Loucura

Foto de Ricardo felipe

Loucura

Translúcida é água e nas ladeiras desse suave branda e leve que o vento leve que tudo se releve na relva desta selva vá e me tenha nos planos campos como nos meus sonhos mais estranhos e belos não trema pelo frio da noite não me tema pois nosso amor é meu tema e é pra ti que canto meu poema vá como a água leve qual pena meu amor nos encontraremos na próxima cena lava teus olhos roxos que meu peito seja teu encosto que lindo rosto as razões são canções de sentimento grita geme corre tome seu porre vai te desespera foge tudo você pode morde lambe o sangue do teu amante a morte é sorte pra quem nada pode salvação deste coração seja a visão as palavras a canção minha prece oração loucura ódio prazer raiva desejo fazer ensejo pra tirana vida vai fica minha querida vês que louco sou solto bicho do mato quase morto por dentro meu remédio seu alento vem meu alimento mãe avó e filha e tudo a família brilha nessa trilha do caminho companheiro desatino desespero perca sem eira nem beira de nada só a cascata indecifrável louvável e amável geme treme eu sou teu amor monstro bicho solto filho pai irmão e toldo segura meu rosto que eu estou ficando louco,
Sem você.

Foto de Foxylady

Masmorra

Final de tarde.
O vermelho no céu anunciava o calor que passara e se iria sentir no dia seguinte.
A luz fugidia desvanece e mal se vislumbram as sombras naquelas paredes semi- rebocadas.
Entram sons quase imperceptíveis pelas grades da pequena entrada, vejo pés que passam e outros que se cruzam indeléveis no caminho a percorrer.

Tento sacudir a cabeça na tentativa falhada de não entrar sangue nos olhos, em vão me debato, o mesmo escorre em gotas finas lânguidas e demoradas e já o saboreio...Posso reparar que pousa nos meus peitos desnudados e hirtos pela frescura do tenebroso lugar.

Virou costas e saiu.
Permaneço imóvel, imutável, imobilizada, mortal...
Desesperadamente indefesa.

A sós com os meus pensamentos encurralada entre 4 paredes decadentes, a ferrugem das grilhetas corrói-me a pele, estremeço no receio e na incerteza do futuro...

Rodas guincham num derradeiro esforço, entra uma mesa putrefacta com uma toalha preta disfarçando o rude artefacto.
Mais relevante o que nela jaz pousado: chibata, correntes...palmatória... venda...Gag...os punhais...velas vermelhas e pretas qual aparato satânico que faz ranger os dentes e elevar cada pêlo do corpo...

Não me atrevo a chiar um "ai". Observo apenas.

Levanta a mão, dirige-se num gesto para mim, calculo que vá aliviar minha dor, da coroa de espinhos que me martiriza mas em vez disso puxa por meus cabelos misturados de vermelho e atira minha cabeça com força para trás na cruz que me segura...

Quer me ouvir a implorar, caso ceda sofrerei torturas.

Meu mestre permanece calado, inamovível, inabalável de sua missão, limpar meus pensamentos de luxúria pecaminosa que me invadem os sonhos e me soltam a voz enquanto durmo, cheiro de mulher para mim estava off limits porque ele assim o ordenava.

De palmatória em riste, olhar maquiavélico que me cega, defere golpes em meu sexo.
Nada posso fazer senão respirar fundo a cada investida, dolorosa, que me arreganha as entranhas e me faz entregar assim de maneira inteira.
Afasta meus lábios, e agora acende a vela, a chama eleva-se majestosa e começa a soltar gotas que me marcam e ferem a fenda humedecida por um turbilhão de emoções, uma amálgama de sentimentos que me faz perder os sentidos.

A cera misturada com meus sucos cai no chão enquanto mais continua a cair em mim, estremeço ainda com cada gota, cada gota me arrepia e ferve o sangue cá dentro na ânsia e receio de o sentir.

Palmatória outra vez, castiga-me friamente, sua respiração denuncia o prazer animal e grotesco que suga de todo o cenário.

Os lábios inchados cobertos de cera começam a ser revelados à medida que a cera vai caindo a cada investida, ora nos mamilos hirtos do frio da noite que nos abraçou.

Engulo os queixumes, debato-me em vão, ele aumenta a intensidade...
Não aguentando mais perco os sentidos, o sentir mata-me aos poucos e colapso no escuro.

Acordo (quanto tempo terá passado?), o seu corpo aperta-me e um punhal no pescoço trava-me um hipotético gesto. Com a lâmina faz pequenos golpes no meu pescoço que chupa sofregamente, eu mal me atrevo a respirar horrorizada pelo seu olhar encerrado naquele capuz hediondo. Respiro tremulamente, dificilmente me lembro do frio, somente sinto o fio que corta minha pele enquanto me aperta cada vez mais.

Sinto seu membro encostado ao interior de minhas coxas, sofro por senti-lo...

O mestre respira ofegante, sinto seu perfume que me entesa mais ainda.
Sem contemplações nem avisos, de uma só golpada sinto-o todo vibrante dentro de mim...A cada investida enterram-se mais os espinhos que me ornamentam a fronte.
Largou do punhal e arranca-me a gag por onde fios de saliva escorrem para me dar a mão inteira na boca antes de poder gritar.
Ferrei com a força toda que advinha do prazer, sei que ele gosta que eu sofra e que me perca nos meandros das sensações do meu corpo...

Banhada na loucura o calor imenso que me sufoca e sobe corpo acima até me deixar desfalecida em seus braços enquanto ele me presenteia com o seu auge...

Beijou-me.
Soltou minhas mãos, beijou cada uma com devoção.
Soltou meus pés, beijou cada um com igual devoção.
Levou-me ao colo, deitou-me num banho quente com sais...

– Agora és minha Rainha, sirvo-te eu!

Foto de Hirlana

Um amor não correspondido

Que loucura te enviar essa carta, foi a última que escrevi e nunca tive coragem de te enviar... Meu Deus... Nem sei, por que tive essa coragem de enviar agora?... Logo agora que nossas vidas tomaram rumos diferentes... Tão diferentes...
Você tem sua vida, seus planos, sua namorada, sua felicidade... Você construiu o que queria. Eu... Também fiz isso... Mas que droga de mente essa minha que não te esqueceu!
Bem, depois de tanto tempo... Tantos dissabores... Tantos caminhos distantes e opostos... Seja como for... Mantenha sempre seu peito aberto para ver os outros, para ver o que os outros te oferecem. Não fuja dos seus sentimentos, não tenha medo de amar... não se desama dando um mero “tchau”... isso ... eu bem sei. Bem, seja feliz, lute por sua felicidade, suas conquistas. Hoje, não sinto raiva ou rancor, quero apenas sua felicidade. Amar, não é querer ter o outro do seu lado, mas sim ver o outro no lugar onde esteja, se realizando como pessoa.
Rezo sim por você. Sei que deve pensar que te esqueci, assim como você, que nem lembra de mim. Mas, eu te amei muito intensamente para esquecer você assim. Rezo por sua felicidade, rezo pra que encontre seu caminho, seu sucesso e um amor, um amor verdadeiro, um amor que pelo menos tenha metade da intensidade do meu. Um conselho... Não se humilhe por amor, ou pelo que você acha que seja amor. Amor é um sentimento nobre, quem ama não machuca o ser amado, ao contrário, compreende, ajuda, aconselha, se dispõe por completo, perdoa, faz concessões... é... foi isso que fiz... fiz uma concessão... não lutei mais por teu amor, vi que não iria ter, mas mesmo assim, não te culpo, afinal, nós não mandamos em nosso coração! Infelizmente...
Bem, isso vai ficar muito longo... você vai encher o saco de tanto ler palavras sem fundamentos... sem saber nem quem ta te enviando... mas... talvez.... se parar e pensar... verá que sabe sim, mas não acredita ou não quer acreditar. Bem, não precisa assinar essa carta, só precisa deixar que seu coração te lembre quem te enviou...
Boa sorte na sua vida e nas suas escolhas. Que Deus te abençoe e te guie por caminhos mais curtos que te levem à tua plenitude. Um beijo...

Foto de Lorenzo

Imaginação

Nunca imaginei alguém assim
Que mesmo sem encostar
Pudesse tocar em mim
Nesse início de um belo fim

Tão pequeno é o tempo que te conheço
Menor é o que tenho pra conhecer
Mas sufoca esse medo de me machucar
E acabo querendo fugir
Pra não correr risco de sofrer

Nem sei mais o que faço
Meus amigos dizem que eu sou fraco
Por não falar o que sinto pra ti
Então tento desatar os laços
Que me prendem ao passado
Pra não querer ver você aqui

Preciso de você
Preciso precisar de você
Sabe-se lá de onde vem esse querer
Parece até uma sana loucura
Desejar alguém que mal conheço
Mas vai que esse desejo
Pra tanta dor que me corroi é uma cura

Quero ser teu abrigo
Teu amigo, teu escudo
Te carregar nos braços
Escutar músicas juntos
Ver o Sol nascer nos avisando
Que nossa conversa demorou demais
E no brilho dos teus olhos ver
Que não importa mais o "mas"

Foto de InSaNnA

Fulminante

Deixe-me flutuar no brilho
dos teus olhos,
até chegar em tua alma,
e vesti-la com roupa de festa..
Deixe a minha alegria,
brincar de criança..
Preciso te fazer feliz...
vagarei sem rumo,
pelo teu corpo,
aquecendo o meu,
no calor de tuas mãos
Tremerás a cada beijo meu,
Sentindo o doce sabor,
de minha loucura..
Te agradarei e agredirei,
com a força do meu amor...
E quando uma disritmia,
súbita de paixão,
roubar o teu ar,
nessa hora,
sentirás que eu penetrei
em teu coração..

Foto de Zedio Alvarez

Dueto Insânico

Cadê a minha inspiração?/
Tua inspiração é eterna
a danada fugiu de mim/
Só foge, porque foges dela
Me deixando na mão/
Ela sempre te venera

Me dá um pouco de inspiração?/ Para quê tanta inspiração?
como base de troca /
Não tenho moeda de troca
Te dou moradia no meu coração/
Você já mora no meu coração

O que faço sem inspiração?/
Ela está a tua procura
Fiquei azeda/
Porque ficasse azeda?
de tanto chupar limão/
O limão, vai azedar a tua loucura

Sumiu a minha inspiração!/
Todo mundo sabe onde ela está...
Como é possível?/
Não é impossível sonhar com ela...
Se eu sou toda coração? /
Queres deixar teu coração com seqüela?

Estou sem ar!/
Respira o ar puro de hoje.
não respiro bem/
E o de amanhã também...
Sem inspiração/
Quem sabe um dia ela não vem??

InSaNnA / Zedio Alvarez

Foto de Liperrrr

Loucura

E que a minha loucura seja perdoada.
Por que, nem ao menos sei o que fiz.

Apesar de que o sentimento
foi forte
Como se o mundo não ligasse pra você
E Você ligasse só para ela.
Mais tudo que tem um pico, tem uma grande queda...
Foi assim...

Nada se concretizou, apenas uma loucura de amor
Que porém tornou -se esquecida

Filipe Ribeiro

Foto de Fernando Poeta

Desespero

Lutava contra a loucura daquele ato,
Tentava dilacerar meu corpo
com minhas próprias mãos,
Estava em desespero.

Ainda sentia teu cheiro,
Você me deixou,
Por teu descaso,
Fiz marcas em meu rosto,
Por teu escárnio,
Meus cabelos embranqueceram,
Por tua frieza,
O sangue gelou em minhas veias,
Você me abandonou...

Amaldiçoando o sorriso em teu rosto,
Tentei afastar da mente,
A lembranca de teu corpo.
Em que mil e uma vezes
procurei amor e abrigo,
Em que sempre que o desnudei,
Descobri-me perdido.

Tua malícia corrompeu teu coração,
Você foi embora,
Estou só agora,
Lutando contra o desespero,
Desejando tê-la de volta.

Foto de Auri

Prazer Insano

Abriu-se as portas do prazer
Meu corpo sentira todo o calor
Da forma audaz que toquei você
Mal suportando a vontade de te ter
Fogo inigualável, desejo de fazer amor

Então deixei teus toques tão sutis e macios
Percorrerem meu corpo sedento de paixão
Tuas mãos acariciando meus cabelos
Apertando os bicos de pequenos seios
Me levando a loucura, ou aos céus, tesão

Despudorada toquei teu sexo
Sentindo-te pronto pra percorrer
Os caminhos sinuosos do meu corpo
Nessa hora quis ter-te todo
Vontade insana de chegar ao prazer

Então nos permitidos os dois sentirmos
Dedinhos percorrendo velozes em nossos sexos
Vi o êxtase estampado no teu rosto
Sentindo que chegava próximo ao gozo
Tantra gostoso e só te pedia: me dá mais que eu quero!

Nessa hora já quase alucinados
Começamos a criar nossas taras e fantasias
Me levaste ao paraíso da imaginação
Fez-me sentir a cortesã de tanto tesão
Porém queria sentir-te mais, será que o podia?

Ah sim eu o podia!
Pois ainda estava em ti o ardor
Então, pus me a fazer o que nenhum homem gosta
Deitei-te na cama deixando a amostra
A delícia que dos lábios meus não se afastou

Já não contendo tanta volúpia
Invadiu penetrando-me com desejo e paixão
Nos deixamos sentir então toda energia
Que como cachoeira colorida em nós fluia
Fogo que saia do sexo, amor do coração

Foto de Jorgejb

E de um poema nasceu 2

Deixou um poema em cima da mesa e saiu. Sabia que ela, ao sentir o frio do outro lado da cama, saltaria pronta, procurando onde tinham feito amor, a mesa nua e fria, ainda quente do seu corpo, sulcos de si própria espalhados nela, e assim, perceberia a folha cheia, acolhendo palavras para si.
Não, não era um recado, nem uma justificação, nem concerteza razões expressas de forma polida e omnisciente, desculpando-se. Era um poema, zurzido da consciência do impossível, dos pedaços dos dois, que ainda ontem pareciam não conseguir se despegar, iluminados da loucura que os prazeres quando libertados, emprestam aos corpos e lhes dão aquele brilho, que só os amantes sabem contar e explicar dentro dos seus corações.
Uma dolorosa e delicada expressão de amargura, empalideceu seu rosto, sentindo a solidão dos amantes traídos; olhou de lado a sua cama, desarrumada, os lençóis descaídos e soltos, as roupas espalhadas pelo chão, como um mapa, com pontos demarcados e uma história apensa a cada um.
Já sentada na beira da cama, contida no seu próprio corpo, escondendo seus seios em seus braços, as pernas geladas, vermelhas, unidas na estupefacção do seu próprio ruído interior, procuraram nas palavras uma nova força, um destino, uma alma.
Encontrou-o mais uma vez. Como sempre, arquitecto de palavras, demasiadamente doce para a sua manhã, o rosto dele na sua memória - definhando, e foi lendo, e lendo, sem compreender onde chegava.
Era a carta de um homem com medo do amor, como se não lhe tivesses deixado os seus portões abertos para entrar, era a carta de um homem preso ao espaço e à resignação do mundo que trouxera atrás de si, como se ela alguma vez tivesse ousado tocar em seus haveres, ou pronunciado a palavra passado. Era ele e seu mundo, e a irrazoável forma de dizer adeus cobardemente, como se num último rebate, abandonasse a prancha mais alta e recusasse o salto para um mar maior e mais azul.
Ela sorriu, arrumou o quarto, tremeu de frio, e percebeu o quanto tinha estado nua, agasalhou-se sentindo o conforto do seu xaile de seda, onde tantas vezes repousara o seu amante, e sorrindo mais uma vez, abriu a janela que dava para o meio da rua, o rio entrando pelas suas narinas, extasiado do fresco ar húmido e salgado que a abraçava, e convidando o Sol a entrar, escutou no seu rádio a sua música favorita, trauteando um novo canto, sem saudade, sem rancor. O amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.
Ele, parado no meio da rua, queria perceber o que tinha escrito, a impulsividade que o dominava, o medo de magoar, de prolongar sonhos sem esperança. Doía-lhe o peito e a saudade dos lábios dela. A manhã não lhe dava tréguas, de ter sido acordada tão cedo, enregelou-lhe os ossos, como querendo que ele voltasse ao leito que tinha deixado. Sentia o perfume dela, abraçando-o, mas soube que a outra história devia estar destinado. Final de história, os passos levavam-no em frente. Sorriu na compreensão, do quanto ela ficaria no seu peito, na sua memória, e amou esse momento na plenitude de um grande final e do quanto os momentos são diferentes na medição do tempo e dos seus segundos. Veio-lhe à memória a mesma canção, que tocava em todas as janelas abertas, a sua canção, espalhada por todos os rádios, esperando que ela também o tivesse ligado, trauteou baixinho para ela, que o amor nunca irá partir, um dia o amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.

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