Gosto

Foto de Mentiroso Compulsivo

APENAS HOJE

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Hoje apenas queria sentir a leveza
De um anjo a penetrar o meu rosto,
Para tirar de mim toda esta incerteza
Da vida que resguardo sem gosto.

Pedir-lhe-ia o pecado da leviandade:
Que só por um dia me deixasse ser eu
Com a vida que de mim se escondeu,
Atrás da minha alma sem claridade.

© Jorge Oliveira 5.MAR.08

Foto de Sonia Delsin

E EU PRECISO?

E EU PRECISO?

Preciso guardar uma fotografia tua?
Se estás marcado na minha pele nua.
Teu sorriso por acaso um dia vou esquecer?
Não...
Enquanto eu viver.
Nem depois que eu morrer.
Guardo de ti tudo.
O cheiro, o gosto, a voz, o olhar.
Guardo teu jeito tão especial de falar.
Guardo-te como a relíquia de minha vida.
A coisa mais especial, mais querida.
Se vamos nos distanciar?
Acredito que não.
Acredito que não exista força no mundo capaz de nos separar.
Somos um para o outro como o galho é para a folha.
Como a areia é para a onda.
Como a vaso é para a rosa.
A mais formosa.
Aquela que sempre está nos perfumando.
Sigo... e vou feliz...
Te amando.

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÕES XVII - CARRILHÕES DE BEIJOS - Cap III

*
* PRINCESA DO JOGO DE XADREZ
*
"Ah, esse jogo insano,
peças se arrastam delicadamente,
ao toque das mãos,
deslizam, pulam, encaixam
e comem deliciosamente...
Não importa quem venceu,
olhares cruzados, beijos roubados,
corpos abraçados, desejos saciados.
Nessa luta não há vencedores,
somente vencidos,
pelo cansaço, pelo amor,
enternecidos." (Civana)

**************
PRINCESA DO XADREZ

Acordei em tua cama
Coberto pela colcha de cetim
Que colocaste sobre mim
Enquanto cochilava.

Levantei-me:
Fiz as necessidades primárias
E fui para a área.

De tua bela casa,
Onde em uma mesa branca
Estavam as peças enfileiradas
Do nosso jogo preferido.

O xadrez.

Sentei-me a mesa,
Peguei o jornal e nem sei se o li
Pois, estava pensando
Na nossa última
Jogada.

Enquanto sonhava
Nem percebi tua chegada
Só senti o teu perfume
E o calor que me transmites.

Sentas-te à minha frente
E mudas, calmamente,
A primeira peça branca,
O peão da ala do Rei Branco,
E, automaticamente, mudo a preta,
Da ala correspondente.
Imediatamente, muda outra branca,
Eu, outro peão preto.
Mas, na próxima
Atacas-me com o cavalo.
Tive que prestar mais atenção,
Senão capturarias o meu bispo,
Pois, os teus cavalos são de raça,
Verdadeiros puros sangues,
Corcéis Negros, do haras,
De Carmem Cecília.

Ah! Como gosto de brincar com isso!
Foi assim a minha primeira “cantada”,
Disse-te para me atacar com a Rainha,
Pois, é essa que gosto de comer
E me advertiste, por usar
Termo tão chulo.

Eu, também, acho,
E, em então não falo mais,
Mais cada vez que eu te ataco
Não sei por que é isso que eu falo,
E tu, nunca mais o rejeitaste,
Como vou falar agora,
Como fiz ontem
Ao vê-la nesse vestido
Vermelho reluzente,
Marcante e sedutor,
Mostrando as tuas curvas
Os teus vales e teus montes,
Desde as falésias até o de Venus,
Os dois colossos e teus dotes.

E num racho cativante
Uma das colunas de alabastro
A mesma em que me encaixo
E ajeito-me o meu inchaço
E te abraço e te amasso,
E te levo e me segues
Suavemente.
Estou pensando, mas,
Isto foi ontem.

O teu colo
É um verdadeiro
Protocolo.

Suave,
Bronzeado,
Não se sabe pelo sol,
Ou pelo dom que lhe foi dado
No dia em que nasceste
E teve todo o corpo
Modulado...
Sarado.

Do jardim
Que nos rodeia
Exala-se um perfume sem igual,
Talvez, provocado pelo sol,
Em uma mágica da natureza
Que faz abrir as flores
E cantar o rouxinol.

Vejo inúmeras flores,
Mas sempre destaco as rosas,
Levanto-me, no exato momento
Em que me atacas com a Rainha
E apanho a mais bela rosa
Uma exuberante vermelha,
Mas vejo que teu vestido
E fechado por detrás
Com cinco botões
Em formato
De rosinhas,
Cor de rosas.

Então, me aproximo,
E te pergunto num sussurro:
“_Queres que te coma novamente?”
Pois, nessa posição, será fácil a captura,
E, não terás mais saída, pois, essa jogada é muito dura,
Ou te como a Rainha, ou capturo o teu Rei,
Como sou o Rei Negro, vou dar-lhe essa
Chance, mas tens de mudá-lo primeiro.

E foi o que fizeste,
E então se levantaste,
Demonstrando preocupação,
Como se a noite toda comigo não estiveste,
Ficou à minha frente, em pé,
Tremula e excitante,
E, então,

Carinhosamente,

Afaguei-lhe o pescoço,
Encostei-me suavemente
E dedilhei o primeiro botão,
Enquanto, levemente,
Fui acompanhando
Os teus passos,
E te beijando
Ternamente,
Abrindo o
Segundo,
E mordiscando teu pescoço,
No terceiro,
Já estávamos dentro da sala,
E toda sua costa exposta,
Não precisaria nem
Abrir os demais,
Pois, já deixastes cair
Teu lindo vestido vermelho
Até a cintura.

Então te beijo mais sensualmente,
Alisando com meus lábios,
Aquela pele reluzente e macia
Com gosto de quero mais.
Aquela rosa de pétalas felpudas,
Vermelha e sensual
Ainda está em teus cabelos
E por isso imagino em abrir os outros dois botões,
Nos dentes e te levo para o quarto,
Pois, com certeza, com eles abertos,
Vai desabrochar a rosa mais formosa
E é essa, justamente, a que quero.

Foto de Henrique Fernandes

BEM-ESTAR DE ESTAR BEM

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Deito-me sobre a erva que me conserva
Fresco num jardim plantado por mim
Apaixonado por recordações que tragam
Emoções ao meu rosto e rasgam sorrisos
Com gosto de encantos em tantos juízos
Inocentes de outrora em histórias presentes
Agora memórias do que aconteceu sem hora
Pelo meu caminhar fora e ora
No bem-estar de estar bem e ser alguém
Recordo encontro, acordo desencontro
A paz do quanto era rapaz chegando homem
Por ilusões que consomem o que sou capaz
Dou azo ao que me atrevo e sou o que escrevo
Versos confessos que rimo com o meu cimo
Poema de quem ama alguém que excita
A voz que grita a sós o poder de nós
Numa prosa misteriosa que se esfuma na pluma
De momentos ordinários em sentimentos áureos
De quem persegue o amor sem pudor e consegue
Descobrir a flor antes de florir nos amantes
Desejos e beijos na partilha de dois seres
De saberes no cume de uma maravilha sem ciúme
Ateando o lume que toca a troca de carícias
Sem malícias nem segredos na ponta dos dedos
Em espera que cai num olhar que desespera
Num levantar de saia sob um sol no lençol
Como quem rebola na praia ao som de uma viola
Mas enfim, tudo que sai de mim é pouco
De tão louco quão a loucura e doçura
Que exponho nas letras que componho tretas
A verdade é só saudade em dó de realidade
Doente e somente pó de maturidade que socorre
E a alegria nunca morre nunca

Foto de Sonia Delsin

VOLTE, AMOR

VOLTE, AMOR

Tenho os olhos úmidos.
Aperte minha mão.
Tenho uma dor...
É lá no fundo...
... do coração.
Seria tão mais fácil meu viver se eu conseguisse te esquecer.
Mas não posso.
Porque do teu beijo ficou o gosto.
Todo dia eu me lembro do teu abraço.
De quando eu me deitava no teu regaço.
Tenho os olhos brilhantes.
Da lágrima que não cai.
Da lágrima represada.
Começo a dar risada.
De tudo.
De nada.
Aperte minha mão.
Estou tão sentida.
Querendo tanto, tanto que voltes a fazer parte da minha vida.
Volte, amor.
Vamos caminhar de braço dado.
Vamos percorrer os caminhos do passado.
Aquela sorveteria ainda existe.
E isto me deixa triste.
Quando passo por ela vejo lá um dentro um casal a sorrir.
Um casal que só eu existe no meu imaginar.
Este casal lá nunca mais vai voltar.
Ou vai?
Volte, amor. Eu quero tanto.
Tomar sorvete na taça.
Achar graça...
Ó! Estou chorando...
A lágrima represada encontrou no meu rosto uma estrada...

Foto de Rose Felliciano

Minta que me esqueceu....

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"Minta que me esqueceu e é feliz
Mas faça com convicção
Pois só distrair o coração
E enganar a multidão
É muito pouco...

Quero ver tirar o gosto
Do sabor dos lábios meus.
Quero ver quando acordar
E a saudade te mostrar
Que não se engana o coração

Quanta ilusão!
Pode tentar...

Minta para o Mar
A Lua e as Estrelas
Mulheres e até mesmo Sereias!
Mas tenha certeza
Não mentirá para a Poesia...

Reedite as antigas
Ou letras de alguma canção.
Para a falta de inspiração
Use a imaginação.
Sei que se sairá bem.

Só não se assuste
Se na hora do máximo prazer
Sentir vontade de morrer
Por ter começado a chorar...

A pulsação nessa hora é muito forte.
Abre o coração tal qual um corte
E não há mentira que suporte,
A verdade revelada ali...

Vai se lembrar de mim....

Mesmo assim não se convence
Veste seu orgulho e mente
Que é melhor que seja assim.

Mestre de um teatro infeliz
Palhaço num picadeiro sem fim.
Aplaudido pela covardia,
Usa a distância e silencia...

Mas tente se distanciar um pouco mais
Pois ainda ouço o teu silêncio a me chamar
E quando trilhas teu destino
É somente o meu caminho
Que procuras encontrar..." (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*

Foto de Raiblue

Inv(f)ernais...

.
Sempre gostei do inverno, seu hálito de mofo e cheiro de sombras frescas com as quais adorava brincar de adivinhar o que havia por trás delas. O mistério das coisas sombrias me fascinava!Talvez existisse em mim um lado desconhecido, submerso em águas profundas do meu ser inquieto e inconstante.
Alguma coisa acontecia, quando chegava o frio, era como se rompesse a placenta naquele momento e eu nascesse ali, naquele instante, ele era aquecedor para as geleiras da minha mente,irrigava mais intensamente o sangue que parecia parado nas demais estações,as mãos formigavam como se começassem a existir a partir dali...
Finalmente, resolvi sair de casa, estava ansiosa por rondar a cidade à noite, após meses de silêncio quase fúnebre. Foi quando,de repente,o avistei,atravessamos o mesmo caminho.Destinos cruzados?Almas gêmeas ou corpos desesperados ,ansiando carne...? Seu olhar parecia perfurar meu corpo, um punhal rasgando impiedosamente meu coração há muito tempo enclausurado nos porões da alma.Cada um seguiu seu caminho,retornei para casa com uma estranha sensação,estava ardendo,tudo em mim era só chama vermelha, incandescente...,.tudo era só desejo....uma vontade de devorar aquele desconhecido,e,quando pensei nisso,senti um gosto diferente na boca, um cheiro forte impregnava em todo meu quarto,era dele,eu sei,eu reconheci,ficou no ar,ficou em mim...
Acendi velas brancas, coloquei lençóis vermelhos na cama,e me deitei,completamente nua,cheirava apenas à carne crua...fresca...estava ali pronta para ele,num ritual apocalíptico,iria exterminar a solidão. Em meio às sombras da noite, entreguei-me àquele desconhecido, senti seus dentes em minha carne como se quisesse mastigar-me em pedacinhos e aquilo deixou-me louca!De repente, um gosto de sangue na boca e um orgasmo misturado à dor da carne arrancada por suas presas afiadas, prazer infernal!!Despertei gritando!Um misto de sensações me tomava, passei a mão no pescoço, procurei o sangue jorrado ou alguma marca, mas só havia suor, quente,cheirando à coisa antiga,um incenso talvez...As contrações no meu corpo continuaram por um certo tempo,meu sexo estava vivo e explodindo...Como poderia tudo ter sido apenas um sonho?
Levantei absorvida pelo tédio dos dias sempre iguais. O sonho trouxera o gosto amargo da decepção, ao acordar.Continuava sozinha, na minha escuridão de sempre.Antes, ela não me incomodava,mas agora era dilacerante,deixava-me angustiada e faminta...uma fome esquisita que nenhum alimento saciava...
Na noite seguinte, tornei sair, porém,dessa vez,parecia determinada a encontrar algo ou alguém específico,alguma coisa me impulsionava e me atraia de forma irresistível...morte! Essa palavra se repetia em minha mente como um mantra mórbido,eu sei,mas de salvação,eu adorava seu eco, engraçado, ela tinha um sentido diferente...,de vida...,de algo que pulsava,vibrava...
Entrei num botequim situado na esquina de um beco chamado Beco dos Imortais, cada bar tinha um nome de um célebre imortal, escolhi o Bar do Baudelaire,pois estava bem baudelaireana naquela noite,até cairia bem um vampiro...Algo me puxava para lá,farejava qualquer coisa indefinida,começava a sentir aquele gosto na boca novamente...aquele do sonho,e aumentava a minha fome...
Entrei, sentei, não vi nada no cardápio que me agradasse, contudo, na mesa em frente à minha, vi um homem de olhar fulminante a me fitar insistentemente.E, de repente,misteriosamente,vi-me sentada ao seu lado.Ele era de poucas palavras,mas despertava cada vez mais minha fome com seu olhar de serpente, seu veneno era apetitoso...Acho que estava obcecada,tarada ,depois de tanto tempo em reclusão,precisava urgentemente de uma noite orgástica!Então veio o convite tão desejado... e eu aceitei de imediato,é claro!Quando saíamos do bar, ele me abraçou subitamente, um abraço quente, de arrepiar cada poro da pele.Ao abrir os olhos,mirei um espelho que ficava bem na minha direção,para minha grande surpresa,só havia uma pessoa refletida...
Enquanto ele me apertava contra seu corpo, e o seu sangue parecia se concentrar todo no seu sexo,minha boca sentia intensamente aquele gosto daquele dia...estava muito gelada e tonta ,talvez de desejo,não sei,só sei que necessitava de algo quente urgentemente, e ele estava ali,eu podia deixá-lo ir,mas foi inevitável o beijo...a mordida...,ele precisava morrer para que eu sobrevivesse...

(Raiblue)

Foto de diana sad

fixos

Quem é esta criatura que olha pra mim?
Espremido, acuado fazendo do futuro um largo passado.
A quanto tempo do seu 'eu' ele se perdeu?
Há quanto tempo ele procura o caminho de casa?

Ele me olha, me olha com vontade.
Senti os sinais cortantes da realidade
E pretente partir, partir... Não é medo
Nem preconceito
Mais eu não gosto quando ele fixa os olhos em mim.

Quando ele fixa os olhos em mim
Aqueles olhos pretos, profundos, quentes como gelo.
Quando ele fixa aqueles olhos em mim
Sinto imprecisão nos meus atos, tudo perdi o sentido.
Olhos de certeza que me engolem nessa suspensa incerteza...
Olhos de ressaca
Tão fortes e tão serenos
Tão intenso e tão fugaz.
Olhos que me têm sem precisar pedir nada
Olhos que me consomem.

Foto de diana sad

fixos

Quem é esta criatura que olha pra mim?
Espremido, acuado fazendo do futuro um largo passado.
A quanto tempo do seu 'eu' ele se perdeu?
Há quanto tempo ele procura o caminho de casa?

Ele me olha, me olha com vontade.
Senti os sinais cortantes da realidade
E pretente partir, partir... Não é medo
Nem preconceito
Mais eu não gosto quando ele fixa os olhos em mim.

Quando ele fixa os olhos em mim
Aqueles olhos pretos, profundos, quentes como gelo.
Quando ele fixa aqueles olhos em mim
Sinto imprecisão nos meus atos, tudo perdi o sentido.
Olhos de certeza que me engolem nessa suspensa incerteza...
Olhos de ressaca
Tão fortes e tão serenos
Tão intenso e tão fugaz.
Olhos que me têm sem precisar pedir nada
Olhos que me consomem.

Foto de Rose Felliciano

Fiz um poema prá mim....

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"Fiz um poema prá mim....
Colorido de amor sem fim
Enfeitado com Açucenas
E alguns toques em carmim

Flor de Maio, Ninféias
Rosas de uma eterna primavera
A vida que eu sempre quis....

Um poema em papel crepom
A família? - Destaque em néon!
E amigos por toda a borda...

A melodia do poema
É feita por coral de anjos
Regida por arcanjos
Cujo Maestro é Deus

Tem o brilho das estrelas
A magia do Luar
A calmaria de uma brisa
Mesmo tendo o agito do mar...

Tem desejos,
Planos feitos e desfeitos
Mistérios a desvendar!
Sonhos que ainda vou alcançar...

Tem defeitos, limitação,
Mas tem o poder da oração
E Jesus a me guiar

Tem a vida, tem a fé
O jeito de ser de uma mulher
Que não se deixa abater

Tem o choro
Saudade, recordação
E um intenso coração
Que não se cansa de amar

Um poema com alma de uma criança
Tem esperança!
E o eterno acreditar...

Tem você e seu amor
Todo o gosto e sabor
Que tempera minha vida

Teu cuidado, teus carinhos,
Tudo que me faz viver...
É você!
Grande inspiração
Do meu poema....." (Rose Felliciano)

*Mantenha a autoria do Poema*

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