Hoje

Foto de Civana

All About Lovin' You...

Hoje meu filho instalando um jogo no PC, conversava com um amigo e olhavam uns clips que ele havia baixado, até que o amigo perguntou se ele gostava do Bon Jovi, pois estava vendo na pasta. Nesse momento entrei no quarto e ouvi meu filho responder:
"_Não, isso é coisa da minha mãe, ela é doida por esse cara, tem todos os cds, vídeos, sabe tudo da vida dele, pergunta pra ela qualquer coisa", e riram...rs.

E ainda completou, "esse cara é velho", o que eu respondi prontamente: "Ele é perfeito, isso sim! Quem dera todos chegassem aos 45 anos como ele, olhos, dentes, corpo, tudo lindo"! Aí ele completou, "mas é porque tem dinheiro", e eu respondi, "nada disso, muitos têm dinheiro e estão uns bagaços na idade dele". "Desiste, ela adora ele"...completou meu filho, rs.
Depois coloquei mais uma vez o clip de "All About Lovin' You" (traduzindo: "Só tenho amado você", ou algo parecido). Realmente, "Eu I Love You Demais Jon Bon Jovi"!!! rs

Lembrei que acompanho tudo dele desde 1984, desde o início, quando quase não dava pra enxergar seu rosto, com tanto cabelo que ele tinha...rsss. Era moda nos anos 80, aqueles cabelos imensos, cheios, todo desarrumado, roupas coloridas, calças justas...ai, as calças justas, que problema Sr John Francis Bongiovi Jr, rs. Como é bom lembrar desse tempo! Quantas esperanças, sonhos, coração batendo forte no peito, e agora...vazio. É bom olhar pra trás e ver quantas coisas boas que vivi, quanto amei, sorri e sonhei. Não é fácil não ver muita coisa à frente, depois de tudo isso. Agora sou mulher, mãe e divorciada, coisas difíceis de conciliar. Só quem passa por isso sabe do que falo, a mãe esmaga a mulher, tem que sobressair, emergir forte, com garras imensas para defender sua cria e esquece, apaga a menina que um dia sorriu, chorou, sonhou com a voz maravilhosa de Jon Bon Jovi ao ouvido.

Outro dia escutei na TV uma escritora, que infelizmente esqueci o nome, dizer mais ou menos o seguinte: "Não perdi minha juventude, conquistei minha maturidade!". Achei interessante ela dizer que as pessoas insistem em só olhar para o passado e contabilizar as perdas, mas acredito que isso aconteça porque muitos não têm orgulho de ter conquistado a maturidade. Não pelo fato de envelhecer fisicamente, isso é natural, todos passarão por isso. Mas por ter as mãos vazias, aquela sensação de que faltam muitas coisas, de não ter feito o que deveria, de não ter um bom emprego, ou sequer um emprego, de não ter um companheiro, de não ser amado, de não ter um amor. Nem todos têm a chance de poder somar os ganhos na maturidade, então, só lhes resta contabilizar as perdas do passado...

(Civana)

Foto de Noslen

Ce

Quem és tu?
Senhora dos meus pensamentos.
Dona dos meus sonhos, musa da minha inspiração.
Responsável pelo meu sofrimento, principal culpada da minha alegria.
Obrigado por seres quem és, com todos os teus defeitos, com todas as tuas virtudes …
És a razão porque escrevo todas estas linhas e por todas as que escrevi ao longo dos anos.
Na nossa breve passagem pela vida temos uma e só uma oportunidade de amar verdadeiramente, muitos passam o tempo á procura desse amor sem nunca o encontrarem, outros por vezes tem-no á sua frente e não o reconhecem, há ainda aqueles que sabem que o encontraram mas não são correspondidos.
No fim de tudo quando chegar a minha hora quero olhar para traz e dizer a mim mesmo: tudo fiz para encontrar e agarrar o meu verdadeiro amor, vou errar como todos erramos, vou arrepender-me de muitas coisas como todos fazemos, mas…
Quero ter a certeza de uma coisa.
Se a minha vida acabasse hoje podia com certeza dizer:
Amei-te incondicionalmente, entreguei-me de corpo e alma e fui sincero quer para o bom quer para o mau.
Seja qual for o desfecho que temos reservado quero poder dizer que fiz tudo o que estava ao meu alcance…

Do fundo do meu ser ,
AMO-TE…

Foto de CarmenCecilia

QUEBRA CABEÇA

QUEBRA CABEÇA

Hoje estou em mil pedacinhos
Caquinhos... Em desalinho
Procurando caminhos...
E parte da minha cabeça

Diz pro meu coração
Não fique assim não...
Pense com a razão
Não com a emoção...

A mão que acena...
Num contra-senso diz adeus
Leva mensagens para as pernas
De perdas eternas...

Que é preciso caminhar
Os pés calcar... Calçar!
Para contemporizar... Alcançar!
Ao mar se lançar... Mas voltar... Acordar!

Sinalizar aos olhos
A luz que desperta...
No horizonte descoberto...
Farol a céu aberto!

A boca que cala...
Diz ao corpo que fala...
Que tudo se intercala
Mesmo o sorriso se encoberta pelo sizo

O braço que abraça... Entrelaça...
Também traz ameaça...
Aproxima e afasta...
Numa despedida nefasta

A voz que anuncia num prenuncio...
É aquela que silencia...
Enrijece... Arrefece...
Emudece nossa face num disfarce...

O que alegria causou...
Motivou, também com a dor se casou!
E se o sonho transformou... Deformou!
Se não é mais meu o seu amor...

Então melhor mesmo
Ficar assim a esmo...
Juntando os pedacinhos enfim...
Nessa busca sem fim do que sobrou de mim!

Carmen Cecília

Foto de CarmenCecilia

QUEBRA CABEÇA

QUEBRA CABEÇA

Hoje estou em mil pedacinhos
Caquinhos... Em desalinho
Procurando caminhos...
E parte da minha cabeça

Diz pro meu coração
Não fique assim não...
Pense com a razão
Não com a emoção...

A mão que acena...
Num contra-senso diz adeus
Leva mensagens para as pernas
De perdas eternas...

Que é preciso caminhar
Os pés calcar... Calçar!
Para contemporizar... Alcançar!
Ao mar se lançar... Mas voltar... Acordar!

Sinalizar aos olhos
A luz que desperta...
No horizonte descoberto...
Farol a céu aberto!

A boca que cala...
Diz ao corpo que fala...
Que tudo se intercala
Mesmo o sorriso se encoberta pelo sizo

O braço que abraça... Entrelaça...
Também traz ameaça...
Aproxima e afasta...
Numa despedida nefasta

A voz que anuncia num prenuncio...
É aquela que silencia...
Enrijece... Arrefece...
Emudece nossa face num disfarce...

O que alegria causou...
Motivou, também com a dor se casou!
E se o sonho transformou... Deformou!
Se não é mais meu o seu amor...

Então melhor mesmo
Ficar assim a esmo...
Juntando os pedacinhos enfim...
Nessa busca sem fim do que sobrou de mim!

Carmen Cecilia

Foto de bruninho batera

Razão do meu viver

Hoje acordei pensando em ti, lembrei do teu sorriso amor,
Do seu jeito de me olhar.
Eu sinto o acelerar do coração, quando o som da sua voz,
Me ponho a lembrar! Que...

Te amo, te quero, por que você sempre vai ser,
A razão, a razão do meu viver.
E assim vou te amar, vai ser assim...
Pra sempre vou te amar...

Não a nada que possa me fazer desistir, pois eu tenho a certeza que
Deus criou você pra mim
O inimigo pode até tentar me parar, mas eu creio na promessa...
E que Deus a cumprirá! Pois eu...

Toda vez que alguém te falar, que não deves mais esperar,
Creia, creia!
E toda vez que desanimar, e até pensar em parar,
Lembre que Deus esta a trabalhar, é tão somente nele confiar,
Espera, confia, que a nossa promessa vai se cumprir.

Foto de ek

segunda-feira

hoje eu acordei cedo,
nem tão cedo,
a preguiça de ontem me convenceu a acordar uma hora mais tarde.
acordei disposto a ir trabalhar,
sem o cansaço dos dias normais,
e a preguiça de ontem me abandonara.
era uma linda manhã de segunda
sim uma manhã de segunda-feira linda.
uma manha fresca. clara, traquila.
enquanto caminhava em direção ao ponto me invadiu um desejo de sair de bicicleta,
a lembrança dos passeios de domingo que ja há algum tempo que não faço.
sentado esperando o onibus e lembrando as cachoeiras, lagos e trilhas,
vou pra casa, pego a bike e passo na casa de meu amor,
não, pego a Raposo e desço para o clube la em Araçoiaba,
faço melhor, vou sem rumo,
pedalar por pedalar,
pelo amor à magrela, à vida e à liberdade que temos.
e quando eu vejo, ja são sete horas e o onibus não passou,
não veio, ou eu estava de olhos fechados quando ele se foi?
não importa, agora sou todo paz,
não vou trabalhar hoje,
não vou ligar pra avisar,
e só volto la no ano que vem.
uma linda manhã de segunda-feira,
veja só, uma segunda-feira.

a beleza esta nos olhos de quem ve,
liberdade em seu rosto, e não no vento,
a paz,
no coração
e não no meio que nos cerca.

Foto de madim_shakur

perdido...

Sinto-me perdido
por nao saber que procurar
sinto-me perdido
por talvez nao querer encontar

O tormento apudera-se de mim
perante esta divagaçao
por um lado o vazio
por outro a dor no coraçao

Tudo isto me consome
como as chamas a uma floresta
minha vida desvanesce
tudo desaparece...

A alegria de outrora
é a tristeza de hoje
as palavras que escrevo
a dor de amanha....

Foto de Sonia Delsin

UM CERTO ALGUÉM DO MEU PASSADO

UM CERTO ALGUÉM DO MEU PASSADO

Hoje eu me lembrei de alguém.
Um certo alguém.
Alguém que tocou meu coração profundamente.
Nem que eu viva cem anos vou esquecer uma certa tarde de nossas vidas.
São lembranças tão queridas.
Tão queridas.
Nos entregamos verdadeiramente.
Tudo eu daria para ter outra tarde daquelas novamente.
Vou recordar eternamente.

Este alguém que cruzou meu caminho me deu tanto carinho.
Tanto carinho.
Fez com que eu me sentisse uma princesa.
Fiquei fascinada com sua alma linda.
Com sua beleza.

Ele por minha vida passou.
Do meu coração nunca mais se afastou.

É como uma tatuagem.
Está em mim impregnado.
Está guardado.
É o tesouro do meu passado.

Foto de CarmenCecilia

Videopoema Fantasia

Fantasia

O que é essa mera fantasia...
Será a magia...
De sonhar mágicos momentos...

Redimensionar emoções
Que nos aquecem os corações...
Estar em outra dimensão...

Longe da razão...
Fazer serão...
Deixar no sótão...
A tristeza que machuca...

E simplesmente vivenciar o hoje...
Somar devaneios sem receios
Sem medo de enchentes..
E continuar indo em frente?

É atravessar o amar...
Retomar
O leme das paixões...
Rebuscando seu bem querer...

É fascinar com o dia
Que já se anuncia...
Em matizes lilases...
Mesmo quando nuvens
Trazem o breu na paisagem?

É revolver a poeira...
Da estrada
Que nos envolve como capa...
E de que ninguém escapa?

É sorrir...
E brincar de colorir...
Um doce porvir...
Mesmo quando ouvimos um não...

É fechar os olhos...
Somar fragmentos
Filamentos de contentamentos

É estar com você
Festar com você
Mesmo que em pensamento...
Revivendo bons monentos...
Que sejam todas essas porções de felicidade...
Que povoam minha mente
E não mais matem.
O que me mantem a todo instante.

Essa doce ilusão
Que habita meu coração...
Em ritmo de fantasia

Carmen Cecília

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

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