Mal

Foto de vera cristina

Inimigo

" Inimigo "

A ti querido inimigo
Te dedico este poema
Como prova do meu desinteresse
Pela tua ignorância
Pessoas como tu
Que só sabem fazer mal
Pela frente são uma coisa
Por trás montam o arraial
Falam sem saber
Falam por falar
Falam como se o mundo
Amanhã fosse acabar
Acham-se importantes
Que estão acima dos demais
Mas no fundo são uns tolos
E não passam de anormais...

Poema escrito por mim Vera Cruz

Foto de EDU O ESPIÃO.

REVERÊNCIA AS MULHERES

Não existe mulher mal amada, existe mulher mal cantada. Não é o que sempre ouvimos falar, não existe mulher feia, existe mal tratada mal cuidada.
Mulher é feito flor cuidados lhe requer, habilidade para saber reverênciá-la.
Estamos vivendo no mundo mesquinho, sem galanteios, sem promessas,cavalheirismo,onde só se cobiça o corpo da mulher.
Sem a fase do impressionante, do conhecimento. Hoje se conhece, amanhã já se leva pra cama.
Eu sou protetor das mulheres vejo que estão perdendo seu degrau de mulher.
Mulheres isso sem ofensas e sim pelos fatos atuais.
Quando falo de mulher feia,é por vários fatores da vida a mulher pode se acabar,
A luta do dia a dia, sofrimentos por dificuldades de vivencia com o companheiro.
Problemas financeiros,tudo contribuí para que algumas mulheres o tempo a sacrificam tornando-as descuidadas. Fora que existe a mulher mal cantada e não amada.,tem sujestos que ainda não sabe
dar uma boa cantada, onde a mulher se sente mulher, e não objeto de prazer.
Olhem para o perfil de uma mulher amando que tenha carinho atenção
Ela transporta luz, a mal cantada seu semblante já diz a falta de amor.
Quero dar um recado as mulheres que vierem me ler: o mesmo que falo pra
Minhas irmãs tenho 3 irmãs sendo uma casada. Se valorizem, eu sou homem sei como é
Não sou nenhum santo, nenhum esperto nem sabichão. Mas sempre digo a minhas irmãs
Se valorizem, porque mesmo que o cara queira namorar com a mulher levando no primeiro dia de namoro pro motel, na hora do compromisso ele vai querer a que se
Valoriza, que se de o devido valor. Mulher tem sido alvo fácil, me desculpem amigas do site, minha vasta sinceridade, não estou dizendo que é com vocês, estou sintetizando realidade, eu tenho conhecidos que numa noite fica com 3 4 mulheres se achando o rei da cocada preta,e ainda com perigo de contrair doenças, por não saber quem são seus parceiros e parceiras.
Eu recebi um e- mail falando que sou um bobão por defender as mulheres.Pensam que me atingiu? Não, muito pelo o contrário, é mais um idiota que só ve a mulher pro sexo pra orgia, e na hora do compromisso tira o dele da reta.=== Esse é meu recado.
Mulheres esse negocio não ta com nada, isso transforma a mulher mal amada um objeto
De prazer, é isso querem pra sempre? Por essas e outras que gosto de mulher difícil.
Me chamam de banana, de bobo, otário o que for, mas sou um homem a moda antiga.
Perto dos meus querenta anos, gosto de viver meus romances assim:
Ai vem a pergunta que não quer calar=====será que o Edu, não gosta de sexo?===
===Com toda luz que ilumina o Edu gosta de sexo ,sim! Mas não com qualquer uma.
Tem que ser com a mulher que eu ame, e que eu saiba que ela não passou de mão em mão.
Essa mulher ganha meu coração, aquela perante a sociedade é uma Dama com classe.
Mas que entre 4 paredes me arrase.===essa ganha meu coração e a farei muito feliz.
O resto é comigo mesmo, também não gosto de ficar falando que faço ou deixo d fazer, acontece, que
Cão que ladra não morde.
=======vamos reverênciar as mulheres. Mulheres sejam sempre mulheres.Não saiam do pedestal de vocês, e não permita que alguém as faça descer.
==Se amem, escolha seus parceiros, levem a vida sério, o negocio não é so sedução, saculejar o bum bum.
achando que essa é a forma de se conquistar alguém se fazendo desmerecer====
essa historinha de ficar, também é uma tremenda enganção. Quando a ficha cai você se encontra sozinha
com sentimentos de solidão, não tendo algo firme ao seu lado.
pensem, reflitam ficar não ta com nada.

====== edu.com e.espião

Foto de von buchman

NEM CONSIGO ACREDITAR...

Nas noites que tenho passado aqui,
Estes pensamentos em minha mente,
Não me deixam descansar.
Meu coração não suporta mais
e vou te contar...

Alguém me disse que viu você,
a beijar outra pessoa numa noite de luar ...
Isto me fez muito mal...
Sempre confiei em você
e nunca nada lhe perguntei.
Mas algo remoe aqui dentro de mim,
preciso saber , se é verdade o que vieram me falar...

Meu amor, não quero saber de enganos ,
pois você está brincando com meu coração
e escondendo o que andas aprontando...
O meu pobre coração não agüenta este sofrer..
foste muito má me iludindo no amar...

A tua esperteza me cegou,
nunca me deixastes perceber o que estavas a me armar.
Querida, não quero mais saber de você...
Quando penso em você nos braços de outro meu mundo vem a desabar...
Não quero acreditar no que meus olhos nunca viram acontecer...
Não faz assim comigo e vem logo me contar...
Quero saber a pura verdade , para poder meu coração acalmar...

Meu amor, se estás a aprontar , vem logo me falar,
pois este coração, ao qual tu tanto fizeste juras de amor e fidelidade, não vai suportar...
Não consigo entender que estes teus olhos puros estão a me enganar...

Falas-me, anjo.
Ele te toca ou faz carinhos melhores que os meus?
Ele alguma vez te fez adormecer?
Mostras-te ou fizeste amor como fazes comigo ?
Quero tudo saber, não deixes-me aqui a sofrer...

Fui bobo e te dei meu amor...
Nunca tente me mentir ou enganar,
Pois sei muito bem que estás a me deixar.
Não quero fazer pressão em tua decisão,
mas não vá embora sem antes me falar ,
O que realmente aconteceu naquela noite de luar...

Tu querias tantas coisas e te dei...
Até ver neve te levei e o que ganhei em troca ?
Todos falam em traição ...
Vem meu amor, falas-me que não passa de uma ilusão.
Pois sou muito forte e saberei te perdoar...

Existe dois caminhos a você tomar ....
O da ilusão e o do eterno amar....
Pense bem, meu amor pois meu coração não suporta esperar...
Quando penso em como minha vida vai ficar triste sem você a me amar...
Tenho que reconhecer que sem você não vou voltar a amar...
Eu posso até voltar a viver mas nunca mais a amar...

Vai, fala-me que tudo isto foi um
perverso pesadelo
e você nunca a outro esteve a beijar....

. . . . . . . . . . . . . .
Tenhas meu eterno amar e meu mais ousado desejar...
Meu puro carinho é eternamente seu
Beijos e mimos de paixão
de quem nunca poderá esquecer-te
ou deixar de amar-te..
ICH LIEBE DICH ...
do Von Buchman

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

ALERTA A IMPORTÂNCIA DO USO DO CAPACETE

*
*
* "FATO REAL"
*ONDE EU VIVENCIO.

Alerta.
Queria dar um alerta....Sei que aqui é site de poemas de amor...
Mas meu alerta é de amor....
Quem tem algum parente ou amigo que anda de moto
Que tem esse fascínio por moto.
Ou até um de nossos amigos poetas escritores aqui, dentre nós.
Que usa moto, ai vai um alerta de amor a vida...
Obrigue-o que use capacete....
Não vim querer aparecer, nem tão pouco me mostrar...
Quero alertar!!!!
Na ultima sexta- feira, não sei se notaram minha ausência, mas isso não vem o caso.
Citei apenas para comentar, que nessa sexta-feira última.
Se não fosse o uso do capacete eu teria perdido meu irmão de apenas 28 anos de idade.
Ele derrapou na pista, a moto jogou longe, ainda por cima contra mão, correndo o risco
De bater no veiculo que estivesse vindo.....Mas menos mal nesse momento não estava
Vindo carro algum...Mas ele foi jogado por 10 metros e bateu em pedras, seu corpo foi lançado a mais de 80 km por hora nas rochas na beira do asfalto.
Tendo serio e graves ferimentos, ele esta com as duas pernas quebradas, e um braço quebrado, fora outros ferimentos...E ficou mais de 12 horas inconsciente.
Pra se ter idéia do impacto....O capacete dele rachou ao meio.
Mas Graças a Deus, ele já fez todos os exames, e na cabeça, ele não sofreu nada.
Nem com a rachadura do capacete ele não sofreu nenhum arranhão no rosto..
Mas a perícia constatou....Se não fosse o uso do capacete ele teria morrido.
E nessa história toda, todos nós ficamos desesperados....Meu pai sofre de hipertensão
Ele também ainda veio passar mal com essa situação toda. Mas agora tudo se acalmou.
Meu irmão ainda se encontra internado fora de perigo!!! Mas esta todo quebrado, dependendo mesmo de ajuda.
Ai meu alerta para que as pessoas, assim como o cinto de segurança, que inclusive nossa
Amiga Civana a uns dias atrás postou esse alerta.
Eu venho pedir:
A moto já sabemos que não nos da segurança alguma, não que eu seja contra as motos, até gosto de andar de moto....mas todo cuidado é pouco....
Não DEIXEM DE USAR O CAPECETE....ele salva vidas. Mesmo que seu corpo
Se machuque , se arrebente se quebre todo, ainda sim a cabeça é o Alvo de muito cuidado.
Motoqueiros tem que andar com mais atenção que ele possa imaginar!!!
A moto é muito perigosa, mas que veículos. Não que o veículo não tenhamos
Perigos, temos!!!!Mas sabemos que o veiculo ainda nos da mais proteção que a moto.
Então meus amigos que aqui me lerem. Vamos pedir a quem goste de moto, mas atenção
E o uso do capacete....
Obrigada por tudo....acabo de ligar para o hospital e meu irmão esta bem!!!
Ah! Um detalhe, tenho que agradecer a uns amigos que ainda não sei como souberam desse ocorrido e me enviaram muitos e-mails, repondi alguns, vou terminar de responder o restante....
Eu peço a licença de todos, para uns minutos de atenção ....Isso é muito sério!
O Capacete salvou a vida do meu irmão!!! E pode salvar de outras pessoas. Basta usar!!!
Obrigada!!!!

Anna A FLOR DE LIS

Foto de lua sem mar

lua

Procuro-te num sonho,
Nas noites que durmo,
Sou espaço vazio,
No dia do teu fim.

Não desisto da dor,
Não perco o sofrimento,
Contigo tive muito amor,
Hoje não quero perder-te.

O meu olhar te sorri,
Uma lua carente,
Desfecho que não vi,
Preciso de ti presente.

A lua era medieval,
No dia que te vi,
De olhos bem espetados,
Nunca me fizeste mal.

Já não tenho olhar brilhante,
Perdida numa lágrima,
Em horas constantes,
Foi o fim de duas luas cintilantes.

Foto de Sonia Delsin

A VIDA NOS APROXIMOU

A VIDA NOS APROXIMOU

Nos conhecemos de uma forma singular.
Dissemos.
Que maneira foi a nossa de nos encontrar.

Eu estava tão longe de ti.
Tu tão longe de mim.
Íamos por estradas paralelas caminhando.
Era bem assim.

Eu sofria de um mal que pensava incurável.
Dor de amor.
Tu também morrias de dor.

Nos tornamos amigos.
Mais que amigos.
Confidentes.

E descobrimos com o correr do tempo que somos mais.
Estamos apaixonados e juntos sentimos uma enorme paz.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

" MEMORIAS DE UM CAFAJESTE "

“MEMÓRIAS DE UM CAFAJESTE “

Houve um tempo que eu era o cara...
Andava me olhando nos espelhos...
Minha figura me orgulhava...
Eu vivia dando conselhos!!!

Nada, mas nada mesmo abalava minha auto-estima...
Eu era o extrato da sacanagem...
Varava as madrugadas em orgias...
E estava sempre no meio da pilantragem!!!

Tentei fazer mestrado em safadeza...
Mas perdi no primeiro embate...
Não me elegi, embora reconheça minha grandeza...
Desisti de ser político, é o cumulo do disparate!!!

Sou um cafajeste de plantão...
Conheço todos os meandros da malandragem...
Mas daí a ser vidraça no meio da escuridão...
Não me atrevi embarcar nesta viagem!!!

Acho que mesmo sendo pilantra...
Ainda sou bastante infantil...
Transitar no meio desses políticos...
É desejar mal para o Brasil!!!

Foto de lua sem mar

lua

Sorriste-me perto da ria,
quando de febre eu já quase morria,
nos delírios pró mar,
nos suores que meu corpo gemia,
eu ardia em fogo brando,
na minha vida deixas-te unguento,
és mais fresco que o orvalho,
redimiste-me das penas do meu passado,
arrancaste as pétalas do degredo,
fortificaste e alimentaste a minha alma viva,
por ti voltei a ser gente.
Adorei, Deus existe!
Ofereci minha face sagrada,
em volta de nós,
cresceu,
erva mistificada.
Deste-me todas as conchas do mar,
e,
muitos sorrisos na boca,
nada que eu possa dar,
para ser troca.
Deste-me os ferros da razão,
mostraste a tua força da união,
tiraste-me do mal.
Impus a dor do crucifixo,
leves cinzas do nosso prazer.
Um dia Deus criou
Um Secreto e Poético
Ser.

Foto de Carmen Lúcia

A bela cigana

“A bela cigana”

texto inspirado no conto de Machado de Assis: "A cartomante"
(Homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis)

O velho relógio da matriz acabava de ribombar a nona badalada, que pairava no ar, feito fundo sonoro e enigmático da história empolgante que acontecia.
Passos apressados se fizeram ouvir, como os de alguém que ansiava chegar rapidamente ao destino a que se dirigia. Pelo toc-toc dos sapatos percebia-se serem de salto alto e consequentemente, de mulher.
Parou por uns instantes numa esquina, como que a espreitar, sem se fazer notar, ao ouvir o barulho de um trem. Esperou nervosamente sua passagem e atravessou a linha. Seus passos agora eram mais rápidos, como se quisesse recuperar o tempo perdido.
Seguiu pela Rua do Porto, tortuosa, escura e esburacada. Aquela noite sem luar estava
propícia para o que se propusera a fazer. Uma grande aliada! Após atravessar algumas esquinas úmidas e sombrias, chegou ao local que lhe haviam, sigilosamente, indicado.
Não era bem uma casa, mas algo parecido.Deparou-se frente a um barracão bastante surrado, meio fantasmagórico, mal iluminado por velas e lampiões.
Ficou assustada.Pensou em voltar, desistir de seu intuito, mas o motivo que a levara até ali era muito forte e resolveu continuar.
Olhou para os lados para certificar-se de não haver ninguém por perto e começou a bater palmas.
Uma figura excêntrica, trajando roupas exóticas e coloridas surgiu silenciosamente feito uma aparição. Escondia o rosto num véu, lembrando dançarina do Oriente Médio, deixando à mostra um par de olhos negros, grandes, belíssimos e um ventre bem torneado.
- Boa noite!disse-lhe Lígia.
A cigana fez um leve movimento com a cabeça, cumprimentando-a e estendeu o braço, apontando-lhe o local a que deveria se dirigir.
Ambas sentaram-se nas almofadas que havia ao redor de uma mesinha onde a misteriosa mulher, à luz de velas, começou a colocar cartas de um baralho sinistro, pedindo que Lígia escolhesse algumas. E assim ela o fez, sem tirar os olhos da bela cigana, agora sem o véu.
De repente, viu um largo sorriso em seus lábios, revelando dentes muito alvos e um canino revestido de ouro.
-Vejo imensa luz em seu destino!Seus sonhos serão realizados!Nada a afastará de seu grande amor.Somente a morte, após terem vivido longos anos de felicidade.
Em seguida, pegou a mão esquerda de Lígia :-Essa linha mais comprida da palma de sua mão vem comprovar o que lhe disse.
Lígia sentiu-se muito feliz e um alívio tomara conta de seu coração.Pagou a mulher, que já aguardava o pagamento pelo seu trabalho e retirou-se dali.
Eram vinte e três horas quando chegou à Avenida Coronel Alcântara, onde residia.Não ficava distante do local de onde viera.
Tirou as roupas, os sapatos, vestiu uma camisola branca e deitou-se, sem qualquer ruído, ao lado de Álvaro, seu marido, que roncava, dormindo profundamente.Apagou a luz do abajur e adormeceu logo em seguida, satisfeita com o que ouvira naquelas últimas horas.
Cássio a esperava no lugar de sempre, sem muito movimento de veículos e transeuntes.Final da Rua Vinte e Oito, local ideal para encontros clandestinos.Olhava seu relógio, pois, já passava das vinte horas, horário combinado por eles.

Lígia apontara na esquina, mais bonita que nunca, com um insinuante vestido preto colado ao corpo, ornamentado por um generoso decote, mostrando seu colo macio e branco e uma boa parte de seus seios.Deixava no ar um rastro de perfume francês.
Cássio a olhou com olhos de admiração e desejo.Saiu do carro e abriu a porta para que ela entrasse.
Partiram para um lugar retirado, onde pudessem conversar e namorar tranquilamente.
-Nada irá se opor a nós!As palavras da cigana foram convincentes.Seu misticismo é contundente.Não há como descrer.
Ele riu da credulidade infantil da amante, mas não proferiu qualquer palavra sobre o assunto.Preferia-a assim, crédula e feliz.
Cássio havia sido chamado ao gabinete de seu chefe. Esperava o elevador que demorou um bom tempo para chegar.Bateu à porta levemente e ouviu:-Pode entrar!
Álvaro girou sua poltrona e ficou frente a frente com seu assessor.Fumava um charuto cubano e fazia questão de soltar a fumaça em direção ao seu subalterno.
Este ficou um tanto constrangido, pois notou algo de diferente no ar. Pensou:-Será que ele descobriu tudo?
-Preciso resolver um problema da empresa, em São Paulo, e pela confiança inabalável que tenho em você, pela sua inegável competência, quero pedir-lhe que vá em meu lugar, pois tenho outros assuntos pendentes a resolver .
Deu uma pausa no falar para acender outro charuto.
Cássio jamais negaria esse pedido ao seu chefe e amigo, ainda mais pela consciência pesada que trazia, decorrente da traição amorosa com sua mulher.
-Conte comigo, Álvaro!Amanhã mesmo tentarei resolver isso.
Sentiu-se livre do mau presságio que o invadira.
Combinaram o horário da viagem, despediram-se e Cássio voltou para sua sala.
Lígia atendeu o telefone que tocava insistentemente.
-Olá, querida!Que tal irmos para São Paulo e termos uma semana somente para nós?
Do outro lado da linha, uma mulher pálida e trêmula, não sabia se chorava ou ria.
Ele a tranquilizou e até sugeriu uma desculpa ao marido.Ela diria que precisava visitar uma amiga de infância, em fase terminal de câncer, na cidade de Resende.
Bem, parecia que tudo conspirava a favor para que os amantes ficassem juntos por mais tempo e se amassem muito.
Poucas horas antes da viagem, Lígia fez um pedido ao Cássio:-Gostaria de agradecer à cigana por essa felicidade, que em grande parte, ela nos proporcionou, já que eu andava tão angustiada, acreditando numa possível desconfiança de meu marido.
Cássio colocou alguns obstáculos nessa idéia da amante, mas, se era para deixá-la mais feliz, concordou.
As horas passavam e Lígia não chegava. Preocupado, resolveu ir até lá. Já era noite e um chuvisco embaçava o vidro do carro, deixando-o impaciente. Parou próximo à linha do trem, para esperá-lo passar. Era um cargueiro que parecia não ter fim.
Finalmente, linha desimpedida! Acelerou o carro e chegou em frente ao barracão que sabia muito bem onde se localizava, graças às informações de Lígia.
Bateu palmas e ninguém apareceu. As velas acesas piscavam e os lampiões estavam apagados.
Resolveu entrar, na surdina. Pé ante pé...A cena que viu jamais sairia de sua mente. Abraçados sobre as almofadas, a bela cigana e Álvaro...e mais adiante, numa poça de sangue, o corpo sem vida de seu grande amor...Lígia!

(Carmen Lúcia)

Foto de Sonia Delsin

O JARDIM... DO ESPELHO

O JARDIM... DO ESPELHO

Acredito que para crescermos interiormente passamos muitas vezes por situações muito delicadas, muito difíceis, por fases dolorosas...
Algumas pessoas se revoltam com o sofrimento, tornam-se amargas. Perdem o amor pela vida. Mas às vezes ele é um mal necessário, mesmo que nem nos apercebamos disso.
Ninguém deseja sofrer e quando acontece de sofrermos precisamos sempre procurar tirar algum proveito disto no sentido de crescermos.
Vou contar aqui fatos ocorridos há muitos anos. Uma fase negra, que sei que devia ter apagado de minha alma, de minhas lembranças, de meu eu. Mas como nunca consigo encontrar o apagador... vez ou outra estas lembranças também voltam, vem à tona e agora mesmo estou me lembrando delas.
São dores que já não doem, doeram no seu tempo. Doeram demais e marcaram irremediavelmente minha vida.
Triunfei sobre esta fase e nem devia mais tocar no assunto, mas vou narrá-la para que alguém ao lê-la possa tirar algum proveito. Não é bem por aí, porque não é com as lições dos outros que aprendemos mais, mas com as nossas próprias experiências. Mas tudo bem! Vou contar assim mesmo para quem quiser conhecer um pouco mais de mim.
Vou contar o milagre de um espelho.
O fato aconteceu numa primavera. Naquele tempo eu mal completara dezesseis anos e estava presa a uma cama por quase um ano. Sem perspectivas de melhora eu definhava no leito, sofrendo muitas dores e causando também muito sofrimento a todos meus familiares.
Revoltada com o que a vida me oferecia naqueles meus anos de menina-moça eu me tornava muitas vezes uma doentinha intratável.
Minha mãe com muita paciência e tato enchia o quarto com revistas, com livros que eu tanto gostava e deixava que nosso cãozinho me fizesse companhia quase todo o tempo. Não tínhamos uma TV e só um pequeno rádio me trazia um pouco de distração, além da leitura.
As paredes pintadas de um verde claro, os poucos móveis, um quadro de Jesus e Maria, uma cômoda coberta de remédios, um pouco do céu que eu conseguia enxergar através da janela eram as minhas imagens visuais todo o tempo.
Eu via a vida correndo e sem poder andar, ou me sentar eu já nem sabia mais sonhar. Esperava aquela tortura acabar de uma vez. Entregava-me à dor, ao sofrer.
Um dia, mal amanhecera, minha mãe me fez uma proposta, perguntou-me se eu desejava ver o seu jardim.
Então eu argumentei com ela que nem me levantava, se quisessem me carregar eu sentiria mais dores, me sentiria mal. Não queria sair da cama, que me deixasse em paz.
Ela não aceitou a minha recusa e sugeriu que eu poderia ver o jardim através de um espelho.
Achei bobagem. Que graça teria?!
Ela deixou o quarto e minutos depois apareceu com um espelhinho na mão e foi até a janela. Botou o braço para fora e ajeitou-o para que eu visse o canteiro cheio de flores, perguntando se dava para ver a roseira carregada de belas rosas vermelhas.
Vi as rosas, também as dálias, as margaridas e tantas outras.
As flores todas, que de meu leito só sentia o seu perfume.
Ajeitando-o melhor, com muita paciência, minha mãe me trazia para dentro do quarto os beija-flores que visitavam o seu jardim naquele dia e as borboletas que iam de flor em flor.
Não a deixei guardar tão cedo o espelho. Queria ver mais. Queria trazer para dentro do meu quarto de doente, a primavera que despontara lá fora sem que eu a pudesse apreciar.
Na manhã seguinte ela voltou com o espelho e eu vi as mudanças que se operaram num só dia naquele jardim. Vi que havia mais borboletas, abelhas e que também novos beija-flores o visitavam. Até me pareceu ver ali do leito uma gota de orvalho sobre uma rosa cor-de-rosa.
Quis todos os dias repetir a experiência e minha mãe perdia um tempo enorme ajeitando o espelho, para que eu visse melhor o que acontecia lá fora enquanto eu definhava no leito.
Eu aguardava a manhã chegar para assistir todas as manhãs aquela primavera lá de fora, que um espelho conseguia me trazer.
Assim, os três meses se passaram, e eu comecei lentamente a melhorar. Comecei de novo a achar que tudo valia a pena, que a beleza não morrera porque eu não participava dela. E poderia ainda participar, havia um mundo lá fora e eu ainda o poderia desfrutar.
Na primavera seguinte eu já pude ir ao jardim numa cadeira de rodas e no outro com minhas próprias pernas, numa vitória conseguida com muita luta, persistência, esperança e fé.
Vejam o milagre que um simples espelho consegue operar numa pessoa!

Páginas

Subscrever Mal

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma