Janelas

Foto de Cecília Santos

DUAS VIDAS

DUAS VIDAS
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Vivo duas vidas, uma que é real,
e outra imaginável.
As vezes em meus pensamentos
tudo se emaranham.
Meus sentimentos, se confundem já
não sei qual vida estou vivendo.
A vida imaginada é tão mais simples.
Me permite sonhar, devanear,
flutuar por entre as nuvens.
Viver coisas que só no imaginável
é possível e permitido.
E divagando nos meus devaneios
ainda consigo sonhar, ser feliz.
A vida real é cheia de percalços,
com realidades nuas e cruas.
Mas é a vida que tenho que viver!
Não posso fechar as janelas
dos meus olhos.
E deixar aberta somente as janelas
da minha alma.
Então intercalo minhas duas vidas.
Quando quero somente o imaginável,
procuro dentro de mim a alma sonhadora.
Que consegue sorrir em vez de chorar.
Que consegue ouvir musica suave em
vez de lamento.
E quando ouço a voz da razão à me chamar,
abro meus olhos pro mundo verdadeiro.
Duas vidas tenho eu...!!!
A vida que eu queria mesmo, se desfaz
como bolhas de sabão no ar.
Fico com a real, pra poder viver.
Pois pra viver é impossível só de
sonhos se alimentar...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/02/2008*

Foto de Thiers R

> Receios de uma sinfonia <

Receios de uma sinfonia
ThiersR>

receio que a folha tingida
na parceria da vida
leia meus pensamentos
encante Prokofiev
in sinfonia concertante
receio que recantos
abram-se nas janelas
mostrem letras vividas
perdidas
que moram em mim
entreguei-me às palavras
música abandonada
no tilintar do gelo
balançado ao copo
sempre que abordas
meu lado esquerdo
coração cristal
oração carnal
perdido sentimento
envolto na pétala primavera
que mora em meu jardim

Out2007>

>

Foto de Ana Botelho

QUAL UMA VELHA CANÇÃO

QUAL UMA VELHA CANÇÃO

Quem é você que passeia nos meus sonhos,
Transeunte disperso, nessas estradas virtuais,
Pisando tão forte, como se marcasse o compasso
De uma infindável canção, com seus bemóis colossais.
Que tem você nesses olhos, que me despem,
Quando pousam sobre os meus pensamentos
E me levam a cantar, no mesmo tom que o seu,
Os acordes trazidos pelas ondas dos tempos.
E por que eu sempre quero a essas teias voltar ...
Já sei... é que em êxtase, sinto que a vida se aspira,
E é irremediável a vontade de não mais acordar,
De novo, isenta das alegorias, desprovida de liras.
Fechemos então as janelas da alma para sermos um só,
Deixando que apenas a chuva, lá fora, se lamente
Num tristonho, mas balsamizante noturno de Chopin,
Pois que nesse devaneio viajo...sinto-me muito bem...
Vem o sol, que reluz como se bordasse em ouro
As cortinas do meu quarto, e, desperto ao ver
A minha realidade...nas paredes, os ecos me ensurdecem,
São ainda os seus passos atordoando o meu ser.

Foto de Rosita

DITADOS POPULARES EM POESIA

“A voz do povo é a voz de Deus”
Mas “toda regra tem exceção”
“Andando sem eira nem beira”
“Uma andorinha só não faz verão”

“Conselho e rapé toma quem quer”
“Quem está na chuva é para se molhar”
“Quem pergunta quer saber”
“Antes quebrar que dobrar”.

“Pimenta nos olhos dos outros é refresco”
“Panela no fogo é sinal de barriga vazia”
“Uns com tanto, outros com tão pouco”
Enquanto para mim “casamento é loteria”

“Quem canta seu mal espanta”
“A boca fala do que está cheio o coração”
“Mal com ele, pior sem ele”
“Palavra fora da boca é pedra fora da mão”

“Águas passadas não movem moinhos”
“Os incomodados são os que se retiram”
“Quem mal começa, mal acaba”
Pois “as aparências enganam”

“Os olhos são as janelas da alma”
“A água corre para o mar”
“Mais devoção e menos coração”
“Quem oferece não quer dar”.

“Quando um não quer, dois não brigam”
“Mais vale vergonha no rosto que mágoa no coração”
Uma “paixão cega a razão”
“A pressa é inimiga da perfeição”

Rosinha Barroso
03/02/2008

Obs.: Estes ditados populares foram copiados de sites da internet, apenas os transcrevi conforme estão escritos entre parênteses.

Foto de Marcelo Roque

As duas faces

A palavra que lhe faz sofrer ...
Dita a mim, pode causar prazer ...
O olhar que tanto lhe amedronta ...
Talvés me desperte um sorriso fraterno ...
A chuva que serve para lavar o seu carro ...
Também pode cair para lavar minh’alma ..
O pouco dinheiro que mal paga seu almoço ...
Talvés ainda sobre, depois que eu pagar por minha liberdade ...
O medo que tranca suas portas ...
Pode me dar a vontade de abrir as janelas ...
E o choro incontido de sua desilusão ...
Pode ser o princípio do nosso eterno amor ...

Foto de Carmen Vervloet

VÁ... SEJA FELIZ!

VÁ... SEJA FELIZ

Toma jeito, coração...
Bate calmo... Devagar...
Não me deixe demonstrar
O que meus olhos
Insistem em confessar...

Não posso entregar meu segredo...
Já sofri e tenho medo...
Ele vem... Promete... Promete...
E a velha estória se repete!

Um dia de céu anil...
Suave lua a deslizar...
Palavras de amor... Toque sutil...
E depois, só tristeza a chorar...

Chega de decepção...
Tenho que usar a razão...
Detesto desilusão...
Quero a rosa felicidade...
Não suporto mais insanidade...

Vá... Siga seu caminho...
Busque outros carinhos...
Encontrarás outro sorriso...
Outra boca... Outro riso...
Novo porto... Quiçá o paraíso...

Deixarás comigo uma grande mágoa...
Meus olhos rasos d’água...
Busque auroras inebriantes...
Deixe comigo a dor deste instante...

Busque uma nova companheira...
Eu fui um sonho que acabou...
Abra portas... Janelas... Ultrapasse fronteiras...
Olhe o sol que ilumina um novo caminho...
Inspire este puro ar marinho...
Guarde o pouco que restou!...

Não olhe para trás
Eu te peço, por favor!
Fui apenas o curinga do seu ás
E não quero nunca mais
Sofrer a dorida frustração...
Ferir o meu coração...

Siga em frente... Busque outra aurora...
Ouvirás meu adeus na voz do vento...
Esqueça o meu amor... Vá embora...
Quero ficar só com os meus sentimentos...
Quero passear pelo nosso jardim...
Quero regar a nossa roseira...
Quero poder respirar enfim...
Quero lavar a acumulada poeira...
Que me cegou... Que me anulou
E me fez uma triste prisioneira...

Vá... Seja feliz!
Agora sou mestra...
Mas fui, um dia, aprendiz!

Carmen Vervloet

Foto de Cecília Santos

ORVALHO MATINAL

ORVALHO MATINAL
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Olhos flamejantes.
Derramam lágrimas de dor.
Avassalador tormento,
Que não dá trégua.
Tira a alegria, desfaz os
Sonhos mais bonitos.
Vertendo copiosos
Sentimentos reprimidos,
dissimulados.
Turva nuvem, que desaba
feito um dilúvio.
Tornando a vida uma
densa bruma.
Que impede de ver a vida
exatamente como ela é.
Véu de leve transparência.
Que cerra as janelas d’alma
Acolhe dentro de si todas
As dores do mundo.
Acalenta, e embala.
Até que a tempestade passe.
E a vida retome sua rotina
normal.
Com suas agruras e incertezas.
Com suas dúvidas e sorrisos.
Com suas lágrimas, feitos pingos
de orvalho matinal.

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2008*

Foto de Coyotte Ribeiro

Desalento

Pouco mais de sete horinhas meus olhos não cessaram,
A noite foi longa e per turbante nesta data.
De janelas ao norte a lua cingiu-se de tristeza,
Sufocando o meu pedido de perdão.
Já não merecia mais o seu carinho
Neste mundo virtual, já estamos à distância.
Sem teu carisma casual não posso viver.
O céu chorou o meu pecado.
Lágrimas lavaram a minha angústia,
Ainda que desejei não te magoar.
Não me dei o direito de te amar
Mas tu me ensinas-te a te desejar.
Voltei no tempo, o passado fui gratificante.
Embora não tenha sido melhor.
Observei cada palavra que dissera.
Das que recitei só uma frase resume esse amor,
Ainda que não sinta o meu calor.
A madrugada do meu desalento.
Sobrevivi em lamentos.
Nada é como quero, ou com tu desejas.
As atitudes de um velho eu,
são mais do que simples sentimentos.
Não há provas que definem ao certo
o arrependimento.
Mas há em alguém por perto
O amor profundo e sincero
Capaz de vencer toda angústia
Enxugar-me as lágrimas.
Dosar as próprias mágoas.
E na plenitude de sua nobreza
Declarar como antes.
“Sem noção, ninguém nunca saberá o quanto
Eu te amo. Não há explicação.”
Com muita emoção digo em certeza
Que tu és a mulher amada por excelência
Nada que tenha displicência,
Será capaz de obstruir o futuro.
Te amo mais que tudo.
e se for preciso transladarei o mundo
à não permitir que teu sorriso
seja apenas o início
mas o contínuo prazer
dessa grande obra de arte de amar
sem ter medo de perdoar!
Em humilde suplência
Te amo meu amor!!

Por MJPA

O coração de um Coyotte

Foto de Sonia Dias de Freitas

LAR COM MUITO AMOR

Nasci em uma casa, com portas e janelas brancas...
Mamãe e papai trabalhavam muito...
Mas sempre com tempo para nós...
Lembro-me do padre Quirano...
Era o padre da igreja do bairro...
Sempre fui muito feliz...
Nunca soube o que era desamor em família...

Cresci e conheci a hipocrisia...
A falsidade entre seres humanos...
Mas meu caráter já formado... Nunca mudei meu jeito de ser...
Afinal caráter se trás de berço...
Hoje já madura ensinei meus filhos tudo que aprendi...
E acho... Que me sai muito bem...
Hoje os vejo, passarem para meus netos...
Tudo que aprenderam, seus valores...
Aprenderam que acima de tudo, prevalece o AMOR.

SoniaDias

Foto de myrian

Contraditória

Sou contraditória dentro das palavras
mortas, vazias,
da lágrima do culpado
da benção do inocente.
Dentro do meu castelo
sou o fantasma que teve medo.
Medo da morte.
Arrasto as correntes
tento escapar das masmorras
das janelas com grades.
Meu corpo estremece em convulsões,
minha alma parte em busca das paixões
perdidas.
Do outro lado da lágrima
está a mão estendida
mas inalcançável.
Quantos infernos terei que suportar
nesta invisibilidade psíquica?

Myrian Benatti

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