Multidão

Foto de Antonio Zau

11 De Setembro de 2010

11 De Setembro de 2010
Nesta data ainda me lembro tudo quanto se fez
Depois de concordância em ambos os lados
Pediram para que os pais fossem apresentados
Houve sorrisos, abraços, todos presentes gostaram
Na troca de alianças todos levantaram e calaram
Diante de multidão eu e tu fizemos um juramento
Todos presentes aplaudiram para animar o momento
Era um evento tão fantástico que não esperávamos
Sem vergonha brindamos os copos e nos beijamos
O DJ por sua vez soltou a musica e abrimos o salão
Pois embora não soubesse dançar mas valeu a intenção

11 De Setembro de 2010
Mesmo com algumas falhas chegou a vez
De provar a todos presentes que o amor não se destrói
Os abraços dos familiares e amigos tornaram me herói
No entanto agradeço por teres me suportada tanto
Caso ficares triste a sua músicas preferida eu canto
Prometo estar contigo até no último dia do meu inspiro
De todas as mulheres do mundo, és a única que prefiro!!!!!

Foto de Carmen Lúcia

É Carnaval!

É Carnaval!
Demos espaço para a alegria.
Quem sabe toda essa utopia
caiba no coração de cada um
e se torne verdadeira,
ainda que até terça-feira.
A realidade do momento
fomenta o desejo de contracenar,
liberar o seu grito entalado,
e contagiar.

Que se cale toda a tristeza,
abram alas pra tanta beleza
onde os sonhos desfilam anseios
de um ano inteiro...
e o riso sofrido convence toda a multidão
que aplaude tal felicidade com empolgação,
onde o rito da autenticidade é encenação
e as cinzas da quarta encerram a grande ilusão.

_Carmen Lúcia_

Foto de usuario12345

Solidão

Solidão,
Que não vai embora do meu coração,
Que me isola em meio à multidão,
Que fica, incomoda,
Me deixa no chão.

Coração,
Você foi embora,
Deixou sem razão,
O que faço agora?
Estou sem ação,
Volta, me namora,
Vem ser minha paixão!

Solidão,
Sem ter você, tudo é escuridão,
Me diz por favor,
Que minha chance é real,
Que tudo o que houve não foi ilusão.

Foto de Jessik Vlinder

O Poder dos Teus Olhos

É como olhar para dentro de mim mesma e sentir quão pouco eu sei sobre mim.
É como me perder num labirinto abstrato de emoções desconhecidas.
É como naufragar em águas calmas e esperar lentamente a dor chegar.
É como dançar com a hipnose das estrelas cadentes.
É como receber a notícia de uma sentença perpétua.
É como domar uma fera e querer ser dominado por ela.
É como se olhar no espelho e ver a imagem de outra pessoa.
É como estar preso em grades invisíveis.
É como ser rendido por mil homens armados.
É como ser roubado pelo melhor amigo.
É como estar submisso a quem se mais despreza.
É como perder a noção do espaço, do tempo, do chão.
É como ficar nua em meio à multidão.
É como ser invadida por centenas de finas agulhas.
É doloroso, é fúnebre, é tenso...
É atraente, é ofensivo, é invasivo.
É ácido, é sutil, é amargo.
É frio, é carregado, é temeroso.
É inseguro, é preciso, é lascivo.
Olhar-te é, por fim, é um plácido suicídio de sentimentos.

Foto de Fernando Vieira

Ela é daquele tipo

Ela é daquele tipo
(Fernando Vieira)

Ela se mostrou
Tão alegre e tão bonita
Ela me falou
Que há muito tempo ela não fica

Pegou na minha mão
Foi alegrando a minha vida
Depois quis me beijar
Achei um tanto atrevida

Menina maluquinha
Corpinho de violão
Não sei como é que pode
Se perder na multidão

Pele bronzeada
Com marquinhas do verão
Ela é daquele tipo
Que mexe com o coração

Menina danadinha
Eu também quero beijar
Sentir o teu sabor
E o seu perfume pelo ar

Você é mais que linda
Tem o dom de me esquentar
Mas vou logo dizendo
Que não vou me apaixonar...

Foto de jessebarbosadeoliveira27

A SOFREGUIDÃO DO NÃO-POETA

Quero ser um artesão de palavras:
Duras, dúcteis, viscosas, herméticas,
Diáfanas, sinceras, profundas, singelas, iluminadas.
Eu quero é ser poeta
Pois este erige contínuas miríades de estrelas
Sobre o céu de eternas noites enluaradas!

Quero poder afluir,
Quando me der na telha,
Ao feérico lago da espontânea
Língua do povo:
E, ao libar da sua água,
Expelir-lhe as impurezas,
Que são as chagas, as mazelas,
O carcereiro da igualitária opulência,
Para deixar que viva livremente
O florescer incontinenti
De castelos e mais castelos
Da alacridade e dos felizes sortilégios
Que emanam do eufemismo
Da escrava gente.

Quero degustar
O vinho tinto da galharda palavra
A fim de homenagear a imponência
Que cimenta os mínimos e máximos halos
Da natura realeza.

Quero ser condigno
Quero ser acuidade e sageza
Quero ser humildade, vivacidade, gentileza
Quero ser feiúra e esbelteza
Quero ser a inane importância
Quero viver perpetuamente
[ No jucundo reino
De ingenuidade
Das crianças
Quero ser ventania, poesia, proximidade, distância
Quero ser o instante
[No qual se encerra o segredo
Da segurança, da solidão, da tristeza,
Do medo, da coragem, da alegria,
Da repreensão, da recompensa, do desejo

Quero ser a imensidão
Quero ser pequeneza
Quero ser a imperfeição em evidência
[Pois a perfeição
É um atroz sofisma
Da humana cabeça
Quero ser a multidão
Quero ser o átrio do sol solitário da certeza
Quero ser a rocha, a rosa, o rouxinol, o girassol, a orquídea, a açucena
Quero ser a ametista, poeta em perene florescência!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Marilene Anacleto

A Menina Esquecida

A MENINA ESQUECIDA

O vento açoitava as árvores,
Folhas fugiam desesperadas,
A chuva chicoteou casas e praças
Do anoitecer até alta madrugada.

Pequeno raio de luz
Da aurora, inda embaçado,
Mostra a transeuntes menina
Encolhida na calçada.

Uns a chamam de vadia,
Alguns, de pobre coitada,
Tremia de frio a criança
Por toda a noite lavada.

Outros lhe “davam de ombros”
Dizendo “está acostumada”.
“O corpo pode acostumar
Mas é diferente a alma.”
Assim a menina pensava.

Durante essa triste noite
Pediu a Deus misericórdia:
“Não esqueças de mim, meu Pai,
Leva-me contigo embora.”

Ao sentir que soluçava,
Mãos generosas a afagam,
E ela não falou nada.

Surgiu então personagem,
Tal príncipe em conto de fadas.
Diante de todos os olhares,
Com a criança pela mão,
Condoeu-se o coração,
Levou-a à sua morada.

A menina o seguiu,
Como se estivesse encantada.
A multidão o aplaudiu
Com grande salva de palmas.

Eis que, ao voltar ao caminho,
A comitiva, assustada,
Ouviu apenas, em gritos,
“A menina jaz na calçada!”

Um misto de horror e êxtase
Apunhalou corações.
De joelhos puseram-se a orar,
E chorar aos borbulhões.

Voltou a açoitar, a chuva;
Pôs-se a chicotear, o vento;
Ali, molhados, sentiram
O que é viver ao relento.

À menina foi atendido
Do coração puro, o lamento.
E o povo, por muito tempo,
Teve a culpa por sentimento.

Marilene Anacleto - 16/03/99 – 01:10h

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em 01/09/07
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em 22/02/01
Publicado no Jornal Folha do Povo – Itajaí – SC, em 27/05/00
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

Foto de giogomes

Ensaio de solidão

Como pedir ajuda estando calado ?
Como clamar por clemência, sem ser julgado ?

Esperar por ajuda em uma imensidão.
Estando apenas só, em minha solidão.

Tentando em vão novamente caminhar,
sem forças sequer para poder levantar.

Me vejo gritando a uma multidão de surdos,
caído em um poço completamente escuro.

Sem respostas a perguntas não feitas.
Querendo espaço em frestas estreitas.

Me falta o ar no vácuo desta vida.
Me falta um teto, um lugar de guarida.

Estou sozinho, mesmo por pessoas rodeado.
Mesmo coberto de fatos, me sinto desacreditado.

Me sinto perdido, mesmo orientado.
Estou completamentente cego, mesmo sendo enxergado.

Busco por algo inexistente, no lugar errado.
Me afogo em pensamentos, em um lago raso.

Como calar, necessitando de ajuda ?
Como se ter esperança, sem ninguém que o acuda ?

Talvez acreditando que o meu grito seja ouvido.
Mesmo que para isso, nem um som seja emitido.

Acreditando que mesmo escondido, eu seja achado.
Lembrar de como sorrir, mesmo com os lábios cerrados.

Voltando a enxergar beleza, com os olhos fechados.
Voltar a acreditar na alegria, nesse mundo nefasto.

Talvez implorando para que toda esta sensação,
se vá embora neste ensaio de solidão.

Foto de Leonardo André

Nosso encontro de amor

De repente...
no meio da multidão...
nossos olhos se encontraram.
Você sorriu,
virou as costas
e seguiu o seu caminho.
Corri atrás...
não podia deixar
de lhe conhecer.
Seu nome,
meu nome,
trocamos telefones.
Dedos trêmulos
discando seu número..
primeiro encontro marcado.
Mais tarde...
um barzinho à meia luz
e o primeiro beijo.
O amasso no carro:
mãos n’aquilo
aquilo nas mãos.
Mil beijos depois:
dois corpos nús
se amando na cama.
Seu corpo suado,
meu rosto molhado
de tanto prazer.
E foi tantos gritos,
gozos infinitos,
palavras de amor.
Depois... o silêncio,
corpos abraçados...
dormimos, enfim

Foto de Leonardo André

Monólogo do Louco

Chega !!!
Vocês não têm o direito de me chamar de louco !
Por que sou louco ?
Só porque vivo sorrindo feliz ?
Só porque me emociono ao ver a rosa que nasceu em um jardim ?
Por que sou louco ?
Só porque converso com as plantinhas e os animais que crio em casa, ou porque fico feliz ao contemplar um sorriso de criança ?
Será que sou louco porque, às vezes, me revolto contra o poder das forças políticas de nosso país, que nunca se preocupam com a existência de uma “massa humana”, chamada “povo”, a não ser em época de eleições ?
Droga ! Eu não sou louco !
Loucos são vocês, que destróem centenas de florestas para construir cidades de pedras e arranha-céus de luxo. Vocês, que constróem fábricas que jogam elementos químicos nos rios e mares, envenenando a água que seus próprios filhos bebem e a comida que comem.
Loucos são vocês, que fabricam armas para destruir a vida de crianças, velhos, mulheres e de adolescentes, que morrem sem saber porquê, enquanto vocês arrecadam lucros enormes com o mercado bélico.
Loucos são vocês, que recrutam meninos, que sonham ser homens, lhes dão uma farda, os ensinam a ser violentos e a matar; depois os enviam para campos de batalha com a “patriótica missão” de matar outros meninos que, como eles, carregam armas e matam pessoas que nunca viram, sem mesmo questionar por que fazem isso.
Loucos são vocês, que deixam inocentes e miseráveis morrer de fome e frio nas favelas, enquanto comem do bom e do melhor, sentados em suas mesas luxuosas, portando seus talheres de prata.
Eu...? Eu não sou louco, gente !
Eu sou apenas um ser que chora, ri, se emociona, sente frio, fome, sede, calor e, às vezes, indignação. Indignação ao ver tanta coisa errada, tanta pobreza, tanta gente morrendo por ser mau atendido em hospitais públicos, ou por falta de segurança.
Eu não sou louco, não !
Loucos são vocês !
Eu... ? Ora... eu sou apenas mais um rosto na multidão !

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