Indiferença

Foto de Oliveira Santos

Acabou...

Não há mais o beijo pela manhã

Nem um chamando o outro de Amor

Não há mais a fala de carinho

Nem dormir sob o mesmo cobertor

O sorriso deu lugar ao silêncio

O calor se tornou indiferença

Acusações mútuas se multiplicam

Mágoas, prantos, dores e ofensas

Malas cheias, armários vazios

E somente os filhos são elo

A partida cheia de rancores

E a solidão que impõe seu flagelo

Foto de Rosamares da Maia

Produtos da Indiferença

Produtos da Indiferença

Nas sombras proliferam criaturas medonhas,
Amontoadas, escondem-se, defendem-se,
Prontos para atacar, mostram os dentes,
Brancos dentes de leite. Por pouco tempo.
Em breve, serão caninos cariados, afiados.
Maternidades espúrias, profanas, sem sentido,
Tal impunidade custará ao futuro, em vidas.
As hediondas criaturas povoam as ruas,
Como se direitos lhes coubessem!
São matilhas solidárias que procuram.
Juntas, dividem o produto da sua pilhagem.
Comem como cães vorazes, roem como ratos.
Escondem a magra nudez em trapos,
Refestelados em camas de papelão,
Enganam o frio e o estomago, na cola de sapatos.
São produtos da miséria, forjados pela dor.
Sem escola, cinema, remédio ou pipoca.
Morrem e se reproduzem prematuramente.
Nasceram crianças - meninos e meninas,
Se ainda ousam sonhar, é difícil saber.
Mas têm rostos, olhos que refletem verdades.
Olhos frios, sob viadutos, em baixo dos tapetes,
Dos palácios fartos e dos luxuosos gabinetes,
Providencias e decisões em cima do muro.
Muros de nababos, vergonha da Nação.
Não são cães, nem ratos, apenas uma matilha solitária,
Matilha invisível de quem não tem nomes - “Excluídos”,
Que gritam com fome e rangem dentes, causando medo,
Mas não são cães nem ratos! São Homens...
Meu Deus! ...São Homens!

Foto de Moisés Oliveira

Sentimento

Repito em silêncio a minha verdade, tentando assim me convencer.
Apenas lamento o fim da história, cujo final não pude escrever.

Pus na indiferença a minha esperança, já não quero mais te recordar.
Mas como ser tão indiferente, quando a mim sempre coube te amar?

Nossos domingos de namoro dengoso, marcaram o tempo, não vou esquecer.
Me lembro de quando eras minha vida e eu era a razão do seu viver.

Afasta-te de mim, leva junto a lembrança, eu a sinto mas não entendo.
Esquece que um dia ele falou mais alto, pois hoje eu calei o sentimento.

Foto de Emerson PS

Calculo do Amor

Quanto você acha que vale um grande amor?
Ou melhor... Como você calcula o amor por alguém?
Alguns diriam que sabem o quanto amam outra pessoa pelo tempo que se pensa uma na outra, que vai da hora em que se acorda à hora de dormir, e ainda durante os sonhos.
Outras diriam que pelo tempo que passam juntos, que é variado conforme a situação do casal. As vezes apenas às noites, as vezes apenas aos finais de semana... Mas para eles o que prova o quanto se amam é a qualidade desse tempo juntos, que soa diversificados em olhares apaixonantes, carinho, afago, conversas significativas que começam com um: como foi seu dia?, as vezes tratar alguma indiferença, o que torna o amor mais sólido, pois é prazeroso quando são resolvidas as diferenças e isso fortalece a união, e também por que é gostoso fazer as pazes.
Acredito que todas as formas de amar estão corretas...
é gostoso pensar o dia todo em quem você que sempre ao seu lado;
rir sozinho quando se lembra de momentos bons;
quando antes de dormir você faz questão de desejar uma ótima noite para esta pessoa que sabe que a voz dela ficará em sua mente e, ter um soninho gostoso e sonhar com ela é inevitável e alegra o coração;
é bom acordar lembrando do sonho e sorrir por que você ama,
e um bom dia faz todo o resto dele ser único...;
é bom estar juntos, sentir o cheiro, o cafuné, o abraço, o beijo...
mas o que torna o calculo do amor perfeitamente único é este...:
Pensamentos 24hs por dia x Dias que se vêm na semana x meses que vão passar juntos agora divide o resultado por ele mesmo.
Encontrou a resposta?
Está naquele segundo, quando os olhos se fixam uns nos outros , a Mao gela, o coração acelera e o mundo para... em câmera lenta você diz...: EU TE AMO!
Neste momento as variáveis são irrelevantes, e o Máximo denominador comum é aquela pessoa.
Basta agora somar ao resultado a o infinito, para que a eternidade seja o meio da historia desse grande amor.

Foto de Rosamares da Maia

Medidas do Amor

Medidas do amor

Quanto eu te amo? Não sei.
Só sei amar sem medidas.
Do que sou capaz por ti?
Não sei. Sei somente que sou.
E somente amo, sem limites.

Sei que teu silêncio é minha dor.
Tua indiferença meu desespero.
Teu olhar dia, claridade, luz.
Não sei de razões ou sentido.
Sei de amar este amor.

Querer-te incondicionalmente.
Quem ama é porque ama.
E essa é toda a razão.
Somente faz sentido sentir.

É tudo simples assim:
O amor preenche a vida
Não amar esgota, esvazia.
Amor abraça e afaga.

Não amar é frio sem esperança
Corpo na busca solitária de calor
Amor é prumo dos sentidos.
Solidão é deserto entre tempos.
Angustia oprimindo o espaço

Quanto eu te amo?
Não sei, nem o quero saber.
Vivo toda a vicissitude do amor.
Vertendo sorrisos e lágrimas.

Bebendo das alegrias e tristezas,
Tolices e artimanhas de amar.
Somente sei amar sem medidas.
Com a pele toda exposta ao sol.

Rosamares da Maia – 12 de julho de 2013.

Foto de Alexandre Montalvan

Entre o Amor e o òdio

Entre o Amor e o Ódio

M'alma tão triste padece
das dores da indiferença
E mesmo na tua presença
Tu olhas-me só por olhar

Não percebo mais teu carinho
Quando vinhas sorrindo baixinho
E aquele sublime jeitinho
Tão doce, ao me falar

M’alma em algemas é presa
Entre o amor e O ódio
Na imensa masmorra da dor
Mesmo que eu tenha certeza
Este ódio invade o meu peito
E destrói este amor

Entre o amor e o ódio eu me calo
Um terrível fim. . .
Tenebroso este inverno
Vivendo m'alma em inferno
Por viver assim

Entre o amor e o ódio eu me permito
Pois do amor que julguei infinito
Apenas restam gemidos
De amor. . . para mim. . .

Alexandre montalvan

Foto de Carmen Vervloet

Cidades Frias

Nas ruas cheias de gente
busco sorrisos, abraços,
apertos de mão,
gestos de cortesia!
Qualquer fragmento me satisfaz...
(Eu e esta minha mania de pensar
que tudo deve vir do coração!)
Abro os braços,
esqueço as rimas, presto atenção!
Meus olhos se abrem melosos
tentando atrair alguma abelhinha
ou quiçá um beija-flor
neste jardim não sei se de medo,
indiferença ou de pouco amor.
Mas tudo ilusão!
Entre passos apressados
encontro apenas
a mão do vento que me afaga
e vai embora
sem sequer olhar meu rosto.

Foto de Allan Dayvidson

PROJETO

"Meu desejo não é pela diferença ou pela indiferença, pela desordem ou uma nova ordem... Mas pela pura e simples espontaneidade..."

PROJETO
=Allan Dayvidson=

Vestiram-me dos pés a cabeça e disseram qual cor melhor me caía;
Cortaram meu cabelo do modo certo;
e mostraram-me em quais lugares me esconder.

Mandaram-me esperar a deixa enquanto editavam o que eu sabia;
Mantiveram-me sempre por perto;
E assopraram em meu ouvido o que dizer.

E nada disso me seduz...
então, será do meu jeito.

Não precisa repetir,
ouvi em alto e bom som.
Mas não pretendo ser novamente seu protótipo,
seu projeto de ajustamento

Fizeram uma cela para meus pensamentos;
Elegeram os mais aceitáveis comportamentos;
Decidiram um limite modesto para meus inventos.

E tudo isso só me reduz...
sufoca e viola meu peito.

Não se atreva a repetir
e não peça que eu modere meu tom.
Porque não pretendo caber em seus estereótipos,
seu projeto de confinamento...

Sei que estamos até certo ponto presos no embaraço das relações,
e atravessados por tantos e os mais diversos comprometimentos,
mas é preciso tecer outras pontas nestes cordões.

Disseram-me o que apreciar e como me divertir;
Escreveram em minha ementa, quem e como eu poderia amar...

E tudo isso só me restringe...
Ao menos, esta tem sido minha desculpa.

Não precisa repetir...

Foto de Paulo Gondim

Dissimulação

Dissimulação
Paulo Gondim
02/11/2012

Eu te olhava de longe...
Na verdade, eu sempre te olhava
Desconfiado, para que não percebesse
Mas te olhava, como se fosse uma obsessão

E tu, nem pensavas, nem desconfiavas que te olhava
Fingias não me ver e os dias passavam indiferentes

Mas eu continuava a te olhar
A cada amanhecer com um novo dia
A cada ocaso que nos faz pensar na vida
Mas sabia que a cada alvorecer, a vida se renovaria

O tempo passou e eu continuava a te olhar
E tua indiferença também crescia
Ao ponto de cruzares por mim pelas ruas sem me ver

E teu olhar continuou cego, se fez cego a vida inteira
E hoje, no adiantado dos anos, nada mais tu vês
E se perguntas: Valeu a pena tanta dissimulação?

Foto de Bruno Silvano

Uma noite na Califórnia

Não era uma noite qualquer, as estrelas pareciam se aproximar da terra, seu brilho era de uma magnitude esplendida, era calor a temperatura passava dos 30º em pleno luar, era noite de lua cheia, e aquela lua estava espetacular, diferente de todas as que já havia visto em Criciúma. Estava em San Diego, segunda maior cidade do estado da Califórnia.
A noite mal tinha começado, não imaginava o que poderia encontrar por lá, era a minha primeira noite naquela enorme cidade a qual tinha ido por engano, teria vindo eu de um lugar significativamente menor tanto em tamanho quanto em população. O agito não era intenso, mas estava sozinho naquela praia, não dominava muito bem a língua inglesa, nunca me senti tão só, tudo parecia maior que o normal. Estava com minhas malas perdido com a camiseta do Criciúma em uma praia.
Os minutos passavam rápido, ao mesmo tempo que me sentia sozinho, sentia um sentimento de liberdade, de indiferença com as pessoas do lugar, de estar realizando um sonho, sim seria um desafio achar algo por lá, mas era um sonho.
Estava como sempre admirando a praia, as estrelas, o vento começava a suar suavemente, as estrelas me hipnotizavam, não sei se estava sonhando ou se a ficha não tinha caído ainda, a vista era de admirar, mas acabei adormecendo em um banquinho da praça por ali mesmo.
Acordei não eram nem meia noite ao som de gritos e homens encapuzados a o meu redor, não entendia o que diziam mas logo botaram uma arma na minha cabeça e saquei do que se tratava. Levaram tudo que tinha, meu dinheiro, meus documentos, meu passaporte, e agora sim, era um carvoeiro desconhecido perdido em plena Califórnia.
Fui acudido por alguns cidadões que estavam passando pelo local que por sua vez também tinham sido vitimas dos assaltantes, e chamaram a policia para fazer o BO. Não esperava pelo pior, não conseguia me comunicar com os militares, que por muitas vezes ficaram estressados comigo, e me deteram, na hora não entendi o porque, mais tarde descobri que tinha xingado a mãe de um deles.
Sim a viagem tinha começado mal, mas poderia estar pior. Não fiquei nem dez minutos preso até que uma desconhecida pagou a minha fiança e eu pude sair, ela não havia se identificado, nem dado referencias, apenas pagou e foi embora, queria encontra-la pra agradecer, mas ela sumiu na escuridão.
Novamente havia ficado perdido , sem rumo, na escuridão. Tentava desesperadamente voltar para aquela praia, mas não tinha a mínima noção para onde ir, resolvi seguir os meus instintos, continuei caminhando em frente.. Passava em frente a uma boate gay, quando me lembrei que ainda estava sem meus documentos, para a piorar a situação a viatura da policia federal estava passando por ali, ou eu entrava na boate ou era preso novamente. Sim eu entrei na boate, fui confundido com um dançarino e fui obrigada a dançar, passei por maus momentos, nunca havia sido tão bulinado em toda minha vida, mas ao menos havia me livrado de ser preso, até que os policias invadem a boate e prende todo mundo que estava lá, sim era uma casa noturna clandestina, tava la eu denovo, por engano, preso mais uma vez.

Passei a noite na cadeia até ser solto, já tinha perdido as esperanças, e já havia me decepcionado o suficiente com aquele lugar. Estava com fome mas todo o dinheiro que eu tinha havia ficado com os assaltantes. Eis que de algum lugar surge uma criança ao manda de uma moça misteriosa, me trazer um coquetel de frutas.
Procurei desesperadamente pela moça, corri atrás dela, segurei-a pelo braço fortemente, mas a única coisa que consegui foi ficar com aqueles lindos olhares gravado em minha mente, fui facilmente vencido por seu sorriso, larguei-a e ela se foi meio a multidão. Um pedaço do meu coração havia ido junto. Voltei ao banquinho pra comer o coquetel de frutas, mas um cachorro já tinha devorado ele. De qualquer forma a fome já tinha passado.
Passei o resto do dia tentando encontrar informações sobre aquela moça, não encontrei muita coisa. Por onde eu passava chamava a atenção, o sol radiante batia na camisa do Criciúma e ela brilhava radiantemente, encantando a todos que olhavam.
O Dia passou rápido, mas não havia sido nada produtivo, não encontrei nada a mais sobre a dona daqueles sorrisos, parei pra descansar naquela mesma praia, escureceu, e fiquei vidrado naquelas estrelas, nessa noite pareciam estar ainda mais brilhante, e alguma coisa me prendiam a aquela vista, não piscava. Não tinha me dado conta ainda, mas estava vendo toda a imensidão por meio de um olhar fascinante de uma mulher, cabelos preto, mais ou menos 1,60m de altura, dona do mais belo sorriso que já vi na vida.
Ela se aproximou não lembro se lenta ou rapidamente, havia me fixado no seu olhar, me beijou, senti o gosto doce da sua boa, o calor do seu corpo, deitamos na areia, ela em meu colo, jamais senti tamanha alegria. Logo depois ela me acolheu em seus braços, cuidou de alguns ferimentos, fez-me adormecer.
Quando acordei estava em avião, voltando pra casa, ela havia me entregado aos policias para me deportarem, sobre ela não descobri mais muitas coisas, apenas que era um intercambista carvoeira. Até hoje cada vez que vou no estádio sinto meu corpo colado no dela, nossos corações no mesmo compasse.

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