"Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
P’ro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo ar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar, no ar."
( O trenzinho caipira: Heitor Villa Lobos)
***
Eram três crianças de 8, 6 e 4 anos de idade.
Iriam viajar da cidade de sua infância para outra grande metrópole regional.
A viagem de trem:
Enquanto aguardavam na estação a chegada do trem que os levaria para uma cidadezinha próxima, um importante tronco ferroviário que interliga várias ferrovias que vem do interior do estado ao litoral, mais propriamente ao Porto de Santos, o que viam.
Viam as manobras das locomotivas a vapor.
Entre várias, tal como a chamada “jibóia” enorme, gigante, com várias rodas, as “Baldwins”, a que mais chamava a atenção do “menino” era uma “Maria Fumaça” pequenina. Tão pequena que nem tender ela tinha.
Ia para frente apitando, estridentemente:
Piuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuu!
Retornava, repetia os movimentos para frente para trás, tirando alguns dos vagões de várias composições estacionadas nos diversos trilhos da estação ferroviária.
E o Menino sonhava. Queria ser maquinista de trem.
Tanto que ele gostava, que em outras ocasiões, quando levava comida em marmitas para o pai, que trabalhava nas oficinas, permanecia várias horas sentado nos bancos da estação.
Via as manobras das “marias fumaças” e também a passagem das longas composições de carga puxadas por máquinas elétricas, verdes oliva, chamadas “lobas”.
Até que um dia sua mãe resolveu levá-los em uma viagem.
Nesse dia enquanto aguarda o Menino avistou ao oeste um único farol que surgia no horizonte da linha ferroviária, amarelado e a medida que se aproximava ouvia-se o barulho característico daquela famosa locomotiva elétrica, que zumbia como um grande enxame de abelhas: “zuuummmmmmmmmm”
A locomotiva devagar passava do local de aglomeração das pessoas e aos poucos deixavam em posição de acesso os carros de passageiros de segunda classe e lá quase ao final da plataforma um ou dois vagões de primeira classe.
Eram privilegiados, filhos de ferroviários.
O Menino sentia orgulho desse privilégio.
Lembra-se que naquele dia sentou-se no último banco do lado direito.
Dali podia ver que poucas pessoas permaneciam fora da composição. Alguns parentes, que gesticulavam se dirigindo aos parentes acomodados nos carros de passageiros.
Ao longe. Via um senhor uniformizado de terno azul marinho e “quepi”, com o símbolo – EFS.
Aos poucos esse Senhor vem caminhando pela plataforma, desde o primeiro carro até próximo da janela em que o Menino se encontrava.
Para e tira um apito do bolso superior de sua túnica e dá um apito estridente: “piiiiiiiiiiiiiiiirrriiiiiiiii”
Em seguida, a locomotiva apita “Foohhooommmm..”
Novo apito.
A seguir, começam a ouvir-se os sons característicos dos vagões que retirados de sua inércia estrondavam um a um e começavam a se locomover lentamente até que o carro e que o Menino está começa a se locomover, mas, sem fazer o barulho característico, o seja, o “estralo” ao ser acionado, pois os solavancos que se sentem nos primeiros vão diminuindo gradativamente e quando atingem o ultimo praticamente são imperceptíveis.
Justamente, por essa razão é que os vagões de primeira classe são colocados no fim da composição.
Este carro diferia dos demais por ter os bancos revestidos, corrediços, que permitiam serem virados e propiciar as famílias se acomodarem em um espaço particular.
Assim iniciava-se o percurso até a cidadezinha, onde passariam para outra composição, a qual seria tracionada por uma locomotiva a vapor.
Como era linda a paisagem.
Muitos locais dignos de cartões postais, o primeiro, por exemplo, a ponte sobre o rio Sorocaba, que nasce na serra de Itupararanga e desemboca no rio Tietê
Lindos lugares que por muito tempo permaneceram esquecidos, mas que hoje podem ser registrados em fotos e filmes das câmeras digitais.
Fotos que nos fazem afagar a saudade dos dias de outrora.
Mas, além dessas fotos antigas ou digitais, temos a capacidade de guardar no fundo do nosso inconsciente outras imagens e filmes de nossas lembranças.
Revendo tais filmes, verificamos que inconscientemente queremos alcançar trilhar os nossos sonhos, mas, geralmente em razão das dificuldades da lida, não o atingimos, ou então, ultrapassamo-nos e exercemos outras atividades ou profissões que nada tem a ver com aqueles sonhos.
Eu, por exemplo, adoro trens.
Simplesmente, queria ter sido “maquinista de trem”.
Mas termino este conto, simplesmente, para dizer:
À poucos dias, nesta cidade, de onde o Menino iniciou a viagem teve oportunidade de ver, aquele Senhor, em uma comemoração do retorno da “Maria Fumaça” que estava em outra cidade, onde permanecera sob os cuidados da Associação de Preservação Ferroviária, ser chamado entre outros velhos aposentados, pelo Prefeito:
_”Agora para comemorar o retorno de nossa Maria Fumaça - “Maria do Carmo” - chamo o mais velhos dos aposentados.
Puxa! Que felicidade do Menino, ao ver aquele Senhor caminhando pela plataforma da estação.
Sim. Era motivo de felicidade.
Pois o menino, já não é mais tão criança, já é um envelhescente e aquele Senhor continua vivo.
Oitenta e quatro anos.
Era o “Chefe da Estação”.
O mesmo “Chefe de Trem” que vira caminhando a quarenta anos pela plataforma da estação.
Para assistir video - poema relacionado entre em:
http://www.youtube.com/watch?v=7fE5aNx-zQ4
e em
http://www.youtube.com/watch?v=knPPSfHNm2U
Enviado por Carmen Lúcia em Qui, 14/02/2008 - 23:55
Vislumbro luzes
Ao meu redor
A conduzir-me
Ao infinito
Onde a canção
Nasce do vento
Brisa suave
Traz-me alento
De longe vejo
Os verdes campos
E açucenas
Em todo canto
Então flutuo
No firmamento
Tão solta e leve
Feito uma pluma
Que voa livre
Sem rumo ao léu...
A noite surge
Traz o seu véu
E de marinho
Se veste o céu
Deslumbramento
E emoção
Pego estrelas
Com minha mão
Por um momento
Tornei-me alma
Encantamento...
Aparição...
Enviado por sofiavieira em Qui, 14/02/2008 - 15:38
Como será que tudo aconteceu … ?
Como é que tudo surgiu...?
Do nada ... de longe ...
Não sei dizê – lo nem explicá – lo ....
Será que algum dia conseguirei explicar
Como é que me apaixonei por ti ?
Questões umas atrás das outras ...
Às quais não tenho qualquer tipo de resposta
Gostava de saber o porquê de muita coisa
No que diz respeito ao nosso amor
Não sei se algum dia saberei explicar
Como e de onde surgiu um amor tão forte ...
Talvez quem sabe um dia ...
Por agora limito –me a sentir e ter-te dentro de mim
Muitos sentimentos, os quais me fazem sentir
Muito bem e sobretudo feliz...
Acho que é o mais importante.
No meu ser tenho muito amor,
Paixão, carinho....
Tudo isto existe em mim porque TU
Existes na minha vida,
E desde que nela entraste
Conheci sentimentos que desconhecia.
Todos os dias,desde que te conheço
Apenas me esforço para te amar cada vez mais
E tento ser a mulher que sempre desejaste ...
Com defeitos ... Algumas qualidades ...
Vou tentando ...
Não sei se estou a conseguir ...
Apenas sei que permanecemos juntos
E que o nosso amor vai crescendo ....
Espero que por muito tempo ....
Mas isso só de nós depende
O resto ninguém sabe porquê ou não?......
Enviado por Daemon Moanir em Qui, 14/02/2008 - 10:56
Se soubesses o quanto estou a tentar ser racional,
A pensar apenas com a cabeça
Ao invés de usar o coração…
O esforço é grande, porque espero maior recompensa.
Neste tempo ter-te-ia escrito todos teus cadernos com poemas,
Enchê-los com palavras e frases de minh'alma,
Cobri-los com doces carinhos e promessas d'amor,
Mas não, tenho a paciência e calma
E tudo correrá pelo melhor.
Fico à espera do tempo, para que passe,
Já esperei tanto e esperarei um pouco mais,
Pois não deixarei que levem pra longe de mim tua face.
Só falta uma palavra e o sonho estará completo,
Estará o sonho e eu e tu e um beijo.
Estás tu aqui e o sonho é realidade
Por isso, quero-te apenas ver meu anjo.
Procuro belas palavras...
Mas nada substitui o perfume da flor...
Preocupo-me com as rimas...
Mas perco longe para qualquer gesto de amor!!!
Falo sobre a lua...
Mas eu mesmo não acredito...
Olho para cima...
E sinto muito mais do que tudo que digito!!!
Acho que não sou bom nesta arte...
Acho graça no sorriso...
Quando eu transformo em letras, parece que não tenho sorte...
Conseguir me explicar é tudo que preciso!!!
A lagrima também me atrai...
Mas quando tento escrever o que sinto...
Parece que não sai...
Ate parece que eu minto!!!
O beijo é fácil...
Mas ao descrevê-lo...
Descubro que não sou hábil...
Não consigo decodificar o desejo!!!
Quem me dera resumir a saudade...
Dói tanto que até choro...
E falar então sobre a lealdade...
Ah, são tantas as palavras que ainda ignoro!!!
É melhor eu desistir de ser poeta...
Escolher outra diversão...
Quem sabe, até jogar peteca...
Mexe muito menos com a emoção!!!
Enviado por Minnie Sevla em Qua, 13/02/2008 - 00:10
Um acidente fatal
A princípio ambulância, hospital...
Cirurgia tentando recuperar uma vida em agonia
Cérebro parou!!!
Coração forte não se inibe com a morte.
Não tão longe um órgão tenta pulsar compassado no
peito de um desconhecido, desamparado.
No leito um ser franzino faz uma oração:
-Jesus! Faça com que venha me visitar logo um novo coração.
Espera ansioso o tamborilar congelado, para soar quente, ritmado
e devolver a vida a um corpo quase estagnado.
Envolvi-me novamente no seu abraço
Senti sua presença mais uma vez,
Deixei-me levar pelos seus encantos
Perdi-me, esqueci do mundo.
Não tenho mais saída tento e não consigo.
Algo me prende a você.
Oh! Vida, minha vida! Leva-me para bem longe
Já que não posso te ter pelo menos meu coração
Não sentirá mais a sua ausência.
Deixarei o amor caminhar livremente.
Mas antes, toque-me, passeia suas mãos sobre meu
Corpo me arrepia de prazer,
Toque-me no meu mais intimo e secreto ser.
Vem, toque sem medo...
Estou assim, estou pulsando de desejo.
O prazer que sinto é ver-te com os olhos brilhando
De desejos a me ver.
Vem, toma-me em seus braços sacia minha vontade,
Acaricia-me, me direciona com seu leme e me leva
Para o mundo encantado dos prazeres ardentes onde
Os beijos cálidos se misturam com o sabor dos seus
Lábios selando assim; o amor loucamente apaixonado.
Vem... Transforma-me no seu doce alvorecer!
Enviado por helo Paulinha em Seg, 11/02/2008 - 23:02
Vem ficar com a gente, vem sorrir para o amor que já esta a convidar a saudade para comigo a noite passar, vem e nao me deixa aqui com a saudade e o amor, vem distrair a saudade e possuir meu amor, mas venha agora pois eu preciso do teu calor do teu amor junto com o meu amor, estes dois sentimentos que nao podem ficar longe que já buscam as lembraças e logo vem a saudade e o coraçao sofre por ver você a distancia...
Vem nao mais demores....
Vem eu preciso de nos dois...
Vem e deixa eu te amar com todo meu amor...
Enviado por Paulo Gondim em Dom, 10/02/2008 - 22:53
Ao som de “LA MER”
Paulo Gondim
09/02/2008
Quando penso em ti, meu coração voa
Como um condor nas montanhas
Levando em cada corrente de vento
Tua lembrança, tua saudade
E me imagino voando
Deslizando entre as nuvens
Como se fossem teus braços
No doce mel de teus beijos
Na volúpia do desejo
E, como num baile,
Sinto-te como par perfeito
Na dança ao som de “La mer”
Em voltas delicadas pelo salão
Teu rosto no meu rosto, num só coração
É aí que o pensamento vai mais longe
Além das montanhas, além das nuvens
Numa busca constante, sem fim
E me envolvo nessa doce loucura
Que tua saudade deixa pra mim
Lua, brilhante
Num céu escuro
Maravilhosa, majestosa
Reflectida no rio
De águas, calmas
Destino
O mar
Sentada
Em verdejantes
Ervas daninhas
Se frio sem pudor
Dou o meu
Corpo
A lua
Pertenço lhe
Esta noite
Pertenço lhe
Lua, minha
Protectora,
De luz, reluzente
Que em noites
Onde só
Estou eu
As plantas
Os animais
Longe
Dos demais
Guia
Meu caminhar
Descalço
Entre os arbustos
Até o meu lar
Não te vás
Não me abandones
Chamais,
Deixes de brilhar
Contigo
Minha lua
Sinto me protegida
Amada, querida.
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