Multidão

Foto de sebastiao alves da silva

Ficar sem você

É muito difícil para mim
Ficar em casa esperando o tempo passar
E as coisas tomarem um jeito
Eu tenho que sair
Ver a configuração das estrelas
E saber por quanto tempo ainda
Vou ter que te esperar...

Eu volto para casa
O tempo corre, mas não passa
Os pelos crescem em meu rosto
E uma como que poeira se deposita
Em meus olhos
Estou ficando cego para as outras coisas
Às vezes eu penso que não posso ficar assim
Que tenho que viver as outras coisas da vida
Que eu vou morrer de tanta falta
Que eu sinto de você...

Eu tenho vontade de gritar qualquer coisa
Gritar até minha garganta rachar
Até meu peito se demolir
E ao mesmo tempo me invade um silêncio
Que congela todos os meus atos
E eu passo a ser um ser sobrenatural
Em que apenas os olhos se expressam
E o resto do corpo fica como estátua
Sem nenhuma expressão
Eu fico preso
Entre o grito e o silêncio
Pois cada célula minha está sentindo,
Está sentindo como se fosse toda uma multidão,
A tu falta,
Cada átomo meu está sentindo,
Como se fosse um universo inteiro,
A tua falta,
Cada molécula de meu sangue
Como se fosse mais que a união de todos os oceanos
E lagos das galáxias,
Está sentindo,
E está sentido muito,
A tua falta...

É muito difícil para mim,
É extremamente difícil para mim
Ficar sem você...

Foto de tcheka 1

Amigo

Hoje quando me acenaste
ao passar pela multidão
Incrivelmente, continuaste
Olhando para o chão...

E eu, admirado fiquei
À espera de um abraço
Daqueles que já não sei
Porque já só tenho pedaços

Pedaços do que fomos
Quando eras tão meu amigo!
O barco que já não somos
Já não vens ao fundo comigo

Os bons momentos passados
Por lá irão ficar sempre
Os nosso sorrisos perpetuados
Só existirão antigamente

Vai amigo, que não ficarei
Magoado com o teu passo
Talvez triste relembrarei
Um tempo onde eu fiquei
À espera do teu abraço...

José Correia

Foto de Fernanda Queiroz

Epílogo de Mulher

Epílogo de Mulher

Estou aqui
Trancada em minha existência
Sem pedir clemência
Coração estagnado
Momentos lembrados
Alma que chora
Lucidez que aflora
Se escondendo no medo
De não mais te encontrar
Estou aqui
Sem janela ou porta
No cárcere privado
Em minha calma morta
Onde o amor estocado
Não vive emoção
Alçapão conquistado
Sem estar a teu lado
Refém de meu coração
Lá fora
Minha dor se mistura a multidão
Perdida em meu desespero
De não te encontrar
Esperança vazia
Não acalma meus dias
Cravejado de amor
Intenso sangrar
Por onde quer que eu vá
Estarei aqui
Velando tua ausência
Aguardando com paciência
Que como um grito forte
Mudará minha sorte
Do náufrago a salvação
Tocarás em minha mão
Dirá que não fui esquecida.
Epílogo de minha vida

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de raziasantos

ERA UMA VEZ...

Era uma vez Amy Winehouse!
Era uma vez Zezinho filho do seu João catador
De papelão:
Era uma vez Luciana filha de grande empresário:
Era uma vez Maria dona da padaria:
Era uma vez Carlinhos filhos do promotor de justiça:
Era uma vez seu Paulo de cinqüenta anos…
Eram uma vez jovens crianças de dez anos perdidas no abandono…
Eram uma vez suburbanos moradores de rua:
Era uma vez jovem da classe social filho dos engravatados:
Pobres ricos, famosos, não têm distinção nem se espera compaixão:
Era uma vez tantos seres humanos, adotados pelo vicio, malignos!
Era uma vez lágrima, dor, angústia, e escuridão…
Maconha passaporte barato para porta do inferno.
Cocaína já preste a morte eterna:
Crak suicídio coletivo:
Nossos filhos a beira do perigo:
Entre tantas ofertas de satanás banquete para nossos mortais.
Caminham para morte entregue e sua dose dor, pedido de socorro!
Invisíveis no meio da multidão são os filhos da nossa nação!
Eram uma vez promessas de políticos nas vésperas de eleição!
Era uma vez, mais um filho que ficou sem mãe!
Era uma vez a indiferença…
Era uma vez…!
O SOS…!
ERA UMA VEZ DROGAS ÁLCOOL, INIMIGO FATAL;
Infelizes para sempre?
Brasil qual é nossa missão?
Planeta terra!
Acorde!‼
Acorde!Ate quando vamos enterrar nossos semelhantes,
Em covas tão humilhantes…!

Foto de raziasantos

Periferia nua e Fria!

Periferia nua e fria.

Periferia nua e fria, jovens desajustados, bêbados e drogados.
Pais desesperados.
Meninas vendem seu corpo por uma refeição.
Terminam seus dias no fundo de uma prisão.
Velórios fazem parte de sua diversão.
Na escola da vida o diploma é munição... Uma arma em cada mão.
O grito do inocente em destaque na televisão.
Preconceito racial, desigualdade social.
O negro é barrado só por esta no carro do patrão.
O menino é sentinela no morro pro ladrão.
Olhai!Senhor por estes jovens de sua nação.
Pelas mães sofridas em busca de um punhado de feijão.
Domingos sem diversão mães fazem fila para visita nas portas da prisão.
Seus parentes são noticias quando dentro de um caixão.
Lares detonados, medo e decepções.
Morte súbita, falência de órgão torna-se coso de indenização.
O trafico domina!
O medo predomina!
Caminhos de pedra.
Guerras por umas moedas.
Desertores desses horrores seguem suas missões.
Olhai senhor! Pela periferia nua e fria, e cura esta nação.
Derrama sobre este povo sua unção.
Somos peregrinos em terra estranha, fenféns do medo.
Acorrentados pela violência, desigualdade.
Réus confessos... Á espera da sentença.
Ver edito.. Culpados ou inocentes?
Olhai!Senhor esse povo sofrido:
Que de tanto sofrer se perdem na multidão.
Neste vazio mergulham no mar da desilusão.
Olhai! Pai por nossa nação.

Foto de usuario12345

Vou te buscar

Na escuridão, quero tocar seu coração,
Pra multidão eu vou contar nossa paixão.
Nosso amor é raro de se ver,
Não tem no cinema ou na tv.
No quarto, na sala de estar,
Nosso amor está em todo lugar....

Tô sem você
Tô louco pra te ver;
Vou te buscar,
Pra sempre te amar.

Pra eternidade vou te amar,
Contigo pra sempre quero estar,
A minha amada vou buscar
Te quero agora, vou pegar.

Tô sem você
Tô louco pra te ver;
Vou te buscar,
Pra sempre te amar.

Foto de KAUE DUARTE

Irmão de rua...(inspirado em experiencia real)

Vaguei...
Por onde vagam heróis
Por dentre as doutrinas hierárquicas
Meus pensamentos sempre voando
Engajados em estrelas tremulas de luz
Propus-me a estar
Nos átrios da sorte
Jogado em ladrilhos esfumaçados
O tempo deteriorando minhas vertigens
Minhas marcas cada vez mais profundas
Estrive sempre no mesmo local
Me esquivando dos olhares sem cor
Fui aquele que sou e sempre serei
Alto ou baixo, invisivel a multidão
Escuto mais minhas entranhas me chamar
Que pessoas ao meu lado pisar
Nos sonhos calados dizia
Em minha verdade falando sozinho
Minha lucidez ja não existe
Pois a solidão me tirou pouco a pouco
Viver na pobresa da carne
Com espirito alado em amor
Sem máguas, entendo onde estou
Mais uma vez implorando
De mãos coladas suas migalhas
Para amanhã ainda estar aqui.

Foto de Allan Sobral

A Supremacia do Amor

Amor,
Na dança de minhas palavras em meio as roseiras a enrosquei,
Na doçura de sua existência me deitei,
Nas falas de meu coração encantei,
Na supremacia do amor em lagrimas conversei.

Na casa dos anjos, pela fresta a observo, assisto do lado de fora
Só olho, sem o antes ou o logo, assisto a sobrevivência do agora,
Nos desenhos da alvorada vejo-te, imagem divina, divina mulher,
Que como menina, caminha, no mar que banha-te os pés.

Entrego-me.
Meus olhos meninos, navegam os seus traços finos,
Em finos e alegres sorrisos singelos,
Me entrego, não nego ao seu doce dançar,
Na dança salgada na água do mar.

Surreal,
És a guerreira e princesa, és a lenda mais bonita,
Das sereias roubaste o canto, mas fizeste da independência o seu manto,
Ganhaste o mundo e um nome como guerreira amazona,
Por qual muitos lutaram, choraram e banham-se em loucuras,
Loucura, preço por fazer-te um dia deitar em amarguras.
A cobiçando por insígnia de triunfo,
Ou por mera ostentação.

Perdido,
Mas voei, sobre o tempo, nas asas de meus pensamentos,
Pensamentos revoltos, constantes, velozes, e soltos,
Sim voei, em meio a conquistas, em honras um nome ganhei,
Sobre poucas derrotas, no fio da espada o mundo conquistei.
Sim voei, e no mais alto dos céus te encontrei,
Como um anjo perdido em sua ansiedade,
Asas quebradas pelo risco da falsa verdade.

Segredos,
Por de traz de um duro semblante te encontrei,
Te olhei, com os olhos fechado e mãos atadas, abracei.
A mais bela poesia soara sem palavras,
Guerreiros, abaixamos escudos e espadas,
Trocamos mistérios, e respostas sem perguntas.
Com seu nome sobrescrevi a cicatriz de minha alma,.
Fiz por troféu seu sorriso, e morada em minha calma,

Sim, amei,
Sem se quer pensar em um beijo a amei,
Amei sobre a pureza, e dos perfumes a essência,
Amei alem da beleza, alem da demência,.
Amei-te pelo simples fato de amar.
Amar pela complexa soberania do amor,
Na doçura dos deleites amei-te.

Saudades,
Senti o abraço da solidão, apertado na multidão,
Senti saudades, perdi minhas vaidades,
Em todas as presenças, reinou sua ausência.
Em minhas razões e pensamentos só restou incoerência.
Em muitas ocorrências, a sombra de minha existência,
Perdido em procurar-te na agonia de sobrevivência.

Só amei, no apego do apelo de meu medo,
De tornar a molhar os olhos que custou-me a secar,
Mas não nego, a mão que me estende a ser feliz,
Fiz do ontem minha glória, do hoje o meu mundo,
Do amanhã? Deixa que no amanhã veremos.

Só amei, pois na supremacia do amor, só amei.

Allan Sobral

Foto de Edigar Da Cruz

O livro

O livro
Como escrever do descrever e ler aos livros nos pode ler a vida de uma pessoa! De um sentimento, de um momento feito uma historia sem fim...
O livro pode falar para uma multidão, e você como anjo(A) pode falar muito para uma multidão acredite você quando acredita em algo e tem a certeza nada segura..nada contraem o nada .
.viver e uma viagem que vai além
Tática do presente do descrever o que deixou ao passado transforma isso mesmo TRANSFORMAR tudo em SUPERAÇÃO!..eu acredito sim que na vida tudo tem sua hora tudo tem o seu momento!..e o momento de viver e o agora o já o nesse momento mais importante se apegue a uma ou qualquer multidão de gente e fale uma frase a essa frase mostre o caminho que a vida tem !..e pode ter a certeza A VIDA E MUDANÇA sempre, mesmo nos fracassos
O livro da vida é seu comece falar dele com o seu escrever E DESCREVER E nem ligue aos pontos!;Necessários para uma obra correta a pior já feita anexou o pior ponto da pessoa que deixaram e cada ponto uma marca triste de um passado triste de dor e lagrimas ...simplesmente comece um novo fim com mais felicidades do passado

Edgar Da Cruz

Foto de Carmen Lúcia

Ainda restam os sonhos...(homenagem póstuma)

O vento move fagulhas
em minhas mãos calejadas...
Agulhas é minha harpa,
sonhos de Via Láctea.
O vento corre em zigue-zague
movendo o fadário
do diário trabalho ralo...
De sonhos, o que há de vir?

O pleonástico ser que me torno,
e me transforma em supérfluo cidadão,
sonha sonhos que não apavoram
nem sombra, nem multidão.
A fome me bate à porta,
o frio não traz carvão...
As goteiras me servem
como imundo colchão.
Os sonhos criam galácticos reinos
dissimulando a putrefação,
realidade sem nome,
de pura exclusão...
Executam o homem
em troca da devassidão

E nessa redundância caótica,
parida da enfática “velha opinião...”
prioridade moldada pelo desamor,
desnorteando o viajor,
velejo meu veleiro
sem meta, nem direção,
num mar de águas paradas
que nunca vêm, tampouco se vão.

Sem ver cais ou ancoradouro,
sequer pistas ao mapa do tesouro,
ansiando que o vento se aprume,
sopre águas e feridas,
crie ondas, movimente a vida,
pra que meu destino enfadonho
ancore em futuro risonho,
vindouro e assaz almejado...
Porque ainda me resta um legado
de sonhos, não naufragados.

co-autoras:Angela Oiticica & Carmen Lúcia
04/08/2008

"poema feito em parceria com minha inesquecível amiga, Angela Oiticica, falecida em 06/06/2011."

Carmen Lúcia

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