Leite

Foto de Sonia Delsin

GAVETAS ABARROTADAS

GAVETAS ABARROTADAS

Quem me dera pudesse trancar e jogar as chaves fora...
Quem me dera!
Por que as gavetas d’alma ficam tão abarrotadas?
Por que não vamos esquecendo tudo à medida que caminhamos?
Por que lamentamos?
Pelo leite derramado...
Por tudo que achamos que deu errado.
Por que ainda machucam algumas marcas do passado?

Foto de Teresa Cordioli

A mais pura magia...

*
A mais pura magia
Teresa Cordioli
*

Acordo ao sonhar que estou em teus braços
E me pergunto: Porque nossa cama está vazia,
Se há muito estamos presos por um laço
O que fez do nosso amor a mais pura magia...

Levanto e desse pesadelo logo me desfaço
Ao vê-lo na cozinha sorrindo na maior alegria
Dizendo: - Hoje, o café sou eu quem faço!
Fico muda, para que não perceba minha euforia.

Senta-se ao meu lado e eu permaneço calada
Enquanto me serve, pão com mel e coalhada
Leite quente, cereais, frutas e banana assada.

Apenas sorrio lanço-lhe um olhar de desconfiada
De que o preço do café será uma nova jornada
Da mesma de ontem, que durou até a madrugada...

Foto de Glayson

PRECISO DE TI.........................

Preciso de ti ...............

Preciso de ti como o poeta precisa da poesia
Como o banco precisa de dinheiro
Como o carro que precisa de combustível
Como o meu corpo deseja alimento

Preciso de ti como a noite precisa da lua,
Como o pescador precisa do mar
Como a letra precisa da musica
Como a sede precisa de água.

Preciso de ti como o palhaço precisa de graça
Como o recém nascido precisa de leite
Como o jogador precisa da bola
Como o corpo precisa de sangue.

Preciso de ti, e isso é tudo,
Você satisfaz meus desejos, me completa por inteiro, é
Minha sombra num dia de sol escaldante
Minha fonte de prazer inesgotável

Preciso de ti, porque só em ti encontro
Descanso, abrigo, alimento, amor, prazer e felicidade
Preciso de ti, porque só em você me completo de verdade
Por que só nos seus braços é que sou homem de verdade.
Preciso de ti.................................

Foto de ALAN-ORNELAS

CULINÁRIA NA TV

CULINÁRIA NA TV

Autoria: Alan Sergio Maia Ornelas

Não sei se é por ironia,
Não sei se é por gozação,
As receitas culinárias, todo dia,
Apresentadas na televisão!

Creme de leite, polvo, lula e mexilhão,
Alho poró, ervilha e molho bechamel,
Picles, couve-flor e coquetel,
Numa cozinha que parece uma mansão.

Bife à rolë, alcatra, filet mingnon,
Pitú, pistola e sete barbas,
Lentilhas, rabanetes e alcaparras,
Conservas de palmito e champingnon!

Ingredientes ditos na televisão
No horário do almoço muito pouco
De um povo que já anda quase louco
Ao lutar por um prato de feijão!

Esse povo, pobre povo, proletário
Já anda por seus sonhos perturbado,
Já tem o estomago ulcerado
Pela fome e falta de salário.

As receitas vem ao pobre achincalhar
Despertando nas crianças o esperneio,
Pois se iludem no infante devaneio,
Seduzidas pela máquina de sonhar!

Foto de Dirceu Marcelino

SAÍDA C/ DESTINO A FESTA DE S PEDRO EM VITÓRIA - Hom. a MARIA GORETTI - IV EVENTO LITERÁRIO 2008 - "É com nóis memo cumpadé"

Óia qui hoji nóis si acaba!

É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!

Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!
Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.

Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!
Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.

Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?
I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:

Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!

Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!
I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.

Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.
O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.

Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.
Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.

Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.
Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.

Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.

Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 24/06/08

***
Ó, MINAS GERAIS!

Paulo Gondim
02/12/2007

As montanhas sinuosas
Cortam o horizonte,
Num Belo Horizonte
De cores naturais
De águas cristalinas
Dos olhos das meninas
Das Minas Gerais

Terra de ouro, de esmeraldas
Terra das riquezas
De encantos, de belezas
De sua antiga história
De gente tão hospitaleira
Essa gente bem brasileira
De rica e fina memória
Minas de mil poetas

De revolucionários
De casarões centenários
“Quem te vê não te esquece jamais”
Quem te visita se apaixona
Quem nasce aqui não te abandona
E Canta: “Ó, minas gerais!”
***********************************
Dedicado a todos os Poetas Mineiros, representados na pessoa de Frederico Salvo

Foto de Maria Goreti

Óia qui hoji nóis si acaba!

.
.
.

É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!

Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.
Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!

Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.

Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?

I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:
Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!

I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.

Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.

O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.
Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.

Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.
Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.

Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.

Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.
Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 24/06/08

Foto de carlosmustang

...FREUD AINDA NÃO TERMINOU...

Morro de ciúmes porque
Você nunca esticou, a coberta
E encobriu as minhas orelhas
Até então, gélidas!

E meu leite tão morno
nestes seios límpidos
De tanta perfeição
Me torno prurido

De sensações eternas
De pureza e paladar
Você é tão única...

E estarei tão quente, no meu peito
sereno e satisfeito
Até o gélido, JAZ.

Foto de Maria Goreti

IV EVENTO LITERÁRIO DE 2008 ("É COM NÓIS MESMO CUMPADE")

.
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ÓIA QUI HOJI NÓIS SI ACABA!

É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!

Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.
Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!

Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.

Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?

I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:
Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!

I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.

Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.

O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.
Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.

Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.
Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.

Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.

Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.
Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 24/06/08

Foto de Wilson Madrid

DOCE REFÚGIO AZUL E AMARELO

*
*
*
*
Pela janela do quarto o vento entra e sai,
refrescando o jardim e esvoaçando a cortina...
Logo mais, bem ali em frente, o mar vem e vai,
com suas ondas espumantes acariciando a areia fina...

O elo do azul e do amarelo se agita e gira de alegria,
Soam os sinos anunciando a tão esperada alforria...
Fecho os olhos e a tua divina imagem se descortina:
Um anjo azul, uma linda mulher, uma doce menina...

Chovem as pétalas das flores astrais desse querubim...
O girassol tão amigo me contempla e me sorri,
a rosa azul, rara e confidente, pisca para mim...
E a paz do copo de leite aquece o frio do vazio que senti...

Envolto nessa inspiradora e tão adocicada sensação,
levanto e alço vôo ao teu encontro nas asas da poesia...
Mergulho no azul do céu refletido no mar da minha emoção
e encontro finalmente o doce refúgio que eu tanto queria...

Nos carinhos dessa doce ternura que me revitaliza,
da musa inspiradora da poesia que me sensibiliza,
da luz cintilante do meu caminho e do meu ninho...
Da namorada querida deste poeta azul passarinho...

E enfim escudados pelo azul do mar e pelo amarelo do sol,
semeamos e colhemos amor no jardim do nosso lençol ...
Sendo tu a minha amada, linda, colorida e perfumada flor
e eu o teu amado, dedicado e feliz poeta beija-flor voador...

Foto de Wilson Madrid

BAILARINO TRAPEZISTA

*
*
*
*
Ele é um grande artista,
um bailarino trapezista,
que dança entre as flores do jardim
e sempre se equilibra como um serafim,
entre os perfumes da rosa, do lírio e do jasmim...

Ele é um enamorado contumaz,
um voador ligeiro, ágil e fugaz,
que convive com as flores mais lisonjeiras
e se encanta com suas belezas faceiras,
naturais, exóticas e passageiras...

Ele é um amante apaixonado,
um galanteador de toda flor que surge ao seu lado,
que abana suas asas para refrescar a querida
e que sussurra às suas pétalas sua intenção já decidida:
beijo muitas, mas você é a preferida...

Ele é um jardineiro dedicado,
um floricultor que trata todas suas amadas com cuidado,
que planta no peito da margarida o cravo fulgurante,
aquece a azaléa com o girassol brilhante
e sustenta a orquídea com o copo de leite espumante...

Ele é um ecologista fanático,
um vegetariano, esotérico e enigmático,
que faz qualquer botão florir sem sentir dor,
que flutua nas cores do arco-íris do amor
e atende pelo nome de beija-flor...

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