Grão

Foto de MAR DA IBÉRIA

CONVERGÊNCIA

TENHO EM MIM A MISTURA TREPIDANTE
DE UM CONTRASTE DE VIDA OU DE IDEAL,
DE UMA PUREZA EXTREMA ALADA AO MAL
E DE UMA PAZ QUE VEM E PASSA ADIANTE...

BATO AS ASAS NUM GESTO RADIANTE
E SOU O MUNDO E SONHO E SOU REAL...
...MAS LOGO, GRÃO DE AREIA EM AREAL
DE MIM ME VOU FICANDO TÃO DISTANTE...

SE UM DIA EU ME PERDER NESTE UNIVERSO
DE SONS, IMAGENS, CORES DE QUE SOU PARTE,
DE ALGO QUE EU PROCURO E NÃO ALCANÇO,

QUE O MEU CAIXÃO, SENHOR, SEJA UM SÓ VERSO
DO MEU DESEJO IMENSO DE ENCONTRAR-TE
PARA QUE EU TENHA, ENFIM, ALGUM DESCANSO!

Foto de Mila de oliveira

Eu.

Você já se sentiu pequeno a ponto de querer estar cada vez mais?
A vida corre.
Às vezes cansa.
Mas nunca pára.
Quero me esconder.
Ser mais insignificante que o grão de areia que torna a praia completa e rica.
Ser esquecido. Mais que o vento que passa e acalma a alma.
Pequeno.
Pequeno estar.
No acordar.
No deitar.
Ser assim tão, mas tão singelo ser
Que ninguém mais por mim sofreria.

Foto de Sentimento sublime

Alegria! 15/11/2009 Osvania Souza

Alegria!

Procuro por ti, nas praças.
Nas vilas nos guetos, nos becos da vida.
No pó das estradas, caminhos que me levam.
A buscar por ti.

Onde você alegria de mim fostes esconder?
Procuro-te há anos, nos bosques nos pântanos.
Nos ecos dos porões e sótãos
Dentro do meu mais íntimo ser.

Sinto-me um navio a deriva
Em um mar tempestuoso prestes a naufragar
Sou um grão de areia que ao vento vagueia
No embalo das ondas num vai e vem sem parar.

Por onde andarás você alegria,
Que a tristeza por falta de ti
Em meu peito sombrio
Veio hoje morar?

Ah! Alegria se você soubesse
O quanto você me faz falta
Que aos poucos definho, adoeço,padeço
Embriagando meu corpo de dor

Minha mente então confusa, vazia.
Depressiva, ansiosa, débil.
Morrendo aos poucos em solidão
Por não saber onde te encontrar

Privilegiada eu seria
No dia em que em meu peito no lugar da tristeza.
Tua presença constante na valsa da vida
Viesse você alegria comigo bailar!

Osvania

Foto de Marsoalex

Que amor é esse?

Que amor é esse?
Que ma acalma, cura
Que me faz criança
Inocente, pura
Que me faz mulher
Que me faz guerreira
Que me faz ser firme
Livre, verdadeira
Que ámor é esse?
Que é meu avesso
Que é o meu mundo
Com seus adereços
Que é minha estrada
Todos os caminhos
Que é minha casa,
Meu lar e meu ninho
Que amor é esse?
Que me envolve inteira
Mente, corpo, espírito
Cabeça e razão
Entra´pelas veias
Junta-se ao meu sangue
Nutre o coração
Que amor é esse?
Que me faz profeta
Que me faz de deusa
Que me faz poeta
Que é rítimo, som
Tom e melodia
Que me invade a alma
Como sinfonia
Que amor é esse?
Que me faz esquecer
De todas as mágoas
De todo o sofrer
Que me faz de louca
Tola, atrevida
Que me faz de grão
Que me faz de pão
Que me faz de vida.

Marsoalex

Foto de Daniel MIguel

Preciso de você

Sou apenas
Mais um na multidão
Um grão de areia na praia
Uma gota de àgua no mar
Uma estrela no céu.

Perto de você
Eu firo o sol
A nascente
A esmeralda
O "cara".

LOnge de você
Fico incapaz
Firo um simples rapaz
Que de certo nada faz
Perto de você
Eu fico em paz.

Foto de J.

compreensao

eu sou assim
eu sou assado
meio torto
meio virado
meio reto
meio sinuoso
um pouco triste
às vezes alegre
um pouco faminto
às vezes em greve
sempre falo
nunca calo
nunca falo
sempre calo
inconstante
invariável
inteligente
imutável
sou um grão, um grito
um beijo, um queijo
uma cela, uma vela
um rito, um mito
sou sim
sou não
às vezes...
nunca...
sempre.
tenho casa, moro na rua
bebo água, mato a fome
faço sexo, olho pro teto
calço o sapato, arrumo o paletó
ouço rock, danço bolero
vou adiante, fico estagnado
penso a, falo z
amor e ódio são meus irmãos gêmeos
hummm.... que musica romântica está tocando agora...

não me tente compreender
... sou definitivamente incompreensível.

Foto de gilsanjes

TRANSMUTAÇÃO

TRANSMULTAÇÃO

No portal das íris nua
Grita a realidade
A utopia é insana
Sem qualquer salubridade
A magia do eclipse
Reflete o apocalipse
No seio da humanidade
Certa vez eu naveguei
No espaço sideral
Desbravei seus quatro cantos
Com encanto sem igual
Eu vi a beleza nua
Das estrelas, sol e lua,
Em seu recanto natural
Vi o martelo de Deus
Orbitar sem direção
Eu vi a terra girando
Rumo a sua destruição
Um quilômetro por ano
Ela esta adentrando
Em um fótons cinturão
Sentimento consternado
Inspirou-me a vir embora
Cruzei a atmosfera
No esparzir de nova aurora
Degustei amargo fado
Por ver o ozônio aviltado
Rasgado de fora a fora.
Alegrou-me estar em casa
No colírio de Cabral
Mas as coisas por aqui
Não estavam em seu normal
A Amazônia quem diria
Secou da noite pro dia
Chão talhado no portal
As quatro estações do ano
Sofreram transmutação
O Outono e a primavera
Vem com forte inversão
Tudo esta desordenado
Sorri o inverno ensolarado
Choram procelas no verão
Na aldeia de tupi
Grita a evolução
O cocar de belas penas
Foi escalpelado á mão
Tupi tem computador
Tem diploma de doutor
Fala em inglês e alemão
Busquei novos arreboes
Vislumbrei o oriente
Vi de perto o anti cristo,
Em trajes de presidente
Em seu olhar o ódio insano
Um coração leviano
Ganância rangendo os dentes
Cojitou a guerra santa
Com o dedo no botão
Augivas e tomarróqs
Beijaram aquele chão
Mas a velha “raposama”
Não se deixou por a mão.
Tio Sam inconformado
Pulou pro outro quintal
Cobiçou o ouro negro
Em sua fonte natural
Sadan foi nocauteado
O Iraque detonado
Na maior cara de pau
A justiça é soberana
Não deixou a desejar
A fogo e ferro quente
Veio a ira de Alá
Todo o mal que semeou
A América ruminou
Câmi-casi estava lá
Acolheu-me o desespero
Lamentei por ter nascido
Sou somente um grão de areia
Nessa terra sem abrigo
Penso que a Divindade
Ver da glória a humanidade
Com olhar arrependido.

Foto de gilsanjes

tributos

Pode o sol romper a noite
E a noite violar o dia.
Pode o mar talhar seu chão
E no sertão diluviar.
Pode enternecer-se a rocha
E solidificar-se a água.
Pode florestar-se o deserto
E desertar-se a densa flora.
Pode quebrar-se a ampulheta
E o tempo ensandecer-se.
Pode a eternidade
Reduzir-se a um segundo.
Pode tornar-se o mundo
Menor que um grão de areia.
Ainda assim, por toda a vida
Ecoara o meu grito.

“ EU TE AMO MÃE QUERIDA
MUITO ALEM DO INFINITO...”

Foto de lua sem mar

Passado

“Passado”

Paro mais uma noite,
Ouço o coração,
Abro a gaveta da memoria,
Investigo tudo,
Relembro o mais pequeno alfinete,
Como um pedaço tirado de mim,
Não falta muito,
Quase nada mesmo,
Três anos, está quase.
Abro uma pequena caixa,
A caixa do primeiro ano,
As flores no aniversario,
Os jantares, as praias,
O vinho, o hotel,
Aquele que tão bem conhecemos.
Quase tão bem como nossas casas.
Os sonhos, os desejos,
Num simples café,
As brincadeiras na praia,
As muitas vezes que fui feliz,
Criança era eu juntamente com outra,
Hoje vivo apenas disso,
Recordações cravadas em mim,
Memorias de um tempo alegre,
Alegria que se transformou,
Virou uma simples palavra,
Solidão!
Hoje dou valor a tudo que tive,
Valor ao mais pequeno grão de arroz,
Que antes era insignificante,
Tanto que perdi, tanto que quero recuperar…
Jnh
Lua sem mar

Foto de LuizFalcao

"LIBERDADE"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão em 01/06/2004.

Qual pássaro que ingênuo pousa para comer o grão,
Que por mais arisco que seja em laço se vê.
E assim, qual pequena ave engaiolada, a “Liberdade” finda,
Na rotina do não e do sim;
E do talvez;
E do quem sabe;
E do não sei.

“Soltai-me, peço-vos, para a vida lá fora!”
Implora a “Liberdade” tristonha, agitada nas grades da gaiola!
Seu clamor é a bela melodia que todas as manhãs antes de raiar o dia,
A todos na casa acorda,
Vibrantes, belas e inúteis notas,
Flutuam no ar sem resposta.
Não há quem entenda tratar-se de uma súplica!

E assim, chora a “Liberdade” em todas as manhãs de todos os dias,
Exceto um.
O canto súplice termina...
Pobre “Liberdade”!
No chão da gaiola cansou de cantar!
O suplicatório em notas sufocou na garganta!

Não salta mais “Liberdade” em seu pequenino cárcere dourado!
Caída no fundo de sua injusta prisão,
Jaz inerte a ave graciosa.
Dos olhos vívidos extinguiu-se a luz.
Jamais verão novamente os galhos da arvore onde nascera.
Nem suas asas em surf planarão nas ondas do vento.
Nem seu canto encherá de notas harmoniosas o firmamento.

Morreu!...
Morreu mesmo a “Liberdade”?
Desistiu do seu brado a poderosa ave?
“Liberdade”!... “Liberdade”!... “Liberdade”!...

O grito de “Liberdade” não pode morrer!
Enquanto houver quem sonhe com ela,
Enquanto existirem encarcerados,
“Liberdade” será “Esperança”,
E “Esperança” tornar-se-á “Vontade”
E “Vontade” será novamente “Liberdade”.

“Liberdade” alçará um vôo ainda mais alto e mais livre.
Planará como a águia,
“Liberdade” nunca mais cantará o canto dos aprisionados,
Nunca mais ao chão pousará para comer o grão.
Arrebatará ainda em vôo suas presas,
Elevando-as as alturas, alimentando-se dos sonhos e dos anseios!
Avolumando seu canto em ondas sonoras que se espalham no ar,
O brado eterno que ecoa nas almas humanas!
Seu ninho estará nos altos rochedos.
Contemplando a planície dos campos,
As copas das matas, o leito dos rios e as ondas dos mares.
Não haverá limites além do horizonte para a fênix ressurgida,
Reerguida das cinzas da morte.
Senhora dos céus, novamente livre a amada “LIBERDADE!”

01/06/2004.

Páginas

Subscrever Grão

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma