Janelas

Foto de Sonia Delsin

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM AS PESSOAS?

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM AS PESSOAS?

Antes de ontem pela manhã eu falava com meu filho sobre as barbaridades que andam acontecendo. De pais atirando filhos pelas janelas, de filhos matando pais, de seqüestros, de drogas, de uma parafernália de coisas.
Eu disse a ele que me entristeço com tudo isso. Sofro mesmo.
E ele me falou.
Mãe, sempre existiu a maldade. Não vê a Bíblia? Ela é tão atual sempre, porque se repetem as violências, as tristezas no decorrer do tempo. Infelizmente ficamos impotentes diante de tudo isso. Queremos tantas vezes ajudar e estamos de mãos amarradas.
Eu sei, filho, que sempre existiram estas coisas. Mas noto que o mundo está mais violento. Não sei se é impressão minha, mas me parece que as pessoas estão amando cada vez menos.
Ontem à noite conversei este mesmo assunto com meu filho mais velho e ele me falou.
Mãezinha, eu sinto algo em relação a tudo que se passa. Parece que somos frágeis e puros demais para viver neste mundo, mas somos fortes.
Não sei se esta força vem de nós mesmos, que estamos sempre lutando, perseverando, ou se vem de anjos que nos protegem e nos auxiliam. Ignoramos se são anjos que fazem isso, se são forças vindas de Deus. Mas o certo é que conseguimos nos sair bem em meio a tanta maldade. Não vê como você está bonita, forte? Como conseguiu superar tanto sofrimento? Nem parece que passou pelo que passou. É, eu acho que existem seres nos auxiliando sim.
A mídia exagera?
O que podemos pensar?
Eles vivem disso.
Mas quem não acompanhou o caso Isabella? Quem não viu o caso Pedrinho?
Em minha cidade estes dias desapareceu misteriosamente um menino. Quantos desaparecem todos os dias. É só um a mais que sumiu.
Teve uma noite muito fria esta semana e eu não conseguia parar de pensar neste menino desaparecido. Uma criança de 3 anos. Ficava só pensando se ele não estaria em algum canto morrendo de fome, frio.
Talvez ele nem esteja mais vivo e eu penso nele, na carinha bonita do retrato que afixaram em tantos pontos da cidade.
Queria hoje uma notícia nova sobre este caso dizendo que o encontraram e que ele está bem. Queria mesmo.

Foto de furriel

Ao Batalhão Escola de Comunicações

De frente um lindo pavilhão com seus tons azul e branco.
Três grandes bustos mostram a firmeza e força dos patronos que levantaram a nação soberana e galgaram o respeito de muitos.
Por seus portões já entraram muitos valentes que deram o sangue pela instituição.
Brancos negros, altos e baixos, pessoas simples, mas com um ideal, com uma garra nunca vista pelos que não vestem a camisa.
Dos que entraram, muitos saíram, mas os seus valores nunca foram esquecidos, juntamente com seus nomes de guerra. Nome o qual alguns outros podem ter igual, contudo sempre que bradarem o teu nome, lembrarão dos teus feitos.
Um batalhão fantasma é o que diziam. È verdade, a circulçao de militares é bastante lenta. A comunicação interna é muitas vezes feita por sinais de rádio, mas não que seja sinal de comodismo, pelo contrario, cada pavimento tem alguem se engajando no cumprimento de missões.
Os alojamentos guardam lembranças outrora, amizades antigas, onde havia muita cooperação, força de espiríto e respeito. E estes mesmos sentimentos serão lembrados no porvir, em relação ás amizades do presente, porque todos nós somos história.
As janelas do pavilhão de comando já presenciaram muitas formaturas em sol árduo.
Nunca esquecendo das pessoas que nos guardam. Profissionais competentes, acordados noite e dia, para que se preciso for, usar com discernimento o seu armamento.
E daqui despeço-me, com semblante caído, por deixar aqui amigos verdadeiros, ou melhor, irmão de sangue e suor conquistados com o decorrer do tempo. Porem com o coração satisfeito, por levar daqui muitas coisas boas, que futuramente me servirão no decorrer de minha história.
Muito obrigado BEsCom, pois lembrarei o que fiz outrora , da minha aurora em ti.

Foto de SasukeUchiha

Cidade sem gente

Naquela cidade não havia ninguém;
Não havia absulotamente ninguém;
Havia muitas casas;
E se via luzes nas janelas;
Mas nas ruas não havia ninguém;
Olhei atraves de uma janela e vi que dentro;
Havia uma pessoa;
Mas estava com um deles;
Olhei noutra casa;
Também estavam com eles;
Gostam de estar juntos;
Mais do que com outras pessoas;
Por isso a gente já não sai mais para a rua;
Nesta cidade não há ninguém;
Por isso vou de viagem;
Vou procurar outras cidades;
Gostava muito de poder;
Encontrar alguém;
Mas se algumas vez;
Me encontra-se com uma pessoa;
Que me quisse-se;
Que chegasse a querer-me de verdade;
Então essa pessoa e eu;
Por dificil que nos resoltasse;
Tinhamos de separarnos;
Mesmo assim quero encontrar tal pessoa que me queira;
E com este pensamento;
Hoje uma vez mais;
Me encaminho a outra cidade sem gente.

Foto de Sandra Ferreira

Sem sentido…

Sem ti, sou pó, cinzas, gelo,

Cinzento que passa no céu,

Terra escura e seca, poluído rio,

Mar revolto e solitário…

Noite sem Lua

Reflexo de tristeza, solidão

Rua que percorro sem saída

Em busca da tua mão…

Árvore sem ramagem,

Fruto, água ou vento

Que pouco a pouco vai esmorecendo…

Casa envelhecida

Sem telhado, janelas

No seu interior, falta de vida

Que resplandecia, com alegria,

Que existia no passado…

Quarto, sombrio e gélido

Sem lençóis, edredões

Cortinas, ou tapetes…

Quadro sem moldura

Sem desenho, aguarela

Ausência de alma na tela…

Foto de Sonia Delsin

OS OLHOS SÃO AS JANELAS DA ALMA

OS OLHOS SÃO AS JANELAS DA ALMA

Estes olhos eu fito.
Que bonito!
O que vem lá dentro.
Os olhos são janelas da alma.
Que linda é tua alma, meu filho!
Que linda!
Como eu chorei um dia!
Temi que tua visão fosse perdida.
Que encontrasses dificuldades na vida.
Mas não.
O que te faltava na visão física de outro lado parece que tudo compensava.
E uma graça maior foi obtida.
Um milagre se deu.
Muito da visão Deus te devolveu.
Teus olhos são tão lindos... tão lindos...
E tua alma...
Como eu te amo, meu filho!
Teve um dia que tu eras tão pequenino e eu pensei.
Por que não posso te dar os meus olhos?
Se eu pudesse teria arrancado.
Em ti colocado.
Filho.
Meu filho amado.

Foto de Joaninhavoa

Frenéticos! Tric & Tric

***
**
*
Meus seios de tric e tric
São frenéticos pois então
Querem estar às janelas
E pôr-me a mim em questão
Não!
Só no top less levado à bric
Terão a liberdade ansiada
Vivida aos poucos, elas
Pois quando se põem
Às janelas ficam eriçadas
Em triques de tric e tric
à bric! Elas
Querem saltar
Desgraçadas!

JoaninhaVoa,
In "Não Consigo Resistir"
(08 de Junho de 2008)

Foto de Cecília Santos

POR TE AMAR

POR TE AMAR
#
#
#
Toco as estrelas
do céu.
Acendo-as pra
te alegrar.
Me transformo
em furacão
pra tocar
seu coração.
E um coro de
anjos cantam
Todo dia pra
te encantar.
Desenho no
manto da noite.
O contorno
da lua cheia.
Pincelo de prata
e brilhante.
Pra te encantar
e te seduzir.
Teço véus longos
e negros.
Como as penas
da graúna.
Pra te cobrir
por inteiro.
Quando
fores dormir.
Escancaro
as janelas
Pra a claridade entrar.
Me transformo
em brisa cheirosa.
Pra sua
pele perfumar.
E em lindos
raios de sol.
Pra sua
pele beijar!

Direitos reservados*
Cecília-SP/06/2008*

Foto de Sirlei Passolongo

Te adoro.

Te adoro
Quando olha
Como quem lê
Minhas intenções.
E adoro quando brinca
De senhor de tempo...

Diz pra fechar as janelas
E esquecer as horas
Que nada mais importa
E sorrindo promete
Que irá esconder o sol
E me cobre a cabeça
Me beija sob o lençol...

Te adoro
Quando me olha
Como quem sabe
O que estou sentindo
E me envolve o corpo
De um jeito libertino...
Me faz juras insanas
E brinca de senhor
Do meu destino.

(Sirlei L. Passolongo)

.

Foto de Wilson Madrid

O SÁBIO DESCAMISADO

*
* CRÔNICA
*
*

19:00' de um dia do mes de maio de 2003.

Tróleibus - linha 4113 - Praça da República – Gentil de Moura, São Paulo.
No interior do tróleibus lotado, os passageiros que estão espremidos e em pé enfrentam dificuldades para andar em direção às portas de saída ou para ajeitarem-se no corredor do veículo para dar passagem aos demais.
Faz calor e as pessoas suam. Algumas que estão sentadas cochilam, cansadas por mais um dia de trabalho. Algumas poucas conversam; a maioria segue calada, cada uma refletindo sobre os seus próprios problemas, sonhos ou ilusões.
O trânsito fica congestionado e o tróleibus fica alguns minutos parado, sem poder continuar sua viagem; sem movimento e sem a ventilação natural das janelas, o calor e o desconforto aumentam.
De repente, na calçada, surge um homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada; aproxima-se da lateral do tróleibus, olha para os passageiros, sorri um sorriso meio desdentado e irônico e começa a cantar, com uma melodia original, toda própria dele: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz....”.
Como o tróleibus demora a partir, ele repete várias vêzes os mesmos sorriso e refrão: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz...”.
Os passageiros começam a se entreolhar. A maioria continua séria. Duas moças ao meu lado não resistem e dão risada e eu, também não resistindo, comento contente: "é Zé Ramalho... ele conhece..."; elas não comentam nada, continuam felizes e continuam a sorrir. O tróleibus parte, o mendigo desaparece das nossas vistas e todos voltam para os seus pensamentos, alguns, talvez, refletindo sobre significado do ocorrido.
Eu, de minha parte, fiquei curioso em saber o que passou pelas cabeças daquelas pessoas, principalmente daquelas que riram... Será que elas riram do mendigo? Será que elas riram da situação? Ou será que riram para disfarçar a vergonha? Afinal de contas aquela linha serve apenas bairros de classe média e muitos passageiros trajavam terno e gravada e muitas passageiras também estavam elegantemente vestidas. Será que, apesar de muito conhecida na época em que foi tema da “novela das oito”, conheciam a canção “Admirável gado novo” do genial Zé Ramalho, poeta, profeta e cantador da Paraíba? E mesmo que tenham acompanhado a novela e conheçam a canção, será que elas já tem consciência de "que fazem parte dessa massa, que passa nos projetos do futuro"; e de que "é duro tanto ter que caminhar, e dar muito mais do que receber"?
Tive que me conformar em ficar sem respostas quanto à essas dúvidas, porém, apesar de saber que infelizmente eu provalvelmente nunca mais voltaria a vê-lo, fiquei com a certeza de que, ao contrário do que alguns cidadãos de terno e gravata e algumas cidadãs elegantes que viajavam naquele tróleibus, o homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada, dormiria tranquilo e despreocupado, naquela noite fria que se anunciava, num canto qualquer de alguma praça de São Paulo, tendo por travesseiro a sua consciência e por cobertor a sua sabedoria...
O tróleibus continuou sua viagem e uma última dúvida me surgiu: será que, além de considerá-lo louco e engraçado, algum dos passageiros percebeu, na figura daquele homem, crucificado pela nossa injustiça social, uma das faces pelas quais Jesus Cristo se faz presente atualmente no meio de nós?
Chego ao meu destino, desço do tróleibus, caminho pela avenida Nazaré e sinto, finalmente, uma suave e refrescante brisa, que me faz usufruir de uma pequena amostra do maravilhoso efeito do desfraldar da bandeira branca da paz...

Foto de Renato Vieira

Caminhos

" A porta fecha-se atrás dela enquanto o vestido ondula.
Como uma visão, ela dança no jardim enquanto o radio toca.
Talvez estejas a cantar para as almas solitárias, então é para mim!
E só te quero a ti, não me mandes para casa outra vez, não consigo enfrentar a solidão outra vez..
Não corras para dentro de casa, querida, sabes porque estou aqui...
Talvez estejas assustada, e penses que não vale a pena, mas mostra um pouco de fé, a noite está magica, bem sei que não sou perfeito, mas estou aqui por ti...
Podes esconder-te nos lençóis da tristeza e estudar a tua dor, marcar cruzes pelos apaixonados, ou mandar rosas para a chuva, desperdiçar os teus Verões, a rezar em vão por um salvador que apareça do nada!
Okay, sei que não sou um herói, mas isso até é compreensível, a redenção que te posso oferecer vai para além do amor...

Temos uma hipótese de fazer bem desta vez, que mais podemos fazer agora?
Excepto abrir as janelas e deixar que o vento nos varra a face, a noite abre-se a nossa frente e podemos caminhar para qualquer direcção, esta é a oportunidade de tornar isto real, trocar estas mágoas por asas, e seguir, porque o paraíso está bem a nossa frente.
Então querida, vem tomar a minha mão, vamos navegar hoje à noite para chegar à terra prometida..."

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