Longe

Foto de Gideon

Uma paixão proibida

Tive sim, uma paixão muito proibida
Já faz tempo, mas as sensações ainda borbulham.
Quem tiver sem pecado, que atire a primeira pedra!
Disse o mestre diante de uma mulher humana,
E um bando de desumanos…

Tive, sim tive, uma paixão invivível,
Se do neologismo pudesse abusar.
Insana mente, insana vida…
Vida minha insana e cruel…

Tive uma paixão proibidíssima.
Já faz tempo, mas o tempo, rs
Que significado tem diante de
Tão grande sentimento.

Ando à procura daquele sentimento.
É cruel viver sem a dor de uma paixão
Que nos faz levantar madrugada fria
Prá ficarmos olhando prá lugar nenhum
Pensando nas loucuras de um simples beijo.

Ah, tive uma paixão impossível.
Tão proibida que jamais vivi a verdade dela.
O tempo a levou prá bem longe,
Como uma tempestade que arrasta
Uma casca de noz mar a dentro.

Hoje, preciso urgente de uma paixão.
Nao quero um amor companheiro, somente.
Quero uma paixão instigante
Que me envolva em uma nuvem de poesias
E embaralhe meus pensamentos cartesianos.

Que demore séculos pra encaixar
A ordenada na abscissa novamente.

Tive uma paixão disforme
Que o meu amor se foi,
Como um cometa traçante.
Mas deixou ainda poeira
Da cauda dessa paixão
impregnada no meu coração...

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

♣ NO SILÊNCIO DA NOITE ♣





No silêncio da noite , que venho poetizar.
Que venho embriagar-me de inspiração.
Para dar o toque de minhas mãos.

Nó silêncio da noite, uma grande comunhão.
Eu minhas escritas, e minha solidão.
Ponho-me sempre a poetizar,antes de deitar.

No silêncio da noite, sinto falta do calor.
Minha cama vazia, e somente meus escritos.
Ao lado fazendo-me companhia.

No silêncio da noite, que observo que analiso.
Meus contos e escritos, meus sentidos de poeta aprendiz.
Vou versificando me inspirando, e inspirações chegando.

No silêncio da noite, penso em você, meu amor!
Que não sei por onde estas.
Tu fazes parte do meu poetizar noturno,
Depois de pensar em você eu durmo.

No Silêncio da noite, que me entrego aos meus amores.
Entrego-me a poetizar, e penso em te amar.
Mas você , longe de mim esta.
Minha cama tem o seu lugar.
Até quando vazia ficará?

Enquanto , você não vem,
Estou às noites a poetizar,
Até um dia você perto de mim, esta!
E no silêncio da noite, poder te amar!
E em versos minhas mãos te tocar!

Foto de Gideon

Um delírio

Ampliei a sua foto
Remexi cada cantinho de seu rosto
Enfiei-me pelos seus olhos redondos
Atirei-me em sua boca indecente.

Atraquei em seu pescoço...

Mordisquei nervoso suas orelhas
Queria o seu amor, o seu som
Busquei a sua respiração
Atravessei a sua pele e lá fiquei.

Ampliei o seu olhar com o fotoshop
Virei a cabeça prá melhor te observar
Balancei seu rosto prá seus cabelhos voarem
Agarrei os seus lábios, deliciei-me.

Busquei na mente resíduos de você...

Recitei poesias batidas, prá ti já oferecidas
Fiz declarações absurdas de amor impossível
Imaginei ter você, em toda a vida.

Desliguei o virtual...
Chega, apaguei você...
Sacudi o rosto e pela sala andei...
Esfreguei a cara com sabão
Prá calar o delírio da paíxão...

Não sei, não sei e não sei...

Ainda bem que vou prá longe
Lá de cima vou arremessar
Esse sentimento torturante
Prá um felizardo, coitado,
Cá em baixo encontrar.

Foto de Gideon

Frio, chocolate e saudade

A saudade esfria o meu coração
triste como é o sabor da solidão.
Como é amarga a saudade de você
que faz o meu coração gelado tremer.

Meus pés congelaram ontem,
zero grau subiu ao coração já frio,
meus olhos tinham preguiça de chorar.

As luvas pretas de algodão
tentavam barrar, em vão, as correntes geladas
que irrompiam nas minhas mãos.

Graças ao bom Deus congelar não permitiu
pois, para aquecer, eu esfregava
os meus pensamentos aos seus.

Logo estarei no fim da barra de chocolate
aí quero deixar o gostinho amargo bem guardado
prá beijar os seus doces lábios melados
e esquentar de vêz o meu coração gelado.

Quisera poder mexer no tempo
e fazer uma máquina de nuvens quentes
prá levar-me até você.
Tentarei hoje à noite
quando os meus olhos em sono profundo cerrarem-se.

Ah, mas não é assim, os devaneios da madrugada
não seguem as ordens de nosso coração
por mais vontade e saudades
que tenhamos de nosso amor.

Mas eu descobri um jeito de ficar perto de ti
por mais longe que estejas, farei poesias brancas,
coloridas, altas, baixas, cheias, vazias, alegres e tristes...

Os versos da poesia acariciam a minh'alma
como se as suas suaves mãos
cá estivessem ninando o meu coração.

Foto de Gideon

O Trem da minha sina

O sentido da vida
jamais poderemos saber,
os dias corridos e apressados
jamais poderemos reter.

Observo os outros, próximos,
que ao meu lado movem-se
pelo instinto do viver.
Vão e vêm sem perceberem
que uma sina oculta
cumprem sem merecerem.

Eu também da minha sina
não consigo fugir,
de tudo fiz, de tudo aprendi.
Faculdade de gente rica,
como diziam lá na vila,
profissão de família boa,
que não se consegue à toa.

Pois bem, por mais que tentasse
e tudo fizesse ao meu alcance,
cá estou em pé no trem parador
seguindo obediente pro meu labor.

A trilha do ruído dos trilhos
remete-me às histórias de meu pai,
que cumprindo por si também a sua sina
nos mesmos trens paradores e diretos
apertado e inconformado subia e descia.

Não, não entrego os pontos assim facilmente,
da bolsa de couro macio
saco a caneta e o caderno, paciente.
Anoto as expressões dos pobres coitados
e transformo-os em atores,
essa gente de recursos tão parcos.

Pelo vagão procuro feições tristes
prá rechear os meus tristes escritos,
mas sorrisos ingênuos e olhares candentes
surpreende a minh’alma de poeta reticente.

Volto-me para a minha própria condição,
passageiro desta tão pobre e nobre condução.
Na chupeta pendente agarro a minha mão,
pro balanço do trem não jogar-me na solidão.

Por de trás de meus óculos, disfarçado,
observo Maria de cabelos ondulados
e tosca roupa na moda dos rebolados.
Mastiga um chiclete já meio deformado.

Ela serve, quem sabe,
prá ser a minha heroína dum conto qualquer,
que insisto escondido ali existir,
e naquele cenário tão pobre
tento ainda alguma arte produzir.

Com uma das mãos sustento o caderno
com a outra a caneta retiro do terno.
Próximo à porta apoio as minhas costas.
As histórias de Maria
vou tentando dar forma
com letras tortas.

A sina da vida sofrida de Maria
insisto incluir no meu conto,
mas ela é bonita demais
e distraio-me com o seu encanto.

Um lugar prá Maria, enfim,
não encontro no meu conto.
Contudo logo percebo,
que o personagem que descrevo
sou eu mesmo,
que do trem da Central do Brasil
ainda é prisioneiro.

A sina da vida, insisto,
ainda quero incluir no meu conto.
Mas não é a realidade que de fato vivo?
Pergunto-me com desencanto.

O sofrimento do enredo
que sobrepõe a minha inspiração
vai desfazendo daquele conto
que não consigo continuação.

A minha sina parece que segue
no trem da minha vida
e cá estou de caderno fechado,
caneta no bolso borrado,
observando Maria que com charme
o chiclete ainda mastiga.

O balanço desse sofrimento
atormenta o meu coração
que é solitário de paixão,
Maria, quem me dera,
que prá ter o seu olhar tudo faria
mesmo que fosse por compaixão!

Na estação da Central
o meu sofrimento fita o chão.
O olhar de Maria se foi na multidão.
Meu caderno de escritos agora
descansa triste na minha mão.
Ainda ouço, ao longe, com emoção
o clamor da última pregação.

Anúncios saindo dos alto-falantes da estação
ecoam agora inundando o saguão.
Eu caminho apressado
esbarrando nos braços
de tantas marias
e em tantas mãos.

O poeta desce pro Metrô, frustrado,
e na escada rolante, agarrado.
desvia-se dos braços de esmola, esticados,
pendendo o seu corpo pro lado.

O conto sobre Maria
e o trem dos amontoados
ficarão prá outra viagem.
Quem sabe um dia sem esperar
a inspiração virá
e outras marias com outros penteados
serão heroínas do poeta,
que segue a sua sina
no trem dos desafortunados.

Foto de Gideon

Saudades do meu saxofone

Há dias não sinto o sabor de sua língua
Não sinto o atrito de seus dedos
Não sinto o peso de seu corpo.
Deixei-te quieto no canto de meu quarto.
Estojo meio empoeirado, pendente pro lado.

Partituras largadas e desarrumadas
Na estante recostada na parede
O som ainda ligado querendo recomeçar
Um play-back que deixei por terminar.

Sinto falta das escalas tossidas prá te desengasgar
Antes dos desafios das lições de sábado pela manhã.
Preso ao minúsculo quarto desse triste hotel
Sinto-me triste por não te tocar.

Não sei por quanto tempo vou suportar
A solidão dos meus sons, devaneios e elucubrações.
O semblante do Tom Jobim no song-book anotado
Pertuba-me, vez outra, em sonhos tumultuados
Da alma perdida sem saber pro meu Rio voltar.

Dias desses tentei solfejar uma bossa
Prá tentar quebrar o jejum musical.
Não fui longe, pois logo uma lágrima atrevida
Veio pingar justamente no dorso da mão
Que eu usava para marcar o compasso da canção.

Desisti meio sem jeito
e sem rumo fui-me deitar-me.

Foto de Cecília Santos

FOTOS ESPALHADAS

FOTOS ESPALHADAS
.
.
.
Fecho os meus olhos, não quero
ver o tempo passar.
Sinto tanto a tua falta.
Sinto tanta saudades de você.
Espalhei suas fotos pela casa.
Na doce quimera, de que sofreria menos.
Ledo engano foi o meu,
pois a saudade só aumentou.
Pra todo lado que olho,
me deparo com teu lindo olhar.
A realidade foge pra longe,
dando lugar pra ilusão.
E nesse mundo ilusório,
tenho-te, ao alcance das mãos.
Posso tocar teus cabelos,
sinto teu perfume no ar.
Entre as brumas dos meus sonhos,
ouço tua voz a me chamar.
Nesse emaranhado de loucura,
você pra mim é tão real!
É como se o tempo voltasse,
e trouxesse você pra mim.
E nesse devaneio sigo,
com receio de acordar.
Pois quando meus olhos se abrirem,
sei que não vou te encontrar.
A única coisa que terei, são tuas fotos
espalhadas, a me olhar.

Direitos reservados*
Cecília-SP/06/2008*

Foto de Bira Melo

CORAÇÃO NAVEGANTE

Meu pobre coração
Hoje amanheceu revolto...
Entrou no barco da esperança,
Navegou o mar gélido da solidão
Levou consigo apenas a cadência
Do seu próprio pulsar absorto de fé
Pois sabia que longe,
Muito longe da realidade
Encontraria para morrer,
Sempre vivo e pulsante
O utópico sonho
De viver somente o amar...
No mar de verdadeiros amores!

Bira Melo ( S. CaraMelo )*

* Direitos reservados.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

MAS QUE UM AMIGO!

Amigo, amor, amante,paixão!
Não acho nome apropriado
Para expressar minha emoção.

Tenho-te no coração, na alma.
Tu tens sido meu motivo de escrever
Espero todas as manhãs para te ver.

Já não sei como dizer, nem me explicar.
Mas esse amigo,é mais que amigo.
Esse amigo, mexe com minha libido.

Tenho me recuado, feito uma gatinha acuada.
Quieta com medo de ser magoada.
Não quero muito me alertar,
Para não te espantar, e longe de mim ficar.

Ando sem saber o que fazer.
Com medo de saltos mortais.
E espantar você da minha mira.
Por ser somente, sua amiga.

Um dia se criar coragem,
Venha a mim, e se declara com todo amor.
Mas se achas, que só amiga sou.
É melhor deixar como estar.
Do que perder você como amigo.
E sem ti ficar!

Mas lembre-se! Que não é fácil.
Te olhar como amiga
Mas na verdade,
Querer cair em teus braços!

Anna A FLOR DE LIS. *-*

Foto de syssy

DESEJO FINDO

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Findou há tempos um desejo muito antigo
Que trazia no peito jaz machucado, as
Indiferenças desse amor contido. Era a
Doce e tão querida felicidade. A mesma
Que trazia no teu sorriso a esperança, que
Inspirou nos meus braços cansados de
Esperar o teu. O tempo perdoou e findou
Junto à imagem adorada e casta do amor.
A proeza realizada na esvoaçante leveza
Do amor, mais no quarto escuro do meu
Peito, na solidão desse amor calado, foi
Posto a o esquecimento contínuo da tua
Amarga indiferença.
A felicidade já tão longe dos meus abraços
Em laçados na paixão, quista por mim,
Encravada na tua inércia, foi levada junto
Ao vento como púrpura nos ares. Para
Abrilhantar quem sabe um ser mais
Afortunado No amor.

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