Mãos

Foto de Joaninhavoa

No Jogo do Cabra-Cega

Vem brincar à cabra-cega
por mim. Porque tu nunca cais!..
Ergues-me e vestes-me de carmim
Fazendo amor e querendo cada vez mais!..

E. logo pela manhã ao romper da aurora,..
Embrulhada como um presente
Deixas-me voar lembranças de outrora,..
Como cartas sem remetente!..

Que voz vem do som perdida
Que não é a minha voz?
É a voz de alguém muito querida
Que fala perdida através de nós!

Com duas mãos descobrimos o caminho!..
Uma com gestos gratos ao céu
Enquanto a outra segura o véu!

No jogo da cabra-cega, mistério
E tu ergues-me num imprevisto
Dás-me a mão e sinto-me rainha de um Império!

Foto de Marcelo Collere

Momento de felicidade na solidão

“As vezes
Nem parece precisar de mim
Somente em poucos minutos
Conheço o seu lado frágil de ser

Então ao encostar seu rosto
No ligeiro conforto de meu peito
Percebo o quanto sou importante em sua vida

Com um toque sutil de minhas mãos
Envolvo sua alma
...já estou a acariciar a sua pele

Tudo é tão leve
Então fecha os olhos e sonha
Serena...

Conforto da sua presença e ausência
Momento de felicidade na solidão

Sim, é nesse momento que percebo
A imensidão do nosso amor!"

Marcelo Collere

Foto de ivaneti

Soneto de um bêbado

Soneto de um bêbado

Aqui... onde as cores se embaralham...
Sentado nesta mesa de um botequinho...
Sou eu! Apenas mais um, nesta madrugada...
Com as mãos trémulas... ainda consigo segurar
Neste copo... mais um gole de cerveja!...
Sou eu seu moço!...
Perguntou qual o meu trabalho?
Sou representante senhor!...
Represento a dor... vendo apenas ilusões...
E recebo no final do mês um bom salário...
O salário das fantasias... na minha história...
A solidão é que manda... manda as lágrimas correrem...
Para buscar na saudade... O meu amor...
Trazendo apenas o gosto da cevada!
Aqui ninguém sabe quem sou!...
Nem porque choro!
Mas na minha vida...Senhor... a única que tem razão..
É a própria solidão!...

Foto de Rosinéri

FOGO DE GELO

Jeito de anjo,corpo de mulher
Mãos rebeldes de paixão,olhares de ilusão,que
M’alma anseia e quer.
Amo-te sempre...em qualquer lugar despido de gente.
Nesta hora esqueço tudo,mesmo um suspiro mudo no
Corpo em que me dás a indiferença.
Perco no silêncio pensando, com muita incerteza.
Enquanto seu seio afago, beijo e mordo.
Numa noite escura e quente.
Mas você de mim está ausente,longe,e nesse amor
indiferente somente eu me embriago.
Pena que seja tudo em vão,esse amor que eu mesmo
fiz eu paguei, apenas querendo ser feliz.
Você jamais saberás como e quanto te quis,te quero
Mas confesso que te amei........QUE TE AMO

Foto de HELDER-DUARTE

Matar

É evidente que os ditadores,
Do mal, são seguidores.
Meu coração chora...
Em toda a hora,

P'elos que por eles, mortos foram.
E vida perderam...
Mas oh poetas!
De poemas!

Amigos!... Que com almas vossas...
Escreveis vários temas!
Sobre esta vida dilemas.
Com almas, mesmas!

Capazes éreis...
Ou mesmo sereis...
De morte dar,
Ou de matar?!

A ditadores, tais...
Morte dada, pelas mãos, com as quais...
Esses versos fazeis?!

Se matar quereis!
A tanto eu não me atrevo!!!
Pois, a qual Camões, com a alma escrevo!

HELDER DUARTE

Foto de fer.car

DUAS ALMAS EM UM SÓ CORAÇÃO

Não queria lhe amar, ou quem sabe, nem deveria
Você é oposto daquilo que seria o certo
Mas algo me impulsiona aos seus braços
Em seus beijos já não sinto os pés no chão
Tentei me desviar, mudar de rumo e de estrada
Mas no fim do túnel avistei um sentimento puro
Seu rosto sereno e seus olhos tocando os meus
Suas mãos passeando sobre meu corpo
E neste exato momento penso que não consigo evitar
Porque aquilo que mais fujo é o que mais desejo
E se não existe união sem amor, somos o retrato da luz
Se existe perfeição não sei, mas sem você meu peito nem sente
Como planta sem água, música sem refrão
Passos sem direção, e alma sem emoção
Assim apenas deixo que o momento venha
Invada meu ser, prove aquilo que não quis acreditar
Mas tão evidente e claro que já não duvido
Você me ama e este amor é tão lindo
E sendo você meu oposto, tem em si algo único
Como água e vinho, dia e noite
Ao seu lado, vejo, Nós
Como dois em um, duas almas em um só coração

Foto de Sirlei Passolongo

Apenas um vulto

Calo...
Ouço sua voz
Chama por meu nome
Fecho os olhos
sinto o cheiro da sua pele,
de novo te encontro.
Tenho a impressão de tocar seu rosto
Contornar sua boca... Que tanto beijei,
sinto suas mãos a acariciar meu corpo
perco-me nas horas, de mim, já não sei
De repente, um barulho na madrugada
Passos na rua...
Ah! Como desejei que fossem os seus,
Então abro os olhos
E, mais uma vez.... Era sonho
e você some.
(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de fer.car

DUAS ALMAS EM UM SÓ CORAÇÃO

Não queria lhe amar, ou quem sabe, nem deveria
Você é oposto daquilo que seria o certo
Mas algo me impulsiona aos seus braços
Em seus beijos já não sinto os pés no chão
Tentei me desviar, mudar de rumo e de estrada
Mas no fim do túnel avistei um sentimento puro
Seu rosto sereno e seus olhos tocando os meus
Suas mãos passeando sobre meu corpo
E neste exato momento penso que não consigo evitar
Porque aquilo que mais fujo é o que mais desejo
E se não existe união sem amor, somos o retrato da luz
Se existe perfeição não sei, mas sem você meu peito nem sente
Como planta sem água, música sem refrão
Passos sem direção, e alma sem emoção
Assim apenas deixo que o momento venha
Invada meu ser, prove aquilo que não quis acreditar
Mas tão evidente e claro que já não duvido
Você me ama e este amor é tão lindo
E sendo você meu oposto, tem em si algo único
Como água e vinho, dia e noite
Ao seu lado, vejo, Nós
Como dois em um, duas almas em um só coração

Foto de JGMOREIRA

NÃO SÃO TRISTES OS QUE AMAM EM VÃO

NÃO SÃO TRISTES OS QUE AMAM EM VÃO

Não são tristes os que amam em vão
Mãos suadas
Testas peroladas
A gemer pelos cantos da casa
Na ânsia de uma ausência
Que nunca se recheará.

Não. Não são tristes
Com seus olhares oblíquos
Lábios dormentes
A fumaça dos cigarros
A matá-los
– pena não seja de uma só vez.
Lamentam.

Não são tristes. Nem infelizes.
Que a tristeza é a ausência do amor.
A infelicidade, a não existência dele.
Se não são tristes
Se não são infelizes
O que serão os que amam em vão?

Com suas vozes recuadas
As gargantas embargadas
Se em solidão.
As pistolas sempre engatilhadas
Renda envolvendo punhais de prata.

Não são tristes esses tresloucados
Que sem o menor alento
Repousam em santa astenia
Sobre lençóis amarfanhados
De uma noite de solidão
Quando dormiram sono vão.

Não são infelizes
Os que jamais serão felizes
Por amarem em vão.
Com suas caminhadas a esmo
Em pânico pelas ruas
Quase desmaiando
Invejando os que amam
Que caminham enamorados
Com gargalhadas que lhes ruem a emoção.

Será que amam os que amam em vão
Ou apenas sofrem
Por ser o sofrimento o concreto
Contido no abstrato amor quando é em vão?

Notebooks, CIAs, câmaras, assembléias,
Grandes empreendimentos
Celestiais construções
Seminários, submarinos
São, todos, provas do amor em vão.
Não que seja vão o amor com
Que os constroem ou os detonam,
Sendo apenas provas do amor vão.

Ternos impecáveis
Lúgubres moradas
Palácios, trincheiras
Em qualquer lugar encontra-se exemplar
De quem ama em vão.

Insistentes esses recrutas,
Continuam a amar.
Mesmo sabedores de que é em vão.
Será que sabem?
Será que é em vão?
Que força impulsiona esses estóicos
A prosseguirem nessa direção?

Não. Definitivamente, não são infelizes
Os que amam em vão.
O amor os redime
O ser em vão os sublima
Para que passem, gasosos
Pelas tristes lâminas
Que sangram os infelizes
Que amam em vão.

Foto de Thiers R

> O Discurso da Alma Atemporal

>

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Falamos de alma
e certamente todos temos...
Caio, Clarisse, tu e eu.
a minha vive o peso do cotidiano
da injustiça, da fome
e de certa tristeza que paira no ar.
minha alma chora convulsiva
a beleza de um quadro de flores
que não se abriram
A minha alma suporta notas
mesmo que tocadas nos temporais.
Minha alma é atemporal.
confabula com meu corpo
atravessa lâminas
partindo-me ao meio
porque apesar de possuir palavras
escritas no pergaminho
minha alma deseja cavalgar teu corpo
e cobri-lo indecente.
Minh’alma é agnóstica
vomita escárnio
e deseja a pérola rosada
que se guarda como concha
entre tuas pernas...
Sou um tanto de dor,
de amor e vagabundo
que no bar
passa mãos quentes
entre teus seios.

Thiers Rimbaud >>
2007>>

.

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