Frio

Foto de Child.of.the.Night

Eterno Vazio

A noite chega
Como sempre
Tão calma e serena
A luz foge
E eu corro atrás dela
Tenho que correr
Porque não vivo sem ela!

Mas ela corre mais rápido
E eu fico para trás
A vida não espera
E não volta atrás.

A Lua brilhante
esconde-se por detrás das nuvens
Deixando tudo escuro
Daí por diante

Faz frio
Mas esse frio aquece-me
Daí eu achar o escuro
confortavel
Porem ele consome a minha alma
com uma fome insaciavel

Agora...
Espero pelo Eterno Vazio
Espero pela sua chegada
Espero que ele me leve
Para onde não existe dor,
sofrimento,
nada.

por: Child of the Night

Foto de Gideon

Almas Enlaçadas no Inverno

Queria, hoje, dormir com as minhas pernas enlaçadas nas suas...
Roçando meu pé direito no seu esquerdo.
Meus braços em torno de sua cintura,
E meu rosto perdido nos seus cabelos
Dividindo o mesmo travesseiro.

Seus suspiros misturados aos meus.
Seu coração ensaiando com o meu,
Prá acertar os passos do nosso viver.

Sonhar que tudo isto é verdade,
Burlar a realidade e por lá ficar.
Ou então, trazê-lo (o sonho) para cá, meu quarto
E, de fato, acordar com você ao meu lado.

De noite balbuciar palavras desconexas,
E você, meio sonolenta, acariciar-me como se uma criança eu fosse.
Então eu acordado, fingir que dormindo nada percebia
Prá aproveitar ao máximo esse carinho.

O frio, às vezes, troca de posição na gente.
Sentimentos dormidos, que estavam esquecidos
Mas, que um dia foram vividos por uma paixão louca
Voltam agora a ser trazidos, e renascidos.

Nada novo, tudo novo...
Você confunde meus sonhos e realidades...
Dá vontade tê-la definitiva aqui...
Mas tenho de me contentar como pouco que temos...

Dá vontade esmurrar a parede...
De paixão de querer ter você aqui...
E somente a parede me acompanhar...
Gélida e incólume, ali...

Vou dormir agora.
Beijos carinhosos, frios e gélidos
Como o inverno do nosso amor.

Foto de Gideon

Amor adolescente

Viver e não somente amar.
Amar o que?
Ah, é besteira,
Pára, pára, pára!
Não escrevas estas coisas...
Serão besteiras...
Eu vou ficar calada.

Por favor, meu amor pára!
Ashdh!
Gostoso, hum, rhum...
Oh, pára...
Não escrevas, tá?

Na linha proibida...
Ela se mostra, ama, e quer.
Liga dizendo:
Amor meu!...
Suspira, sorri com o timbre infantil...
A vozinha trêmula...

Deita-se na cama. Sente frio...
Enrola-se no edredom,
Mas não abaixa a música
Insisto que vá abaixar a música...
Ela vai,
mas não encontra o controle remoto...

É linda... Simplesmente linda...
E diz:
Ah Gato!

Foto de Gideon

Um Abismo de Amor

De que é feito um homem, senão da esperança de ter uma grande mulher?
No entanto quando estamos diante de uma grande mulher sentimos-nos pequenos, dependentes.

Muitas mulheres passam, no dia-a-dia, por nós homens.
Diante de algumas delas postamo-nos como superiores, sabichões e até mesmo, às vezes, arrogantes.
Mas quando meio sem esperar nos deparamos com uma grande mulher tudo desmorona, tudo é posto aos pés.
Se falávamos bem e impostadamente agora falamos baixinho, rouco e gaguejantes.
Se tínhamos tantas "conquistas" e vitórias para nos gabar, agora achamo-nos vazios de palavras
e buscamos desesperadamente na memória fatos que possam impressioná-la e nada, nada surge de importante.
E aí, quando pior, desandamos em falar besteiras e baboseiras como verdadeiros idiotas diante de uma grande mulher...

Se sabíamos tantos galanteios e palavras de efeitos, agora não nos atrevemos em tentar pronunciar um elogio sequer.
Ele sai meio avexado e logo baixamos o nosso olhar para não ver a possível reação de desprezo no rosto dela... Enfim, sabemos claramente quando estamos diante de uma grande mulher.

Dias destes estive diante desta grande mulher.
Além de tudo o que escrevi acima tinha vontade de ficar olhando-a infinitamente, reparando em cada detalhe que forma o seu belíssimo rosto, semblante, corpo, mãos...
Ah, as mãos, estas ela me ofereceu como um presente que rápido e sabiamente agarrei-as, e pus-me a acariciá-las. Tentei desesperadamente armazenar na memória do amor cada sentido do contato que experimentei.

Depois das mãos veio o corpo procurando o carinho e o contato acolhedor impulsionado pelo bendito frio do teatro João Caetano.
Senti-me um rei, um super-homem, um feliz-homem, um sei-lá-o-que-homem, mas muita coisa de homem quando a tive em meu ombro algemada às minhas mãos agora sôfregas e impacientes... (sei que ela notou).
A cada frase da Fernanda Torres, que seria meramente uma pronúncia do monólogo frenético que se desenrolava na peça, transformava-se pelos meus dedos em afagos urgentes de carinhos sinceros, de prazer, de vida, de esperança...

O olhar da grande mulher é penetrante, mas paciente.
Entrecortado por um piscar em câmera lenta sem, contudo, desviar o foco do alvo, o pobre e pequeno homem, que tenta encolher-se, esconder-se de diante de tamanha grandeza.

Claro, ela talvez não perceba que seja grande, penetrante, impostadora, perturbadora...
Por outro lado não sou e nem me sinto pequenino e frágil, mas diante da grande mulher cá estou eu meio desequilibrado, trôpego e louco para ser sua vítima mais uma vez.
Vítima talvez do seu amor...

Aonde iria mergulhar? Penso. Será profundo este abismo de amor ou seria apenas um reflexo de uma imagem distorcida pela inflexão da imagem no abismo?

Vou apressar-me em arranjar um pára-quedas para me proteger e tentar pousar suave neste inevitável precipício da paixão, que talvez eu esteja prestes a cair.

Foto de Sirlei Passolongo

Faço-me

.

Faço-me lua
pra iluminar
sua noite

sol
pra te aquecer
do frio

flor
pra te perfumar
os olhos

peixe
pra navegar
em teu rio

Faço-me anjo
pra velar
teu sorriso

mulher
pra adormecer
em teu peito

Faço-me poeta
pra gritar... que
te amo e preciso.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Mentiroso Compulsivo

ESPÍRITO DO MAR

.
.
.

Até longe vaguei a minha alma
Com o espírito pesado de mágoa,
O meu barco fustigado pela água
Fez dolorosa a vigília sobre a proa
Quando à noite ouvia rochedos falar
Meu corpo encrespado de frio gelado
A fome impiedosa, a comida se havia esgotado,
Sentia o sabor quente do mar glaciar
Defrontado e gasto pelas tempestades
Esmagando o meu coração com o peso da dor
Amargo destino condenado a esperar
Um amor de mulher ausente lá na cidade
Onde amantes podem viver seu amor
Consolo de amigos a festejar a agradável noite
Na mesa o vinho e o pão em risadas de alegria
Gozo e barulho na balbúrdia da cidade
Luzes na ribalta da noite em rebeldia
Não oiço nenhum som, apenas o rugido do mar
Não! Oiço um eco, um gritante gemido
Parecia vindo de um leito em voz de mulher
Mas que me trouxe de volta a realidade do mar
É o choro agudo da tempestade que se aproxima
O grito de uma criatura que é ave inocente
Tão pequena e ténue, de nítida voz de água transparente
Por entre o lamento do vento cruel e insensível
Trazido na noite branca escurecida de neve
Pelas sombras de granizo que caía no mastro
Ondas violentas a querer o seu grande ego
Da sua maior monstruosa grandiosidade
A caírem como turbilhões de lágrimas salgadas
Que o meu bartedouro não consegue vazar
E no meu barco sozinho andava perdido
Não havia gaivotas que me pudessem guiar
Ansiava só pela voz que me pudesse ouvir
Aprisionado naquele mar imenso, sem fim
Desejei lançar-me ao caminho do mar
Naquele instante vi portos distantes
Perto dos meus parentes aquém, para lá do além
Um romper de uma nova aurora de luz
Trazendo o rumor de uma nova terra
E vagueei com os amigos a caminho de casa
Esperando minha amada, ansiosa porque tardava
Livre do medo eu fiquei da longa viagem
Senti a voz que me dava a esperança terrena
E o meu coração ficou apaixonado pelo espírito do mar
Arvores verdes floresceram nas águas
A cidade bela que tanto ansiava, ergue-se no mar
Campos de flores, planícies verdejantes de amarelo
O meu espírito pairou sobre a extensão dos oceanos
Ansioso e desejoso de mergulhar em suas águas profundas.

© Jorge Oliveira

Foto de carlosmustang

FUNDAMENTOS

Um olhar, um perdido,
O amor comovido
Um pedido de socorro, por estar entregue
À algo novo e encantador, o AMOR...

E depois disso não encontrar mais a tal luz!
Da razão, que conduz...
Eis, eu tão soberano
Frio, na mesquinha razão!

E sempre encantar-se com um rebolado
Lindo de derreter desejos
E sempre o medo, de ter que pedir socorro!

Porque posso não mais vê-la!
E tudo passar, à não ter você,
No meu show noturno.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

UM DIA ACONTECEU HOJE NÃO MAIS!!!





Você me enfeitiçou, o que de mais belo eu possuía levou.
Roubou meu amor, minha juventude,
Minha paz, fugiu com minha paz, quando me dei conta
Já era tarde demais.
Acabei por não ter paz, tudo era motivo
Pra lembrar de você.
Brincou com meus sentimentos,
E os mais puros que possuía.
Enlouqueci...
As coisas eram assim:
Se desse um passeio lembrava de nossas caminhadas.
Quando me deitava lembrava de seus sonhos.
Quando me sentava a mesa, lembrava de seu prato
Preferido.
VIVE um martírio...
Pronto!... Fui ao fundo do poço.!
Tudo você levou, mas no verbo passado ,LEVOU!!!
Uma coisa você não levou,nem vai levar,
Nem VOCÊ , nem ninguém!
Minha dignidade meu amor próprio.
Acordei!!! Caiu a ficha.
Agora quem não quer sou eu!
Pra mim é indiferente:
De mim você não leva nem meu olhar, nem minha piedade.
De mim você leva meu desprezo, minha indiferença,
Meu lado frio desconhecido, nunca visto antes.
Nossas lembranças você não vai levar,
Porque você faz parte do passado,
E hoje vivo o agora o PRESENTE.
E no meu presente você esta longe de pertencer.
Esqueça-me!!! Porque já te esqueci!!!

Anna (A FLOR DE LIS) *-*

Foto de Henrique Fernandes

ENXOVAL DE EMOÇÕES (amizade, homem vs mulher)

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.
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O céu de uma noite linda é uma revelação
Um sumário de estrelas num enxoval de emoções
Hóspedes nos pensamentos alusivos aos sentimentos
Que sinto por ti e se passeiam em mim com charme
Chegados de uma amizade configurada na madrugada
Onde o silêncio fora interrompido por uma voz íntima
De aceitação prévia do ser dos nossos seres
E o frio da rua confirmou quão sermos importantes
Nesta recém boa relação teada pelo destino
Que sem propósito nos propõe aproximação pura
Com a qual me identifico um ser verdadeiro e genial
Ao nível da qualidade humana que teu sorrir exige
Em ti transformo amor em carinho de lealdade
E a paixão numa confiança cordial sem ciúme
É um descontrolo da alma este desejo de te beijar
O desejo de te tocar é uma beleza que nasce natural
Tão idónea que mentia ao esconder-te o meu interesse
Como homem que sou e um simples macho animal
Pelo teu exterior de mulher nesse interior amigo
Dás um toque de magia ás acções que te direcciono
Organizando um espaço de respeito no meu coração
Um trono onde te vejo sentada confiando em mim
Um poeta dando lustre ás minhas intensas palavras
Com letras tenras que me confessam teu admirador
Fiel encorajador de sonhos e alegrias mútuas
E podes encontrar nos meus escritos a doçura do teu olhar
Que um dia olhei e confirmei uma verdade entre nós
Que sermos nós próprios compensa!

Foto de Carmen Lúcia

A última vez...

A última vez ninguém esquece,
São momentos gravados na alma
À primeira vista, inconseqüentes,
Mas tão permanentes, persistentes,
A nos perseguir eternamente
E nunca fugir de nossa mente...
O último encontro, o último beijo,
Mais marcantes que os primeiros...
Os últimos passos que ainda ecoam
Pelas esquinas e ruas; a amargura,
Após o adeus, da dor que perdura
A dor de não ver, não ter outra vez
Não sentir...Lágrimas e insensatez...
O último olhar, que nos faz gelar,
A última carícia, o último toque,
A última emoção, a mais forte...
Triste sensação de perda, de vazio,
Sentir a solidão, o inverno mais frio...
Assim como ver o último pôr-do-sol,
Ouvindo seu último suspiro.

Carmen Lúcia

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