Indiferença

Foto de Gonzaga de Carvalho

O Populacho

Em bandos esfarrapados,
Milhões de sombras
dentro em mim se agitam,
pedindo socorro.

São vozes que descem
Do Morro Angústia,
Sobem do Beco Ai-meu-Deus,
E, em lágrimas,
Simplesmente se abrigam
No meu ser.

São gemidos em filas,
Dores discriminadas,
Enfim, paridos pela má sorte
Que me invadem
Com suas nuvens de borrascas.

Assim povoado de lamentos,
Vou gritando "socorro"
Pela noite deserta,
Enquanto brilha no alto
A indiferença dos astros.

Às vezes, quero fugir,
Mas já não me pertenço:
Atropelando o meu querer,
O populacho turbilhona em mim
Brandando por socorro!

Autor: Gonzaga de Carvalho

Foto de Metrílica

Crescidos na dor...

Nascido em berço jovem
Mesmo hoje já sendo um homem
Leva na mente uma lembrança
Muito triste de quando criança;

O pai, era único filho homem
Portanto, bajulado da família
Quão grande foi a decepção desta
Quando o “menino”, fez embaraçada guapa menina;

Amarrados às tradições,
Não pouparam o jovem rapaz
A família que antes foi berço
Agora, tornara-se capataz;

Fez o “menino” crescer de repente
Jogaram-no ao mundo, para tornar-se gente
Tirando-o do berço, do rebanho
Fazendo-o abandonar todos os seus sonhos;

A vida adulta, agora se faz presente:
"Pegue a guapa menina, o que ela carrega no ventre
Assumam suas vidas, agora neste instante
Esqueça do seu berço, e caminhe daqui por diante";

Assim fez o jovem casal, ainda tão pouco preparados para a vida
Assumiram a responsabilidade,
O “menino” tornou-se homem,
E a guapa “menina”, mulher de verdade;

Depois de meses, por desalento
Veio ao mundo o primeiro rebento,
Um lindo menino, que glória!!!
Mas pairava ainda a incerteza da vitória;

Os anos se passaram,
E o casal aumentou sua prole
O primogênito, o segundo e o terceiro
Mas o destino se mostrou traiçoeiro...

Devido às dificuldades da vida
A guapa “menina”, agora mulher
Se pôs a trabalhar duro,
Para garantir à cria um futuro;

O homem, agora marido e pai,
Devido às inexplicáveis obras do destino
Viu-se perdido, sem saída, se rumo
Quando viu a fonte do seu sustento se esvaindo...

Após tamanha decepção, remoendo seu passado
No fim, se pôs derrotado
Encontrando, com tamanha tristeza
A única saída num copo de bebida, em cima da mesa;

Daí por diante, sofreu a mãe, sofreu a mulher
Sofreram os filhos, sua prole
Diante da indiferença, e das palavras duras
Que ecoavam aos ouvidos, e doía no peito, a cada gole;

Hoje o rebento, o primogênito, mesmo sendo homem
Traz consigo na sua memória a lembrança
Das tristezas que ouvira e vivera quando criança
Na certeza de que a única coisa que NÃO quer, É SER ESPELHO DE SEU PAI, COMO HERANÇA.

by Metrílica ;-* - outubro de 2009 (for my Spanish LOVE)

Foto de Fernando Poeta

Poesia

Derrepente sem querer,
Você surgiu em minha vida,
Sem um convite, sem um chamado,
Quando percebi, estavas ao meu lado.

Encontrava-me à procura,
De alguém para ouvir,
Tudo o que eu poderia dizer,
Ou todo o meu silêncio.

Alguém que notasse minha existência,
Que não me servisse a indiferença,
Que estaria sempre presente,
Mesmo estando ausente.

Minha alma torturada, vagava sem rumo,
A origem de meus temores, baseava-se no medo,
De ser quase certo, que nenhum amor é eterno,
E que todas as angústias, são diminutas,
Quando se descobre que o amor morre.

E derrepente sem querer,
Em minha vida você aparece,
E promove em mim,
Este desejo, esta alegria,
De falar de amor,
De fazer poesia...

Foto de ROSA GUERRERA

A VERDADEIRA ESTAÇÃO DA VIDA

Sempre gostei de viver e saborear de corpo e alma as estações da vida . Muito bom e positivo foi ter sabido também colher flores primaveris , plantar rosas ,vivenciar amores, alimentando com todas as forças do meu Eu os momentos que os verdes anos espalharam nos mais diversos caminhos que trilhei, com seus convites atrativos para melhor deleitar o proibido e o desconhecido. Mas...pouco a pouco quase sem que eu pressentisse o calor do verão se aproximou com nuances mais coloridas e apaixonantes e eu comecei a rever os verdes sonhos como imagens apagadas onde raramente usei a razão .E os meus passos mais maduros começaram a me conduzir a um caminhar mais prudência e sensatez. E nessa nova etapa de vida aprendi a analisar melhor, sentir melhor , ser mais reservada , saber esperar a época da colheita e muitas vezes até me preocupei com a chegada do outono, ou da chamada estação das rugas e dos cabelos brancos .Mas inexoravelmente um dia ela chegou ... e hoje deitada nessa nova paisagem que a vida me presenteou eu vejo como cresceu o meu aprendizado e como é imensa a liberdade que possuo, sem mais grilhões ou restrições aos meus passos. E olhando para trás vejo o quanto mudei! O encantamento das outras estações foi na verdade apenas um pequeno exercício e uma preparação para uma maturidade sem mais portas abertas ás fantasias. E é nessa estação outono que eu entendi que existe muito mais garra dentro de mim, muito mais alicerce nos meus sonhos e menos pressa para viver ,porque tudo que ambiciono hoje eu o faço consciente , sem ultrapassar meu potencial , isenta de falsas e imaginárias expectativas , mas direcionada para aquele “ todo um sempre”.E tudo ao meu redor se reveste hoje de eterno , mesmo que dure apenas uma gota d’água , mas vivido com tamanha força que eu não temo mais a aproximação do inverno nem a destruição da minha árvore. Nada é mais capaz de me abalar ! Já não me protejo da indiferença, do egoísmo , do medo, , dos que me rejeitam , me ferem , me excluem ou tentam abalar minhas convicções. Essa é a passagem do outono na minha vida . A idade da liberdade de escolha, dos acertos, das novas qualidades , das verdadeiras descobertas , sem dúvidas, sem interrogações ...mas com a certeza de conquistas verdadeiras ...onde a mente não acompanha o envelhecimento do corpo ,mas aprimora cada vez mais o companheirismo entre a razão e o coração.

Foto de annytha

Amor de mão única!!!

Todo o meu ser se inunda com as lágrimas que derramo quando digo que te amo e o teu silêncio me mostra a tua indiferença! Dizes, porque não me queres? Por que não tenho o teu amor?
Com sorrisos procuro disfarçar a minha triste e grande dor, procurando não demonstrar o quanto dói tanta frieza!

Tu não podes imaginar como é difícil pra mim a arte de amar sozinha,
Como é difícil querer olhar-te e não encontrar em teus olhos, o brilho do amor em teu olhar;
Como é difícil tentar beijar-te e perceber que os teus lábios estão duros e frios como pedra,
Como é difícil tentar abraçar-te, e sentir que o teu corpo não reage ao meu abraço

Falo e tu não me ouve!

Então, o choro me invade a garganta e sem conseguir me controlar, deixo as lágrimas lavarem o meu rosto pra limpar toda minha tristeza...
Ai, como dói esse amor que me esmaga o peito, que me dilacera a alma, e mesmo assim, sinto que te amo cada vez mais, e sem poder afogar esse louco amor de mão única, choro pra esconder a minha dor em saber que estou amando sozinha.

Foto de CarmenCecilia

DESAFIO POEMA

Desafio

Desafio esse mundo frio...
Esse calafrio...
Essa indiferença...
Cada vez mais imensa...

Desafio esse tom de desdém...
Essa farsa... [Essa margem...]
Esse vai e vem...
Essa mídia que entretém...

Desafio... Desfio...
Esse mundo por um fio...
Esse rio caudaloso.
Marchando contra corrente impiedosa...

Desafio... Destilo...
Esse caminho sem trilho...
Sem brilho...
Da manhã seguinte...
Sem aguardente...

Desafio o frio...
A falta de brio...
O deserto...
E esse Mar aberto...

Desafio o incerto...
Por estar certa...
De um novo horizonte...
Trazendo luz...

Iluminando... Dourando...
Acalentando
E a todos aquecendo...
Com esperança...

E principalmente com a crença...
Que faz a sutil diferença...
De quem desafia...
E não teme nenhum desafio...

Carmen Cecília
21/08/2009

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

A PERDA DO SEU AMOR.





A PERDA DO SEU AMOR.

Não vejo o brilho de tua alma.
Apagou-se como estalo de dedos.
Não vi meu reflexo no luminar de teus olhos.
Senti o mais forte do desprezo.
Vindo do seu coração.
Tua energia já não reluzia.
E o que um dia foi amor.
Foi aos poucos se transformando em dor.
Teu calor já não se fazia presente.
Um frio dilacerante vindo de tua alma.
Transformava-se no mais doloroso dos sentimentos.
Tua indiferença foi o que mais me causou dor.
Saber que um dia, vivemos uma linda história de amor.
Hoje querendo encontrar uma resposta.
Encontro-me sem amor,
Vivendo o mais amargo dos sentimentos.
Querendo tirar a dor que me invade a alma o físico.
Causando sofrimento.
Tentando me encontrar sem o seu amor...
E abominar essa forte dor.
Que é a perda do seu amor.

A FLOR DE LIS

Foto de Carmen Vervloet

Mágico Sorriso

Mágico Sorriso

Arma de sedução,
espelho da emoção
liberta a alma
que vagueia calma,
feliz, acariciando corações...
Palavras perdem o sentido
o calor é mantido
estrelas brilham no céu
a lua mostra-se sem véu
seduzida pelo mágico sorriso
que faz da vida um paraíso!

Enigmático, puro, cativante,
ambíguo, terno, distante,
complacente, alegre, malicioso,
irônico, sutil, caloroso...
Derrete o gelo,
transpõe bloqueios,
abre cerradas portas,
suprime a indiferença,
anuncia a querença!

Essencial no amor
sinaliza o olhar que conquista...
Um eterno alquimista,
encanta e arrebata
à primeira vista!

Ilumina o rosto com alegria,
é o mestre da magia...
Atrai para si o inatingível!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Paulo Gondim

Indiferença

INDIFERENÇA
Paulo Gondim
12/06/2009

A insensibilidade se avizinha
O verso não aparece
Da rima já se esquece
Num sentimento de vazio
As palavras fogem
E me sinto só e frio

Em vez de sonho, gritos
Que ouço na noite vaga
Como eco que aos poucos se apaga
Falta-me o aconchego de teu beijo
O calor amigo de teu peito
Teu abraço benfazejo

Nem a lua hoje se deu conta
Da minha tristeza, de minha solidão,
Escondeu-se nas nuvens
Para não me ver
Assim tão desolado
A mesma lua que me traz o brilho
De teu sorriso encantado

Por isso, a escrita definha
Fica pobre, mesquinha
Os poucos versos desconexos
Que saem de minha pena
São fracos, coisa pequena
De rimas pobres, nada nobres
Perdi a fé, perdi a crença
Tudo por tua indiferença

Foto de Jessik Vlinder

A tua falta

A carência do calor do teu corpo congela a volúpia da minha pele
A falta da umidade da tua boca insaceia a malícia do meu beijo
A indiferença da paixão dos teus olhos cega o sarcasmo do meu olhar
A necessidade do sussurro da tua voz emudece os desejos do meu inconsciente
A lembrança do teu perfume faz murchar as rosas do meu prazer
A saudade do teu vigor exausta minha disposição
A sensação da audácia da tua mão inocenta as fantasias do meu atrevimento
A fuga da liberdade dos teus movimentos eterniza a continência da minha sincronia

“A tua ausência me condena à prisão dos desejos insaciáveis, me subordinando à eternidade da espera de um passado letargicamente imortal, porque o meu medo vive pela tua segurança, minha solidão pela tua presença, minha tristeza pelo teu sorriso, meu frio pelo teu abraço, minha sede pelo teu beijo e meu prazer pelo teu sexo, porque ele só se satisfaz com o teu desejo...”

Estou morrendo dentro da ilusão das lembranças!

Jéssica Gomes Andrade

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