Medo

Foto de Camillinha

Você já amou assim!

Você já amou assim?
Quis contar a todos o que te aconteceu
Sentiu ciúmes de um olhar
Se viu nos beijos de qualquer casal

Você já amou assim?
Ficou feliz sem saber...
Gostou sem querer...
Fechou os olhos pra pensar.

Você já amou assim?
Sentiu um bem estar...
O coração pulsar...
Uma vontade de se entregar...

Você já amou assim?
Teve medo de se entregar
Ver até onde vai dar
Abrir os braços e ser feliz

Você já amou assim?
Fez do amor uma espera
Da vida uma novela
E do tempo a solução!

Foto de JG_essicas

Promessas

O desejo reluzia
A inquietude do meu ser
e em cada passo estendido
mais um sonho perdido
de nao saber esquecer...

Pelas suas palavras e promessas
consegui por um momento imaginar
que na esfera do mundo
nao cabia o amor que eu ia te dar...

E com o passar do tempo
a desilusao veio abafar
o que eu tinha jurado
nunca mais entregar...

E com sua partida
me vi desiludida
em meio há tanta solidao
e a mercê do vento
te sufoquei no pensamento
e tranquei meu coração...

No meio do desespero
procurava a conformação
onde guardam os meus segredos
guardei o medo de viver em vao...

E no céu via a lua
bela e nua
estendida a brilhar
entao coloquei sobre o plano
o fundo oceano
que me vi afundar...

Sentada com minha tristeza
nos meus olhos escorria a correnteza
de sua imagem a machucar
suspiros arrancados
de beijos indecifrados
que nao consegui apagar...

Foto de ednilson junior

sonhador protetor imaginario

sonhei, que eu era o vento.
soprava para te tocar.
você me sentia sorrindo
e queria me abraçar

e quando a noite chegava
eu lhe abraçava
pra te proteger do frio
em meus braços voce dormia.

sonhei, que era o sol.
brilhava pra te iluminar.
você me via e sorria.
e eu feliz ficava.

e quando a nuvem me escondia.
você triste chorava.
mas eu reaparecia.
epra voce feliz ficar

meu sonho é ter
sempre amor para ter você
não ter medo de te perder

o sonho não acabou
porque perto de você eu estou
imaginando ser
o seu sonhador protetor

Foto de HELDER-DUARTE

NO PRINCÍPIO

No princípio, criou Deus, os céus e a terra.
E a terra era sem forma e vazia...
E sobre a face do abismo, trevas havia.
Se movia sobre a face das águas, o espírito, daquele que é vem e era.

E ele disse: Luz haja e houve luz...
E Deus se glorificou n'ela...
Porque verdade e vida produz.
Então as trevas, correm, com medo d'ela.

Porque as trevas são noite...
Mas a luz é dia...
E Deus fez assim o primeiro tempo que existia...

Deus fez tudo, com amor, eis que logo amou e amou-te.
Eis que tudo criou e originou...
Porque em mim e em ti, pensou!...

Helder Duarte

Foto de Lou Poulit

Poulit em Versos

Quando eu era adolescente, meu pai incentivava os filhos a estudarem, para as provas finas, usando uma estratégia muito sedutora: Me diga o que quer ganhar no fim do ano, se for aprovado em lhe dou. Era um tal de estudar como nunca antes. Em certa ocasião meu irmão Aristeu, tratado por Teco, um ano mais novo que eu e hoje arquiteto, pediu um violão, de verdade, e se comprometeu a estudar para passar de ano. O Velho achou que ele poderia ter escolhido uma coisa mais apropriada a um garoto de 12 anos, mas não deixaria de cumprir sua parte no trato. Pois bem, o Teco passou de ano fácil.

Numa noite, chegando das minhas amadas peladas em rua de paralelepípedos, ou das caronas, pendurado nos estribos dos bondes, até hoje tradicionais do bairro Santa Teresa, morro contíguo ao centro do Rio de Janeiro, entrei em casa todo suado e sujo. Eu amava, mas minha mãe detestava isso: Direto pro banho, menino! Não encosta em nada! Como eu adorava esportes. Sentir o corpo suado, o corpo-a-corpo às vezes perigoso das peladas. Gostava de sentir o limite dos músculos, de ser íntimo da dor física controlada. Jogávamos mesmo à noite, a luz tênue dos postes distantes, ainda do tipo incandescente, refletindo nas pedras do calçamento. Que saudade da minha meninice... Bem, então voltando ao violão, entrei em casa e dei de frente com ele em cima da cama do meu irmão.

Fiquei fascinado. Era lindo e novinho em folha, brilhava demais. De boa marca e corpo grande, era até algo desproporcional para meu irmão. O velho não fizera por menos, mas era seu jeito. Era calado, emburrado em casa, gastava dinheiro nas farras, porém nunca foi sovina com os filhos. Não resisti à tentação e peguei o violão para experimentar. O som era bem mais alto do que o dos violões que conhecia, e chamou a atenção do Teco, que logo apareceu. Reconhecendo-me suado, devolvi o instrumento ao seu dono. Afinal de contas, eu também havia passado de ano.

Começaram as aulas de acompanhamento, os primeiros acordes, mas também logo vieram as primeiras bolhas na ponta dos dedos. Meu irmão não superou essa fase e em alguns poucos meses, o violão já havia ganho um lugar escondidinho para ficar, entre o guarda-roupas e a parede, no canto quarto. Ficou ali por vários meses. Um dia, vendo-o ali abandonado, tornei a pegá-lo e me assustei quando ouvi algo cair no chão. Despencado sobre os tacos de madeira clara, estava um livreto que me apressei em pegar do chão. Era um Método Prático Para Violão e Guitarra. Folheando-o compreendi que eram cifras para acompanhamento. Foi um momento mágico. Não pude naquele momento imaginar, que era apenas um pequeno instante, o despertar de um amor que me acompanharia, uma emoção que se repetiria pelo resto da vida.

Lendo o método, exercitando e, principalmente, observando alguns colegas que já sabiam tocar mais que eu, em pouco tempo já sabia o básico de acompanhamento e já me arriscava em solos iniciais. Gostava tanto que suportei as bolhas. Como bom aqüariano, não me contentava em tocar e cantar as músicas da moda. Com pouquíssimo tempo de aprendizado, já fazia minhas primeiras composições, ainda muito simples e com letras ingênuas. Mas era nisso que queria chegar desde o início desse texto: o violão me levou a começar a compor letras. Na escola, minhas notas em Português (na época se dizia Linguagem) eram sempre as mais baixas, detestava. Que ironia, hoje amo escrever.

Embora adolescente, muito novo e sem experiência de vida, quando escrevia letras para as minhas músicas (compunha ambas ao mesmo tempo) tinha a sensação plena de ter domínio sobre o que escrevia. E vivenciava aquelas emoções de verdade, sem tê-las jamais experimentado. Os adultos da família não entendiam bem. Mas nunca me senti inseguro. Era como se eu já soubesse fazer aquilo há muito tempo. Vejam como, com cerca de catorze anos ainda, eu me via “grande”, até pretensioso, nessa letra que pertence à minha primeira composição:

“Vida, vida minha
Não te perdoarei jamais
Por ter levado o molequinho...
Isso não se faz”.

Ora, eu me esqueci de que ainda não era mais que um moleque! Embora já andasse com mania de ralador, não tinha ainda tramas de amor para contar. Mas vejam o tipo de sentimento implícito nessa outra letra, da mesma época ou pouco mais:

“Vou partir
Pra bem longe
Vou-me embora
Deixo aqui meu coração
Minha casa, meu portão.

Ah, se um dia
Eu pudesse voltar
Eu iria ver de novo
Minha terra, meu lugar
E os meus tempos de criança
Poderia recordar”.

Alguns anos depois, pela primeira vez na vida senti a receptividade de pessoas que não eram familiares. Me inscrevi, por exigência de um grupo de amigos, num festival escolar de música. Escolhemos juntos quatro músicas minhas. Aquela que mais gostávamos foi apresentada pelo grupo todo, mas estávamos tremendo demais para tocar e cantar no palco improvisado. Os jurados não ouviram nada e “Santa Terra” foi desclassificada. Vendo minha tristeza, uma jurada, professora de inglês, veio me explicar o critério utilizado diante da dificuldade de julgar. E nesse dia aprendi a amar e odiar os critérios.

Porém, como reaprenderia em muitas outras ocasiões futuras, a tristeza dá sentido à alegria, assim como as sombras à luz. Com as três músicas restantes, que apresentei sozinho, voz e violão, consegui o segundo (Vou Partir), o terceiro e o quinto lugares do festival. Não obtive o primeiro lugar, mas os prêmios foram pagos em dinheiro e voltei pra casa rico, considerando a situação financeira da época. Mais rico do que o vencedor, que tinha uma música belíssima.

Os anos vieram e a vida mudou muitas vezes. Os campeonatos estaduais de vôlei, o trabalho, a faculdade, o casamento e o descasamento, a vida é uma sucessão de sonhos e pesadelos. Mas também uma grande escola e isso se reflete no produto do artista. A poesia seguinte na verdade é letra de uma música, composta no anos noventa. Sempre fui um apaixonado pelas manhãs. Em uma prosa cheguei a afirmar que elas também foram feitas à imagem e semelhança do criador. Tendo que recomeçar minha vida, tornei-me um amante ainda mais apaixonado pelas manhãs, a ponto de amalgamar as minhas amadas e as “Nossas Manhãs”:

“Porque são as manhãs
tão humildes manhãs
Saram o que as noites cortam
Lavam, abortam estrelas vãs
Vem, que me desperta
Essa rosa madura
Sob a renda flerta
Captura o meu instinto, vem
Me joga no orvalho do jardim.

Vem de mim por ruas dormidas
Que dores banidas
Não despertarão tão cedo
E ninguém contará a ninguém
Que ainda tenho medo
Porque são as manhãs
Tão humildes manhãs.

Porque são as manhãs
Tão lúcidas manhãs
No estreito vão da janela
Um corpo que foi meu se esfarela
Num rastro distante
Guardo os pássaros no peito claro
Ardo e perto me declaro amante
Vestindo as chamas
Que restam das velas
Dançando com elas beijo
Beijo e protejo o seu despertar.

São nossas primícias, nossas milícias
Cavalgadas e reconquistas
Quando o sol entrar pelas janelas
Jamais sairá nas revistas
Mas são nossas manhãs
As mais belas manhãs
As mais belas manhãs”.

Não considero que esse texto tenha esgotado o assunto. Gostei da idéia de mostrar poemas e letras de músicas como pedaços pedaçudos de uma sopa auto-biográfica. Creio que aqueles que tenham gostado poderão esperar mais.

Foto de Thyta2000

Lua, Amada lua

Lua, Amada lua!
Sou eu a noite escura
Que conhece teu segredo
eu tenho tanto medo
da tristeza que procura.
A tristeza que reflete teu olhar
Lua, que tão triste anda a vagar!
Que sera da noite escura?
Oh, amada lua!!!
Triste caminhar,
Tuas fases de tristeza
Eu trago no peito a soluçar.
Se vive triste a chorar,
O que sera dos poetas
que se inspiram no teu brilho lunar??

Foto de Ednaschneider

GUERREIRA

O fogo arde em meu peito
Arde em meu corpo e me esquenta
Esta labareda foi minha condenação
Pois não me aceitaram “desse jeito”
Minha dor foi agonia nas chamas violentas
Meu sofrimento, minha libertação!

Foram tantos os ultrajes que eu sofri
Que achei que não ia suportar
Mas estou aqui
Para falar.

O dom da palavra eu nunca perdi
Tentaram sufocar-me, tentativas em vão;
Pois estou agora mais forte, quero agir.
Não sentirei medo de qualquer combustão.

Pois arde em meu peito um calor mais forte
Arde pela intensidade e não pelo sofrimento
Calor este que não se apaga nem com a morte
Pois é o fogo de almas e de sentimentos.

Podem condenar-me. Levem-me à fogueira...
Podem até decapitar-me, tanto faz!
Cometam esta injustiça com esta guerreira
Que vos escreve e está em paz.

Defendo o mais nobre sentimento;
O amor e a liberdade de expressão...
Luto contra o preconceito
Luto contra o tormento
Contra àqueles que colocam o amor em uma prisão
E ainda acham que por Deus estão sendo aceitos.

O fogo arde em meu peito
Não tenho medo da execução e não sou covarde.
Sou guerreira, sou amor, sou afeto!
Sou coragem, sou Joana Darc, sou Liberdade!

Sexta feira -13 de Abril -Joana Darc

Foto de Logan Apaixonado

LUZ

Vejo ao longe
Esperança perdida
Agora vivida
Por mim novamente
Acendem-se as luzes
No palco do amor
És parte agora
Do que me fortalece
Encontro em minhalma
O dom de amar novamente
Vislumbro um horizonte
Uma pureza tão clara
Tua iluminada beleza
Que cega meu peito
A outros encantos
Com você não tem pranto
Sem medo de amar
Me entrego sem dor
A ti meu amor...

Foto de Logan Apaixonado

Por ti

Pureza cintilante
Nuvem clara, alma rara
Sorriso inebriante
Espelho de luz e encanto
És tão bela quanto o nascer do sol
Doce e serena, manhã de luz e amor
Sem pranto nem dor
Me enche de esplendor
Me alegra o dia
Ao ver a tua simpatia
Transbordar ao teu redor
Sem medo sem pudor
Revelo o meu amor
Que por ti, clama com fulgor

Foto de Andrea Lucia

Minha língua...(Andrea Lucia)

Minha língua...(Andrea Lucia)

Minha língua que percorre você
Que entra no seu ouvido
Que sussurra baixinho
Que o acaricia devagarzinho
E, desce até o pescoço
Causando-lhe alvoroço
Quando lhe dá um chupão
Arrepiando-lhe, dando-lhe tesão.
Que continua o percurso
Lambendo o peito, e o tórax
Sem desviar o curso
Indo, louca, até o falo
Que já está no embalo
Crescido dos beijos e afagos
Mas, que deseja minha língua
Sabida, saborosa e farta.
Língua que o percorre de verdade
Que saboreia seu falo com vontade
Que desliza calma e suavemente
Que brinca e encanta safadamente
Que fica salivada e tarada
Que faz do seu corpo um brinquedo
E o devora com gula e sem medo.
Língua que faz várias investidas
Que é mágica, safada e divertida
Que põe você de olhos fechados
Que deixa seus olhos revirados.
Língua que lambe tudo a contento
Que molha você em todos momentos.
Língua que pertence a mim
Que lhe ama e devora sem fim
Que lhe chupa sem preconceito
de qualquer modo,
de qualquer jeito
em qualquer posição
pronta para lhe dar tesão!
Língua que é parte da boca
que lhe sorve feito louca
que só quer lhe dar prazer
que saboreia e engole seu leite
que é seu puro deleite
que faz você viver
que o chupa até o morrer!

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