Lua

Foto de Paulo Gondim

Recolhimento

Recolhimento
Paulo Gondim
23/01/2013

Contei horas e minutos, um a um
Sem te ver; ficou a dúvida
O desconforto, o desânimo

Olhei pela fresta da porta
E não vi o raio de luz
Um a nevoa fosca cobria o sol
E mais uma vez não te vi
Tua imagem perdeu-se no arrebol

A noite derramou-se sobre a tarde
E a lua também não apareceu
E tudo se fez nublado
Como meu coração magoado

E mais um novo dia, sem sol
Sem um fio sequer de claridade
E me recolho ao claustro úmido
Com o frio de tua saudade

Foto de P.H.Rodrigues

Novo Dia

Naquele dia, o sol se pôs com um novo gosto,
o Amarelo não era mais o brilho do ouro,
e nem o Cinza a cor do chumbo.

Naquela noite, as estrelas brilharam mais fortes,
o caminho não era mais uma estrada,
Assim como o céu era mais do que azul.

Na manhã seguinte, a Lua não se foi por completa.
E sua janela, não estava mais fechada, estava aberta.
Os sonhos não eram mais sonhados, eram vividos.
E a coragem, e não o medo, estava ao seu lado.

A aventura era sua nova amiga.
E o horizonte o seu objetivo.
Sua maior arma era um sorriso,
que carregava em baixo de seus olhos, tão vivos.

Foto de luar da noite

Confusa

O coração bate forte,
Se intensifica cada vez mais,
São meus os pensamentos,
São teus os verdadeiros gostos,
De quem vive e quer viver,
Como posso?
Como deveria ser?
Tantas perguntas que não sei começar,
Mas rogo à lua, a minha lua,
Que me dê o que mais preciso,
Coragem e discernimento,
Num segundo me perco,
Num minuto me ganhas,
E fico aqui, confusa mas,
Com todas as ideias no lugar.
São teus os dias mas,
São minhas as noites...
Que noite de luar,
Que noite bela para amar.
Somos tudo ou talvez nada.
Serei nada?
Talvez um tudo?
Por onde caminhas e por onde te perdes?
Longe os momentos de praia,
Longe os portos na explanada vendo o mar,
Longe de ti sou nada!
Apanha-me do chão, imploro!
Encontra-me! Preciso Amar!

Foto de luar da noite

Anjo da Noite

Colhi a flor do luar,
Na luz da lua beijei,
Um coracao que me apaixonei,
Tremi!
A neve fria que cai,
Que canta e encanta,
Cada centimetro do chão,
Meu sonho se encanta,
Um grito mudo que me atormenta,
Sou neve,
Fria,
Sem cor,
Nas asas de um condor,
Que rasga e queima a dor,
Do frio que me alimenta,
Um espinho que rebenta,
Uma alma que gela e foge,
Assim sou eu...
Um anjo da noite que se apresenta!

Foto de Arnault L. D.

E talvez... amor

Vou juntar as alegrias que souber,
para todas desejar dá-las a ti.
Por um anjo, uma estrela, o que puder,
num soprar da noite, ou no que vier,
que as entregue e diga que é apenas sorte
tudo desejado deste “bem lhe quer”.

Pode a Lua, mais enorme, ou a menor;
a chuva, a neblina, até garoa...
Leve incógnita, engendre ao seu redor,
sem cartão, caixa, apenas o teor.
Qual canção, que ao fundo de uma cena soa,
discretamente, anônimo faça dispor.

Estando aonde for... por onde for...
Sem seguir teus passos, sopro ao que puder
desta ternura, imensa, e talvez... amor...
Que o destino, caprichoso, tornou dor.
Mas, que o tempo bom, fez voltar por mister
velha doçura no lembrar teu rosto por...

Não como antes, eu daqui tão distante,
sem a esperança a queimar em fúria,
sem a ânsia, nas entranhas a rasgar.
Esse carinho, silente, quase triste...
Bem no fundo, alegra, por havido historia,
em saber que um dia, eu fui tanto amar.

Foto de Carmen Vervloet

Natal de Luz

Estrelas, no céu, vigilantes,
lua, no céu, deslizante,
cometa a guiar o caminho,
brisa a soprar de mansinho
um quê de carinho...
O universo festeja o grande dia
quando a Santa Virgem Maria
dá a luz ao Deus menino
mudando da humanidade o destino!

25 de dezembro,
nasce o protótipo do amor,
nosso Cristo Redentor!
Tão pobrezinho o menino,
sem lar, nem cobertor...
Ah! Filho do Deus Criador!
Traz na sua alma
o gene do bem querer...
Aquele que não escolhe
quem e nem por que?!
Apenas faz por fazer,
por doce prazer!

Sua mão se estende em desvelo,
busca a ponta do novelo,
liga a todos igualmente
sem distinções, nem precedentes!
Seu único objetivo
por fim a mágoa e a dor...
Flor que desabrocha perfumada,
a exalar a essência do amor!

Vamos fazer do nosso coração
seu cativante berço acolhedor.

Foto de Carmen Lúcia

Tempo de Natal...

Os sinos bradam alegremente...
Anunciam um suposto novo tempo,
tentam arquivar no esquecimento
os contratempos que marcaram a vida,
agentes de todo o mal...

Querem incutir o bem
num esforço supremo de alegrar alguém,
como se a dor instalada no peito
pela saudade que nada dá jeito
se esvaísse com as badaladas,
ressuscitando pessoas amadas
ceifadas do âmago de nosso contexto.

Estrelas se põem à mostra
acendendo um céu
que de marinho se borda.
O mesmo céu onde a lua aporta
inundando os lugares de prata angelical
de um mundo manchado de vermelho,
molhado de lágrimas, desolado, aviltado
em contraste com a suavidade da noite
inocente, a ofertar a paz celestial.

Tempo de Natal...

Árvores são enfeitadas com aparato,
luzes coloridas faíscam com recato,
exterioridades expõem beleza e luminosidade
que não alcançam os interiores escuros,
não abrangem o significado da data
nem apontam o caminho da simplicidade
onde o amor transita com humildade.

_Carmen Lúcia_

Foto de Elias Akhenaton

Meu eterno amor!

Quando vem clareando o dia,
Vejo você na luz que alumia a manhã
E nas ternas flores do jardim molhadas
Pelo orvalho da madrugada.

Vejo você nas matas verdes
Onde no alto de suas árvores
Os passarinhos cantam suas melodias...
Em suas canções o som suave de sua voz.

Você está nas gotas de chuva
Que caem levemente lá fora...
No divinal arco-íris cuja beleza
Refletem nas águas claras do mar.

À tardinha quando o sol se deita
Sobre o seu manto de arrebol,
Vejo você em suas rubras cores e na luz mística
Da lua que vem prateando à noite.

Você é a estrela que mais brilha no luar
Que irradia alegria na abóbada estelar
Iluminando com o esplendor do amor
À minh’alma, meu céu interior.

Enfim, você está em minha mais nobre emoção...
Em tudo que é belo... Na mansidão de minha prece...
Em meu sagrado poema – razão do seu tema.
Eternamente tatuada em meu coração.

-**-Elias Akhenaton-**-

Foto de Elias Akhenaton

Menina assanhada

Vem me enlouquecer,
Menina levada, assanhada,
Me atiçar
Com o seu jeito de amar.

Vem cá morena dengosa,
Da pele cheirosa,
Vamos brincar de amar.

No céu estelar
A lua vem nos fazer companhia,
Vem enfeitiçar
Com sua magia
O nosso ninho, o nosso jeito de amar.

Vou te envolver em meus braços
Beijar a tua boca e o teu corpo escultural,
Sedutor como uma rubra flor,
Beber de tua seiva,
Saciar o teu prazer, o meu também,
Vem cá meu bem,
Menina morena, minha pequena...
Vem me enlouquecer.

-**-Elias Akhenaton-**-

Foto de Carmen Vervloet

A Magia do Sonho

Era noite, soprei-o no ar...
E o sonho adormecido
pairou entre estrelas e luar.

Sobre cada estrela coloquei uma emoção
depois com minhas mãos
coloquei na lua meu sofrimento
pedi ao vento que trouxesse bom tempo.

As nuvens curvaram-se diante do vento
e esplendoroso surgiu o sol
e neste intenso arrebol
agora num raio de sol
sem nada que o prenda
vai meu sonho vestido em renda.

Segue sem rumo, sem itinerário,
pois o desejo de um sonho é vário
encanta-se com uma flor
e logo busca o amor
muda de ritmo, de compasso,
vai em busca do caloroso abraço

Procura tudo que o encanta,
enrosca-se numa nuvem branca,
com sua alma de mulher
e um rosto qualquer
jovem ou velho, sem idade,
segue o sonho no rastro da felicidade.

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