Ninguém

Foto de von buchman

O DIA DOS NAMORADOS E O OUTRO DIA... (dueto) Von x Anny

Dia dos namorados, sem namorado.
Como passar esse dia,
Sem alguém do lado.
Sem flores e amores.
Sem presente, namoro ausente.
(Anny)

O dia dos namorados foi ontem,
Hoje é outro dia,
Tu bens sabes que sempre te quis
Sempre te amei
Mas nunca nem olhas para mim,
Leia meus poemas e veja do meu amor por você....
(Von)

Dia até dito, como dia qualquer.
Mas qual a mulher,
Que hoje, não queria um alguém no seu pé.
Para lhe fazer cafuné.
(Anny)

Ontem realmente foi o dia, mas hoje é um novo dia,
não viva o ontem, mas viva o hoje.
Quanto aos teus cafunés, com meu amor aos teus pés,
Você os terá, com meu amor e minha paixão...
(Von)

Dia dos namorados, sem amor
É como um jardim sem flores.
Sem cores, sem aromas.
Sem sintomas de alegria,
Falta de euforia.
(Anny)

Olha para mim!
Veja nos meus olhos que só a ti enxergam,
As flores já brotam no jardim do amor
Já as plantei, cabe a você rega-las também,
pois eu as rego com minhas lágrimas do coração ...
(Von)

Como vencer esse dia sem namorado.
Procure, se amar para alguém conquistar.
Fique bonita, quem sabe á alguém atiça.
Mostra que se ama, que és uma dama.
(Anny)

Meu amor não falas mais assim,
Pois você há muito tempo já me conquistou,
Não precisa mais te produzir,
Pois és bela e formosa,
Quanto a ser dama, tu bem sabes que és...
(Von)

Jamais passe tristeza,
Isso atrapalha com certeza,
Mostre sua leveza, lançado
Sua beleza....Uma bela tigresa.
(Anny)

Anjo tu és a minha perigosa tigresa
Nada de ti atrapalha ,
Pois tu sabes como fazer e o que fazer ...
(Von)

Saia hoje, vá passear!
Quem sabe lá na rua,
Tem um alguém a te esperar.
(Anny)

Tu hoje não vais sair !
Pois te preparei um jantar lindo,
Uma mesa com flores , velas a meia luz,
Com um bom vinho, músicas para amar,
Terás uma noite inesquecível,
de muito amor, paixão e sedução...
(Von)

Mas não fique nessa solidão.
O dia dos namorados pode
Lhe reservar um presentão.
Um novo amor em seu coração.
(Anny)

Te prometo, tua solidão já era ...
Pois te encherei de tanto amor
que teu coração vai transbordar de paixão...
(Von)

Mas se não encontrar ninguém.
Não fique a chorar.
Tua hora há de chegar.
E faça do dia dos namorados
Um dia encantado.
Para os namorados e solteiros.
O dia passa bem por inteiro.
Ama-se primeiro! E alguém,
Chegará em seu canteiro.
(Anny)

Tuas lágrimas serão de alegria,
Pois tua hora já chegou,
Te amarei todos os dias,
não só no dia dos namorados .
Quanto a Solteira tu estavas !
Prepara tuas coisas pois já estou indo te buscar....
Quero realizar todos os teus desejos e fantasias,
te farei a mulher mais feliz do mundo ,
tu verás por que este louco coração sempre te quis amar,
te mostrarei como um homem de verdade .
Ama uma linda mulher,
com flores , bombons, amor, carinho paixão
e muita sedução...
(Von)

Agradeço a poetisa Annynha pelo belo e gostoso dueto....

Tenhas meu eterno admirar
beijos e mimos de paixão...

Autor: Von X Anninha

Foto de IGOR JOSE

O TEMPO, A MORTE E A VIDA

Hoje quando acordei percebi que o mundo estava diferente de ontem, do tempo da minha infância. O passado ficou para trás. Eu não sou mais o mesmo, as pessoas também não são mais as mesmas, muitas até já se foram. Às vezes dá saudade dos tempos antigos, da fase da inocência. Mas o que preocupa mesmo são os tempos que virão. Se pudéssemos imaginar como seria o futuro descobriríamos que ele nunca chega e que quando nos damos conta ele já passou, e foi tão rápido que não deu tempo nem de vê-lo. Ainda bem! Talvez, se pudéssemos ver ao menos a silhueta dos tempos vindouros o desastre poderia ser maior, pois descobriríamos que o futuro não é como imaginamos. Nunca se sabe o que vai acontecer adiante, pois o mundo não para de girar e o relógio prossegue afoitamente em seu trabalho sem cessar, empurrando os ponteiros que atiram para todos os lados, como setas, nos atingindo com os mistérios do amanhã, enquanto achamos que aprisionamos o tempo em calendários, programando a vida, pré-estabelecendo a rotina, sem saber se o dia de amanhã virá. Será que estamos virando robôs ou não estamos bem programados?
Durante a noite sonhei com a morte, pensei na vida e descobri que ninguém está livre de se encontrar com o seu medo. Descobri que o homem não tem medo da morte, mas do que virá depois dela. O medo do desconhecido torna a vida uma grande produtora de adrenalina que nos arrebata aos pensamentos mais secretos sobre o outro lado da vida e nos torna conscientes de que a fatalidade mora ao lado da prudência e a morte nada mais é do que o embrião da vida, pois quando morremos é que nascemos, e quando nascemos da morte é que vivemos. Mas existe uma condição para que seja assim e ao menos que ela seja desrespeitada, então a morte pode se tornar um monstro intransponível que, mais do que assustar, pode possuir a vida e torna-la extinta por toda a eternidade.
Tentamos dominar o tempo e esquecemos que ele está prestes a ter um fim. Enjaulamos nosso medo da morte no recôndito de nosso ser tentando exonerar a incerteza do que virá com uma fé que muitas vezes não é suficiente para nos trazer a certeza sobre o amanhã e a vida, e esquecemos que no porão de nossa alma existe um monstro maior ainda, que somos nós mesmos. O nosso eu que quer pecar e se satisfazer dos desejos mas repugnantes que se possa desejar, se contrapondo a santidade e a justiça que ainda pode envolver o ser humano. Ë esse monstro que percebe o tempo acabando e se lança como um animal selvagem sobre o monturo da irracionalidade humana e se alimenta do opróbrio do ser mais importante da criação. Porque somos assim?
A vida é apenas uma experiência (para muitos, amarga como fel, para outros, doce como mel.) que serve para nos moldar a um padrão inexistente nesse mundo. Muitos tentaram com vãs filosofias, dogmas e doutrinas, teorias, misticismo e muitas outras formas, padronizar a vida que nem mesmo eles entendiam. Criaram regras, estabeleceram hierarquias, desrespeitaram o sagrado e mataram uns aos outros, fizeram terrorismo na tentativa de manipular a vida que desconheciam. Não adianta tentar entender, é preciso viver, e viver cada dia como se fosse o único, na busca de compreender a si mesmo, em seu verdadeiro conceito, na plenitude de sua intensidade. A vida está dentro de cada um e nada mais é do que a liberdade da alma de poder, em sua verdadeira essência, experimentar emoções latentes em si mesma.
O mundo quer controlar a vida, a morte quer seu fim e a vida quer somente ser vivida. Ontem eu dormi mais novo e amanheci mais velho. O espelho não me deixa enganado. A agitação da rotina me convence disso e o tempo apenas passa e me leva com ele, como um prisioneiro, acorrentado a ele com passagem só de ida, rumo ao encontro da bendita morte, o fim da gestação de um ser e o ínicio de uma “desconhecida” vida, de um novo indivíduo. Já não penso nas coisas de menino, nem vivo como um. Minha semente já está plantada nessa terra e dará continuidade a vida, a essa vida que eu quero entender... e morrer... e finalmente viver, sem o monstro da morte me perseguindo, sem as incertezas do amanhã.
A vida que foge de nossas mãos é a mesma que nos conduz como cativos do tempo que passou, que vivemos e do tempo que virá. O tempo que queremos controlar é o mesmo que corrói nossa existência, deteriorando o vigor, corrompendo a saúde, e que nos arremessa nos braços da morte. E a morte?! Ah! A morte nada mais é do que a libertação. Deixamos de ser homens empalhados, almas sem feitio, mentes com falhas para enfim gozar da plenitude da existência em sua totalidade, experimentando de forma definitiva a integralidade do ser. Contudo sem interferir no tempo individual, cada um precisa viver seu próprio tempo, pois basta à cada dia o seu próprio mal, deixando nas mãos do Criador o poder de decidir a hora do nascimento para a eternidade ou a morte definitiva de cada indivíduo, sabendo que isso é o resultado de uma escolha feita nessa vida, a de se permitir então ser controlado somente pelo dono do tempo, da morte e da vida. Mas quando foi que ajoelhamos? Quando foi que chamamos Deus de pai? Na verdade, não somos bons filhos!

Foto de carlosmustang

EIS A QUESTÃO...

O frio bateu em minhas pernas
Meu DEUS, estou VIVO!!!
Estou tão vivo e feliz...
E nenhum incomodo me chateia.

Estou tão feliz, porque tudo vivo
E em tão pouco tempo, ninguém
pode ter tantas dores,
ao ponto de desanimar.

E mesmo que esteja, à janela
de um alto prédio
Não vou pular.

E o sorriso do café da manhã
vou estampar para o mundo
Não deixo de sorrir porque escolho ser feliz!

Foto de Amanda Barbosa

Sufoco

As vezes quando
Eu olho as etrelas
Fico imaginando coisas sem sentido
Tento gritar bem alto
Fazer com que todos me vejam
Mas não tem ninguém pra conversar comigo
Eu vou falar no teu ouvido
Tudo o que eu preciso te dizer
Nossas brigas foram nulas
Por favor não me deixe
Eu te amo
Não vá embora
Fiica comigo amor
Eu perco a hora, perco os passos e perco a razão
Só não vá amor
Não me deixe nessa solidão
Nessa vida vazia
Nesse mundo
Tão louco
Não me deixe só porque eu passo sufoco
E antes que eu enlouqueça
Diga que sempre irá me amar
Então me abraça
E as estrelas lá do céu irão brilhar

Foto de Wilson Madrid

PEDRINHU, TUNICO I JUÃO, AI MEU DEUSO QUI CUNFUSÃO!

IV Evento Literário de 2008 - "É com nóis mesmo, cumpade"

PEDRINHU, TUNICO I JUÃO, AI MEU DEUSO QUI CUNFUSÃO!

* ACRÓSTICO COM A LETRA INTEIRA
* DE PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
* de autoria de Osvaldo Santiago e * Benedito Lacerda

C umadres e cumpadres desti arraiá di iscritô
o ceis num imagina u qui eu vi acontecê
m ais aceitanu u desafiu da Fernanda, vô contá pro ceis vê...

a gora pegui us banquinhus qui é causo cumpridu dimais da conta sô...

f oi fais muito tempus lá pras bandas du sertão di sum paulo
i ncrusive já faiz tantu tempu qui nem mi alembro adondi
l ongi de tantu tempu que inté a minha memória faia
h oji vô tenta contá daquilo que inda mi lembru
a us menus du qui é qui foi us principá...

d exandu di ladu us bra bra brá iniciár
e indu logu pros qui quase qui finarmentis mesmu vô logu contá...

J uão, Tunico e Pedrinhu era tudo muleque i amigus du peitu
o ndi um tava, tava us treis, era tudo muintu unidus
ã ndavam mais juntu qui vagão du mesmu trem
o ndi um ia e lá ia us otros dois tumem...

A mesma cigonha que troce um logo despois troce os otros dois
n asceru tudu no mesmo lugá e viviam no mesmu arraiá
t odus us dia essis mininus tavum juntus à brincá
ô uviam us mesmu cantus dus passarinhus do lugá
n adava peladus nas lagoas e nu rio qui passava por lá
i nventavum brincaderas qui inté us mais veios gostavum di oiá
o s pai delis inté gostavum di vê us seus mininus sempre a si acompanhá...

i nté o seu padri da igreja separava us santinhus pra mor di us abençoá
a té mesmu nu sermão das missa custumava us trêis elogiá...

s i um tinha probrema us otros dois sempre vinha logu ajudá
e lis era tudo comu irmão i era comu si fossi um só coração iguarzim...

c asa di um era iguar a casa dus otros
a cumida das casa delis era comu si fossi dus treis
s ó u sapatu du Tunicu num servia pro Pedrinhu nem pru Juão
a lancha do Tunicu paricia inté a arca di Noé daquela inundação
r isadas Juão e Pedrinhu davum di vê u Tunicu naquela situação...

M ais u Tunicu discontava tudim daquelas tristi gozação
as oreia du Juão era iguarzinha as du avião
s empri qui u Juão falava du sapatão u Tunicu fingia sê aviação...

P edrinhu era magrelu feito um posti di sebu di festa junina
e quandu eli falava du sapatão du Tunicu ele falava do posti pru Pedrinhu
d epois das brincadera tudo acabava bem pruquê era tudu alegria
r isadas e gozação mais us treis amigos era tudu comu irmão
o ndi inté as brincadera era feita cum respeito e inté cum cumprimentação...

f oi u tempu passanu i us meninu foi tudo viranu moçu
u s tempus di brincadera forum viranu tempus di namoração
g íbis, pião, bolinhas di gudi i pipas foram sendu dexadus di ladu
i agora us amigus só atinava em namorá as donzelas daquele lugá
u ma delas de nomi Rosinha era a mais formosa qui tudu mundu queria oiá...

c omu uma rosa vermeia du jardim ela vivia cercada di beja-floris querenu ela bejá
o ndi ela passava os rapaiz batia as caras nus postis di tantu fica oiandu pra tráis
m ais ela num si vexava i pra todus sorria e inté se divertia di tanta trapaiação...

a Rosinha era fia do Seu Juão qui era u maridu da Dona Creuzinha da Conceição...

n unca tinha namoradu ninguém i já ia compretá quinze niversárius
o Tunicu iscreveu um bilhetinhu i si decrarô pretendenti du seu amor
i u Juão i u Pedrinhu tubém iscrivinharu qui quiriam aquele mesmu violão
v eja oceis qui situação: cum tanta sobranu us treis querenu u mesmu coração
a vida é muintu isquisita depois di tanta amizadi os treis nessa cumpricação...

N um sabenu u qui fazê a Rosinha dicidiu: vô namora u mais românticu dus treis
a queli qui escrevinhá meior as coisa pra mi agrada i u meu coração conquistá...

h istória iguar a esta eu to pra vê iguar in quarqué lugá desti azur praneta
o amor di uma formosa donzela ser disputadu num duelu di lápis i caneta
r imandu paixão i coração numa disputa di irmão numa loca emoção
a chu qui issu até feiz us treis de repenti virá inté mesmu quasi poeta...

d icididu a arma du duelo chegô a hora das disputa daquela prenda especiar
e foi um tar di rabisca pra lá i pra cá qui nunca si viu naquele lugá...

i u Tunico
r abiscô anssim:

P rincesinha Rosinha:
r ainha eu vô fazê de ocê
o meu coração ti dô di presenti...

a minha vida eu dô tudinha pro cê
l avu inté us teus pé
t rabaiu inté di dumingo
a rrumo us pratus i as cuié
r egu as frôres du teu jardim...

A ceita eu amô meu, ocê é meu querubim...

f oi dificir, mais u Juão iscrivinhou tumem:
o cê Rosinha é uma fror
g anhei calo nus pensamentu di tantu pensá em ocê
u ma veiz sonhei com nóis dois casanu
e uma penca di fio crianu
i ncrusive tudo cum nomis de flor
r egistradus nu cartóriu du Dotor Philomeno
a cordei suadu di tanta emoção qui inté duia u coração...

e u seio qui num sei iscrevê Rosinha
s ô um pobre lavradô
t udim u qui eu seio na vidinha minha
á gora confessu meu anjim: Ocê é u meu amô...

q uasi qui a Rosinha dismaiô só di lê essas coisa
u ma minina qui nunca tinha recebidu mimus iguar a essis
e la nem sabia qui rumo tomá na vida
i ainda fartava us rabiscus du Pedrinhu
m ais ela já tava mais perdida qui piru dispois da cachaça
a quilu era muintu cumpricadu pra tadinha
n um sabia dizê não pra tanta e tamanha elogiação
d izia pras amigas: Ai meu Deuso! Qui tamanha cunfusão
o Tunicu i u Juão inté bagunçaru u meu coração...

e intão veio u Pedrinhu i botô fogu na foguera da situação:

u ma fror iguar a tu ieu nunca oiei im jardim ninhum
m ais formosuda i tão bela qui meu coração faiz tum tum

b ela Rosinha ieu ti digo qui nóis dois corri pirigu
a tua belezura é tão grandi qui mi faiz virá bandidu
l oco ieu fico ao oiá ocê passiandu na pracinha
ã ntis di oiá ocê ieu nem ligava prus jardim
o ia as fror cum zóio qui só oiava capim

e agora ieu só pensu im ocê Rosinha vermeinha
s ão tão formosuras tudas as fror qui oia pra mim
t udas elas é coluridas i cherosas tumem
á ssim como ocê minha fror num ixisti mais ninguém... Ti amu!

s ó Deuso sabi comu é qui fico a Rosinha dispois disso
u ma minina cum cara di i agora u quiqui ieu façu?
b iliscava inté us pé pra mor di sabe si tava druminu
i nté resorveu ir lá pras bandas di Minas Gerais
n umas férias inventada pra num fica dispirocada
d espois dissu vortaria cum a decisão finar tomada
o uvinu us conseios da avó, a Dona Quitéria da inchada...

A viagem dimorada dimais
n inguém tinha notícia di nada
t udu mundo só quiria qui quiria
ô vir u resurtadu daqueli duelo rabiscadu
n adica acunteceu nus tresi meis que assucedeu
i nvernu já acabanu i a primavera já cheganu
o s amigus tudu priocupadu só Rosinha aguardanu...

E entonces assucedeu u dia da Rosinha vortá
s eus pretendendis ficarum nu maió arvoroçu
t odus querenu sabê u qui ia acontecê
a Rosinha intão chamô os treis lá na pracinha
v irô cum treis rosa nas mão i falô
a s rosas é duas branca i uma vermeia...

C ada um vai ganhá uma dessas frô
h oji eu dô duas branca pra dois amigus
o tra vermeia pru meu iscoido amô
r asgadu tá meu coração qui só podi escoiê um
a minha vontadi era podê amá oceis treis
n um possu fazê isso pruque issu é erradu
d ô então as rosa branca im sinar di gratidão
o ceis tudos mi fizerum feliz i guardu oceis nu coração

e ntregô a primera rosa branca pru Juão

P egô a otra rosa branca i intregô pru Pedrinho
e a rosa vermeia intregô pro Tunico cum bejinhu
d eu bejinhu nu Juão i nu Pedrinhu i agradeceu u carinhu
r ecebeu delis tumem um bejinhu cum carinhu e cum respeitu
o Tunicu abraço us amigus i di braçus dadus foi imbora com a Rosinha...

e u tempu passou i a vida continuô...
s ó Deus sabi us destinus di tudus nóis...
t udu tava incaminhadu...
a vida é uma caxinha di surpresa...
v ai e vorta, vorta e vai...
a s veiz as aparênças ingana...

f oi intão qui Juão foi estudá na cidade grandi lá im Belu Horizonti
u Pedrinhu foi sê garimpero na Serra Pelada lá pras bandas du Pará
g anhanu u disafio, Tunico acabô viranu sordadu do arraiá
i nvolvida cum o namoro a Rosinha pro casório foi si prepará
n as prendas da cuzinha i das custura a sua mãe começo a insiná
d espois di um ano interinhu ela já tava prontinha pra casá
o pai chamo o Tunico e falô pra ele tudu providenciá...

e lê intão fico noivu da Rosinha i dinherô começo juntá...

n esses tempu um trem a Rosinha começô a repará...
o Tunico era homi bão mais du Pedrinhu começo a si lembrá...

f icava inté chatiada mais num consiguia daquilo si livrá
i nté pra Santu Antonho começo tudu dia a rezá
m ais quantu mais ela rezava mais a sombração do Pedrinhu aparecia...

d eu ismola pra tudu qui pricisava
e nfiava a muringa nágua fria da bacia
s acudia a cuca pra mor du pensamento voá
s algava us cabelus cum sar grossu
a tirava bilhetes cum pedrinhas nu riu...

h inus di igrejas cantarolava
i magis di cristar di anjus comprô
s empri consurtava as cigana
t omô inté chá di arruda
ó trás veiz jogô u jôgo das conchinha
r unas i um treco di números consultô
i a im tudu qui é cantu pro mor daquilo pará
a inda assim só sonhava cum u Pedrinhu no Pará...

a ssim passô us dia qui demorava mais a passá
o Tunico tudo assanhadu pra mor di pode casá...

a Rosinha priocupada cum u dia qui ia chegá
p ra ninguém nunca contô o segredo qui vivia a enfrentá
a chava qui tudu aquilo ia um dia logo ia passá
g uardava e bordava us panus du seu inxovar
a prendia tudinhu u qui a sua mãe tinha pra insiná
r espirava sempri fundu quando du Pedrinhu vinha si lembrá...
-
s etembro foi u méis qui iscolheru si casá
e ntranu a primavera a Rosinha ia desabroxá...

a data do casóriu era u dia 23 iníciu da primavera...

f oi tudinhu preparadu
o padri foi comunicadu
g randi festa arraiá nunciada
u s padrinhus i madrinhas escoídas
e u vistidu di noiva pela mãe foi custuradu
i nté a banda municipar foi contratada pra tocá
R eginardo Rossi chamadu pra A raposa i as uva cantá
a pois a banda i o corar tocá i cantá a marcha nupiciar...

J uão vortô quasi formadu contadô i foi cunvidadu pru casóriu
o Pedrinhu ninguém nunca mais viu dispois qui partiu
ã Rosinha ficava cada veiz mais linda i formosa
o Tunicu todu cheiu num via a hora di si casá...

c hegô a primavera i as froris tudas vortarô
o s jardim ficô tudu cheio de frores coluridas
n u ar os prefumes delas espaivam nu arraiá
s ó mesmu tandu lá pra senti as emoção
o s noivus tudo emporgadus pru grandi dia
l umiavam mais inté mesmu as estrela
a lua miava di emoção i u sor espaiava calorão
v entanias soprava tudo resfrescanu a istação
a finar chegô a hora i u dia da grandi cerebração...

A praça da Matriz ficô tudinha lotada
n a igreja num cabia nem mais uma agúia
t odo arraiá tava infeitadu pra tão isperada hora
ô Tonico chegô todu alinhadu di ternu i inté gravata
n o artar tudas as madrinhas e padrinhus alinhadus tumem
i nté o padri istreou uma istola novinha i dorada
o sinu badalô treis veiz i a noiva Rosinha tudo branquinha chego i entrô...

Q uem tava lá nunca mais si isqueceu du que se assucedeu
u ma cena qui só mesmu nus cinemas di roliúde talveiz já assucedeu
e u arraiá tudinhu despois dissu nunca mais si isqueceu:

c asóriu im andamentu...
a hora da onça bebe água chegô...
i spectativa nu ar...
u padri pregunta: Tem arguém aqui qui podi impedi esti casório?

n a pracinha da matriz iscutasse um forti trotá i uma forti vantania
a montadu num lindu cavalu brancu cum arreio di oro surgi Pedrinhu...

b rincus, colaris, pulseras i inté esporas tudu di oro brilhanti
e leganti num ternu todim branquim cum cravu vermeio na lapela
b atia nu peitu cum uma linda i maraviosa rosa vermeia na mão
e gritava pra tudu mundu ouvi: Rosinha minha fror: EU TI AMU!!!
d ismaius, correrias, arvoroçu gerar, inté u padri si assusto i correu pra sacristia...
e finarmenti resorvida i dicidida Rosinha correu i montô na garupa du alazão...
i à galopi Pedrinhu i Rosinha sumiro na iscuridão da noite i fôru feliz pra sempri...
r evortadu Tunicu tomô treis garrafa di pinga chorava i dizia: u qui é du homi u bichu num comi!!!
a judadu pelo amigu Juão qui virô inté seu conseieru, u Tunicu largô da pinga, nunca mais quis si casá i virô inté sacristão... I essis tumem fôru feliz pra sempri...

ESTE ACRÓSTICO QUE EU FIZ COM A LETRA INTEIRA DA MÚSICA PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO ( de Osvaldo Santiago e Benedito Lacerda) PARA PARTICIPAR DESTA BRINCADEIRA TÃO LEGAL, MOTIVADA POR ESTA ÉPOCA DELICIOSA DA NOSSA CULTURA POPULAR DE FESTAS JUNINAS, EU DEDICO A TODAS AS AMIGAS POETISAS E A TODOS OS AMIGOS POETAS, QUE TÃO CARINHOSAMENTE ME RECEBERAM NESTE MARAVILHOSO SITE, COM O MEU MUITO OBRIGADO PELO CARINHO E PELO APOIO DE SEMPRE...

FIQUEM SEMPRE COM DEUS!

PAZ E BEM!

BESOSSSSSSSS....

http://www.damanit.com.br/forrocacana_pot_pourri_3.mid

Foto de Sonia Delsin

NAMORADOS

NAMORADOS

Como são lindos!
Os dois.
Quando se beijam.
Quando se olham.
Quando se falam.
Parece que um mundo encurta tanto.
Que o espaço que ocupam é tão pequenino.
Vejo-os e sorrio.
Eles têm o mundo próprio.
Aquele que ninguém invade e nem ousa invadir.
Começo a sorrir.
Por eles.
Por mim, que um dia já tive alguém.
Eu era tudo para ele.
Ele era tudo para mim.

Foto de carlosmustang

"PREMISSAS"

Levantei-me da poltrona
Tão confortável de espera
Refletiu-se meu rosto no espelho
A juventude já era

De tantas emoções que foi
Nenhuma maior que a amizade
E eram poucos amigos
Mas com muita sinceridade

E por mais que muito esperei
Pouca coisa conquistei,
Mas o que aprendi não vai sair

Se um dia voltárei-la
Ninguém sabe ou garante
Todo tempo que esperei.

Foto de Carmen Lúcia

IV Evento Literário"É COM NÓIS MESMO, CUMPADI"

"Casório das Arábia..."

Os sino da capelinha
Do arraiá lá da rocinha
Num param de batê
Afim de anunciá
Que nhô Stracaca mais sinhá Nhãnha
Tão quereno si casá
A festança é pra valê
É só chegá lá e vê
A moçada emporgada
Se enfeitandu como quê
Está tudo encaiada
Querem só pegá o buquê
Cumadi Ceci, anfitriona
Tá atrás duma sanfona
E também dum sanfonero
Pra tocá o tempo intero
Pra mor da festa animá
E arrumano os parcero
Pra a quadria dançá
Vai tê padre casamentero
E até um sacristão
Fugi dali agora
Tá meio contramão
Pai da noiva se agarante
Com espingarda na mão
O noivo muito vibrante
Não brinca cum ele não
A noiva, toda sorriso,
Não sorta do noivo, a mão.
Da quadria, o animadô
Sabe inté falá franceis
Balancê, tur , anarriê
O resto é cum vanceis
Tá na hora da cobra matá,
E gritá que a ponte caiu
Os isperto mudaro o caminho
Osotro foro sem destino...
Óia os fogo!Viva São João!
Cuidado com os rojão!
Xiiii!Nhô Dirceu se foi co balão!
Um casar de namorado
Só querem pulá foguera
Cum olhar de apaixonado
Pode inté morre queimado
Chegá no céu chamuscado
Pensá qui foro pru lugá errado!
Nhô Hirde brando Sou
Despois de toma uns mé
Da brandura se afastô
Pensa que o mundo parô
E procura a Salomé...
Que corre do buscapé
E nessas e outra eu mi vô
Pruque tô preocupada
Ninguém sabe, ninguém viu
Tudo efeito du quentão...
Parece qui si perdeu
O balão cum nhô Dirceu
Si ninguém sabe, nem eu!

(Carmen Lúcia)

Peço que me perdoem pelas brincadeiras. Se alguém se sentir ofendido, escreva-me, por favor.
Mas creio que não há motivo para isso.Beijos!

Foto de Carmen Lúcia

IV Evento Literário"É COM NÓIS MESMO, CUMPADI"

"Casório das Arábia..."

Os sino da capelinha
Do arraiá lá da rocinha
Num param de batê
Afim de anunciá
Que nhô Stracaca mais sinhá Nhãnha
Tão quereno si casá
A festança é pra valê
É só chegá lá e vê
A moçada emporgada
Se enfeitandu como quê
Está tudo encaiada
Querem só pegá o buquê
Cumadi Ceci, anfitriona
Tá atrás duma sanfona
E também dum sanfonero
Pra tocá o tempo intero
Pra mor da festa animá
E arrumano os parcero
Pra a quadria dançá
Vai tê padre casamentero
E até um sacristão
Fugi dali agora
Tá meio contramão
Pai da noiva se agarante
Com espingarda na mão
O noivo muito vibrante
Não brinca cum ele não
A noiva, toda sorriso,
Não sorta do noivo, a mão.
Da quadria, o animadô
Sabe inté falá franceis
Balancê, tur , anarriê
O resto é cum vanceis
Tá na hora da cobra matá,
E gritá que a ponte caiu
Os isperto mudaro o caminho
Osotro foro sem destino...
Óia os fogo!Viva São João!
Cuidado com os rojão!
Xiiii!Nhô Dirceu se foi co balão!
Um casar de namorado
Só querem pulá foguera
Cum olhar de apaixonado
Pode inté morre queimado
Chegá no céu chamuscado
Pensá qui foro pru lugá errado!
Nhô Hirde brando Sou
Despois de toma uns mé
Da brandura se afastô
Pensa que o mundo parô
E procura a Salomé...
Que corre do buscapé
E nessas e outra eu mi vô
Pruque tô preocupada
Ninguém sabe, ninguém viu
Tudo efeito du quentão...
Parece qui si perdeu
O balão cum nhô Dirceu
Si ninguém sabe, nem eu!

(Carmen Lúcia)

Peço que me perdoem pelas brincadeiras. Se alguém se sentir ofendido, escreva-me, por favor.
Mas creio que não há motivo para isso.Beijos!

Foto de Rose Felliciano

IV Evento Literário de 2008

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"Estimado namorado
Arreceba essa prefumada cartinha
e que vosmecê esteja cum saúde juntos aos seus
E nesses seus coloco eu,
promode num inciumá...

Eu quiria sabê iscrevê coisas bunitas
quinem os dotôs, us poetas, e nas rivistas
mas num sei afloriá...
Tomém num quis copiá
intonce, deixei um chero de jasmim
prá ocê num si isquecê di mim...

Sabe quando ocê mi oiava
Cuns óio de goiaba madura
e num sabia nem adisfarsá?
Mi dava um frio na barriga
Imbruiava qui nem lumbriga
chigava inté a corá...

Quando ocê falô cum meu pai, intão
achei que ia isprudí di emoção...
E fiquei com a mão inté vremeia
de tanto treiná beijá...

Mas quando ocê colocou a mão no meu rosto
e beijô minha testa cum gosto,
o céu intero festô
meu coração desinbestô...

Era isso qui eu quiria ti dizê
Qui namora ocê
É mió que drumi inté meio dia
Ou cumê a cumida da tia Maria...

Ah! I mió tomém que chucolate
Ô aquele vistidu da Adelaide
Qui ei vi na rivista das mudelos.
E o teu chero é mais cheroso que jasmim
Tô inté inda agora sentino... queria ocê aqui...
Ih corei di novo...

Por agora já tá bom...
Ocê já ganhou meu coraçao
E meus carinhos tomém...
E istou taum feliz,
Pois num precisei pedi
Prá Santo Antônio ajudá...

Ô será qui ocê pidiu?

Adispois arresorvemos
Quero qui venha correno
Pro casório no arraiar
Ninguém poderá fartá

A cumadi Ceci arrumô tudinho
Se aprume tudo di linho
Mais tem que ser xadreizinho
prá mode a quadría dançá.

E assím fico saudosa
Isperanu aquí na porta
Ocê, meu namorado, chegá...
Veim correnu mi abraçá....
E namorá namorá namorá......" (Rose Felliciano)

===============

Aproveitei a festança e o dia dos namorados e fiz uma união... Gostaria de incentivar os apaixonados que irão participar do casório da menina Fernanda, que se inspirassem também e deixassem um poema, uma cartinha ou até mesmo um recadinho pro seu bem....

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