Negros

Foto de powtpotter

Arrependimento...é o fim!

Um belo dia o conheci, criei em minha frágil e ingênua cabeça, a imagem de um homem ideal, um homem perfeito, que seria minha alma gêmea...
Que tolo - Hoje penso- como pude ser tao bobo, ao achar que essa tal pessoa realmente existe?

Deitado triste e cabisbaixo em minha cama, me ponho a pensar em tantos momentos, tantos percalcios, tantos obstáculos ultrapassados, e também penso em tantas mentiras, e tantas mágoas, tantos momentos em que eu quis sumir, te esquecer...
Como pode ser tão sem coraçao?
Voce é realmente humano?
Foi tudo um leve passatempo pra voce?
Pra mim foi tudo muito real, cada segundo, hoje pensando em tal atrocidade que fostes capaz de fazer, arrependo-me.
Arrependo-,me de ter entregue meu pobre e fraco coraçao, a alguem tao sem alma, com as mãos tao imundas, que chegarao a infectar este coraçao com tal maldade, com tal crueldade e frieza.
Acabou!

Se foi!

Hoje coloquei de volta ao lugar, um coraçao já ferido precisando em demasia de um curativo de medicaçao, precisando de afeto, precisando de algo real. A desilusão de um amor impossivel nao estava em minha mente, e sim no coraçao ferido de outra pessoa, uma pessoa fraca e insegura, que assim como eu criou um casulo visivel ao mundo, onde demonstrava sempre um ser cheio de si, e cheio de vida e felicidade, mais que na verdade por dentro era pura podridão...Pura maldade, e pura frieza... Puro ego e Insatisfaçao...

A vida é engraçada as vezes, ela nos impõe obstáculos, e quando os passamos, e achamos que tudo vai ficar bem, ela nos dá mais uma pancada. Me pergunto..." É culpa do destino?"
Eu mesmo respondo : - Nao! a culpa é daquele que só ama a si proprio, que pensa somente em seu ganho, alimenta seu proprio ego, imaginando o quão fraco é aquele que está ao nosso lado, o quão submisso é este....
Mal sabes que dentro desde ser tão pequeno, tão fragil e abobalhado, existe um leão escondido, um pomposo leão, forte, viríl, e pronto para atacar a qualquer momento, principalmente no momento em que este sente-se ameaçado.

Tu fois fraco... Tu fostes mediocre... Tu jogaste as traças teu amor proprio, se entregando a quem so queria de ti o que ja teve antes, e por pura vingança queria ver o fim de nós dois...
E conseguiu, aquele ser pobre de espírito, aqueles que tanto conspiraram contra nós, finalmente conseguiram...
Te dei de tudo, de matéria a espirito... e o que recebo em troca?
Um par de chifres negros, cobertos de malícia, luxúria e frieza...
Peço hoje a Deus por ti, é minha missao nesta terra, ajudar e amar o proximo acima de tudo, mesmo aquele que tanto mal nos faz.
Pobre de espírito, Fraco, Inseguro... Meu amor era tao grande, era tao firme, e em um leve segundo desmoronou aos meus pés, junto com minha força de vontade, junto com meu espirito, e meu pensamento...
Pobre de ti...
Pobre de mim...
Pobre de nós...
Adeus sandro....seja...Feliz...

Foto de Rosamares da Maia

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO
Um amor que sobreviveu as diferenças e contradições.

I

Vivemos como o vento errante do deserto
Construindo, revolvendo e desfazendo as dunas.
O ar é quente, sufocante, irrequieto e apaixonante.
Desperta a minha emoção, tomando os meus sentidos.
Tocando-me por inteiro, arrebatou-me a alma,
Virou-me do avesso e colocou-me em sua palma.
Mas, era vento e partiu. Invadiu-me a solidão.
Eu, deserta e plena de ti, embora antítese do teu ser,
Das incertezas do desejo e medo de amar.
Pacifiquei meu ser, pois meu amor amava ao vento.

II

Um perfume vem do deserto, está por todo o ar,
Nas dunas escaldantes por onde andas e transpiras,
Está o teu cheiro - o cheiro do meu homem.
No sussurrar do vento posso ouvir a tua voz.
Lembro o encontro da minha boca com a tua, de sonhar,
E a vida real? Somente promessas em território hostil.
Negando evidências, vivemos o que desejamos sentir.
Ignorando a verdade, tornamos surreal nossa vida.
Lembro a dor e da saudade, de sussurrar em oração.
Preces, solidão e areia quente - preces da tua boca ausente.

III

O vento trás de volta meu ar – o meu Califa.
O vento que em sua companhia fora guerrear,
Agora trás meu homem, mais moreno e magoado...
Vem curar suas feridas, recuperar o brilho do olhar.
Sonho e creio que finalmente voltou, agora é meu.
Amamos na areia quente, também em sua tenda,
Entre as almofadas, luxuria em panos de seda.
Inebriados pelo ópio, essências de mirra e benjoim,
Entre pétalas de rosas, tesouros em jóias pilhadas.
Serei eu somente mais uma entre suas as prendas?

IV

Soçobrou outra vez o vento do deserto – ele se foi.
No meio da noite, d’entre almofadas e sedas, roubou-me.
Dos meus braços partiu – Não podia! Era meu, só meu.
Amaldiçoei suas batalhas sem compreender as razões.
Neguei meu desejo, maldizendo a vida. Fiquei deserta.
Minh’alma não é mais minha, também parte, se esvai,
Galopa no dorso do seu árabe a minha vida - ao vento.
Deixo-a para morrer com ele, se tombar em batalha.
Não mais me pertence. Submeto à sua barbárie milenar
Meu frágil e multifacetado mundo ocidental, desmoronado.

V

Tudo que vivemos foge ao meu entendimento.
Seus cuidados, suas ordens, mesmo os seus carinhos,
De certo me quer cativa dentre os seus tesouros.
Como se cativa espontânea não fosse. Amo-o sem pudor.
Novamente ouço o vento que traz o odor das batalhas.
No espelho, vejo seus olhos negros, a mão brandindo a espada,
O semblante altivo de comando o torna cruel.
Seu mundo não é o meu, tudo nos confronta e agride.
Sinto frio e dor. Meu corpo tem o sangue das suas mãos.
Agasalhada em sua tenda, sufoco entre lagrimas e incensos.

VI

Pela manhã fujo, vago errante entre as dunas,
Quero sucumbir nas areias da tempestade anunciada
O sol é escaldante. Quem sabe uma serpente? – Deliro.
E delirando sinto o vento. É sua voz – quente.
Sinto a sua boca que me beija e chama – agonizo,
Na febre ultrapassei o portal de Alah - quero morrer.
Vejo-te em vestes ocidentais – como uma luva.
Olhando por uma janela, de horizonte perdido.
Não há delírio, não é morte – Desperto no Ocidente.
Reconheço-me neste ambiente – a mão para a luva.

VII

Aqui o vento é frio, sem motivos é inconseqüente.
À areia banha-se por mar fértil, de sol brando e casual.
Não brota a tâmara nos oásis, para colher a altura da mão.
Será fácil esquecer a claridade das dunas quentes?
Mirra e benjoim exalando, almofadas e panos de seda?
Não fazemos amor nas tendas, no sussurro do vento quente.
No Ocidente fazemos sexo em camas formais, monogâmicas.
Homens possuem concubinas ilícitas e, não é bom amar a todas.
Sempre há cheiro de sangue no ar, sem batalhas declaradas.
Não nos orientamos pelo sol ou estrelas – estamos perdidos.

VIII

Eis meu mundo que corre de encontro ao teu,
Desdenha das diferenças, da antítese de nossas culturas.
De Oriente e Ocidente, da brisa do mar e do vento do deserto
Teu amor violentou as tradições para devolver-me a vida.
Aqui também estas ao sol, mas tua pele morena é contradição.
Há perfumes sofisticados, frutas, panos e almofadas de seda.
Não há o trotar do teu árabe, vigoroso, mas a ti cativo,
A mirra e o beijoim não cheiram como em tua tenda.
As tâmaras são secas e raras. Não está a altura da mão nos oásis
Meu amor violentou tuas tradições – em ti, a vida se esvai.

IX

Teus olhos vivem em busca de um horizonte distante,
Perdem o brilho do guerreiro que fazia amor nas areias.
Ama-me com um amor ocidental, sem paixão, comedido e frio,
Não há paladar da fruta madura em tua boca, ou o frescor da seda,
Tua alma quer o vento quente do deserto, escaramuças e batalhas.
Muitas esposas entre almofadas e sedas - o mercado das caravanas.
Aqui existem muitos desertos de concreto, janelas inexpugnáveis,
Batalhas invisíveis e diárias, nem sempre com armas nas mãos.
Mas a língua dá golpes certeiros, tiros de preconceitos mortais.
Meu amor em ti morre, sucumbe ao vento frio da tua solidão.

X

Teu amor ensinou-me a ser livre. Como negar o vento do deserto?
Aprendi a ter a companhia das dunas, sempre mudando de lugar,
O deserto deu-me um homem para amar nas tendas nômades,
Mostrou-me a lógica das batalhas e como perguntar por e ele ao vento.
Ensinou-me a sorrir com o brilho dos seus olhos simples e negros,
Meu corpo está acostumado com o toque quente da sua pele morena.
Novamente fugi - do meu deserto. Temi tempestades e serpentes,
Supliquei a Alah, para que em sua misericórdia houvesse vida,
No ar, um doce perfume de benjoim, na pele, o delicado toque da seda,
Meu Califa ama-me com o gosto das tâmaras maduras – e vai guerrear.

Rosamares da Maia
2005/ JAN/2006

Foto de Gideon

Há tanto tempo Senhor - Uma oração.

Há tanto tempo Senhor - Uma oração

Há tanto tempo, Senhor,
Antes que as estrelas brilhassem,
Antes que a escuridão reinasse no Universo,
Antes que o ser existisse,
Antes que as memórias registrassem as lembranças,
Antes de tudo o possível
Tu me amaste e me desejaste.

Há tanto tempo, Senhor,
Que jamais mentes puderam imaginar,
Quando a ciência nem se esmerava em buscar,
Tu me adotaste, me quiseste,
E me separaste...

Senhor, o seu amor expressa-se
Na exclusividade misteriosa,
Que destes a mim neste imenso Universo.

Em criar-nos, homens e mulheres
Para sobrepujarmos as estrelas,
As nebulosas, os buracos negros,
As nuvens de poeiras celestiais, as galáxias.

Enfim, todos os astros fincados
Nas entranhas de sua obra, o Grande Universo,
Para sermos, Senhor, nós, simples humanos,
Seus prediletos adoradores.

Há tanto tempo, Senhor
Resolveste transcender o seu habitar
E nos amar, amar tanto
Ao ponto de fazer-se infinitamente
Pequeno como nós, para sentir as nossas dores,
Os nossos sofrimentos e alegrias.

Para caminhar em nossas sinuosas estradas,
Compartilhar dos nossos sentimentos de amizade,
Sofrer a traição e dialogar com os desprezados.

Fazer-se, por amor, tão humano ao ponto
De se submeter ao abandono, na hora da própria morte,
De quem jurara, na pequenez humana,
Momentos antes, dar a vida por ti.

Há tanto tempo, Senhor
E por inúmeras vezes estendeste os seus braços
Recebendo-nos de volta com um carinho,
desconcertante para nós,
Por não compreendermos tanto amor.

Senhor, mesmo quando sentimo-nos distantes
E sozinhos, tu esconde-se em nosso coração,
Finca as suas sandálias em nosso interior,
E aguarda paciente e cuidadoso,
O nosso clamor de socorro.

Nesta hora, sorri e nos olha profundo,
De dentro para fora,
Lavando-nos de nossas impurezas e mazelas,
E consolando o nosso choro.

Há tanto tempo, Senhor
Nos ama, nos deseja e nos aceita,
Que sabemos que nunca seremos órfãos de ti
E que podemos contar contigo
E nos refugiar em seus ombros.

Senhor, pela nossa pequenez
Fitamos os olhos nos céus estrelados
Deslumbrados com a imensidão das constelações
Que conseguimos alcançar,
E pensamos no privilégio que nos destes
De sermos eternamente, os seus protegidos adoradores.

Nesta hora, Senhor, regozijamo-nos pela esperança
De que voltarás aqui, vindo deste infinito Céu
E nos resgatará desta impura Terra,
Já tão contaminada pela devassidão do pecado,
Para um outro, dentre tantos lugares que criastes
Neste imenso Universo.

Lá, então, viveremos uma nova realidade
Em nada comparada com a de cá,
E poderemos para sempre louvar a sua glória,
A sua magestade e infinitude,
Sem mais o incômodo do pecado...

Obrigado Senhor.

Foto de Asioleh

Saudade

O vento me roubou o teu perfume
A distância o som da tua voz
Nada mais existe entre nós
Lampejo do teu olhar
Que acabou por se apagar
Alma inquieta, mente insana
Que insiste em te buscar
Nos lugares mais loginquos
Onde você não está
Sinto o amaro do meu castigo
De nunca poder te amar
Seus lindos cabelos longos negros
Que esvoaçam pelo ar
Me relembram o meu destino
que é pra sempre te buscar
No âmago dos meus sonhos
Ainda irei te encontrar
Em meu eterno devaneio
de sua boca querer beijar.

Foto de Remisson

Áurea

Faço poemas
em versos negros
e versos brancos
para que todo poema
seja livre.

***

Hago poemas
en versos negros
y versos blancos
para que todo poema
sea libre.

Foto de Lucianeapv

DISCRIMINAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO
(Luciane A. Vieira – 25/04/2012 – 14:01h)

Discriminação, sob qualquer forma, é terrível na vida de um ser humano!
A sociedade em si trata todos aqueles ‘diferentes’ segundo seus parcos e denegridos conceitos com tal desprezo fortuito, fazendo seres humanos com tudo para ser considerados normais passem a se sentir “peixes fora d’água” quando o assunto é “ser rico”, “ser pobre”, “ser gordo”, “ser magro”, etc.
Lembro-me, há alguns anos, quando minha irmã caçula chegou em casa chateada e triste pelo que ouviu de nossa prima (apenas 20 dias mais jovem) uma frase que mudou, de certa forma, toda sua vida. Na época elas deveriam ter, mais ou menos, 14 anos.
Um colega, vendo-as juntas, perguntou se eram gêmeas, devido ao fato de se parecerem tanto (ambas eram bem clarinhas, olhos claros – uma azuis e a outra verdes – cabelos loiros e cacheados, mesma altura etc), ao que nossa prima riu e debochou nos seguintes termos:
- “Não... Eu sou a prima rica e ela a prima pobre...” – e zombou de minha irmã.
A partir daí nunca mais as vi juntas...
Isso só veio à minha cabeça por ter sido um tipo de discriminação que achei injusto para com minha irmã, na época, e porque marcou, de certa forma, nossa vida e a maneira de vermos o mundo.
Na época em que fui criança, não era “crime” ser “gorduchinha”, nem se era, claramente, marginalizado pelos coleguinhas de escola...
Mas naqueles tempos gastávamos energia sempre...
Nossas brincadeiras não eram frente à TV, com o vídeo game, nem frente a uma fria tela de computador...
Não...
Naquela época brincávamos de pular corda, soltar pipa, procurar girinos em córregos (perto de minha casa tinha uma mina e um pequeno córrego...), amarelinha, passar anel, carimbada, bicicleta, pique de esconder, e tantas outras brincadeiras sãs, que nossos pais não precisavam ficar se preocupando em levar-nos ao médico todos os dias e nem regrar em nossa alimentação...
A vida era uma festa...
Acreditem: podíamos brincar de bicicleta nas ruas próximas de nossas casas sem ninguém para nos vigiar, pois nossos pais confiavam na obediência dos filhos que tinham e nos olhos da família, vizinhos e amigos existentes nas redondezas para cuidar discretamente de seus filhos de maneira sã.
Mas aqueles tempos acabaram...
Hoje em dia não se pode confiar mais nem mesmo nos pais que se tem... quanto mais em família, vizinhos e amigos...
Hoje em dia também não se pode confiar na qualidade da comida que se ingere, pois tudo contém conservantes, hormônios, estabilizantes, aromatizantes, e tantos “antes” mais ali adicionados fazendo a comida ter sabores melhores (embora não naturais) e fazendo nosso paladar se esquecer da simplicidade de alguns anos atrás...
Hoje em dia nem mesmo o leite é leite... Eu já me esqueci do sabor que tem o verdadeiro leite... Antes eu até cheguei a tomar leite tirado na hora, em uma caneca, de uma vaquinha, na fazenda de primos onde íamos sempre...
Hoje em dia não podemos chegar em uma fazenda e bebermos leite puro tirado diretamente do úbere de uma vaquinha... pois é considerado anti higiênico...
E com isto veio a epidemia de obesos em todo o mundo...
Sim, pois afinal não há mais segurança para nossas crianças brincarem... não há mais espaço para comidas realmente saudáveis... não há mais lugar para se viver com equilíbrio neste mundo globalizado...
Antigamente eu sabia que existiam outros países porque estudava sobre eles, mas eles eram distantes a todos... mas hoje em dia estes mesmos países estão dentro de nossas casas, atrapalhando a vida em nosso país, com suas crises mil, tentando despedaçar e fragilizar o nosso “pedacinho’ de mundo... E olha que a crise é deles e os discriminados somos nós... pois somos, ainda, considerados “selvagens” de terceiro mundo...
Em um breve resumo, somos discriminados por:
- sermos gordos ou magérrimos
- sermos tristes ou alegres
- sermos altos ou baixos
- sermos feios (os belos nunca são discriminados...)
- sermos pobres (ricos nunca o são... hehehe...)
- sermos muito fortes ou muito frágeis
- sermos emocionais ou rígidos
- sermos brancos ou negros ou amarelos ou pardos... etc...
Enfim: tudo leva à discriminação do ser humano... bastando, para isto, que este ser seja vivo e tenha sentimentos...
Poderemos, em alguma época futura, sermos apenas humanos???

Foto de Alexandre Montalvan

Anjo Bom

Eu conheço a mal
Que manifesta nas almas das feras
Como feras são elas o próprio mal
São visgos negros e venenosos que deixam seqüelas

Dilaceram a carne vermelha
E o sangue precioso
Que jorra e já é como água suja da chuva
E seus cúmplices são as negras nuvens

Que como quem não quer nada
Propaga-se em uma prolongada
Heresia da dor

Não há face oculta, apenas facas afiadas
Que decepam sonhos e ruborizam as cores
Das flores

É a terra negra que assola estagnada o chão
Com as lindas unhas pintadas com esmalte marrom
Eu penso como Foucault

E a chamo de meu anjo bom

Alexandre

Foto de José Pessoa

Guerra Aberta

Foi ontem quando me pediste
Para levantar a minha bandeira
De caveira negra.

Foi ontem que me disseste
Pela primeira vez que me desprezas
Foi ontem, sim foi ontem
Foi ontem que tudo começou.

Mostraste-me pela primeira vez
Sentimentos, palavras e emoções,
Actos e sensações

Mostraste-me o que é,
O que é viver sem ti,
O que é ter saudades,
O que é a revolta e a angustia,
O medo de não te voltar a ver.

E hoje começou,
Esta guerra aberta
De silêncios e ilusões
Falsas paixões, emoções.

Hoje dou por mim perdido,
Sozinho e sem sentido
Por estas ruas de lobos,
Lobos negros como eu
Lobos que se escondem na escuridão
Dos corações de pedra que enfrentaram
E de todas as dores que enfrentarão.

Hoje dou por mim
A olhar-te nos olhos.
A batalhar-te,
A combater-te,
Neste campo de batalha escuro e gelado.

Se soubesses como é
Ver-te todos os dias
E saber que não voltas,
Viver nesta guerra aberta
Esperar por alguém o resto da minha vida,
Alguém como tu,
Alguém para me amar, marcar
E apaixonar-me uma ultima vez.

Mas quando iremos
Içar as nossas bandeiras brancas
Pôr as nossas diferenças de lado
Voltar ao que éramos e não éramos.

Foto de Comandos

Saudades do amor que me abandonou

Queria tanto dizer que ainda a amo
Queria tanto brincar com seus negros cachos
Queria tanto ser hipnotizado por aqueles olhos amendoados
Queria tanto por ela ainda ser amado

Queria tocar-lhe o rosto
E sentir o gosto inebriante de seu corpo
Queria eu em seu ouvido sussurra
E ouvi mais uma vez ela dizer que me ama

Queria que ela chegasse aqui agora
E interrompesse o desmembrar dessa poesia torturante
Queria ao menos acreditar que ela ainda me ama
Pois se fosse assim minha dor não seria tanta

Foto de Edilson.RL

Que vida é esta?

Que vida é esta que não rege um universo?

Em que as estrelas brilham mesmo em tempestades
E sem qualquer ponto de equilíbrio,
Pois, o equilíbrio está na gravidade
Que não conseguimos igualar.
As estrelas fixam-se
E o vago do universo fica por ali
Talvez rodeando as estrelas,
Talvez se rodeando por si mesmas
Talvez...

Mas o universo não rodeia entre as estrelas,
Pois, elas são as que deveriam rodeá-los.
Ou estarem num conjunto
Para todos brilharmos continuamente.
Mas como tornar este brilho brilhoso
Se a maior parte do universo só pensa?
Doe a fome, a miséria, a corrupção,
As idéias pequeninas, os orgulhos grandiosos.

Em campos floridos, céus coloridos
Explosões seguidas de vuvuzelas
Ouros, Pratas e Bronzes.

E o vago do universo fica por ali,
Enraizando-se no inferior.
Com seus buracos negros entre os defeitos
Enquanto estrelas pairam pela eternidade.
Vamos enxergá-las!
Arremessar cordas ao alto!
Vamos capturar as estrelas
E mostrar a elas nossos poços
Embebecidos com lama.
Mostrar o nosso brilho!
Queremos constelações sem os devidos desvios!
Erga-se aquele que quer um novo universo...
Uma nova vida...

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