bosque que se alimenta
da lama dos meus suspiros pantanosos e cai,
gasto de nãos no mau odor da noite
armadilhada de solidão reeoferecida na sombra
que me beija a cada luar emboscado,
por perguntas à toa na proa do meu desgosto.

Sinto-me só.

Foto de pttuii

Diário dos porquês contraditórios

Abandona-te ao desejo. É simples. Aperta o coração entre as tenazes de uma alma forte e persistente. Só se conseguires dominar-te a ti mesmo, conseguirás abarcar a essência da vida. Podes resistir. Mas não passes os limites do razoável. A força de um ser humano esclarecido, far-te-á manter nos carris de uma existência saudável.

Eu descrevi a minha experiência no pergaminho dourado dos seres vulgares. A viagem começou por caminhos solitários. O meu transporte era um simples corcel. Conheci pessoas, visitei lugares, mas nunca alcancei a felicidade. No entanto, ganhei a noção de que a vida nunca pode ser um dado de faces rasas.

Deixa sempre pelo menos uma margem irregular. A tropeçar nas irregularidades do caminho, sobes no termómetro do razoável. Enriqueci, fiquei mais duro. Subi pela primeira vez à quadriga da maturidade. Senti-me bem. Quem interessa, surge sempre neste momento. Conheci o dono da caridade e da benevolência. É um ancião decidido, de peito cheio, e que não deixa para trás nenhum assunto por resolver. Ensinou-me a respeitar o próximo, mas tendo em conta a sempre necessária margem de interesse próprio. Achei-o, não obstante, pouco preciso nas considerações que tecia.

Perguntou-me se eu tinha planos para deixar a minha marca no mundo. Preferi não ser directo na resposta. Comprometi-me apenas a não desiludir os fantasmas que dormem comigo todas as noites. Aprendi, desde que me conheço, a partilhar a minha cama com os guardiões da pequenez de espírito. Conciliei-me com duas criaturas que não incomodam, e primam pelo completo desalinho com o que é conveniente.Quando parecia querer alcançar alguma mestria a manejar as rédeas da quadriga, o tempo mandou-me parar. Ordenou-me que descesse porque a velocidade me estava a fazer mal.

Conheci formalmente a mulher que dorme comigo nos dias que correm. Prefiro não saber o nome dela. É melhor assim. Interiormente sinto-me bem na sua companhia. Dá-me tranquilidade, e parece conhecer os pequenos pormenores do enigmático puzzle da felicidade. Mas o desejo. Eu sei descrevê-lo, consigo recomendá-lo a quem eu escolho. Só que me falta qualquer coisa. Talvez se acabar a página do diário da solidão que me entretém há tanto tempo, me possa aproximar desse desígnio.

Foto de Carmen Lúcia

Só o amor!

Fala-me com doçura...
Necessito embalar-me em tua paz!
Momentos de brandura,
que só tua presença traz.
Ajuda-me a renascer!
Já morri tantas vezes...
Ensina-me a viver!
Quero voltar a crer.
Abraça-me com ternura
e no mesmo compasso
da mesma emoção,
sejamos um só coração.
Afasta-me dos medos,
sombras e fantasmas
que impedem meus passos,
sufocando meus sonhos.
Vens libertá-los...
E, juntamente sonhá-los.
Traze-me de volta a mim
antes que seja tarde
e nosso tempo acabe...
Está em tuas mãos...Socorre-me!
Coisas que só o amor pode.

Carmen Lúcia

Foto de Osmar Fernandes

Promessa é dívida (Sexta-feira treze no cemitério...)

Promessa é dívida
(Sexta-feira treze no cemitério...)

Era meia-noite, sexta-feira treze. A noite estava escura e sem estrelas. O portão do cemitério estava lacrado. E Wilson e Eliezer, com as velas nas mãos, pensavam que pecados haviam cometido para estarem ali, naquele lugar.
Medroso, desconfiado e já arrependido, Eliezer, gaguejando, disse ao amigo:
— Sinto-me pesando uma tonelada e meia. Esse negócio de pagar promessa é bobagem. Já passamos de ano mesmo! Vamos embora, cara?!
— Não! Nós fizemos uma promessa e vamos pagá-la, custe o custar! Prometemos acender três velas no cruzeiro da igrejinha do cemitério e vamos cumprir o nosso juramento à Nossa Senhora. Lembre-se de que estávamos praticamente reprovados.
— Ah, mano, pelo amor de Deus! Vamos para casa! Estou com muito medo de entrar lá dentro. Alguma coisa me diz que isso não vai dar certo. Nossa Senhora vai entender, afinal como vamos entrar se o portão está lacrado com cadeado?
— Vamos pular o muro!!
— Pular o muro?! Você endoideceu, está maluco!
— Maluco! Maluco eu vou ficar se você começar a me irritar com esse papo. Pegue aquele pau ali e coloque-o, em pé, encostado no muro.
Ao encostar o toco junto ao muro do cemitério, as luzes todas se apagaram. Eliezer deu um grito... e pulou, abraçando o amigo:
— Não falei? Não falei? Vamos sumir daqui!
Wilson, corajoso, do signo de Leão, teimoso feito uma mula, respondeu-lhe:
— Se você repetir essa conversa mais uma vez vou amarrá-lo aqui neste portão e vou deixá-lo aí sozinho a noite inteira.
— Se você fizer isso comigo pode encomendar meu caixão, porque só de pensar nisso já começo a morrer agora.
Depois de tanta lengalenga saltaram o muro... Do local onde estavam até o cruzeiro tinha mais ou menos trezentos metros.
Eliezer quis segurar na mão do amigo, mas Wilson não o deixou. Começaram então a andar a passos lentos. Os dois, uniformizados, vestidos de camisa branca e calça azul, pareciam fantasmas... A cada tumba que passavam, Eliezer tremia e enrijecia todo o corpo, batia o queixo, dando a impressão de estar com a febre malária.
Dentro da igrejinha do cemitério um velhinho cochilava tranqüilamente. Jamais concordara com os filhos em morar num asilo. Por esse motivo, e sem ter onde morar, abrigava-se ali.
De repente, Eliezer tropeçou num túmulo e gritou:
— Valha-me Deus!!!
Wilson, imediatamente, tapou-lhe a boca e disse:
— Cala-te, infeliz, aqui é um lugar sagrado!
— Então não me solta, não me solta! Deixa eu segurar na sua mão?
E continuaram em busca do lugar sacrossanto.
O velhinho, seu Mané, como era conhecido, levou um susto com o grito. Nunca ouvira nada igual antes. Ficou agonizado e começou a tremer de medo e a pensar: “Meu Deus, o que foi isso?!”. Levantou-se do chão, olhou pela fresta da janela, e viu um vulto vindo em sua direção.
Eliezer teve uma idéia fascinante e falou baixinho no ouvido do amigo:
— Mano, nós somos dois idiotas, mesmo!
— Por quê?
— Vamos acender as velas, rapaz!
Alegre com a idéia, pegou o fósforo... Mas Wilson, mesmo tenso, lembrou-se de que a promessa era acender as velas no cruzeiro, não no trajeto do cemitério, e retrucou:
— Não faça isso! Se acendê-las agora quebrará a promessa. Não acenda as velas de jeito nenhum. Se fizer isso vou amarrá-lo aqui neste túmulo.
Seu Mané pegou seu rosário e começou a rezar... Apavorado, pegou um lençol branco e se enrolou, tentando se proteger. Mas, de olho arregalado pela fresta, imaginou:
“Meu Deus! Hoje é sexta-feira treze. Dia das bruxas! Dia de fazer despacho, macumba... Estão vindo me pegar”.
Os dois amigos estavam a dez metros da igrejinha. Seu Mané, vendo a aproximação fantasmagórica em sua direção, sentiu o seu coração disparar e soltou um Pum... O desgraçado soltou barro por todo lado, tinha mesmo defecado; mas o medo do fantasma foi tão grande que nem sentiu o mau cheiro, nem se deu conta de sua obra-prima. Não pensou duas vezes, abriu a porta da capelinha e saiu em disparada...
Os dois amigos, vendo esse fantasma desabar na frente deles, gritaram:
— Meu Deus!!!
Eliezer desmaiou ali mesmo. Wilson se escondeu próximo a uma tumba. Seu Mané, coitado, caiu desfalecido sobre uma sepultura. Wilson começou a rezar:
— Minha Nossa Senhora, tende piedade de mim e do meu amigo. A senhora sabe o que viemos fazer aqui. Imploro-lhe, por todos os santos que não deixe meu maninho morrer, é muito medroso.
E em seguida começou a rezar o terço...
Nossa Senhora, ouvindo suas preces, fê-lo dormir.
No dia seguinte, o sol já acordado... Como de costume, o coveiro veio zelar o cemitério. Ao se deparar com um corpo estendido ao chão, levou um susto: “O que é isto, meu Deus?! Mesmo acostumado a lidar com defuntos, suas pernas tremeram, mas, como era corajoso, tocou no corpo, que se mexeu e resmungou estranhamente... O coveiro exclamou:
— Credo em Cruz, minha Nossa Senhora!
O corpo perguntou-lhe:
— Aqui é o céu? O senhor é São Pedro?
— Que São Pedro! O senhor está doido? Quem diabos é você, afinal?
— Virgem Maria! Acho que vim para o inferno. E o senhor, então, só pode ser o Capeta, o Cão!
— Não! Aqui não é o inferno, nem sou o Diabo! Aqui é o cemitério da cidade, você não está vendo, seu idiota?
Somente aí se deu conta de que estava realmente na terra e insistiu:
— Então, quem é o senhor?
— Sou o coveiro.
— Então eu morri mesmo! E o senhor vai me sepultar. Valha-me meu Padim Ciço!
— Não, seu imbecil! Você não está morto! Morto não fala, não respira. Quem é você, rapaz? Como é seu nome?
Eliezer respirou fundo, já se acalmando, respondeu:
— Eu sou Eliezer! Sou estudante! O senhor viu meu amigo?
— Que amigo?
— O senhor não conhece o Wilson, o fotógrafo?
— Todo mundo o conhece, e eu também.
— Então! Ele veio comigo. E quero saber dele!
Eliezer, já de pé, viu um corpo estendido mais adiante e, de supetão, gritou:
— Olha, olha lá, seu coveiro! Eu não lhe falei que ele veio comigo?
Correram até o corpo e, ao chegarem bem próximos, Eliezer, assustado e confuso, não entendeu nada e falou para o coveiro:
— Esta coisa gorda e “cagada” não é o Wilson.
O coveiro ficou de cabelos em pé. Desenrolou o lençol e viu que era um senhor idoso. Acordou-o e indagou:
— O que o senhor está fazendo aqui, todo podre desse jeito?
Ainda meio perturbado, este lhe respondeu:
— Sei lá, moço! Eu estava aqui, dormindo no meu cantinho, quando vi uma assombração querendo me pegar. Saí correndo e caí.. É tudo que me lembro.
O velhinho tomou banho numa torneira ao lado da capelinha... O coveiro, ainda nervoso, continuou interrogando-o:
— Em que cantinho você estava dormindo?
— Na capelinha.
— Ah! Então você é o fantasma do cemitério? Seu safado! Seu velho caduco!!!
— Não, senhor! Pode parar com isso! Respeite-me. Apenas não tenho para onde ir. Ninguém me aceita, nem mesmo meus filhos, que trabalhei tanto para criá-los. Agora não venha o senhor me dizer essas asneiras, não! Nunca assustei ninguém, nem tive essa intenção.
Eliezer procurava o seu amigo, e de repente gritou:
— Seu coveiro! Hei! Hei! Aqui está o Wilson, o meu amigo. Eu não lhe disse que ele tinha vindo comigo?! Venha ver, corre! Corre!
E de fato lá estava ele, ainda dormindo, estendido ao chão. Os dois chegaram bem próximos dele e o seu Mané gritou:
— Sangue de Cristo tem poder!!!
Wilson acordou agoniado e, assustado, falou:
— Eliezer, cadê as velas?
— Estão aqui.
— Vamos pagar logo nossa promessa!
Seu Mané e o coveiro fizeram as pazes e seguiram com os dois amigos até o cruzeiro. Acenderam as velas e fizeram orações agradecendo à Nossa Senhora por terem passado de ano. Depois, foram até a casa do coveiro, tomaram o café da manhã e contaram-lhe toda a história...
Seu Mané prometeu para o coveiro que iria procurar o asilo dos velhos naquele dia mesmo.
O coveiro conta esta história para todo mundo até hoje.
Os dois amigos ficaram felizes, e nunca mais brincaram com o estudo. Passaram a ser os alunos mais estudiosos do colégio. E para todo mundo Wilson alertava:
— Promessa é coisa séria. Só prometa uma que possa cumprir, por que promessa é dívida.

(Respeite o direito autoral...)

Foto de Sonia Delsin

Ó, A NOITE É MINHA!

Ó, A NOITE É MINHA!

A noite é minha amiga.
Minha companheira.
Foi assim a vida inteira.
Sempre adorei ficar olhando as estrelas.
A lua.
Sempre adorei a friagem da noite.
Veja-a como o mistério da morte.
Tudo se modifica.
Tudo.
Vemos fantasmas onde folhas balançam.
Isto me atiça.
Me convida.
Gosto de mergulhar neste breu.
Voar.
Encontrar ou não o luar.
Sonhar.
Ó, a noite é minha!

Foto de pttuii

Amor arborizado

Despentear o mentalmente
impossível de conter em sigilo,
Desdobrar folhas de árvore
doente e prestes a ruir,
Consigo retirar-te em seiva
prestes a confundir-se
com gota de chuva ácida,
Usada na borracha de um
veículo de emoções,
Disposta a rolar em contínuo
na estrada malévola,
A rota de imprecisões de
uma nuvem de fantasmas
já traçou o nosso final,
Seremos um pouso de
vento maldizente,
A puxar tempestadas de amor
plausível e real,....

Foto de christiancleber

PESSOAS E PESSOAS

Sentimentos e amores sempre existirão, mas a obtenção destes valores está somente reservado aos de plena coragem para buscá-los.
Na vida existem vários tipos de pessoas, cada uma e cada qual expressam no decorrer de suas existências diferentes tipos de comportamentos e escolhas.
Como tudo na vida possui dois lados, aqui os tipos de pessoas que mais se destacam pelas diferenças de pensamentos são duas: As que têm a coragem de arriscar tudo por um ideal e As que preferem ficar isoladas no seu próprio mundinho, sub-julgando frequentemente sua suposta falta de sorte.
A vida muitas vezes nos oferece um leque repleto de escolhas, outras vezes somente duas opções: A POSSÍVEL DOR DE UMA DECEPÇÃO ou A ETERNA ANGUSTIA DA DÚVIDA, somente encontrará a resposta certa, aqueles que tiverem a coragem de arriscar-se pela sua busca.
As pessoas de coragem, sempre se arriscarão pelos seus ideais, mesmo que não alcancem seus objetivos.
Pois preferem suportar a dor de uma decepção do que ficar o resto de suas vidas sendo seguidas pelos fantasmas da dúvida.
A decepção sempre ficará guardada em um cantinho isolado de seu coração, mas nunca em sua mente. O tempo por sua vez será seu aliado, e bem de leve e aos poucos cuidará que a ferida que parecia nunca cicatrizar-se, agora não passe de um simples arranhão. Pois você pode não ter alcançado o que queria, mas tem em mente o conforto da tentativa.
Agora, a dúvida do que poderia ter acontecido se você tivesse ao menos tentado, essa não, esta ficará em um espaço aberto em seu coração e também em sua mente.
E pelo resto de sua vida permanecerá uma pergunta sem resposta. O QUE TERIA ACONTECIDO SE EU TIVESSE AO MENOS TENTADO?
O tempo aqui também se manifestará, mas como seu pior inimigo. Você não tem uma ferida causada pela dor de uma decepção, mas tem a sua mente tomada por pensamentos que a todo tempo te culpam pela sua covardia, e tudo isso aliado à frieza do tempo, te provocará a pior das dores. A dor da falta de coragem.
Isso acontece porque muitas pessoas julgam o momento presente, pela má experiência vivida de um momento passado. Deixando assim talvez passar por entre os dedos, a chance de viver um verdadeiro amor, e que talvez passe muito tempo por esperar.
Dizem que o amor nada mais é que uma simples extensão de um sentimento que nasce sem uma explicação lógica, eu já acho que o amor não tem definição, você apenas sente e põe em pratica.
O sentimento nunca muda, apenas se transforma mantendo seu padrão original. Agora o amor é sempre constante, sempre fiel, no amor não existe preconceitos, diferenças étnicas e nem raciais, quem ama de verdade sempre encontra a cada dia um novo motivo para continuar vivendo, e pelo amor ser grandioso, a pessoa que o têm, sempre está há procura de alguém especial para dividi-lo.
Sendo assim, ame ao seu extremo, e nunca deixe que as sombras de uma má experiência vivida no passado, venha tirar o brilho de um sentimento que hoje pode classificar a alegria de sua vida no dia de amanhã.

Obs: Você sempre será o responsável pelas suas escolhas, por tanto e conseqüentemente, o único a sofrer as causas daquilo q escolheu. Amigos nem sempre resolvem aquilo que você faz questão de não enxergar, porém os verdadeiros amigos sempre estarão ao seu lado.
E mesmo depois de você ter errado, eles estarão lá. Não para dizer-te EU TE AVISEI, mas sim para dizer-te SE PRECISAR DE MIM, ESTOU AQUI!!!

Foto de DeusaII

Vazio de ti!

Abandonei-me em ti,
Vivi a tua vida,
Sofri os teus sofrimentos,
Tornei teus tormentos nos meus,
As tuas mágoas nas minhas.
Fiz da tua tristeza, o meu porto de abrigo
E no entanto, esqueci-me de viver sem ti.
Meu coração dilacerado de dor,
Ainda chama pelo teu nome,
Mas as lágrimas em minha face,
Já não correm,
Morreram junto com a minha alma.
Meu mundo desmoronou-se,
Não se lembrou que a vida sem ti não existe,
Que é um livro fechado, já velho e sem uso.
Vivi teus medos,
Suportei tuas contradições,
Perdi-me em tuas ansiedades,
Deixei-me levar por um amor que não existiu.
Matei meus sonhos,
Destrui teus anseios,
E esqueci-me de mim...
Esqueci-me dos meus terrores,
Dos meus fantasmas.
Perdi-me em divagações inúteis
E em sonhos estúpidos.
Defendi-te de todos os males do mundo,
Protegi-te das intempéries,
Procurei teus braços para consolo,
Perscrutei teu olhar,
Mas apenas encontrei um vazio,
De ti, de mim.
E assim nossa história acabou,
Mesmo antes de começar!

Foto de Sonia Delsin

SEUS FANTASMAS

SEUS FANTASMAS
(para uma amiga)

Eles chegam quando a noite se faz mais calada.
É triste a madrugada.
Durante o dia ela sorri.
Disfarça.
Não que seja uma dissimulada.
Mas finge ser feliz na sua estrada.
Como ser feliz com tantas perdas?
O que lhe sobrou?
O silêncio, o vazio.
A cama está gelada.
Ela vai até a janela e olha a calçada.
Tantos sonhos!
Tantos.
Os sorrisos chegam.
Primeiro da filha amada.
Também seu amado vem chegando.
Parece que vai lhe abraçando.
Depois chega a serviçal.
Igual a ela ninguém faz o serviço da casa igual.
Chega o filho ausente.
Ele está ausente, mas é presente.
E a netinha.
Então ela consegue retribuir o sorriso para seus fantasmas.
Alguma coisa lhe sobrou do mundo que desmoronou.

sonia delsin

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