Meu corpo inerte trava um sono insistente
meus olhos já cansados lutam em manter-se
abertos querendo manter viva tua imagem
em minha memória enfraquecida
apenas fragmentos insanos de uma miragem
sinto minhas pálpebras que teimam em
fechar cobertos pelo peso das lágrimas
que insistem em cair sem medo
são gotas densas em devaneios que delas tento fugir
em meus olhos molhados sinto toda a ardência
o calor febril de meu corpo que nesse instante
sente e clama tua ausência
tento achar uma explicação plausível
dessa paixão que parecia ser eterna lírica
estou fatigada e como numa batalha
sinto em meu peito a dor aguda
estática fico muda.
nesse silêncio mortal
ultrapasso mares montanhas e céus
desse amor que me corrompeu
desde o dia que em meu corpo no teu se perdeu
fecho meus olhos num sono profundo
aonde esqueço que faço parte desse mundo
adormeço a saudade de ti nesse momento.