Fim

Foto de CarmenCecilia

III Evento Literário de 2008 - Dia dos Namorados

VÍDEO POEMA OUTRA VEZ

POESIA:
CARMEN CECILIA
CARMEN VERVLOET
MARIA GORETI ROCHA

EDIÇÃO E ARTE
CARMEN CECILIA

MÚSICA
COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ (VIOLINO)
AUTORIA: GONZAGUINHA

OUTRA VEZ
Meu amor
Começaria tudo outra vez
Meu amor
Mesmo com todo talvez
Mesmo entre dúvidas ou insensatez
Eu começaria tudo outra vez!
Cuidaria deste amor tão delicado
Para mim pré destinado
Gota de orvalho em pétala de rosa
Frágil como uma flor!
Ensejo da vida...
Na esperança inserida!
Meu amor...
Meu chão... Meu senão
Razão do meu pranto,
Meu canto... Meu desencanto.
Nem sei por que te amo assim!
Talvez esteja nas estrelas escrito
Esse nosso amor tão bonito
Sem principio... Sem fim...
Ah! Você me traz...
Tudo isso e muito mais...
Um não sei quê de jamais...
Somados aos meus ais...
Minha vida sem você não existe!
Meu coração é triste,
Sou dia sem sol!
Sou praia sem mar!
O pranto se faz presente...
Meu corpo todo ressente
A dor que me tortura é angustiante.
Se de mim está distante!
Sofro por não te ter ao meu lado
Nas horas em que mais te desejo...
Você é meu adorado ser amado
O que mais quero é teu beijo!
Teu toque que me mapeia
E me desnorteia
O sussurrar ao ouvido
Palavras de duplo sentido
Mas sei que um dia virá
Não tardará... Muito em breve
Não mais precisaremos nos separar
Nosso amor transporá as barreiras do impossível!
E quando esse dia chegar
Todas as estrelas do céu hão de brilhar
Pois não haverá mais talvez
Somente eu e você outra vez...

Foto de IGOR JOSE

O TEMPO, A MORTE E A VIDA

Hoje quando acordei percebi que o mundo estava diferente de ontem, do tempo da minha infância. O passado ficou para trás. Eu não sou mais o mesmo, as pessoas também não são mais as mesmas, muitas até já se foram. Às vezes dá saudade dos tempos antigos, da fase da inocência. Mas o que preocupa mesmo são os tempos que virão. Se pudéssemos imaginar como seria o futuro descobriríamos que ele nunca chega e que quando nos damos conta ele já passou, e foi tão rápido que não deu tempo nem de vê-lo. Ainda bem! Talvez, se pudéssemos ver ao menos a silhueta dos tempos vindouros o desastre poderia ser maior, pois descobriríamos que o futuro não é como imaginamos. Nunca se sabe o que vai acontecer adiante, pois o mundo não para de girar e o relógio prossegue afoitamente em seu trabalho sem cessar, empurrando os ponteiros que atiram para todos os lados, como setas, nos atingindo com os mistérios do amanhã, enquanto achamos que aprisionamos o tempo em calendários, programando a vida, pré-estabelecendo a rotina, sem saber se o dia de amanhã virá. Será que estamos virando robôs ou não estamos bem programados?
Durante a noite sonhei com a morte, pensei na vida e descobri que ninguém está livre de se encontrar com o seu medo. Descobri que o homem não tem medo da morte, mas do que virá depois dela. O medo do desconhecido torna a vida uma grande produtora de adrenalina que nos arrebata aos pensamentos mais secretos sobre o outro lado da vida e nos torna conscientes de que a fatalidade mora ao lado da prudência e a morte nada mais é do que o embrião da vida, pois quando morremos é que nascemos, e quando nascemos da morte é que vivemos. Mas existe uma condição para que seja assim e ao menos que ela seja desrespeitada, então a morte pode se tornar um monstro intransponível que, mais do que assustar, pode possuir a vida e torna-la extinta por toda a eternidade.
Tentamos dominar o tempo e esquecemos que ele está prestes a ter um fim. Enjaulamos nosso medo da morte no recôndito de nosso ser tentando exonerar a incerteza do que virá com uma fé que muitas vezes não é suficiente para nos trazer a certeza sobre o amanhã e a vida, e esquecemos que no porão de nossa alma existe um monstro maior ainda, que somos nós mesmos. O nosso eu que quer pecar e se satisfazer dos desejos mas repugnantes que se possa desejar, se contrapondo a santidade e a justiça que ainda pode envolver o ser humano. Ë esse monstro que percebe o tempo acabando e se lança como um animal selvagem sobre o monturo da irracionalidade humana e se alimenta do opróbrio do ser mais importante da criação. Porque somos assim?
A vida é apenas uma experiência (para muitos, amarga como fel, para outros, doce como mel.) que serve para nos moldar a um padrão inexistente nesse mundo. Muitos tentaram com vãs filosofias, dogmas e doutrinas, teorias, misticismo e muitas outras formas, padronizar a vida que nem mesmo eles entendiam. Criaram regras, estabeleceram hierarquias, desrespeitaram o sagrado e mataram uns aos outros, fizeram terrorismo na tentativa de manipular a vida que desconheciam. Não adianta tentar entender, é preciso viver, e viver cada dia como se fosse o único, na busca de compreender a si mesmo, em seu verdadeiro conceito, na plenitude de sua intensidade. A vida está dentro de cada um e nada mais é do que a liberdade da alma de poder, em sua verdadeira essência, experimentar emoções latentes em si mesma.
O mundo quer controlar a vida, a morte quer seu fim e a vida quer somente ser vivida. Ontem eu dormi mais novo e amanheci mais velho. O espelho não me deixa enganado. A agitação da rotina me convence disso e o tempo apenas passa e me leva com ele, como um prisioneiro, acorrentado a ele com passagem só de ida, rumo ao encontro da bendita morte, o fim da gestação de um ser e o ínicio de uma “desconhecida” vida, de um novo indivíduo. Já não penso nas coisas de menino, nem vivo como um. Minha semente já está plantada nessa terra e dará continuidade a vida, a essa vida que eu quero entender... e morrer... e finalmente viver, sem o monstro da morte me perseguindo, sem as incertezas do amanhã.
A vida que foge de nossas mãos é a mesma que nos conduz como cativos do tempo que passou, que vivemos e do tempo que virá. O tempo que queremos controlar é o mesmo que corrói nossa existência, deteriorando o vigor, corrompendo a saúde, e que nos arremessa nos braços da morte. E a morte?! Ah! A morte nada mais é do que a libertação. Deixamos de ser homens empalhados, almas sem feitio, mentes com falhas para enfim gozar da plenitude da existência em sua totalidade, experimentando de forma definitiva a integralidade do ser. Contudo sem interferir no tempo individual, cada um precisa viver seu próprio tempo, pois basta à cada dia o seu próprio mal, deixando nas mãos do Criador o poder de decidir a hora do nascimento para a eternidade ou a morte definitiva de cada indivíduo, sabendo que isso é o resultado de uma escolha feita nessa vida, a de se permitir então ser controlado somente pelo dono do tempo, da morte e da vida. Mas quando foi que ajoelhamos? Quando foi que chamamos Deus de pai? Na verdade, não somos bons filhos!

Foto de Ana Botelho

SILENCIOSAMENTE

SILENCIOSAMENTE
Foi assim que você me chegou, silencioso, sem rodeios, de um jeito habitual,
Como se fosse parte da minha vida e soubesse todos os meus segredos
Fazendo gracejos, veio ousado e adentrou, sem reservas, sorrateiro
Ocupando de maneira inédita e acertando em cheio o meu coração, Manejou, como um velho parceiro, o carteado do amor verdadeiro Implantou uma rotina, trocando os meus hábitos pelas suas manias
Que inconscientemente assimilei, numa simbiose sutil e total .
Quantos rodeios eu fiz, até chegarmos ao nosso primeiro beijo Quantos desejos contidos, como me fazem bem só de pensar
Hoje eu quero saber se você ainda pode vir comigo, sem me dizer nada, Ou se ao menos poderá, ao meu lado, sentir o frio da madrugada, Que me desperta e me deixa fixada nessas imagens, aqui tatuadas Horas e horas sem fim... até que a luz da manhã devasse o meu quarto
E me conduza à dura realidade. Depois de tantos anos nos amarmos,
Amanheço mais um dia, me arrasto à varanda frente à longa estrada.
Então eu sonho, sedenta e plena, esperando que transponha o meu portão,
Para sentir o quanto e como você me quer... bastando que apenas sorria.
Não, não precisa me falar nada...a mim me basta que você possa entender
Que eu gosto muito de tudo isso e, que só você me faz viver com alegria.
Chama-me ao amor, ato sublime, o maior que já puderam inventar,
Pois não existe no universo, coisa mais grandiosa de se compartilhar,
E me arraste por horas, que absorta e lânguida escorregarei em suas mãos,
Deslizando sobre a minha pele, para que eu sinta a textura que é só sua
Numa troca de energias e sensações sublimadas, fomentando esse amor,
Numa química perfeita, que só pode entender, quem conseguiu experimentar,
E você vem e me chega, assim, feito dono da minha vida, dos meus anseios,
Mas saiba que se ainda me quiser eu me rendo, me entrego em bandeja, na mão,
Com direito a cores, sabores e sons, desde o nada ao tudo, além de tantos tons
Para que a partir daí, só a plenitude fale por nós, desde que adentre pelo meu portão...

Foto de Teresa Cordioli

SÓ QUERO CONTIGO, UMA NOITE DE AMOR...

*

*

SÓ QUERO CONTIGO, UMA NOITE DE AMOR...

No meu sonho tu entraste
quando sonhava contigo
senti teu respirar
bem dentro de meu ouvido
trazia consigo, perfume de flores
mais parecia de jasmim...

Tantos sonhos são meus
por tantos outros já passei
mas tem um que é especial
este sonho sou eu...
e se tu me visita assim...
com perfume de jasmim
que me embriagada e me excita
tudo que peço a Deus, nessa hora,
é que nesse sonho não desista...

Receba dos meus abraços em versos
o poema quase disperso
perdido nesse jardim...
onde falo de um amor sem fim...
que chegou derrepente
tomando conta de mim...
deixando minh'alma
perdida em êxtase!

Se o tempo não é só meu,
nem das flores ou do jardim...
ele tem todos os poderes
sobre as flores e sobre mim...
com vento forte,
o tempo, derruba as flores
com seus versos,
o tempo, me derruba de amores...

Se um dia esse amor terminar,
de ti levarei saudade...
mas não quero nem pensar
nessa hipótese,... será maldade!
se teu cheiro ainda não senti,
porque minha pele arrepiou?
se ainda não senti teu toque
nem minha boca te beijou,
porque estou em êxtase,
se nem meu corpo ainda tocou?

Tirando essa ansiedade
só quero contigo, uma noite de amor...

Foto de killas

AMAR AQUI E NO ALÉM

Sento-me sozinho a pensar,
Quando te tornarei a ver,
Quando te posso de novo tocar,
E nos teus olhos me perder.

Espero e anseio por tal momento,
Em que possa de novo te abraçar,
Mostrar este muito sentimento,
Que o meu coração tem para te dar.

Nas ruas estou-te sempre a ver,
As miragens de em ti pensar,
De noite tornas-me a aparecer,
Quando fecho os olhos para sonhar.

Quero apenas ver-te outra vez,
E ver-te de novo a sorrir,
Quero quebrar essa escassez,
Ao pé de mim te quero sentir.

Nas minhas noites serenas,
Eu nunca paro de respirar,
Respiro as minhas mais pequenas,
Esperanças de na rua te encontrar.

As esperanças de eu te encontrar,
São o que me fazem viver,
E todos os dias continuar a lutar,
Para sempre esta vida vencer.

Choro as lágrimas sozinho,
Nesta imensa e triste escuridão,
Não há na vida pior caminho,
Que o caminho da eterna negação.

O destino das eternas punhaladas,
Que se vão enterrar no coração,
São pior que muitas “estaladas”,
Que sempre nos atiram ao chão.

As muitas feridas abertas,
E que nunca mais vão fechar,
São como estrelas que caem,
Para mais alguém as encontrar.

São rosas de eternos espinhos,
Que estão sempre a querer picar,
São os inúmeros caminhos,
Que ainda me faltam palmilhar.

Mas antes que possa morrer,
E acabar com este sofrimento,
Quero mais uma vez te ver,
Para me lembrar além firmamento.

Agora que eu já morri,
E do céu te estou a observar,
Agora que eu já tudo sofri,
Ouço o teu triste suspirar.

Não sei que se passava afinal,
Confesso que eu nunca percebi,
O teu grande e imenso sinal,
E assim para sempre te perdi.

Vejo-te daqui sempre bela,
E nunca deixo de te amar,
És a minha eterna cinderela,
Contigo eu sempre vou ficar.

Estarei sempre ao teu lado,
Mesmo que tu não vás sentir,
Eu nasci e morri o mais amado,
Só por o teu coração abrir.

Quero ser o teu anjo da guarda,
Para sempre te hei-de proteger,
Deves-te sempre sentir amada,
E o amor nunca deves esquecer.

Quero ser o vento nos teus cabelos,
Para de novo o teu corpo tocar,
Quero mexe-lo entre os meus dedos,
E o teu intenso cheiro quero cheirar.

Não consigo deixar de chorar,
Pois só assim te posso ver,
Mas nunca te irei deixar,
Por mais que me faça sofrer.

Tu fostes e és a minha vida,
Aquilo porque continuo a mexer,
És a minha recordação querida,
Contigo estou sempre a aprender.

Aprender novas formas de amar,
Novos trilhos para te encontrar,
Novas esperanças de por ti lutar,
No dia que eu vou aguardar.

Estou pronto para a grande espera,
Porque quero que consigas viver,
Eu esperarei pelo fim desta era,
Para de novo nos meus braços te ter.

Por muito longa que possa ser,
Estarei aqui a aguardar,
Até porque não te posso perder,
Pois continuo a te amar.

Quando olhares as estrelas,
E de mim te quiseres lembrar,
Pensa no brilho delas,
E no céu me vais encontrar.

Foto de Sirlei Passolongo

Um amor assim

  
Um amor assim
Não se encontra
Em qualquer livro
ou folhetim.

Um amor assim
Não desaparece
Como numa brincadeira
De pirlim-pim-pim

Um amor assim
Não se perde no tempo
Como o próprio tempo
Que não tem fim...

Um amor assim
Não faz molhar a face
E afasta tudo que é ruim

Um amor assim
É o que Deus
Sente por você
E por mim.

(Sirlei L. Passolongo)

  
Direitos Reservados a Autora.

Foto de IGOR JOSE

Plenitude do Amor

De manhã bastou um toque seu em mim
E um arrepio intenso e sem fim
Despertou os meus mais simples desejos.
Encostei o meu corpo em seu corpo quente
Tão lindo, tão moreno, nu à minha frente
Por que não aproveitar o ensejo?

Pois acordei com uma vontade louca
De sentir o doce mel da sua boca
E simplesmente acariciar seu rosto.
Sentir a sua pele morena e macia
Que me faz escrever essa nova poesia
E novamente expressar o gosto.

O gosto dessa paixão avassaladora
Que aflora sem pedir licença,
Sensação gostosa e arrebatadora
Que desprende uma força tão intensa
Que faz meu coração acelerar
Querendo estar em seu interior
E assim explodir e me espalhar
Gozando da plenitude do amor.

À MINHA AMADA ESPOSA

Foto de CarmenCecilia

OUTRA VEZ VÍDEO POEMA DE AMOR

VÍDEO POEMA OUTRA VEZ

POESIA:

CARMEN CECILIA
CARMEN VERVLOET
MARIA GORETI ROCHA

EDIÇÃO E ARTE
CARMEN CECILIA

MÚSICA
COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ (VIOLINO)

OUTRA VEZ

Meu amor
Começaria tudo outra vez
Meu amor
Mesmo com todo talvez

Mesmo entre dúvidas ou insensatez
Eu começaria tudo outra vez!
Cuidaria deste amor tão delicado
Para mim pré destinado

Gota de orvalho em pétala de rosa
Frágil como uma flor!
Ensejo da vida...
Na esperança inserida!

Meu amor...
Meu chão... Meu senão
Razão do meu pranto,
Meu canto... Meu desencanto.

Nem sei por que te amo assim!
Talvez esteja nas estrelas escrito
Esse nosso amor tão bonito
Sem principio... Sem fim...

Ah! Você me traz...
Tudo isso e muito mais...
Um não sei quê de jamais...
Somados aos meus ais...

Minha vida sem você não existe!
Meu coração é triste,
Sou dia sem sol!
Sou praia sem mar!

O pranto se faz presente...
Meu corpo todo ressente
A dor que me tortura é angustiante.
Se de mim está distante!

Sofro por não te ter ao meu lado
Nas horas em que mais te desejo...
Você é meu adorado ser amado
O que mais quero é teu beijo!

Teu toque que me mapeia
E me desnorteia
O sussurrar ao ouvido
Palavras de duplo sentido

Mas sei que um dia virá
Não tardará... Muito em breve
Não mais precisaremos nos separar
Nosso amor transporá as barreiras do impossível!

E quando esse dia chegar
Todas as estrelas do céu hão de brilhar
Pois não haverá mais talvez
Somente eu e você outra vez...

Foto de Latino_Poeta

Penso em ti

eu penso em ti,
contemplando a aurora.
no fim da tarde,
a toda hora
eu penso em ti.

eu penso em ti,
com a cabeça ao travesseiro.
no trabalho a tempo inteiro,
eu penso em ti.

quando ouço uma canção,
você invade meu coração.
e entre lembranças e esperanças,
eu penso em ti.

eu penso em ti,
numa roda de amigos;
dançando com alguém,
beijando outras bocas;
por mal ou por bem...
... eu penso em ti

eu penso em ti,
mesmo quando não quero pensar.
confesso que dá raiva de lembrar,
mas...
... eu penso em ti.

eu penso em ti,
o que vou fazer?
se eu penso em ti

EU PENSO EM TI...
porque não dá para te esquecer.

Éder Luís Lopes (Latino)

Foto de killas

LABIRINTO

Não há nada melhor que cruzar,
Baralhar e por fim juntar,
Todas as nossas palavras,
Tentando algo encontrar.

Palavras que demonstram,
O meu melhor coração,
Pois é nesses momentos,
Que se encontra a paixão.

Palavras que ferem,
Ou nos fazem sorrir,
Depende de como se dizem,

Mil e mil vezes em fim,
Eu me quero a ver repetir,
O que de melhor há em mim.

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