Frio

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

CHUVA DE DOR

O vento sopra pela janela
E sussurra palavras sofridas e doloridas.
O vento trás sua dor,
E suas lágrimas são como as gotas da chuva
Que molham o batente da janela.
Gotículas invadem meu quarto
E espiam por entre as frestas da cortina
A luz que ilumina o ambiente.
Aqui dentro, o frio também me invade.
A névoa que paira sobre meu coração
Invade o quarto e esconde os móveis,
Testemunhas únicas dos nossos momentos de devassidão.
A chuva cessa,
Mas o frio não amaina.
Rogo que a morte venha depressa
E que a névoa leve essa presença dorida,
Que aflige ainda mais a minha solidão.

Foto de Izaura N. Soares

Abraçando o Mundo

Quando estou escrevendo...
Não é na minha solidão
Que penso e sim na solidão
De outrem que vive só sem
Esperança enganando a si
Próprio que és feliz!

Entrega-se ao amor pensando
Que és amado.
Finge sentir um calor que na
Verdade não sente o que sente,
É apenas frio e muita dor.

Quando estou escrevendo...
Não é em mim que penso,
E sim naqueles que sonham
Com a liberdade, mas que sentem
Medo de se abrir para a vida ao
Encontro da felicidade.

Abraça-se o mundo sem sentir
O abraço.
Sentem saudades, sentem vontades.
Sentem um enorme desejo de abraçar
E ser abraçado.

Quando estou escrevendo...
Não é em mim que penso,
E sim em você que vive a
Sonhar de um dia encontrar;
Alguém sincero; para poder amar!

Escrevendo o amor penso em você,
A todo o momento.
Retiro do peito todo o meu tormento
E a ti eu ofereço um novo amanhecer,
Entre as flores do jardim a florescer.

Foto de Cecília Santos

MUNDO REAL

MUNDO REAL
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Que saudades que tenho, dos anos de Outrora.
Quando achava que Deus, morava nas nuvens,
e desenhava pra mim.
Olhar atento, curiosa, esperava.
As figuras se formarem, pra me encantar.
Num piscar de olhos, se desfaziam com o vento.
Outras iam surgiam em seu lugar.
Não tenho mais tempo de olhar os desenhos no céu.
Hoje vejo à minha frente uma dura realidade,
que não se apaga, diante de meus olhos.
O desenhista da atualidade, é implacável, frio, cruel.
Seus desenhos são baseados unicamente,
na INTOLÊRANCIA, no DESCASO, no DESAMOR,
O cenário é a grande metrópole, suas ruas, seus faróis,
seus becos, suas favelas.
Crianças com fome no farol a pedir.
Outros fazendo malabarismo, pra ganhar uns trocados.
Cenas que se repetem todos os dias, todas as horas em
cada farol dessa imensa cidade.
O homem esqueceu o significado da palavra AMOR,
HUMANIDADE, SOLIDARIEDADE, COMPAIXÃO.
Robôs e máquinas, ocupam espaços humanos.
O desamor alojou, ramificou, enraizou se alastrou.
Os sonhos pra muitos, foram desfeitos .
O verde agora é só concreto, e a esperança acabou.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2007

Foto de carlosmustang

INDENTIFICAÇÃO

Sou poeta, meio inconsequênte
Mas sou humilde, pois sou gente!
Meus ansêios transbordam fora da "razão"
Tento.
Mas meu motivo de inspiração
É saber pensar com o coração.

Sou um poeta
Por quê choro!
Tenho "pavor" de prender me a realidade.
Se tão frio me tornar!
Que farei nesta cidade.

Sou poeta
Quero sofrer por amor
Dar tudo do mundo, para minha flor!

Sou poeta
Mas sei do "sentido"!
Arranho as paredes da caverna do "conhecimento"
Procuro a liberdade do tempo.

Sou poeta
Só sei AMAR...

Foto de Fatima Cristina

Despedida.

Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. A paixão é mesmo isto, nunca sabemos quando acaba ou se transforma em amor, e eu sabia que a tua paixão não iria resistir à erosão do tempo, ao frio dos dias, ao vazio da cama, ao silêncio da distância. Há um tempo para acreditar, um tempo para viver e um tempo para desistir, e nós tivemos muita sorte porque vivemos todos esses tempos no modo certo. Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer, sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã ao acordares. Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.

Foto de Daemon Moanir

O fundo do poço.

O fundo do poço é sujo,
É nojento e irascível.
O fundo do poço é frio,
É duro e desprezível.
O fundo do poço é vazio,
É só e doloroso.
É uma fossa horrorosa de sofrimento
Onde caiem todas as chuvas amarguradas
Por desventuras já estragadas.
O fundo do poço é pura melancolia.
O fundo do poço é mentira coberta,
É página de caderno fechada
Onde nunca mais vai ser aberta...
Ou, talvez, seja página rasgada
De frustrações e quimeras passadas
Que, sem piedade, adoram ser relembradas.

Foto de adrikas

Lago Azul

Vai barco navegando,
Em algum lugar ele vai me levar,
Não sei para onde vou,
Eu fecho os olhos e tudo fica tão claro,
E o céu está mais lindo do que nunca.

Olhando tantas estrelas, no amanhecer,
O nascer do sol, eu amo a vida, eu grito, extasiado de tanta beleza.
Eu que tive tantos medos, tanatas dúvidas,
Agora só deixo o barco me levar.

Pelo lago azul eu não sei onde vou parar,
E onde um dia irei te encontrar
Navegue barco, me leve, o vento vai me fazer lembrar
De tantas coisas boas, algumas coisas más.

Tudo bem, estou seguindo para onde ele levar,
Saudades dos velhos tempos, são só saudades,
Não vou chorar, quero dormir um pouco
Sonhar, sentir o frio da brisa me tocar.

Sentir o cheiro da mata me purificar,
Vou navegando rumo ao Sul
Eu vou remando pelo o lago azul e, os passáros voam cantando,
Todos na mesma direção, é tão lindo.

Todo juntos no mesmo caminhos, num só bjetivo
Chegar ao seu destino.
A luz do sol nascente, pintou de laranja o lago tão azul,
Vamos barco me leve, navegue, não dei onde irei chegar.

Eu so deixo o barco me levar, para onde o vento deixar,
Fecho os olhos para ver melhor,
Sonhar,que mal há?
Minha casa está bem longe, mas agora não estou mais perdido.

Não estou mais só,
Estou em sintonia com todo o universo,
Como é bom estar com você,
Tudo fica tão claro, mais alegre e, mais bonito.

Longo caminho que eu sigo, vou indo, seguindo,
Navego e deixo, pelo barco, por você
Que me carrega que nos leva
Pela Lagoa Azul.

Foto de Cecília Santos

AMO VOCÊ

AMO VOCÊ
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Amo você, presente de Deus.
Amo você, com amor supremo.
Amor de mãe não se mede, se sente.
Ternura que afaga, cuida e protege.
Noites em claro velando seu sono.
Fico ao seu lado nas asas dos anjos.
Força e coragem é você quem me dá.
Pois só por você, sou grande, sou forte.
Quando está triste, sofro com você.
Quando tens dor, queria tomá-las para mim.
Amo você, desde que soube que viria pra mim.
Amor e carinho esperavam por ti.
O tempo passou...
Meu presente chegou...
Enviado por Deus...
Endereçado à mim...
Misto de carinho e ternura.
Carinha de anjo, com sorriso bonito e maroto.
Franca e leal, assim é você.
Às vezes pimentinha, às vezes docinho.
Meu amor por você é infinito.
Se compara a areia do mar, e as estrelas do céu.
Amo você, e vou te amar sempre.
Mesmo quando já não me fizer presente.
Serei a brisa, a flor, o perfume.
Asas transparentes a te proteger.
Serei sol, chuva, frio e calor.
Carinho sem presença a te embalar com
amor sem igual.

(Mamis) P/ minha filha Aline
Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2007*

Foto de Naja

QUE AS ONDAS DO MAR ME LEVEM

QUE AS ONDAS DO MAR ME LEVEM

Fico aqui, parada, meus pés na areia molhada, acariciados pelas espumas formadas pelas leves ondas; um vento frio me dá prazer. Meus cabelos soltos, voam por meu rosto; nao me importo.
Ao olhar para esse mar dos mais belos que já vi; hoje bem mais calmo, como
calma está minha alma e meu coração.
A bela imagem para meus olhos alegrar, é das que mais amo. É o caminho prateado que a lua faz desde o horizonte até as espumas que banham meus pés.
Ah!!! Como eu gostaria de ser uma sereia, jogar-me neste mar lindo e ir nadando até alcançar a lua, seguindo seu rastro luminoso nessas águas frias e
tão gostosas desse meu mar que adoro.
Lá, bem longe, posso vislumbrar uma ilhota onde, se quisesse poderia descansar e ir seguindo sem parar para terras distantes, pelos caminhos em que essa lua fosse me levar.
Deixo meus pensamentos livres e permito apenas a meus olhos , repousar nessa reconfortante paisagem e me vejo indo além, seguindo a lua e com alma leve e meu coração descansado, para novos lugares nadar, onde o destino desejasse me guiar.
Aqui, parada nesta praia, com o barulho das ondas a entoar uma bela canção, deixo-me levar em liberdade, com suavidade por caminhos onde a minha paz irá a mim encontrar!...
naja
Publicado no Recanto das Letras em 05/11/2007
Código do texto: T724950

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Comentários

05/11/2007 22h40 - Maria Olimpia Alves de Melo
lindo!
05/11/2007 22h36 - ROMILPEREIRA
ESSA É A NAJA QUE TODOS DA RL QUEREM VER!!! BELISSÍMO TEXTO POETIZA DAS PALAVRAS LINDAS!!...BEM VINDA A SAUDADE QUE DA PRAZER EM SENTIR...E AO AMOR QUE QUEREMOS ALCANÇAR...BJS..BJS...
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Sobre o autor

naja
Rio de Janeiro/RJ - Brasil, Escritora Amadora
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(estatísticas atualizadas diariamente - última atualização em 05/11/07 22:41)
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Descobri

Descobri que mesmo com dor
Podemos sorrir.
Mesmo com lágrimas há amor
Há uma razão para existir.
Descobri que mesmo com tantas maldades
Existentes neste mundo,
Ainda há bondade,
Em corações profundos.
Profundos por que amam
Não são rasos com mesquinharias.
Profundos por que clamam:
“Vida sem hipocrisia”.

Descobri que há escuridão
E uma noite que apavora.
Mas descobri também que mesmo na solidão
Onde a alma chora
Aparece um anjo, com a mão...
Onde levanta e coloca lá fora.
O triste não mais chora
Sorri por que a tristeza foi embora.

Descobri no túnel, no fim,
Uma luz que resplandece
Trazendo para mim
O novo dia , que amanhece.
Saí da escuridão
Da noite de tristeza...
Conheci o dia, a paixão...
Um raio de beleza
Que aquece meu frio lençol
Mesmo nas noites frias, é meu Sol.

Joana Darc Brasil *
05/11/07
*Direitos autorais reservados.

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