Medo

Foto de Andrea Lucia

Língua... (Andrea Lucia)

Língua... (Andrea Lucia)

Adoro sua língua safada,
assanhada e afiada
a me devorar e me adorar.
Língua que envolve meus dedos,
que me usa feito brinquedo,
que lambe meus pés delicadamente,
que molha minhas pernas sabidamente,
que me explora sem medo.
Língua que é curiosa,
é suave e saliente,
é serpente e sedosa.
Língua que vai subindo alucinada
frenética e ritmada,
rumo ao meu sexo ardente,
rumo à gruta molhada.
Língua que saboreia
cada passo desse caminho
explorando cada recôndito,
degustando cada cantinho.
Língua que me percorre com carinho
com avidez, com rapidez
deixando-me em desalinho.
Língua que me penetra com paixão
que não tem limitação
que me mata de tesão
que é pura emoção!
Língua que me xinga,
língua que me lambe
que me marca e me consome.
Língua que não é minha,
língua que é sua
mas, que já faz parte de mim.
Língua que me ama sem fim.
Língua que pertence a nós dois,
que participa do sexo
antes, durante e depois.
Língua única que me leva à lua...
língua única a me reconhecer nua!!

Foto de @ngel

Seus olhos

Veio como uma brisa de muito longe,
mas quando tocou minha pele
sabia que seria diferente,
em seus olhos somente carinho,
em sua boca somente paixão,
em seu rosto
a alegria de viver.

Por onde passa deixa saudades
do sorriso, das gentilezas,
da amabilidade com que sabe tratar,
em seus olhos podia ver
o meu desejo de tocá-lo,
senti-lo, estar próxima,
poder sentir o cheiro
da sua pele, o calor do seu corpo.

Seus cabelos em desalinho,
e sua expressão de felicidade,
não saem da minha cabeça.

Parece tão perfeito
que tenho medo de tocá lo,
sua pele parece macia
e cheirosa
suas mãos, como quero toca las...

Posso ver a marca do seu corpo
atraves da roupa que usa,
e imagino quantas surpresas
escondem ,
Quanto desejo, paixão...
Quantas mãos tocaram seu corpo
quantas mulheres se deliciaram
ao te lo em seus braços.

Quero imaginar
o gosto da sua boca na minha
neste momento,
seus olhos nos meus,
suas mãos tocando as minhas.

Acho que não precisamos
das palavras.

Entrar em sua alma,era tudo oque queria
neste momento,
e poder sentir tudo oque sente,
e descobrir todos os mistérios
que escondem
seus olhos

Foto de Lou Poulit

Vida Longa aos Escritores!

Todo o meu trabalho artístico, artes plásticas e literatura, é o resultado de longos anos de um tipo de solidão pouco conhecida, docemente imposta pelo espírito da arte. Parece absurdo? Asseguro que não é. Se observarem bem, outras profissões também são muito solitárias.

O pescador que passa o dia e a noite no mar, por exemplo, só pode conversar com o próprio silêncio. Ninguém ouvirá a sua gargalhada, caso esteja alegre. Mas ninguém lhe dará um conselho ou amenizará os seus temores em momentos em que, pela própria solidão, o medo se apresenta concreto, tangível dentro dele. Todo pescador é solitário de alguma forma. Então compramos o fruto do seu esforço, sabendo que é saboroso e nutritivo. E por uma involuntária ironia, raramente o saboreamos sozinhos.

Quantas vezes entramos em um elevador, saímos e não nos lembramos de cumprimentar o ascensorista. Esse é um profissional solitário muito especial. Passa horas infindáveis em um espaço exíguo, por vezes lotado de pessoas que talvez não lhe escutassem, mesmo que mostrasse a elas o que existe no seu silêncio.

Creiam, não há tanta diferença assim no trabalho artístico. E por isso não se julgue o artista, mais que o seu trabalho. Há, entre a transitoriedade de tudo e a edificação de uma identidade artística (desde os seus alicerces conceituais e técnicos até o seu acervo propriamente) uma infindável e caudalosa sucessão de alegrias e tristezas profundas, de certezas frágeis e receios ferrenhos, que ele precisa amalgamar. Isso mesmo, é um amálgama. Todo artista é meio anjo e meio bruxo. Só que paga com a própria juventude a aquisição do seu arcabouço empírico, porque nenhum livro o daria.

Não vejo sentido útil em nenhuma arte egoísta. Nenhuma obra de arte, produto concreto da escuridão do seu autor, tem luz própria! Mas quando a escuridão do artista consegue tocar a do observador, usando a sua obra como veículo físico, aí a luz se faz... Não pela materialidade, ao contrário, pela sua expressão imaterial e subjetiva. O artista plástico trabalha recriando a luz física, muito especialmente os que trabalham sobre planos bi-dimensionais, como os pintores, mas é aquela luz, e não essa, que lhe alimenta a alma voraz.

Me perguntaram se são artistas os anjos-bruxos da arte escrita. Pode parecer um questionamento estúpido, mas tenho o hábito antigo de duvidar do que aparenta ser óbvio demais (antigo postulado dos ascetas da magia). A literatura é uma arte relativamente recente, porque prescindiu do estabelecimento (e, muito depois, da transmissão) de uma codificação gráfica, simbólica, que expressasse claramente as idéias para a posteridade.

Todas as artes expressam idéias, porém, muito antes do surgimento das instituições da justiça, os chefes sacerdotais desenvolveram, declararam sagrada e mantiveram em tumbas e labirintos as chaves da codificação. Vejam bem, embora tão no início, numa época de completo analfabetismo e desinformação, já percebiam aqueles senhores o imenso poder dos rabisquinhos nada caligráfricos que desenvolveram. Poder... Essa palavra tem tudo a ver com a história de sucessivas civilizações. Expressa uma idéia que tem amplitude máxima nas mãos do próprio Deus. Confunde-se com Ele.

Vejam que belo, a arte sempre surgiu como manifestação e meio de acesso ao divino. Ou seja, a escrita nasceu divina! Embora, inafortunadamente, tenha seduzido, por isso mesmo, a natureza egoísta e dominadora do homem. E mantida em cárcere, molestada por alguns privilegiados e seus favorecidos, durante muito tempo.

Vida longa aos poetas e escritores! Acabarão por entender que atribuir imortalidade ao seu amor, está muito além de constituir um mero lirismo. Hoje, a massificação da tecnologia multiplica esse poder, mas entenderão que há, mesmo no amor do menor dos poetas, um ideal divino de resgate. O poeta, esse tipo quixotesco não tem nada de louco, nem seu Rocinante é um pangaré inútil, nem sua Dulcinéia pode ser tão casta!

Sim, os escritores são artistas. Mas não o são como os outros artistas. Eles somatizam muito mais. Seus “eus” são de verdade, são muitos, e todos partilham o mesmo teto! Os escritos se vão, mas personagens ficam com todas as suas vicissitudes. São sacerdotes que sacrificam e são sacrificados, prostitutas que vendem sortilégios mas não compram a própria sorte, chegam a ser o céu de todas as suas estrelas e o mar que se esbate nos rochedos infindamente. Na sua escuridão dores e afagos, gritos e silêncios, sorrisos e lágrimas, não são vistos mas sentidos. Seus orgasmos são íngremes e sua paz pode ser um abismo insondável. Ora em sã penitência, ora uma orgia ambulante. Sempre sem testemunhas humanas.

Apenas os seus textos poderão ser vistos. Escolherão algumas palavras, para usar como uma larga estrada em direção ao seu âmago. Mas logo ela será uma picada pedregosa e um pouco além, não mais que rastros. No entanto, quando suas próprias escuridões forem tocadas, a luz se fará. E não será mais necessário seguir as palavras. Porque sendo elas plenamente compreendidas ou não, o messiânico destino do artista estará cumprido. Mais que isso: a luz da arte estará gravada na memória celular da posteridade e produzirá outras gerações. Ninguém mais julgará a sanidade do poeta... E dirão com muito mais lucidez: “Os poetas não morrem”.

Foto de Gaivota

** EXISTÊNCIA EM LETRAS ACOPLADAS NAS ASAS DE UM PÁSSARO **

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Sou um poeta, e sou ** Gaivota **! Vôo pelo espaço, pelas letras, palavras, sonhos... Toco o belo mas tbém recebo socos da vida.. Não tenho medo e vôo cada vez mais alto!
Posso me expressar através da beleza e da dor! Faca de dois gumes da vida! Há dias em que estou ácido, em outros sou pluma mas também posso ser sangue. Permito-me a ser incoerente apenas porque sou gente! O poeta é o extrato de sua poesia..
Sou poeta do mar, das conchas, da areia, da vida...Arranco peles até sangrar! Depois lavo-as em águas azuis, deixo a dor chorar.
Todos os meus poemas estão registrados, tenho um total de 7 livros com este pseudônimo,aqui fica uma mostra de meu trabalho...Agradeço os comentários, eles enriquecem e semeiam.

** Gaivota **

Foto de Anjinhainlove

Inspiração

Hoje tenho medo.
Medo de falar,
Medo de caminhar.
Mas mais cresce o meu medo
Quando não me consigo inspirar.

Quero libertar-me!
Escrever palavras bonitas
Cheias de sentimento.
Partilhar as minhas emoções
Construir poemas.

Sinto-me nova,
Sinto-me rainha.
Em cada inspiração
Trago borrões de orgulho.
Sou poeta,
Sou mulher,
Sou aquela que nunca morrerá.

Ó inspiração,
Para onde foste?
Volta para mim
E me ajuda a ser feliz...

Desculpem-me a ausência do site, mas com a falta de tempo que tenho tido, também se foi a inspiração... Tentei dar o meu melhor, espero que gostem.

Foto de HELDER-DUARTE

Morrer

Eis que vou morrer.
Vem já essa hora,
Sem demora...
Meu ser acometer.

Mas sabei todos:
Que medo não tenho.
E vós outros,
Que essa hora, não temo...

Morrer é viver...
Nessa hora...
Vem o amanhecer...

Tenho vida...
Agora...
E nesse entardecer...

HELDER DUARTE

Foto de Enise

Delator...

o amor
é como rio que corre para o oceano
uma luz que acende outros planos
o sonho que busca um abrigo.

é a fera mansa do ser humano
o possível sem ser engano
um pecado sem ter castigo.

é como o vento que bate num muro
uma sombra que se acompanha no escuro
uma força nunca vencida.

é um compartilhar sem medo
uma entrega sem segredo
na extensa fronteira da vida.

o meu amor
se não for maior como no melhor folhetim
é tão delator, como um ferro em brasa
que marca e vaza dentro de mim...

Foto de Concursos Literários

Resultado do VI Concurso Literário de Poemas de Amor Contos

Mais um resuldado da confiança e carinho que os poetas nos dedicam
Parabéns á todos os premiados e participantes.

Contos
1º Lugar A Deusa do xadrez Zedio 98 Pontos
2º Lugar Paixão JB 95 Pontos
3º Ah! Meu Amor Ângela Lugo 94 Pontos

Microcontos
1º Lugar O medo que me bloqueia neiaxitah 99 Pontos
2º Lugar Amor... Ivanet 94 Pontos
3º Lugar Uma noite de natal nada comum Francinete 90 Pontos

Mensagem
1º Lugar Era noite de natal Francinete 96 Pontos
2º Lugar Mensagem de Natal Ângela Lugo 95 Pontos
3º Lugar-Sonhei com Jesus Izaura N. Soares 93 Pontos

Grande Abraço
Fernanda Queiroz

Foto de Dennel

Prisioneiro de mim

Olhos fixos nas estrelas brilhando
Assim vou levando a vida
Olhos fixos nas ondas do mar
Sigo em meus pensamentos

Pensamentos que esvoaçam
A procura do momento
Da frase, do gesto, da ação
Que me tornou saudoso

Não quer me dizer quando foi?
A inocência me faz esquecer
Onde te magoei, te feri
Suplico, não me abandones!

Sinto o mar como um simples aquário
Onde estão contidos meus sentimentos
Presos na saudade, na angústia
Buscando o teu perdão

Sou prisioneiro de mim
Prisioneiro do medo, da dor
Á procura da liberdade
Vou seguindo, com esperanças

De libertar o animal que há em mim
De fazer aflorar o amor que sinto
De gritar bem alto, para todos ouvirem
“Que eu te amo muito!”

Foto de Minnie Sevla

Você ainda vive em mim

Você ainda vive em mim

Ainda penso em você...
Todos os dias quando acordo
Você é meu primeiro pensamento
Ao adormecer você é a última cena a rodar em minha mente
Como num filme aparece sorrindo
E me pedindo para te esquecer
Adormeço chorando
Na madrugada escura
Nos meus sonhos você vem me ver
Vestido com seu kimono
Dá-me um beijo e me convida a lutar
A luta da vida
Que é cheia de espinhos
Com tantos caminhos
A nos torturar
E no fim desta luta
Quem poderá ganhar?
Se existe o medo que nos faz prisioneiros
E nos impede pra sempre de amar

Minnie Sevla

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