Leite

Foto de Costa e Abrantes

Latina

Latina

Ah! Minha latina
De uma cor que eu não gostava
Estava vestida
A cor era roxo,
Contudo, era com ela que me impressionara
Consolava-se com um objeto análogo a um pênis
Deixava-me mui quente
E era só de olhar
Ver, persistir e anelar
"Oh! Baby"
Ela dizia,
Ela gemia
Gozo da cor do leite,
Dela emanava
Era surreal
Não parava
O vento soprava
Exauria-se em contato com o fogo,
Com a chama que dela vinha
O clitóris era o seu ponto mais aquecido
Queimei-me só de imaginar
Com a boca estimular!

Foto de Riva

A VOZ DO POETA

A VOZ DO POETA

Versifica o amor com o coração tão sentido!
Ó poeta! Deus das rimas e flórido trovador!
Das palavras faz o verso mais compungido,
Para na espectativa lenificar sua grande dor.

Os seus poemas são magias para o ouvido,
Quem os declamam, embriaga o sonhador,
A arte das trovas lhe faz o grande querido,
Rapsodo e arauto do mais piançado amor.

Pervaga por entre as estrofes, adormecido,
Fazendo do soneto seu romântico sedutor,
Flui o pensamento nas estrofes, absorvido
No versar sensível que o torna encantador.

Os céus inspiram-no, e o faz o enternecido,
Expondo no seu cântico o aedo devaneador;
Lirismo, a expressão imo por haver ele vivido
A estesia dos versos, na voz do declamador!

Rivadávia Leite

Foto de Riva

QUERIDA PROFESSORINHA

QUERIDA PROFESSORINHA

Iluminada propedeuta que ensina as criancinhas a ler,
Sagrado mister que a vida te oferendou como missão;
As adversidades da tua caminhada fazes com prazer,
Em genuflexo agradeces com a mais profunda emoção.

Quantas noites indormidas em solidão via-se escrever,
A matéria do dia seguinte com tanto amor e dedicação;
Em sala de aula tuas olheiras não deixavas transparecer,
O cansaço que administavas na mais perfeita encenação.

O giz era tua ferramenta que tanto fazia-te enautecer,
No quadro-negro que ornava de branco toda tua mão;
O pó que cobria toda a tua roupa dignificava o teu ser,
Em prol de tantas crianças que dedicavas teu coração.

Ah, professorinha! Linda és como todo o amanhecer!
Espelho de conduta para esta nova e esvelta geração,
Brilhas no universo das docentes com talento por ser,
Uma notável mulher que doou a sua vida por devoção!

Rivadávia Leite

Foto de José Herménio Valério Gomes

O QUE NÂO ESCOLHI SER

DEIXA-ME ESCREVER O QUE SEI
SOBRE ESTE MUNDO COLORIDO
COM MENOS CORES QUE EU IMAGINEI
DEIXANDO-ME PENSAR ,QUE NEM TUDO ESTÀ PERDIDO

SABES QUE QUANDO NASCEMOS ACEITES
NUMA SOCIEDADE DE VALORES AFIRMADOS
SOMOS LEVADOS COMO LEITÔES DE LEITE
PARA CRESCER ,NUM ILUSIONISMO ORQUESTRADO

NASCI COMO A PALAVRA IMPARCIAL
E A VISÂO PARA O MEU MUNDO ,ERA A MAIS CERTA
ATÈ SABER, QUE ME DEIXEI INTEGRAR NO TEMPO
POR ALGO QUE TENTEI, RECUSAR DENTRO DO ALERTA

...GOSTAS DE OUVIR MUSICA
...GOSTAS DE QUALQUER DISCURSO
...ENCONTRAS NOME PARA A TUA MUSA
...E ESCREVES UM LIVRO TÂO CONFUSO

NÂO ESTÀ CERTO ESCONDER O SOPRO
DE QUE FALAMOS E NÂO TEM ALIVIO
DEVENDO AINDA AGRADECER,POR NOS DAREM UM CORPO
PARA CONTINUAR A ELIMINAR CORES,AO MUDAR RUAS DE SITIO...

(zehervago 25/03/2014)

Foto de Riva

CIMÉRIA NEGRIDÃO

CIMÉRIA NEGRIDÃO

Projetei em minh’Alma o sentimento que tanto desejava.
Ao fimamento supliquei para que me fosse ele outorgado.
Prazeres momentâneos de emoção era o que encontrava,
Negridão ciméria, amiga inseparável desse vil desgraçado.

Pelas avenidas do mundo, minha estrela já estava traçada,
Caminhando à ermo em busca do supremo amor almejado;
Tudo foi um sonho! Perdido estava nessa perversa estrada,
Meu coração em dores carpia, no talante em ser consolado.

Ah, Senhor! Como dói a perfídia d’uma mulher desalmada!
Pago por este nefando tributo, sem nunca haver reclamado.
Odisseia desta minha vida afetiva, foi uma ledice enunciada;
Foi eu um pária de um romance mais fascinante e inusitado.

Destinatária de amarguras! Infernal deusa que é idolatrada!
Pares seus de infortúnio aclamam-na por haver conquistado...
Vítima falseada que se via em retidão e de pureza irrefutada.
Ah, mulher! Somente a Deus seu pecado pode ser perdoado!

Rivadávia Leite

mrxriva14@hotmail.com

Foto de Rosamares da Maia

Produtos da Indiferença

Produtos da Indiferença

Nas sombras proliferam criaturas medonhas,
Amontoadas, escondem-se, defendem-se,
Prontos para atacar, mostram os dentes,
Brancos dentes de leite. Por pouco tempo.
Em breve, serão caninos cariados, afiados.
Maternidades espúrias, profanas, sem sentido,
Tal impunidade custará ao futuro, em vidas.
As hediondas criaturas povoam as ruas,
Como se direitos lhes coubessem!
São matilhas solidárias que procuram.
Juntas, dividem o produto da sua pilhagem.
Comem como cães vorazes, roem como ratos.
Escondem a magra nudez em trapos,
Refestelados em camas de papelão,
Enganam o frio e o estomago, na cola de sapatos.
São produtos da miséria, forjados pela dor.
Sem escola, cinema, remédio ou pipoca.
Morrem e se reproduzem prematuramente.
Nasceram crianças - meninos e meninas,
Se ainda ousam sonhar, é difícil saber.
Mas têm rostos, olhos que refletem verdades.
Olhos frios, sob viadutos, em baixo dos tapetes,
Dos palácios fartos e dos luxuosos gabinetes,
Providencias e decisões em cima do muro.
Muros de nababos, vergonha da Nação.
Não são cães, nem ratos, apenas uma matilha solitária,
Matilha invisível de quem não tem nomes - “Excluídos”,
Que gritam com fome e rangem dentes, causando medo,
Mas não são cães nem ratos! São Homens...
Meu Deus! ...São Homens!

Foto de Riva

NOITES DE SERENATAS

NOITES DE SERENATAS

Noites de serenatas, tempos idos que pranteiam,
Magistrais menestréis com suas modinhas ao luar,
Violões sonoros com seus belos acordes deleitam,
Fascinantes donzelas que se faziam ouvir e cantar.

Valsas fagueiras eram poemas de encantamentos,
Sob o breu da rua escampada, versos a declamar,
Momentos romanescos de regozijos e acalentos,
Em noites olentes e orvalhadas à seresta aclamar.

Janelas se abriam para escutar o canto melodioso,
Dos trovadores com seus soantes pinhos a dedilhar,
Fulvos raios lunares aplaudiam em gesto afetuoso,
As madrugadas frias e calmas do seresteiro a trovar;

Expressão do romantismo em espetáculo suntuoso,
Das líricas cantigas de amor, sempre hei de lembrar.

Rivadávia Leite

mrxriva14@hotmail.com

Foto de Riva

NAMORO NA INFÂNCIA

NAMORO NA INFÂNCIA

Sentimentos residuais de um amor noutrora,
Flutua no meu íntimo átimos em recordação,
Prestante memória que faz sentir tudo agora,
Romances quando criança! Propícia emoção!

Ah! Minha meninice! Como é bom te lembrar!
No colégio... lápis, borracha, e o bilhete à mão!
Para a pretensa amada na carteira apanhar
O recado lírico ditado pelo seu afável coração.

Cruzavam olhares para o namoro referendar,
Num gesto singelo do párvulo em retribuição,
Ao carinho da amada a conquista consagrar,
Tudo era encanto daquela graciosa geração.

Hoje, relembro com saudades e o meu pesar,
Por ser tudo diferente à época da namoração.

Rivadávia Leite

Foto de Arnault L. D.

O livro das Histórias

Doce manhã, que espelha
esta minha alma fria
e me faz nela contido,
na bruma, que acolhia.
Vago, se noite o alvor lido,
se o canto é noturno ouvido.

Doce voz das lembranças,
de espelhos e andanças,
que parte-me noutros de eu,
em laminas, casos, papel.
a somar paginas, broquel,
livro das opções ao breu.

Seu frio beijo, de gelo,
abrasa-me a pele crispada
e a saliva, por selo, sua
espreguiçada em meu cabelo,
qual garoa à pele, sou-a.
A voz, ensaia... mas, não soa...

Lusco fusco, negra aurora,
ir-se embora e o outrora,
qu’inda mora... vir a loa,
breve zás de eternidade,
em verdade é a saudade...
A grade implode, a alma voa!

Eleva... levo, partes de céu,
uns tantos de Lua e miragem,
de olhos, de boca e imagem,
frias manhãs, noites ao léu,
de mar, de Sol e paisagem,
sabor de leite, amor e mel...

Rompe aurora... a bruma sega,
aguda, a luz corta o jardim.
Estrelas que findam no dia,
exílio profundo, as renega.
A fria manhã, é o confim
do ler das paginas de mim.

Foto de Riva

NAMORADOS DE OUTRORA

NAMORADOS DE OUTRORA

Noite calma, o silêncio orquestrava aquele lugar,
Um recanto bucólico para o amante em exultação,
Na dileção da donzela se enleava em conquistar,
Nos bancos da praça, a preferida do seu coração.

Eram flertes bem velados, um poema a declamar,
Ritual dos enamorados, a mais viridante sedução.
Do coreto se contemplava os casais indo passear,
De mãos-dadas e em pares, iam em toda direção.

Lirismo de uma época que hoje passo a lembrar,
Deste lindo amor poético em grande veneração,
Havia encanto, havia beleza, uma união a fulgurar,
Era o tempo das pucelas, convictas por devoção,

Nostalgia da pureza, da cândida virgem ao altar,
Vestalinas de agora! Por que esta transformação?!

Rivadávia Leite

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