Mar

Foto de carlosmustang

ABSSINTOS

E ver um menino ansiar um prato de de sopa
Imaginar ninguém em liberdade total
Mergulhar no sonho ideal
Ver alguém em estima real

Sonhar com felicidade suprema
Não ter fome, um telhado pra proteger
Encantar com a liberdade de ser
Comer, beber, sem constranger

Viver sem perceber, bebes
Crianças morrem sim
Armamentos de amor, atómicas de tranquilidade

De vizinhança, momentos, sobrevivência
Pé no chão, sentimentos, desilusão
Peixe quer mar, liberdade de nadar

Foto de Carmen Vervloet

Coração Inavegável

Corre um rio no seu peito,
mas tão vazio é este rio
ninguém é capaz de navegar...
Um barco intrépido
vagueou pelo seu leito
a procura do seu mar...
Mas o rio é tão vazio
que fez o barco encalhar,
desfolhando o amor,
antes mesmo de brotar.

Foto de Carmen Lúcia

O planeta chora

O planeta chora
Lágrimas de aço
Que caem sobre os rios
Formando um ciclo plúmbeo, sarcástico,
De dor e de ácido,
Subindo para as nuvens de plástico,
Poluição, fumaça, desgraça...
Num vaivém que nunca passa.

A terra seca se racha,
O que beber nunca acha...
Cicio de cigarras...
Tempo quente, o sol abrasa...
Novas enchentes vêm de repente,
Corpos emergem, cidades imergem,
As camadas de ozônio sequer protegem.

O mar se revolta, sem volta...
E ondas cinzentas, pusilânimes,
Transformam-se em tsunamis...
El Niño (Jesus Menino) roga por preservação,
Mas a ambição, a autodestruição,
Mantém o seu ritmo, num sádico delírio,
Desequilíbrio letal, desequilíbrio mental...

E o planeta chora o triste abandono;
É a lei do retorno...
Almas enlatadas antecipam o final.

_Carmen Lúcia_

Foto de poetisando

Primavera

Fica o céu todo de azul
Que é também a cor do mar
Trás as aves e as flores
Os pássaros e o seu cantar
Na primavera que lindos ficam os jardins
Fica a natureza mais colorida
As flores do campo florescem
A primavera é mais vida
Com a chegada da primavera
A natureza fica toda mais colorida
Que paisagens mais bonitas
Trazes tu primavera querida
Não há outra estação
Que traga tanta alegria
Que lindas são as flores
As aves e as suas cantorias
Só a primavera nos trás
A esperança e harmonia
Traz-nos as cores mais lindas
O canto das aves em sinfonia
Outra estação assim não há
Com tanto encanto e beleza
Digam o que disserem
É o encanto da natureza
Primavera podia ser mais bonita
Não fosse o homem estragar
Podia haver mais aves e flores
Não fossem os homens queimar
É a estação que cobre os campos
De verde da cor do mar
Porque é que nos homens
Não a sabemos preservar
Como és linda primavera
Com todo o teu esplendor
Cobres os campos de verde
Vem contigo a esperança e o amor

De: António Candeias

Foto de Elias Akhenaton

Meu eterno amor!

Quando vem clareando o dia,
Vejo você na luz que alumia a manhã
E nas ternas flores do jardim molhadas
Pelo orvalho da madrugada.

Vejo você nas matas verdes
Onde no alto de suas árvores
Os passarinhos cantam suas melodias...
Em suas canções o som suave de sua voz.

Você está nas gotas de chuva
Que caem levemente lá fora...
No divinal arco-íris cuja beleza
Refletem nas águas claras do mar.

À tardinha quando o sol se deita
Sobre o seu manto de arrebol,
Vejo você em suas rubras cores e na luz mística
Da lua que vem prateando à noite.

Você é a estrela que mais brilha no luar
Que irradia alegria na abóbada estelar
Iluminando com o esplendor do amor
À minh’alma, meu céu interior.

Enfim, você está em minha mais nobre emoção...
Em tudo que é belo... Na mansidão de minha prece...
Em meu sagrado poema – razão do seu tema.
Eternamente tatuada em meu coração.

-**-Elias Akhenaton-**-

Foto de Carmen Lúcia

Entardecer

Tanta beleza a tarde traz...
Perco-me em horizontes
desmaiados no infinito
englobando céu e mar,
envolvendo a terra na perplexidade
de não ser dia nem noite...
Ser cores foscas, nuvens afoitas,
embaçadas, a espera do que será...

Ser tarde, ao se despedir da manhã
e saudar a noite que virá...
Sou tarde no momento da transição,
quando o sol vai se apagando,
as cores abrandando
a intensidade de sua gradação.

Sou tarde no momento da aparição
do brilho da primeira estrela,
a anunciação...
Quando se acende a candeia
no auge da imaginação...

Quando o belo se personifica
na plenitude de meu sonhar,
quando tomo a atitude
de com a tarde me identificar,
de com a tarde esvaecer,
de com a tarde, entardecer
...e tarde ser.

(Carmen Lúcia)

Foto de P.H.Rodrigues

Porquês Inexplicáveis

E quantos "eu vou mudar" já não foram ditos?
Quantos "amanhã tudo vai passar" já não foram mencionados?
Quantos sonhos e desejos já não foram abandonados?

Quantas vezes uma palavra mudou o humor?
Quantas vezes, escondestes toda a sua dor?
Em quantos momentos sua agonia despertou?

Já transbordou o mar do lado da cama de tanto chorar?
Me diz, para onde olhas, que aparentas ter tanto vago no olhar?
Quantas frases já escreveu e logo se pois a apagar?
Quantas vezes exitou sem se questionar?

Vivemos em um palco onde o primordial é pensar
Onde pensar pode te deixar louco
e sempre lhe fará se questionar
Mas essa Insanidade pode uma hora lhe salvar.

Foto de poetisando

Esquecer o Passado

Sou um navio á deriva
Sem rota nem rumo traçado
Rompendo as altas ondas
Para esquecer o passado
Ando ao sabor das marés
Sem encontrar porto de abrigo
Tentando esquecer
O quanto fui feliz contigo
Sou um navio sem rumo
Que não esquece o passado
Tomara não te ter conhecido
É este o meu caminho traçado
Navego sem bússola nem rumo
Neste mar tão encrespado
Navego com a minha solidão
Tentando esquecer o passado
Procurando um porto de abrigo
Onde eu possa pernoitar
Esquecendo o passado
E não voltar a amar

De: António Candeias

Foto de Carmen Vervloet

Vitória do Pó de Minerio

Que tristes nódoas no teu céu anil,
resíduos negros rondam tuas praias
e nosso povo pacato e gentil,
não reclama, não grita, nem vaia!

Com as lembranças de um longínquo tempo
este teu mar outrora em azul pintado,
ondulado pelo sopro plangente do vento
chora a devastação de um recente passado.

É tanto pó espalhado em seus ares,
sinal do tempo que chamam progresso,
que as vassouras dançam aos pares.

E eu que amo tanto esta minha cidade,
escrevo versos sombrios, confesso
indignada com a inércia das autoridades.

Foto de poetisando

Esquecido

Esquecido das tempestades
Navego sem rumo certo
Vou navegando sem rota
Como navegando no deserto

Neste mar tenebroso
Que a minha vida leva
Não encontro porto seguro
Só o vento é que me leva

Ao sabor das marés
Assim vou navegando
Olhando bem o horizonte
Para ver onde estou chegando

Navego como eu gosto
Sozinho nesta minha solidão
No meio deste mar tenebroso
Soletrando a minha canção

Ao sabor das marés
Tudo me vem á cabeça
Lembrando o meu passado
Até que ele de novo adormeça

Esquecido das tempestades
Assim os dias vão passando
Navegando num deserto
Rumo certo procurando

Procuro acertar a minha rota
Para porto seguro encontrar
Para esquecer o passado
E num porto seguro atracar

De: António Candeias

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