Forma

Foto de wellingtondias

Amar é

Cada um ama de uma maneira,
cada qual, ama como pode.
O amor é lindo!
O amor é tudo.

Não importa como se ama,
só importa o que se ama.
Se amas és amado!

Temos várias forma de amar e ser amado,
mas estas formas levam ao mesmo lugar.
Sabemos bem a quem amamos,
mas sabemos também como amar.

Quando amamos nos libertamos
é no amor que encontramos vida,
é nele que nos alimentamos e nos fortalecemos.
O amor é lindo!
O amor é tudo.

O amor é doação, é viver o outro, é querer o outro.
É dividir o seu amor com todos.
Se você vive o amor, não espera resposta.
Se é amor não importa,
no amor nada se perde só se acrescenta.
O amor é lindo!
O amor é tudo.

Só quem ama sabe, só quem ama sente,
só quem ama respeita o sentimento do outro.
Só quem vive o amor,
só quem quer o amor investe nele.
Quem ama não fala, quem ama não recomenda.
Quem ama vive cada momento
e administra as suas carências.
O amor é lindo!
O amor é tudo

Foto de Joaninhavoa

O SINO

O sino tocou e o som Ding... Deng... Dong...
Abrangente, tocou leve brando e rente
Teu coração estremeceu tremeu e treme
Sempre qu`o sino toca Ding... Deng... Dong...

O sino toca em ti e em mim
E em todos nós de forma
Diferente!...
Faz lembrar a igreja
A mim casamento
E a vós a delicadeza
De todo um momento!...

O sino e seu som lembra
Passados d`outrora!...
Quando todos seus sons
Tocados! Eram vidas de todos
Presentes lá dentro
União! Viva memória!...

Agora reproduz e atenta raio
Em ti, repulsão? Não!
Traduzes em palavra satura
Na letra d`alguém quando chora
Benção! Vida intensa!...

Ding,.. Deng,.. Dong,.. é tão lindo o teu som!...

JoaninhaVoa, in “Passados d`Outrora”
(2008/03/02)

Foto de Henrique Fernandes

ESPÍRITO DO DAR

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Hora zero de uma noite fria, acalentada pelo brilho de enfeites luzidios que reflectem o piscar multicolor de lâmpadas vigorosas de sustentáculos cintilantes, como estrelas que iluminam a noite numa bonança que pernoita diante de um sublime manto branco de neve; todo pintado a gelo.
A alegria vagueia pelas ruas sem deixar pegadas, flutuando um silêncio interrompido por uma sinfonia de emoções, escutando melodias que tilintam no espaço e no ego o espírito do Dar!
Ao olhar através da vidraça que expunha a rua nessa noite, encontrava-a trajada de encantamento, como sucedia em todas as ruas, encontrei-a coberta por um costume de mil pigmentações em combinações de paz e concordância! Eu estava solitário, vigilante e submisso a este prodígio que a alma compreende, a qual nos transfere no bater do coração.
Ao ecoar a décima segunda badalada dessa noite gélida, escutei o ranger da minha porta e uma voz de silêncio que já havia ousado mostrar-se, proferiu à minha mente:
- Sou o Dar, esquecido pelos povos trezentos e sessenta dias por ano. Tenciono esta mácula desabafar.
Não sei se hipnotizado ou se havia enlouquecido, mas prescindi minha mão a regular-se pelo Dar e ortografei o seu desabafo descontente e tão penetrante, que se podia escutar o pesar que me ditava:
- Sou feto concebido no ventre do nosso carácter, sob a forma de um sentimento que dais à luz num costume de horas contadas num impar. Deveis decepar ao Dar o cordão umbilical, e deixá-lo coabitar menino a crescer em vós, dando-me voz todos os dias do ano.
Dar deambulava na minha alma à procura de se libertar, ou de juntar-se com o seu irmão - Receber - na aberta de uma consciência que soltamos numa comoção, que manifestamos quando dissolvidos na áurea Natalícia que nos transmuda a moral superabundante de uma indigência de asserção humana conquistada pela razão. Sem senão, o nosso ser quer partilhar o receber com o Dar.
Dar passou o tempo à janela do meu olhar, presente num estender a mão a quem não espera por nós e de nós carece como alimento à esperança, desaparecida na fome de contentamento, evacuada numa lágrima que inunda um rosto de solidão e esgotada num clamor mudo em demanda de paz.
Dar brinca no nosso sorriso quando sorrimos despretensiosos, intencionados a ajudar sem imodéstia, numa troca de emoções compartilhadas num pranto de alegria. Como suspiro de satisfação entregue por veneração a um fascínio natural sem ilusionismos ao obséquio de ser gente.
Dar é uma criança que se agiganta adulto nas nossas carências ou aptidões, de receber sem anseio o beijo do sorriso de uma criança, abrilhantado num olhar que agradece inocente a nossa melhor oferenda, agasalhada de quentura despretensiosa, dádiva de amor humano.
Dar está aceso em nós quando sabemos receber o Dar de alguém. O Dar não se dá, partilha-se cedendo o que recebemos: um olá num olhar sincero, a carícia de uma mão sem interesse, um beijo que não impõe retorno numa oferenda que não aguarda restituição, um sorriso de uma cooperação autêntica, um abraço que compreende a adversidade de qualquer um, o interiorizar uma palavra graciosa, o aceitar da incorrecção e imperfeição do comparável simples mortal…
De repente, acordo recheado de existência em mim sobre um papel manuscrito sem memória, e já o Sol da manhã me dava um benéfico dia. Sem saber se havia devaneado, sentia-me desconforme por algo que me havia alegrado o profundo do meu ser, soberbo pela mensagem do Dar.
Considerei estar demente, mas não. O espírito do Dar murmurou para mim. E lá estava eu, na vidraça, enxergando a minha rua trajada pela luminosidade de um Sol que fazia jus à concórdia de um mundo por sensibilizar.
Elevo-me em harmonia e entorno meu olhar lá para fora… Via -a agora guarnecida de crianças turbulentas de júbilo, arrojadas de uma glória, inábeis de ocultar a sua transparente e radiante felicidade.
- É o Dar! É o Dar! - Ouviu-se…

Foto de VenOon

Arrependimento Passional

Trago na alma o sorriso desolado
Forçado, por consequeências cometidas.
Por tanto lutar já me sinto fraco
Podedo produzir esperanças sofridas.
Desprezei por tanto tempo,
Aquilo que me foi oferecido.
A mácula promovendo o desalento
De todos os presentes, esse foi o mais querido.
Como um néscio, assim eu agir.
Representei erros passionais
Por não enxergar o seu amor puro,
Devorei de forma estulta a nossa paz.
Hoje meu coração respira ares soturnos,
Lembrando dos atos perversos, aumenta a mancha.
Caminho com meu espírito noturno,
Tentando recuparar de volta a chama.
Era uma chama, forte, viva e acesa.
Que graças a minha morbidez conseguir apagar.
Como fui tolo, a ponto de ocultar
O amor que agora peço que transpareça.
Me preocupai com o que estava longe e oculto,
Não notei o que estava mais próximo e visível
Formulei a chaga que devastou o meu mundo,
E essa doença a dor é inexaurível.
Com vilipêndio tratei o que me dera;
Tentar resgatar, talvez seja tarde.
Trago no peito o ego ferido que arde,
E me consome como calor a primavera.

Foto de Rosita

R E S P O S T A

Nada mais tenho que perdoar
E vou até o final de escutar
Agora vou te fazer companhia
Pois estou também a chorar.

Como podes me fazer rir
Quando neste momento
Sinto uma dor meu peito ferir?

Entrei em tua vida sem saber
Que iria um dia te machucar
Garanto que não foi por querer
Não planejei nos separar

Choro de tristeza ao te ver chorar
Não quero rir, nem te magoar
O amor, às vezes, não é eterno
Não sofras tanto nesta forma de amar.

Se não estais ao meu lado
Junto ao meu coração
É porque tive que partir
E viver uma outra emoção

Não te entregues a esta treva
Não machuques mais teu coração
Tenhas ânimo, tire da vida o calor
Chega de lágrimas e dor

As lembranças serão guardadas
Momentos de felicidade lembrados
Mas precisas compreender
Que tudo isto só te faz sofrer

Digo-te agora: estou a chorar
Ao ouvir o que estás a me contar
Acredito no amor que tens por mim
E por isto tenho carinho para te dar.

Agora te peço, para de chorar
Deixe estes momentos passar
E o sol em tua vida vai brilhar
E quem sabe voltes a amar.

Rosinha Barroso
28/02/2008

OBS.: Este poema foi inspirado após leitura de ns "lamentos" escritos por um amigo muito querido.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

luz vida brilho estrelas

A vida, luz estrelas
A vida uma dadiva dos altos de DEUS.
A saudade do que não foi vivido.
A estrela que brilha dentro de cada um de nóis.
A luz que alcança o horizonte onde nunca se foi antes.

Vida é tão fundamental porém muito tratada de forma infomal.
A luz que brilha o ser os seres vivos da vida que ilumina as estrelas.
Você é luz.
Você é vida.
Você é estrela.
Você tem seu brilho.
VOce tem encanto.
Você tem seu poder no mundo.
A vida nos mostra o brilho a luz.
Porém não convém deixar que apaguem nossa luz
o brilho de nossa estrela.
a estrela nos ilumina a vida.
a vida nos da alma que nos da a luz...
luz...vida...

Foto de Mentiroso Compulsivo

INSTANTE

.
.
.

Neste instante vejo-te aqui a meu lado.
Vieste viver junto a mim e agora,
Trouxeste contigo uma nova aurora,
Queres ter a minha vida a teu cuidado.

Expulsas da minha frente os abrolhos
Desta estrada agreste, deste caminho duro.
Onde nada vejo, seja noite ou dia escuro
Mas tu guias-me com o olhar de teus olhos.

Como é bom sentir-me sair desta amargura,
Em forma de milagre feito com doçura.
Obrigado por me teres dado a mão a mim.

Quando um dia partires, deixarás saudade,
De todo este instante de verdade.
Saudade eterna que nunca terá fim.

© Jorge Oliveira 29.FEV.08

Foto de friendshipstar

memorias

longos meses passaram

e eu aqui na solidao

penso no que falaram

sinto em mim a desilusao

sei que nao fui capaz

de te conseguir cativar

disse coisas muito mas

que nunca me vais perdoar

mas uma coisa posso dizer

que apesar do meu sofrer

de ti me continuo a lembrar

nao da mesma forma

como em tempos me lembrei

mas de forma tao intensa

que nunca mais te esquecerei

foste muito importante

para ser o homem que sou

nem que seja por um instante

nao irei esquecer quem em tempos me amou.

agora tudo e passado

quem andou nao tem para andar

assim diz o ditado

que e de todos,e popular

que e meu e teu e nosso

e um triste fardo

que temos de carregar

Foto de Henrique Fernandes

ENTREGA

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Sinto no trovão a inveja dos deuses
Na entrega da minha carne ao amor
E cada uma das luxúrias que tu ouses
Exibir a tua forma de amar sem pudor

Dominas o íntimo rude das tempestades
Quando me molhas de suor na cama
Colando a vice-versa das nossas metades
E degelas os pólos com tua chama

Impedes que adormeçam os vulcões
Com ondas gigantes de prazer
Trazes o sol aos meus serões
Na tua erupção de sementes a arder

És esplanada donde vejo o fim do dia
Colhendo no teu colo a alegria da vida
És vista nua e crua da fantasia
Maravilhosa aventura destemida

Foto de Raiblue

Inv(f)ernais...

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Sempre gostei do inverno, seu hálito de mofo e cheiro de sombras frescas com as quais adorava brincar de adivinhar o que havia por trás delas. O mistério das coisas sombrias me fascinava!Talvez existisse em mim um lado desconhecido, submerso em águas profundas do meu ser inquieto e inconstante.
Alguma coisa acontecia, quando chegava o frio, era como se rompesse a placenta naquele momento e eu nascesse ali, naquele instante, ele era aquecedor para as geleiras da minha mente,irrigava mais intensamente o sangue que parecia parado nas demais estações,as mãos formigavam como se começassem a existir a partir dali...
Finalmente, resolvi sair de casa, estava ansiosa por rondar a cidade à noite, após meses de silêncio quase fúnebre. Foi quando,de repente,o avistei,atravessamos o mesmo caminho.Destinos cruzados?Almas gêmeas ou corpos desesperados ,ansiando carne...? Seu olhar parecia perfurar meu corpo, um punhal rasgando impiedosamente meu coração há muito tempo enclausurado nos porões da alma.Cada um seguiu seu caminho,retornei para casa com uma estranha sensação,estava ardendo,tudo em mim era só chama vermelha, incandescente...,.tudo era só desejo....uma vontade de devorar aquele desconhecido,e,quando pensei nisso,senti um gosto diferente na boca, um cheiro forte impregnava em todo meu quarto,era dele,eu sei,eu reconheci,ficou no ar,ficou em mim...
Acendi velas brancas, coloquei lençóis vermelhos na cama,e me deitei,completamente nua,cheirava apenas à carne crua...fresca...estava ali pronta para ele,num ritual apocalíptico,iria exterminar a solidão. Em meio às sombras da noite, entreguei-me àquele desconhecido, senti seus dentes em minha carne como se quisesse mastigar-me em pedacinhos e aquilo deixou-me louca!De repente, um gosto de sangue na boca e um orgasmo misturado à dor da carne arrancada por suas presas afiadas, prazer infernal!!Despertei gritando!Um misto de sensações me tomava, passei a mão no pescoço, procurei o sangue jorrado ou alguma marca, mas só havia suor, quente,cheirando à coisa antiga,um incenso talvez...As contrações no meu corpo continuaram por um certo tempo,meu sexo estava vivo e explodindo...Como poderia tudo ter sido apenas um sonho?
Levantei absorvida pelo tédio dos dias sempre iguais. O sonho trouxera o gosto amargo da decepção, ao acordar.Continuava sozinha, na minha escuridão de sempre.Antes, ela não me incomodava,mas agora era dilacerante,deixava-me angustiada e faminta...uma fome esquisita que nenhum alimento saciava...
Na noite seguinte, tornei sair, porém,dessa vez,parecia determinada a encontrar algo ou alguém específico,alguma coisa me impulsionava e me atraia de forma irresistível...morte! Essa palavra se repetia em minha mente como um mantra mórbido,eu sei,mas de salvação,eu adorava seu eco, engraçado, ela tinha um sentido diferente...,de vida...,de algo que pulsava,vibrava...
Entrei num botequim situado na esquina de um beco chamado Beco dos Imortais, cada bar tinha um nome de um célebre imortal, escolhi o Bar do Baudelaire,pois estava bem baudelaireana naquela noite,até cairia bem um vampiro...Algo me puxava para lá,farejava qualquer coisa indefinida,começava a sentir aquele gosto na boca novamente...aquele do sonho,e aumentava a minha fome...
Entrei, sentei, não vi nada no cardápio que me agradasse, contudo, na mesa em frente à minha, vi um homem de olhar fulminante a me fitar insistentemente.E, de repente,misteriosamente,vi-me sentada ao seu lado.Ele era de poucas palavras,mas despertava cada vez mais minha fome com seu olhar de serpente, seu veneno era apetitoso...Acho que estava obcecada,tarada ,depois de tanto tempo em reclusão,precisava urgentemente de uma noite orgástica!Então veio o convite tão desejado... e eu aceitei de imediato,é claro!Quando saíamos do bar, ele me abraçou subitamente, um abraço quente, de arrepiar cada poro da pele.Ao abrir os olhos,mirei um espelho que ficava bem na minha direção,para minha grande surpresa,só havia uma pessoa refletida...
Enquanto ele me apertava contra seu corpo, e o seu sangue parecia se concentrar todo no seu sexo,minha boca sentia intensamente aquele gosto daquele dia...estava muito gelada e tonta ,talvez de desejo,não sei,só sei que necessitava de algo quente urgentemente, e ele estava ali,eu podia deixá-lo ir,mas foi inevitável o beijo...a mordida...,ele precisava morrer para que eu sobrevivesse...

(Raiblue)

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