Multidão

Foto de Runa

7º Concurso Literário - Nas teias do teu rasto

Procuro um rosto na multidão.
Uma luz que alumie as trevas.
Alguém que conheci noutras eras
mas de quem já não recordo o nome.

Procuro na margem dos rios
atento ao murmúrio das águas
e nos desolados caminhos de pedra
onde febril me perdi
sem encontrar sinal de ti.

Vim de muito longe.
Onde o fim da noite pulsa,
nos confins profundos de uma vertigem,
à deriva nos oceanos do tempo.

Já cruzei mil caminhos.
Atravessei céus de luz e escuridão,
esgravatando a imensidão do vazio,
sem sequer cheirar teu perfume
ou o vulto da tua sombra fugidia.

Uma vida inteira não bastou
para achar as pegadas do teu rasto,
afundadas nas ruínas chuvosas do pó
e nas rugas arrefecidas dos milénios.

Talvez não passes de uma ilusão
que o vento murmura à noite nos muros;
esboço inútil que rabisco
nos sonhos cegos que alimentam
a névoa triste da minha passagem.

Foto de Carmen Lúcia

Aos porquês da vida...

Ao questionar sobre os porquês da vida,
onde contida, a nossa missão reprimida,
não ouço resposta, apenas silêncio vazio.
Então observo os pequenos fatos,
os que regem o cotidiano
impelindo-nos a diversos atos,
que improvisados, isentam planos
e se alastram pelas estradas
ora íngremes, ora sem danos.

Longa caminhada completa-se passo a passo,
letra por letra escreveu-se o livro sagrado,
de segundo a segundo transcorrem-se milênios,
pequenas fontes geram translúcidas cachoeiras,
grãozinhos de areia e momentos incertos
juntam-se, criando dunas e desertos,
pequenas gotas fazem cair a chuva,
tijolo por tijolo, a mais rica construção.

Com sete notas, a mais bela composição
de Bach, Ave Maria, suave sinfonia.
O todo é composto de pequenas frações
e os porquês nos conduzem às conclusões:
A multidão é formada por eus,
só lhe resta pulsar um coração,
pequenos gestos de compreensão,
solidariedade, respeito, indulgência e perdão,
fazendo a mudança que seu eu precisa,
ajudando a decidir a vida indecisa,
implantando a união,
reconstruindo a nação
e de amor profundo
consertar o mundo,
lembrando a todo segundo
que tudo nasceu de um sonho.

(Carmen Lúcia)

Meus votos de um 2011 com muito amor!

Foto de L.Guerreiro

Palavras

Habitas em cada minha palavra,
em todos os meus silêncios.
Sou o vento, e não me vês.
Sou uma gota de chuva, e não me vês.
Sou a terra que pisas, e não me vês.
Sou o pobre que estende a mão à esmola, e não me vês.
Sou a multidão, e não me vês.
Se eterna é a verdade,
eterno é o verdadeiro amor.

Foto de Nailde Barreto

" A DESPEDIDA"!!!

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O barulho das rodinhas da mala
Que atritavam no asfalto grosso
E emitiam um som de protesto
Quase que um grito
Para que fôssemos na direção contrária.

Mais ao chegar no fino páteo do aeroporto
Elas perderam a sua fala
Desmotivadas pelo turbilhão de sons
Que se misturavam entre os terminais
Provenientes do transitar da multidão.

Os ponteiros do grande relógio no corredor
Que antes repousavam quando estivera ali há dois dias
Pareciam enfurecidos, e galopavam ferozmente a cada minuto
Contrariando a ordem natural do seu trabalho
Me deixando ainda mais perto do que eu já previa.

O abraço apertado que se desenrolou
Fez germinar em seus olhos duas lágrimas
Que deslizavam sobre sua lisa pele morena
Que não impedia que elas chegassem ao chão
Imaginando que em breve eu não poderia mais enxugá-las.

E ao mirar o triste portal de embarque que se aproximava
Sentia por entre os dedos sua única companhia
O bilhete amigo que a acompanhava
No vôo que sem beleza assinava
O fim daquele mágico e eterno momento.

B.C 15/12/10

Foto de Asioleh

Platônico

Esse sentimento consome toda a minha sanidade
Você está em meus sonhos e isso é ruim
Quero esquecer que você arrebatou meu coração
Mas enlouqueço ao ouvir sua voz entre a multidão
Me acorde não quero mais seus beijos
Porque não quero acordar
E não os tê-los
Me diga então porque me olhas
Se não dizes o que sentes
E se ao mesmo tempo eu ouço o que tanto queria ouvir
quando os vejo

Foto de Asioleh

Platônico

Esse sentimento consome toda a minha sanidade
Você está em meus sonhos e isso é ruim
Quero esquecer que você arrebatou meu coração
Mas enlouqueço ao ouvir sua voz entre a multidão
Me acorde não quero mais seus beijos
Porque não quero acordar
E não os tê-los
Me diga então porque me olhas
Se não dizes o que sentes
E se ao mesmo tempo eu ouço o que tanto queria ouvir
quando os vejo

Foto de Nailde Barreto

INVERNO FRIO!!!

Existem coisas num silêncio
Que não esperava nunca;
Queria ouvir uma voz, a sua voz...
E, de improviso, reparo que o silêncio
Tem o rosto das coisas que perdí...
Talvéz, seja mais importante
Pensarmos no amanhã...
Sempre deixamos tudo para depois;
E, no entanto, vivemos em velocidade...
Ainda assim, permito-me parar
Em meio a multidão egoísta;
Para sentir muito sua falta;
Que me faz esquecer os invernos frios...
Enquanto toco suavemente;
O abstrato do seu mundo...
Composto em meio às paredes da minha mente;
Que define sua essência como uma bela poesia.

Nailde Barreto.

Foto de Gabrielaa

Nosso Lance.

Você foi o meu sonho oculto,o meu desejo profundo.
Eu te avistei ali na multidão e os seus olhos aos meus penetraram.
Meus pensamentos iam e vinham,e num determinado momento suas mãos tocaram as minhas.
Tive vontade de ir ao infinito em fração de segundos,tive vontade de te dar um beijo inesquecível e tive vontade de te agarrar aos meus braços e não soltar mais.
Ah,tu és aquele homem por quem eu esperei.
Senti na flor o cheiro do seu perfume,e vi no céu estrelas que brilhavam como os seus olhos.
Num palpitar,te vejo a seguir,e da minha mão soltastes para então partir.
Sorri de tristeza para não chorar de infelicidade.
Eu sempre sonhei com aquele dia,sempre sonhei com seus beijos,sempre sonhei com os seus abraços e sempre sonhei em te ter.
Sozinha eu estava a me lamentar por um passado bom que iria voltar.
Então,num frio de nervosismo eu te encontro me esperando no final da festa pra gente ficar.

Foto de Oliveira Santos

Ignorância

Todos os dias sem saber
Por quanto tempo vão sofrer
Ou quantas vidas vão surgir
Ou vão se perder por aí

Não importa quão longe se vai
Nem o que se pode fazer
Não interessa quem vais sentir mais
Ninguém pode se esconder

Quais almas vão nos perturbar?
Que medo vai nos assombrar?
Quem poderá esclarecer
O que não dá pra perceber?

Para onde segue essa multidão
Que me arrasta como o mar
Que nem sabe por qual razão
Ela deve caminhar?

Ignorância
Somos cegos desde a infância
Ignorância
Um joguete sem importância

Já não há mais o que esperar
Nenhum milagre para rogar
O que vão nos oferecer?
Só mártires falsos para crer

E este mundo se desfaz
Nas garras da nossa ilusão
Tudo aquilo que ficou para trás
É lembrança e solidão

Ignorância
Somos cegos desde a infância
Ignorância
Um joguete sem importância

16/01/05

Foto de Oliveira Santos

Entranhas Da Noite

Nas entranhas da noite
Adormece o indecifrável
E ao júbilo de alguns
Opõe-se a queda de muitos
E confrontam-se nas horas
A multidão e a solidão
E deparam-se nas ruas
A aversão e a atração

Das entranhas da noite
Originam-se os temores
Os clamores, os horrores
Intrínsecos, inexoráveis
Donde a névoa venenosa
Rarefaz-se em frente aos olhos
E o frio, a fome, a peste
Cata os seres mais simplórios

04/07/96

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