Infância

Foto de José Herménio Valério Gomes

UM REGRESSO PREMEDITADO

Estou de regresso na rua de todos
Para trocar impressões recusadas
Onde o incêndio se apaga com fogo
Abandonando reflexões na madrugada

O que tanto e demais amaria
Priva-me de beijar esta vontade
De estar de volta mais que um dia
Para viajar a minha cidade

Hoje de olhos sóbrios,nela
Parte de mim já não vive ali
E quero estar um pouco mais por ela
Desfolhar as suas ruas até ao jardim

Procurar uma resposta
Com quem formalizo o assunto
Que foi?quem fez tal aposta?
Que a deixou tão de luto

Pois sei que ao abrir a sua porta
Este reencontro me vai magoar
O povo até nem se importa
De como grande é o homem a chorar

Sou pois,aquele modo pausa-parou
Que não vai nunca esquecer
Como ela me olhava-amou
Sorrindo para eu não perceber

E quando de volta à taberna das emoções
Me embriagava num dilúvio
Escrevia esboços das recordações
Até desmaiar sem menor ruído

Acordando em aplausos por algo escrito
Que eu acho muito imérito de mim
Porque me vesti nas roupas de Cristo
Nos desenhos de uma dôr tão grande assim

As pessoas vão gostando de como escrevo
Há sempre algo que nos une sempre
Serei de todas as palavras um servo
Sem nunca ficar indiferente

Pois sou do tempo da lavoura
Anos que nunca esqueci
Infância na minha vila de Moura
Mesmo se breve,eternamente feliz....

zehervago

Foto de Jardim

o anjo

o anjo que pego em meu colo
tem um pouco mais na memória
do que a sua infância e me conta
na vastidão do seu tempo
a sua breve história.

um anjo em um corpo de mulher,
as asas das horas nos informam
a transgressão e o tempo
que em desejos alados
logo se transformam.

o anjo que ponho em minha cama
é uma parte aventura e outra romance,
prevê na tarde quieta a noite
e o destino que voa além
dos nossos olhos e do nosso alcance.

um anjo que menstrua,
que tem sexo e vagina que me provoca,
entreaberta ela desvenda
o clitóris que a ponta dos meus
dedos e da minha língua toca.

faço de seu corpo o meu endereço
e no meu colo ela me embala,
revela nos espelhos e no esperma
sua santidade e as roupas
que ficaram no chão da sala.

o anjo que beijo a testa
nem parece a mesma pessoa
que estuda, canta, dança, namora.
com suas asas inquietas
antes que anoiteça voa.

Poema do livro Filhas do Segundo Seo
a venda em http://sergioprof.wordpress.com
Contato:
blog: http://sergioprof.wordpress.com/
facebook: https://www.facebook.com/jardimpoeta
https://www.facebook.com/poetajardim
twitter: http://twitter.com/SERGI0_ALMEIDA
linkedin: https://www.linkedin.com/in/poeta-jardim-a7b0222b
google +: https://plus.google.com/+sergioalmeidaJardim
skoob: http://www.skoob.com.br/autor/7181-jardim

Foto de Angelgoiabinha2

Pesar

Hoje eu queria um pincel
uma tinta que colorisse o papel
uma inspiração trazida do céu
para minha vida poder alegrar

pesar!

Hoje eu queria um poema bonito
e o sorriso mais belo
talvez reerguer meu castelo de sonhos
que a guerra cotidiana fez questão de derrubar

pesar!

Hoje eu queria voltar a infância
ser a menina de tranças
e não viver de lembranças
que o tempo fez questão de apagar

Foto de Arnault L. D.

Mosaico

Algo em mim é a terra
e algo de mim é o ar.
Trago em mim campo e serra,
espuma da onda a espraiar.

Cresceu comigo a estrada,
passos, trama em desalinho.
Qual linha a tecer fiada
e me fez assim, caminho.

Algo em mim é a terra
e algo de mim é o mar.
Trago confim o que encerra,
velhos passeios do lugar...

Planta de longas raízes
ligada ao berço a distância,
nutre a seiva, reprises
do viver, lar e infância.

Algo em mim é a água,
bebida, sentida, igual.
Oceano, chuva, mágoa,
mar, suor e lágrima... sal.

Sou também a minha casa,
cidade, bairro, a rua...
Donde fui, e criei asa,
cada, em mim, continua.

Foto de José Herménio Valério Gomes

A HIPÒCRISIA DE TODA A AJUDA INTERNACIONAL À CRIANÇA

A àgua que bebo
Nāo serve em sopa
As cores vivas,o sorriso a minha infância diluiram-se no cinzento
A minha Fome està visivel em todos os rostos,e tal como o meu frio as tuas palavras de conforto
Foram desejo de momento
Esquecidos para sempre no Tempo:/
Zehervago 12/10/2013

Foto de José Herménio Valério Gomes

A HIPÒCRISIA DE TODA A AJUDA INTERNACIONAL À CRIANÇA

A àgua que bebo
Nāo serve em sopa
As cores vivas,o sorriso a minha infância diluiram-se no cinzento
A minha Fome està visivel em todos os rostos,e tal como o meu frio as tuas palavras de conforto
Foram desejo de momento
Esquecidos para sempre no Tempo:/
Zehervago 12/10/2013

Foto de Delusa

Rosas

Saudade azul

Da minha infância

Que inteira vive dentro de mim

Separada com rosas de distância

Donde começa a vida

E do seu fim!

Foto de Siby

Estações do ano e da vida

A primavera é como a infância,
Fase de pleno florescimento,
Flor, semente e nascimento,
Primavera, criança, inocência.

O verão é como a juventude,
A semente cai, o amor germina,
Cresceu o menino e a menina,
Verão, calor, paixão, mocidade.

O outono é como a maturidade,
São as árvores que frutificam,
Colhe-se, e os ideais se edificam,
Outono, frutos da prosperidade.

O inverno é branco como a melhor idade,
Na verdade, toda idade tem seu brio,
Assim como todo inverno tem seu frio,
Inverno, aconchego, o amor não tem idade.
(Siby)

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE - O Cantar do Galo

CRÔNICAS DA SAUDADE – O cantar do Galo.
De repente ouço um cantar de galo ao longe e o inusitado no mundo urbano abre uma porta para uma enorme nostalgia. Instalada no meu peito sem pedir licença, ela dói de forma aguda. Fecho os olhos, encho o peito de ar num suspiro profundo e como num filme, vejo caminhos de terra batida, dourados pelo sol em claridade tão intensa e morna que quase consigo materializar o momento. Vejo laranjeiras, goiabeiras, sinto o cheiro do mato orvalhado pelo sereno das madrugadas e flores e folhas se embebedando. O galinho que canta ao longe de forma repetida, insistente faz meu peito se abrir sem quer, ardendo de uma saudade com gosto de infância, de avó lavando roupa na tina de madeira do fundo da casa.
Tina de madeira para lavar roupas. - Alguém mais já viu isto? Eu lembro nitidamente, tinha um pedaço de madeira com costelinhas que se enfiava dentro da tina para o esfregaço. Vejo a enorme pedra arredondada bem no meio do terreiro desafiando o tempo. A pedra instalara-se ali, como prova material de que algum dia tudo naquele espaço fora um oceano.
Todos nós crianças e netos ou não, adorávamos brincar naquela pedra, e certamente ela, testemunhou muitas outras infâncias. Subíamos, pulávamos e caiamos. Meu irmão que sempre quis ser super-herói improvisava uma capa nas toalhas de banho ou algum outro pedaço de pano que estivesse para lavar e voava da pedra com sua espada de cabo de vassoura para salvar o Mundo.
A cantoria do galinho indigente que agora escuto, somente no sentido de remexer as entranhas da saudade, trouxe-me neste exato momento o cheiro da madeira queimando no fogão de lenha e do feijão, cozendo na panela de ferro, feijão que meu irmão um dia mexeu com um pedaço de pau em brasa, lenha do fogão. Minha mãe quis pegá-lo de tapas, mas minha avó, somente riu com as bochechas avermelhadas e mandou que ele fugisse para não apanhar dizendo: “Ora deixa o menino, isto é coisa de criança”. Ela protegia todos os netos, perto dela ninguém levava tapas palmadas, surra então, nem pensar.
Tenho saudade do meu irmão que hoje sequer fala comigo, mesmo estando ao alcance do meu abraço, pois ambos esquecemos como se abrem os braços e se abraçam fraternamente os irmãos. Do menino franzino que não conseguiu salvar o Mundo, nem mesmo o nosso pequeno mundinho. Estou com saudades da minha avó conciliadora, que jamais deixaria isto acontecer, mas ela, não está mais aqui e tudo mudou. Tem uma eternidade que não vou ao terreiro dos fundos da casa de minha avó, nem sei se aquela pedra existe mais. - Será que virou concreto? Sei que há muito deixou de existir a cozinha feita de “barro a sopapo”, com o fogão de lenha e as panelas de ferro em cima, cozendo com amor para a família.
O sol nasce a cada dia e continua banhando os caminhos. São ruas asfaltadas, cimento e concreto e ele, queima de forma impiedosa e dolorida a minha pele, não me faz carícias como no tempo de criança. De repente o cantar insistente do galinho me desperta do mundo para o qual me levou, lembrando abruptamente, num suto, de que eu também deixei de ser criança.
Rosamares da Maia

Foto de Riva

NAMORO NA INFÂNCIA

NAMORO NA INFÂNCIA

Sentimentos residuais de um amor noutrora,
Flutua no meu íntimo átimos em recordação,
Prestante memória que faz sentir tudo agora,
Romances quando criança! Propícia emoção!

Ah! Minha meninice! Como é bom te lembrar!
No colégio... lápis, borracha, e o bilhete à mão!
Para a pretensa amada na carteira apanhar
O recado lírico ditado pelo seu afável coração.

Cruzavam olhares para o namoro referendar,
Num gesto singelo do párvulo em retribuição,
Ao carinho da amada a conquista consagrar,
Tudo era encanto daquela graciosa geração.

Hoje, relembro com saudades e o meu pesar,
Por ser tudo diferente à época da namoração.

Rivadávia Leite

Páginas

Subscrever Infância

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma