Longe

Foto de ddi

Novo percurso

Eram nove horas. O sol ainda se punha, cruzando o mar bem longe numa mistura de laranjas e azul. Um dos acontecimentos que a faz sentir-se com sorte por poder presenciar. Observava no cimo de uma rocha, bem alta desde o mar, com o seu vestido branco.
Era um momento de reflexão... Talvez de evocação de lembranças. Passaram-lhe várias imagens pelo pensamento: momentos que viveu e que ainda perduram. Caiu-lhe uma lágrima.
Sentia-se apenas acompanhada pela brisa que de vez em quando passava agitando os seus cabelos e o seu vestido que contrastava com a pele, agora, morena.
Gostava de poder voltar a viver de novo o que viveu, sentir o que sentiu, dar o que deu, receber o que recebeu, amar como amou.
Por momentos achou tudo isso possível, mas... o vento deixou-a sozinha. E quebrando o momento, tirou o seu vestido e com um sorriso maroto, aventurou-se pelo céu em direcção ao mar, saboreando o momento da queda, apenas consigo mesma e com o vento que decidiu voltar para a acompanhar no seu novo percurso.
Mergulhou no mar, como quem já treinava este salto. Sentiu a água agradavelmente fria no seu corpo nu, e debaixo de água, como se existisse uma câmara de filmar atrás de si para quem a observa, olha para trás e sorri...
Só faltava a música de fundo.

Foto de Sal

duplicidade de sentimentos

Antes demais olá a todos.

Estive ausente por um largo periodo, devido a têr estado dee férias e não só, ultimamente tenho andado demasiadamente ocupado com muito pouco tempo para escrever e para ter inspiração tambem para tal. Mas como este é um site de poemas aqui vai um que escrevi hoje.

Alegria e tristeza
Proximidade e distância
Dúvida e certeza
Uma dura beleza

Angustia, melancolia solidão
Sem ti sinto ser tudo em vão
As forças me abandonam
Em ti minhas fés renovam

Como uma realidade irreal
Tudo tão glorioso, tudo tão banal
Tão perto e tão longe
Esperança que vem e que foge

Quando olho o céu
Teu belo rosto vejo
Lindos olhos negros debaixo do véu
Teus lábios me pedem um beijo

E imagino e me transporto
Para junto de ti meu amor
Pois já não suporto
Esta tristeza e dor

Que é só te ter nos meus sonhos
Em dias Cor-de-rosa e cinzentos
Feitos de ouro feitos de lamentos
Pois meu amor assim são os meus sonhos

O quão bom é poder abraçar-te, tocar-te
como sinto teus lábios ao beijar-te
Sentir a vida pulsar em ti, no teu coração
Nossos corpos num turbilhão
Sentir nossos corações ritmados
Em duas almas numa sintonia enamorada

Mas tudo não passa de um sonho louco
Um querer tão forte de te ter ao meu lado
Se bem que tal sonho me alente um pouco
Sabe tão a pouco seguir sozinho meu fado

Todos os sonhos acabam
Há que acordar e enfrentar Mais um dia
de um calmo desespero que só finda
quando a hora de sonhar principia

Foto de Lu Lena

EM BUSCA D'ALMA GÊMEA...

Perdoa-me...

Por essa falta de jeito
de entrar em tua vida
assim...
atrevida e sem freio
juntando fragmentos de
nós dentro e fora de mim...

perdoa-me...

por essa busca insensata pura e tão certa...
nesse coração descompassado que jaz em alerta
num desejo devasso que em chamas queima por ti
em meu corpo vazio risca em fagulhas frementes de
fogo com pedaços quebrados de giz...

perdoa-me...

pelos dias intermináveis e nas noites escuras e frias
onde vagueio desnuda na imensidão sem rumo e sem direção
descansando nos astros nas estrelas e na lua e seu clarão
tentando aquecer meu gélido e inerte coração...

perdoa-me...

por essa leviandade um tanto pueril que aos teus
olhos possam parecer uma utopia uma viagem uma loucura
mas que em mim desnorteia corpo mente e alma
em muitas vidas sigo ao léu em tua procura...

perdoa-me...

pelas lágrimas densas que caem dos meus olhos marejados
quando em minha introspecção te busco num labirinto emaranhado...
e encolhida num breu estática e fragilizada vejo-me num poço...
tento te alcançar, mas estás tão perto e tão longe...
e muito além do flash de luz que aparece no horizonte...
em sonhos letárgicos sei que pensas em mim agora...
e vivencias comigo momentos tórridos e insaciáveis de outrora...

Perdoa-me...

por pensar que um dia em meus braços te terei...
será querer muito nessa vida contigo ser feliz?
ou tudo isso não passa de uma ilusão alada e perene
de outras vidas que eu te encontrei, mas não te quis?

Perdoa-me...

se eu te encontrar, te ouvir e nem ao menos te sentir...
e novamente nesse ciclo infindável nossa paixão esmorecer
mesmo que não consiga gritar que te amo te amei e sempre te amarei...
Como esse carma levar adiante, conseguirei?
nesse amor inatingível e eterno que dilacera e corrói em meu peito...
que é levado sempre de mim como cinzas mórbidas ao vento...

antes de deixar esse ciclo efêmero e de novo perecer...

diga-me...

- Por que, não estás comigo outra vez?

Foto de Carmen Lúcia

Se tu queres...

Se queres saber como estou
pergunta ao vento...
Que espalha no tempo
um triste lamento
saído dos lábios meus...

Se queres saber de mim
pergunta às flores...
Que já não encantam jardins...
Aos pássaros que já não gorjeiam
e choram baixinho o pranto que é meu...

Se queres saber onde estou
pergunta às estrelas,
que teimo em não vê-las
escondida em meu labirinto...
Guardando tudo o que sinto...
Elas sabem da dor longe dos olhos teus...

Se queres saber onde vou
pergunta à noite, aos becos, esquinas...
Por onde passa a sombra daquela que fui,
a vaguear em busca do que perdeu,
a implorar carinhos que já foram seus...

Se queres saber se morri
pergunta ao meu coração...
Que não mais corresponde
aos sonhos que um dia já cri...
Aos apelos da alma que clamam por ti...
E só ele responde
o que já não sei...
O que não vivi...

(Carmen Lúcia)

Foto de DeusaII

Hoje o sol nasceu longe de mim!

Hoje, o sol nasceu longe de mim. Aqui fechada no meu mundo, vou pensando em ti. Meu relógio interior, funciona a uma velocidade inexplicável, e no entanto parece que o tempo não quer passar. Passo em revista todos os dias que vivi contigo e todos os que viverei e chego à conclusão que antes de ti minha vida era morta, sem sentido. Antes de ti, o sol não nascia e fazia sempre frio dentro da minha alma. O mundo era uma imperfeição imperfeita e as dores da vida eram persistentes. O mundo não girava, permanecia imóvel fechado dentro de si próprio. Vivia enclausurada dentro de um sentido de vida que não fazia sentido.
Ainda bem que vieste. Trouxeste-me a luz que eu precisava para ver trouxeste-me o ar que eu precisava para respirar e deste sentido à minha existência já quase inexistente. Ainda bem que vieste, tão de mansinho que quase não dei por ti, e deste uma orientação a tudo aquilo que sou, soltaste as minhas amarravas e puseste-me num mundo onde eu pudesse ser tudo o que sou. Destrancaste minha alma e meu coração, para que eu pudesse amar sempre mais e deste-me asas para que eu pudesse voar e libertar-me dos meus sofrimentos e minhas dores.
O Sol nasceu hoje longe de mim, mas sinto um calor que percorre todo o meu corpo, todo o meu ser, que me aquece e me acalma. Que torna a minha vida menos penosa e mais fácil de viver. Graças a ti, hoje sou o que sou, não por mim, mas pelo que me transformaste, num ser que finalmente conhece a felicidade e as coisas boas que só amor pode trazer.

Foto de Sirlei Passolongo

A Gangorra

Havia uma gangorra
Os cabelos voavam
Cada vez que ela ia
E voltava
De longe se ouviam
As gargalhadas...
Havia terra, muita terra nos pés
Um chinelo de dedos
Que na terra se misturava
E cada vez que ela ia
E voltava
A poeira levantava...
Havia infância de verdade.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Oraculo

INUNDAÇÃO

Houve um dia...
Em que eu já não podia erguer minha cabeça
Pesava sobre mim a dor
E não consegui ver com clareza!

A chuva fina que mal molhava o chão
caia como tempestade pra mim
inundando tudo a minha volta
me deixando levar por essa tormenta assim...

Quando ja não podia respirar
fechando meus olhos me entregando a inundação
teu carinho me resgatou
soprou vida nesse jaz desfalecido coração!

Hoje vivo por ti
Vivendo pra ver teu sorriso, és meu futuro
mesmo de longe, sentindo o calor do teu carinho
me protegendo meu porto seguro

Faltam palavras pra demonstrar tudo
O que sinto, o que penso
Eu te quero... te desejo...
Amor... sentimento simples pra tanto sentimento!

Foto de lialins

Meu amor virtual

Meu amor virtual

Como é que eu pude assim gostar de alguém
Que só vejo de longe e nunca beijei
Foi como uma luz forte atração
Foi como ver o sol em plena escuridão

Me deixa ver você, liga o computador
Me diz onde te encontrar que eu já vou
Me deixa ver você.
Vem cá, quero te conhecer

Deixa eu beijar você, deixa eu abraçar você
Meu amor virtual
Quero sentir teu prazer, de um jeito natural
Meu amor virtual

Abra sua cama, o seu coração, me mostre todo o seu
poder de sedução
Só te conheço assim, por computador, me apaixonei e
agora vivo essa dor
Queria te tocar, te acariciar, chega de dizer, quero
conversar
Quem sabe te convencer, ao dizer, que não é virtual o
que eu sinto por você

O mundo hoje em dia até que tá legal
Ciberneticamente tudo natural
Mas namorar assim sem poder te tocar
Ai já é querer demais não da pra agüentar

Essa história de amor, por computador, que era de
prazer, hoje é de dor
Posso sentir o perfume de sua pele, cada vez que pela
cam você se mexe
exibindo, toda sensualidade até parece que
te tenho de verdade
Me manda um email, vem fazer contato, me faz sentir
que realmente sou amada

Deixa eu abraçar você, deixa eu beijar você
Quero sentir teu prazer, de um jeito natural

l

Foto de Sirlei Passolongo

Retirante do Progresso

Na beira de uma estrada
Uma casinha de madeira
Lá vive um peão boiadeiro
Ali não se vê mais bois,
Não se vê pasto ou invernada.
Não se ouve mais o som do berrante
Que era a canção das madrugadas...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora...

A poucos metros da velha casa
Um sarilho velho abandonado,
Uma paineira centenária
E um gasto arreio de gado;
Nos olhos do peão...
As marcas da sua história...
E de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

Ele relembra com saudades
Do quanto era puro o lugar,
A única fumaça que havia
Era da chaminé a assoprar
Avisando que era hora
De o rebanho ajuntar...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

Ali não havia outros ruídos
Além dos pássaros cantadores
Não lhe faltava na mesa
O pão e o frango ao molho
Domingo ia à missa
Na Igreja do Nosso Senhor...
E agradecido sorria
As crias do gado reprodutor.

Mas longe se foram seus filhos
Na ilusão do progresso,
Depois foram os amigos
Atrás de um futuro incerto...
E a velha igrejinha, hoje está vazia
O asfalto corta a velha estrada...
O canavial queima à beira da casa,
E o som do berrante
Ele ouve apenas na memória...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Poesia inspirada no poema Mulher de Retirante.
Dedicado aos sertanejos do Sul.

Foto de Drica Chaves

O Xis da Questão

A janela do sonho foi aberta:
Uma Paisagem de Aquarela
Na imaginação do pintor
Dançam flores, beija-flores
E um rouxinol de inefável canto
Romântico!
Sim, todo o sonhador requer romance
Nuances, sinais de luz em todos os instantes!
E de um pincel de esperança
Nasce uma natureza deslumbrante:
Do Azul estreou o mar
Do Amarelo o sol a brilhar
Do Rosa um devaneio de menina
Voa longe ao céu em nuvens Brancas
que desenham formas a brincar ao léu
Voa, voa alto...
Vai colorir o arco-íris
Do seu coração pueril...
Como um poeta que semeia rubis
Um pintor de tela por detrás dos "Xis".

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

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