Mal

Foto de Carmen Lúcia

Fica comigo!

Fica comigo!
Não vês que sou teu abrigo,
só vives se estás comigo
e teimas em ficar sem mim...

Fica comigo!
Sei que não és indiferente
ao meu carinho envolvente;
Te esmoreces junto a mim...

Fica comigo!
Não desperdicemos o tempo
e todo amor que há dentro,
quase sem espaço, de ti e de mim...

Fica comigo!
Não apagues o que está escrito,
persuadindo o destino
em busca de desengano,
de mal traçado plano...
Somos dois e um só caminho;
não há outro a percorrer.

Se comigo não ficares
e pelo mundo vagares,
aqui vou permanecer...
E se voltares cansado
de falsos amores, marcado,
meu abraço irá te aquecer.

Carmen Lúcia

Foto de annytha

VOLTASTE

VOLTASTE!

Hoje fiquei a tua espera por um longo tempo e cheguei a pensar que tu nunca mais irias voltar. Mas tu chegastes de mansinho. Corri ao teu encontro e tu me deste um ardente beijo, onde sorvi o doce néctar dos teus lábios! Depois, do longo beijo, ainda trêmulo, me perguntaste qual o raio do luar deveríamos seguir, pois a noite estava linda e a lua cheia, cúmplice daquele encontro perecia sorrir para nós! Saímos sem nos preocupar com o relógio, peça inventada pelo homem pra nos fazer lembrar que o tempo se esvai. Não tínhamos pressa! O sol mal dera lugar à lua... Enfim, tínhamos um ao outro e naquele momento era tudo o que importava.
Teus lábios correram em meu corpo, me levando ao delírio ... Fiquei como desfalecida caída em teus braços. Tu gritavas o meu nome com tanta força, que o vento levava o eco da tua voz aos quadrantes do mundo!
Pedi para que tu não exagerasse nos carinhos, porque de tanta paixão e por ser um tanto delicada como o orvalho que nos envolvia naquela noite, quando o sol raiasse, eu juntamente com o orvalho também morreria. Tu me abraçavas cada vez mais forte, me fazendo estremecer de paixão. O calor do teu corpo conservava o meu do frio que fazia.
Por momentos, eu me sentia perdida, sem referências. Um grande medo de te perder me invadia e eu te pedia para não me deixares ficar contigo apenas nas recordações. Nada disseste, apenas me sorriste. Um sorriso calmo, sereno, que me dava certeza que seriamos eternos.
Nos levantamos e caminhamos até o mar, onde suas águas estavam agitadas, e não podemos sair no barquinho que estava ali, como se estivesse nos esperando pra nos levar ao lugar onde vivem os amantes. Eu temi pelo frágil barco, pois não pretendia ficar à deriva, e tu, atendeste ao meu temor e não insistisse. Ficamos ali abraçados, em silêncio.
Nada falamos, pois naquele instante as palavras não teriam nenhum significado.
Naquela noite, a felicidade tomou a nossa forma. Fomos felizes! Até quando não sei. Vivemos o presente, sem pensar no passado, esperando pelo futuro.

Foto de Joaninhavoa

CUMPLICIDADE EM RAIOS D`AMOR (DUETO - Joaninhavoa & Cumplicidade)

*
CUMPLICIDADE EM RAIOS D`AMOR
*

Preciso saber
Quantas pétalas
Tem a flor do mal-me-quer
Só assim fico a saber
Se o amor me quer

Preciso saber
Quantos são os raios
Dos olhos teus
Só assim fico a saber
Se são dois! Ao ver os meus

E se houver um terceiro
Interferência em campo alheio
Então fico a conhecer
Um compulsivo traiçoeiro

Senão houver! Cantarei
Enquanto o amor me quiser
Basta chamar...

(Joaninhavoa)

Poema resposta:

Comunhão total
Sem igual,
Não há um terceiro ou quarto,
Isso é um fato!

Cante sempre,
Cante contente,
Os meus olhos te buscam
Em todos,
Acho que estou louca!

Te vejo no cara atlético
Te vejo lindo, moreno e sarado
Como um Zeus!

Te vejo nos escritos de dois ou três
Falo com espelho,
Meio boba,
Ás vezes loba,
Com saudades de ouvir tua voz,
Se está por perto,
Apareça e fale comigo

Se apresente,
Porque pode ser
Que eu não acredite
Então, te chamo agora!
Cumpra o prometido
E, venha.
E, mesmo não te reconhecendo
Somos um e sempre seremos

(Cumplicidade)

Foto de Sentimento sublime

Natal!

Natal!

Aproxima-se Natal
Sentimentos a flor da pele
Pessoas num vai e vem sem parar
Todas em busca de mais um “Quê”
Que não sabem onde encontrar
Olham somente as luzes que brilham
Nas ruas, nas lojas, nas casas iluminadas.
Procuram alegrar com presentes
Amores, amigos, parentes.
Algumas buscando bens materiais
Outras apenas curar suas feridas
Cicatrizes de uma vida mal vivida
Nos hospitais doentes pedindo a Deus
Apenas um dia a mais de vida
Em asilos, orfanatos, pontes, becos, guetos.
Palácios, mansões, casebres.
Todos por Paz, Amor, Atenção e Carinho sedentos.
Muitos não se lembram dos irmãos
Que por um prato de comida um agasalho, um pão.
Á procura o ano inteiro estão
E os filhos da guerra, que com ela procuram a Paz.
Destruindo o planeta e o ser humano cada vez mais
Preconceitos, racismo, violência.
Pobre ser humano!
Perdido, massa falida que não vê.
Que tudo que ele precisa
Está em Deus, e não sabe.
Que ele mora em você!
Manaste!

Feliz Nata!
São meus votos a todos vocês, poetas e poetisas amigos!
Que o Menino Deus, renasça em seus corações fortalecendo-os
na crença que ha alguem lá em cima olhando por nós!
Muita paz, saude e concretizações em seus planos para o ano vindouro.
Beijos e abraços fraternos e carinhosos.
Osvania_Souza

Foto de Carmen Vervloet

OLHOS QUE VEEM, CORAÇÃO QUE SENTE

No meu coração, gravada em felicidade, a fazenda Três Meninas! O casarão caiado em branco, portas e janelas pintadas em ocre, a varandinha, como mamãe chamava, com jardineiras repletas de gerânios coloridos e camaradinhas que caiam até o chão. Em frente à casa, estonteante jardim, onde borboletas faziam seu ritual diário, beijando com amor a cada exuberante flor, cena que meu coração menino guardou para sempre. As cercas todas cobertas por buguenvílias num festival de cores. Em seguida ao jardim, o pomar com gigantescas fruteiras (olhos de criança, enxergam tudo maior), mangueiras, abacateiros, laranjeiras, goiabeiras e tantas outras que não se conseguiria enumerar, onde com a agilidade da idade subia, não só para colher e saborear os frutos maduros, mas, para ver de perto os ninhos de passarinhos, que papai com sua profunda sabedoria, já me ensinava a preservar. Passava horas sobre os galhos das minhas fruteiras prediletas, principalmente goiabeira, que era só minha, ficava ao lado do riacho, onde também costumava pescar. Lá do alto, no meu galho preferido, junto aos pássaros, voava em meus sonhos de criança feliz!
Nos meus devaneios, fui mãe (das minhas bonecas), fui anjo (nas coroações de Nossa Senhora), viajei pelo mundo (sempre que via um avião passar), fui menina-moça (sonhando o primeiro amor). Na vida real fui criança feliz, cercada pelo amor e carinho de minha doce mãe, de meu sensível e amigo pai (ah! Que saudade eu sinto de você, pai), de minhas duas irmãs mais velhas que faziam de mim sua boneca mais querida, colocando-me sobre uma pilha de travesseiros, num altar improvisado sobre a cama de meus pais, onde eu era o anjo, na coroação que faziam de Nossa Senhora. Nesta época eu tinha apenas dois anos e se o sono chegava, a cabecinha pendia para o lado, logo me acordavam, pois não podiam parar a importante brincadeira.
Já maior, menina destemida, levei carreira de vaca brava, só porque me embrenhei na pasto, reduto das vacas com suas crias, para colher deliciosa jaca, que degustara com o prazer dos glutões. O cheiro da jaca sempre me reporta às boas lembranças da Fazenda Três Meninas... Até hoje tenho uma pequena cicatriz na perna, que preservo com carinho, sinal de uma infância livre e feliz. Desci morros em folhas de coqueiros, cavalguei cavalos bravos, pesquei com peneira em rio caudaloso! Ah! Tempo bom que não volta mais!...
Mês de dezembro. Tempo de expectativas e alegrias. Logo no começo era a espera do meu aniversário, da minha festa, do vestido novo, do meu presente, o bolo, a mesa de doces com os deliciosos quindins feitos por mamãe. Depois a expectativa do Natal, a escolha do pinheiro, do lugar estratégico para montar a imensa árvore, os enfeites coloridos, estrelas, anjinhos, bolas que eu ajudava mamãe a pendurar, um a um, com delicadeza e carinho, junto à certeza da chegada do bom velhinho, em quem eu acreditava piamente, com todos os presentes que havia pedido por carta que mamãe me ajudava a escrever. O envelope subscritado com os dizeres: Para Papai Noel – Céu
E depois era esperar a chegada do grande dia. Era o coração batendo em ansiedade, era a aflição de ser merecedora ou não da atenção do bom velhinho. Quando chegava o dia 24, sentia o tempo lento, as horas se arrastando, o sapatinho, o mais novo, sob a árvore, desde muito cedo, o coração batendo acelerado. Mal anoitecia, já deixava a porta entreaberta para a entrada de Papai Noel e corria para minha cama tentando dormir, sempre abraçada a minha boneca preferida, para acalmar as batidas do meu coração. O ouvido apurado para tentar ouvir qualquer ruído diferente. Era sempre uma noite muito, muito longa! Os olhos bem abertos até que o cansaço e o sono me venciam!
No dia seguinte, cedo pulava da cama. Que grande felicidade, todos os meus presentes lá estavam sob a árvore. Era uma festa só! Espalhava os presentes pela casa toda, na vitrola disco LP tocando canções natalinas, função de papai que adorava música... (Ah! Papai quanta coisa boa aprendi com você). Lembro-me bem de um fogãozinho, panelinhas, pratos, talheres que levei logo para o meu cantinho, onde brincava de casinha. Lembro-me também de uma boneca bebê e seu berço que conservei por muitos e muitos anos.
Todas essas lembranças continuam vivas dentro de mim, como se o tempo realmente tivesse parado nestes momentos de paz e felicidade. Os almoços natalinos na casa de meus avós paternos onde toda a imensa família se reunia em torno de uma enorme mesa. Vovô na cabeceira, vovó sentada a sua direita, tios, tias, primos e mais presentes para as crianças, comidas deliciosas, sobremesas dos deuses, bons vinhos que eu via os adultos degustarem, (depois do almoço, escondida de todos, eu ia bebericando o restinho de cada copo), arranjos de frutas colhidas no pomar, flores por toda a casa e depois minhas tias revezando-se ao piano, já na sala de visita, onde os adultos tomavam cafezinho e licores. A criançada correndo pelo quintal, pelo jardim, pelo pomar... Tantos momentos felizes incontáveis como as estrelas do firmamento! Momentos que eternizei no meu coração.
Hoje o tempo é outro, a vida está diferente. Muitos se foram... Outros chegaram... Os espaços estão reduzidos, as moradias se verticalizaram, as janelas têm grades por causa da violência, as crianças já não acreditam em Papai Noel, desapareceu o espírito cristão do Natal para dar lugar a sua comercialização, as ceias tomaram o lugar dos grandes almoços em família, da missa do galo...
Mas a vida é dinâmica e temos que acompanhá-la. Os grandes encontros de família são raros. As famílias foram loteadas, junto aos espaços, junto a outras famílias, junto à necessidade de subsistência.
Nada mais é como antes, mas mesmo assim continuamos comemorando o nascimento do Menino Deus, em outros padrões é verdade, mas com o mesmo desejo de que haja paz, comida e felicidade em todos os lares.
Feliz daquele que tem tatuado nas entranhas da alma os venturosos natais de outrora vistos por olhos que vêem, olhos atentos de criança, sentidos com a pureza do coração!
Olhos da alma, sentimentos eternizados!...

Carmen Vervloet
Vitória, 23/12/2008
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À AUTORA

Foto de Carmen Lúcia

Feliz Natal!(Para todos!)

Feliz Natal!

Ele nasce outra vez!
Como nasce o novo dia...
Trazendo belezas infindas
do universo de onde se fez.

Ele nasce outra vez!
E tantas quantas precisas forem,
trazendo consigo o amor
que talvez houvesse adormecido
ou dele tivessem se esquecido
minimizando-lhe o valor!

Ele nasce outra vez!
Semeando o bem e afastando o mal;
fertilizando o bom, conscientizando o mau...
Preenchendo lacunas escuras
onde a luz não consegue entrar.
Nasce e renasce,
com seu brilho no olhar!

Carmen Lúcia

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

ADEUS MAL ENTENDIDO

ADEUS MAL ENTENDIDO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Olhando o tempo perdido
Os meus olhos envelheceram
Chorando o adeus mal entendido
Que os meus olhos nunca esqueceram

Os meus labios revoltados
Beijaram os labios de outro alguem
Mas os seus beijos molhados
Juro, na vida ninguem tem

Olhando as horas quietas
Onde cabe tanto carinho
Sigo pelas ruas desertas
Sonhando ve-la no caminho

Se os os meus olhos cansados
Busca-a no clarao do dia ao longe
E porque meus pensamentos apressados
Procura saber onde voce se esconde

Lindo amor voce esta aqui comigo
Mesmo na frieza da ausencia
Mesmo que nao seja um sentimento amigo
Mas certamente incentiva minha insistencia

Lindo amor,quero acha-la seja onde for
Mesmo que seja so para ve-la
Se houver a alegria do amor
Eu abrirei os bracos para recebe-la
Mas se houver a agonia da dor
Eu recolherei os meus trapos
Mas, jamais irei esquece-la

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA - (1) 914-699-0186 - Luiz

Foto de pttuii

O amor desfazer-nos-á

fiz-me mal nesse dia de tarde. Lembrei-me de sentir o rústico da textura daquele rádio gravador.
Pareciam envolver-me com uma folha grossa de seda, e de fora só um dedo que descolou a música. Antecipei a dor de não ser como queria ter sido. Desta vez foi um ian curtis diferente. As costas de pau onde assentei a minha existência. A cabeça de areia que, grão a grão, me afogava quase sem retorno.
O amor deixou de me magoar, e com isto me restaurava a cada segundo. Percebi que o sol coçava as frágeis películas etéreas que me separavam dele. Se ia ser queimado, antes profundamente do que ser deixado ao critério do que me queria eliminar. Fossem os minutos pedaços de uma sopa de raciocínios, a minha cabeça teria explodido, e o ar cheiraria a fome morta pela eternidade. Assinei com o que de mim restava, um contrato de auto-destruição. Iria com pouco estilo, porque nunca me tive por muito. A única pessoa com quem dancei, foi uma voz. A única cidade que foi minha, foi o Punk. Diferenças do tudo, para o que consegui evitar, fizeram-me perceber que nunca havia querido mais que o muito pouco. Fiz-me mesmo mal naquela tarde. Já só me restei quando o dia se descolou da noite, e acabou. Acabei-me.....

Foto de Ayslan

Pedido ao céu

Queria eu saber o que se passa em seu coração.
Queria eu saber o tamanho do meu, porque te amo tanto, tanto que já não sei se ti amo...
Ou se simplesmente ti amo.
Sabe quando estou voltando para casa observo as estrelas.
E lembro-me da primeira vez que ti vi, e temia não te ver novamente...
Então pedi aos céus que me levasse ate você, ou que me colocasse novamente em seu caminho... Durante muito tempo olhava para o céu esperando uma resposta...
Lá avistei uma estrela que brilhava intensamente e me fazia lembrar-me dos seus lindos olhos. Coloquei o nome daquela estrela de Priscila.
Então certa noite eu ouvi uma linda e suave voz, que me perguntou:
- Porque me diz tanto quando não sou eu dona dos seus sentimentos...
Fiquei sem saber o que estava acontecendo. Assustado, procurei alguém, mas nada vi.
Então voltei a ouvir a linda e suave voz...
- Quem eis dona de tão puro, lindo, e verdadeiro amor...
Fechei os olhos e respondi:
- A dona do meu amor, não faz idéia do quanto a amo, talvez nem se lembre de mim. E acho que se um dia ela descobrir de mim, ficara assustada porque não vai conseguir entender o quanto a amo...
- Mas quem é você?
- Me chame apenas de estrela ou pode me chamar de Priscila, não foi esse o nome que me deu!
- E se me amares como amas sua amada Priscila, tens meu eterno coração, amor e minha vida.
- perdoe-me estrela, mas não posso amar a dois corações. E o que sinto não sei nem dizer, mas acho que já a amava antes mesmo de nascer. Meu coração sempre foi dela, e sempre será.
Não posso descrever o amor, mas através do que sinto sei que é incondicional, imprevisível, inesperado, insuportável, incontrolável e incontido. Mas descrever todo meu amor é impossível, mal consigo conter meu peito em ti dizer... É como se meu coração não pertencesse mais a mim e sim a ela.
- Vou atender a seu pedido, contudo peço-lhe que me chames de Priscila, sei que nunca vou ter seu amor, por todas as noites vou brilhar, e sentir seu amor que ate mesmo eu (estrela) de tão longe pude sentir seu coração bater, ao ouvir você dizer “Eu te Amo Priscila”

para:Priscila

Foto de Joaninhavoa

Raios de amor...

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Raios de amor...
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Preciso saber
Quantas pétalas
Tem a flor do mal-me-quer
Só assim fico a saber
Se o amor me quer

Preciso saber
Quantos são os raios
Dos olhos teus
Só assim fico a saber
Se são dois! Ao ver os meus

E se houver um terceiro
Interferência em campo alheio
Então fico a conhecer
Um compulsivo traiçoeiro

Senão houver! Cantarei
Enquanto o amor me quiser
Basta chamar

Joaninhavoa
(helenafarias)
20 de Dezembro de 2008

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