Noite

Foto de Carmen Lúcia

Natal de ontem e de hoje...

Natal...
Lembranças de criança
cheia de esperança...
Arrumar a casa, pendurar enfeites,
árvore montada, iguarias feitas,
coração em brasa, olhos bem atentos...

Bate meia-noite,
ir para a caminha.
Conseguir dormir?
É melhor fingir...
Som de pisadinhas...
Será o bom velhinho?
Nem sei como entrou...
A porta está fechada,
como ele passou?

Fico amedrontada
diante do mistério...
trouxe meu presente,
Ah!É o que mais quero.

Natal...
Como o tempo passa!
Olho ao meu redor,
o que vejo me arrasa...
Crianças atropelam carros,
se fazem de sinais,
farejam o que comer
feito animais...
Retratam a própria fome,
tentam esquecer
o que as consome;
entorpecem a dor
da vida sem amor.

Nessa data tão bonita,
quem não se sensibiliza?
Negar o que comer
a uma criança faminta?
Sabem que nesse dia
facilmente ganhariam
um brinquedinho quebrado
ou um prato de comida...

Natal...
Onde está Papai Noel?
Em que mundo se escondeu?
Foi embora para o céu
e dos pobres se esqueceu?
Para onde foram todos?
A cegueira os acometeu?
Onde está a humanidade,
espírito de caridade
que representa o Natal?

E foi por amor que Ele nasceu...
E por nos amar Ele morreu.

Carmen Lúcia

Foto de Arnault L. D.

Pelo que sempre teremos ( um poema de Natal )

Noite de Natal e lagrimas vem
pelos antigos Natais e lembranças
dos sabores e brilhos, nuanças
de saudade e nostalgia além

Meu coração se aperta e nem sei
por que chora, não distinguo o que sinto
se por canções de tempos extintos
das madrugadas que lembrei

Canções de Natal me fazem chorar
como as de amor, lagrimas de ternura
lagrimas do acabado que ainda perdura
da famiília reunida a festejar...

Pelos doces e presentes a correria
e dos corações de chama eterna
que habitavam a festa, e à externa
fogos a iluminar o noite que via

Mas, é Natal e de novo cantaremos
e rezaremos por amor e paz
e entre abraços direi ao futuro e ao atrás
feliz Natal pelo que sempre teremos

Foto de Ana Botelho

NATAL PERMANENTE

Que não só nesta noite única,
Mas também, durante o ano inteiro
Todos tenhamos a suave presença
Do Anjo lindo e cristalino do Natal
Assim, o nosso deserto mais árido
Reverdecerá, a cada manhãzinha,
E o afago tranquilo do amor,
Cantará a sua eterna canção matinal
Aí, pediremos ao Anjo, toda vez
Que passar pela Terra, que nos abrace
E nos balsamize com a sua essência salutar
Alegrando os corações por igual
E que a solidão quando chegar,
Não seja importante, nem dure,
Porque Ele em nós sempre estará
Construindo um gesto universal,
Pautado na grande delicadeza,
Do vento, aliviador das agonias,
Que cochicha por entre as árvores
Toda a sua musicalidade habitual.
Seja em quaisquer momentos,
Desde o seco farfalhar das folhas,
Até o pesado murmurar das ondas,
Vencedoras dos recifes em coral,
A fim de que os pesos não arrebentem
Os nossos frágeis e doridos ombros,
Receberemos tão somente os ingredientes
Para temperar, na medida do nosso sal,
Durante os atos rotineiros que praticarmos
Porque eles serão o nosso eterno cartão
Para nos apresentar em qualquer situação
Terão o registro das nossas marcas individuais,
Pois arrastamos o que somos, e seremos,
O acúmulo de tudo o que pensarmos,
Fizermos e desejarmos ao outro, regatos
Perenes, em seus grandiosos mananciais
Que renascem e crescem a cada estímulo,
Onde todo o universo se completa
Entre vidas e sobrevidas intermináveis
Dos nossos preciosos projetos imortais.

Foto de Magno Aquino Miramontes

Vintém do teu olhar

_ Vintém do teu olhar
_________________ Magno Aquino Miramontes
______________________________________

Ensaiei horas a fio a minha fala
Dediquei-me com afinco
Insisti muitas caras
E bocas
Investi n’outros trejeitos
Nem tão meus
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas qual nada
Nunca olhas
Ataviar o teu dia
Eis meu plano
Tua cama enfeitei
Decorei enorme texto quintanesco
De Bandeira herdei a dor
Adornei ceciliamente
Cada verso e pausa
Com voz de fada menestrel e anjo
Vesti-me de intrépido
De insólito
Quase estúpido
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas qual nada
Nunca olhas
Pintei a cara
Desandei a boca
Criei tipo
Troquei nome
Mudei hábito
Deixei casa amigos
Pra te agradar
“Até morri muitas vezes
Pra ressuscitar “melhor”
Pra te ver olhar
Mas
Qual nada
Nunca olhas
E se olhas finges tão
Bem ou mal me tornei teu
Pronto e perto sem igual
Ofereço-me com as damas
Da noite dia hora qualquer
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas
Qual nada
Nunca olhas
Ignora até o fado que aprendi
Pra ti
Desmerece o sentimento
Da angústia que sustento
(Rima infame!)
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas
Qual nada
Nunca olhas
Olha aqui moça
Qualquer hora dessas
Me canso
Não mais canto
Nem tento mais te agradar
De esperar inda me enfado
De sonhar-te me abalo
De pensar que vens desisto
De achar me perco e então
Faço verso pra primeira
Virgem louca ou rameira
Dou-me inteiro
Pra essa ou aquela que me der
Um vintém que seja
Do olhar teu que não tenho
Debruço-me nesse verso
Ameaço
Prá te ver
Mesmo sem me olhar
Nunca olhas mesmo
Se pudesse desfaria tantos versos
Que faço pra dizer da dor
De fazer tanto
Pra te agradar
Pra te ver olhar
Mas
Qual nada
Nunca olhas
E
Se olhas finges tão
Que nem sei se quero
Descobrir
Se um dia olhou
Sem se perturbar
Com esse fazedor de verso
Mas qual nada
Mudei meu fim
Pra te agradar
Pra te esperar
Pra desistir de desistir

Foto de Sergio Bispo de Oliveira

Como eu te vejo....

Como eu te vejo...

Eu quero dizer
em poucas palavras
como eu te vejo....

Olho dentro de mim
e vejo flores num campo lindo
onde a calma e a paz estão cada dia mais
fortalecidos...

Vejo nesse meu interior
que o sol brilha e a sombra que
as belas árvores me oferecem
me faz descansar de forma tranqüila

Breve vem a noite...
E vejo que dentro mim
algumas estrelas que brilham
como se fosse o seu olhar

Essa luz que ilumina meu caminho
que me faz decidir
que me faz ajudar, me doar, sorrir e chorar
são oriundas dessas estrelas que brilham

E quando vem o sono
Já bem a noite, quase à meia noite
Deito em uma cama...sozinho....
Apago a luz e vejo as estrelas sorrirem para mim...

Ao passar das horas as estrelas desaparecem...
Começo a sonhar algo que quase sempre não me lembro
Mas a sensação que me passa que alguém me abraça
O tempo passa....e breve é o amanhecer...

Olho para dentro de mim...
E me sinto confortado...
pois mesmo que você não está lá...
Você me fez sonhar....

Me fez sorrir,
Me deu carinho....e emprestou-me a sua imagem
Para que eu pudesse guardar dentro de mim
Aqui...do lado esquerdo do meu peito...

É assim...que eu te vejo.

Autor: Sergio Bispo de Oliveira
Mestre de cerimônias, Contador especialista e professor
sbispol@hotmail.com

Foto de Magno Aquino Miramontes

Ábaco Noturno

Ábaco Noturno
___________
___________ Magno Aquino Miramontes
________________________________

Gastei meu dia
Sem lembranças tuas
Nada é novo aqui
Despi meu sonho
Expus minha dor
N’outra boca despejei meu beijo
N’outro ombro chorei tua sombra
N’outra ocasião conto do vexame
De trocar o teu
Por outro nome
De sentir o teu
Por outro cheiro
Quando tu sequer passavas
Nem no sonho mais tu passas
Avassala-me tua falta
Se não vens nem mais
Pra dizer que não virás
Outra vez andei
Procurando a tua n’outra pele
Não tão quente nem odor igual
Perambulei por tua imagem
Tão tarde
Que acordei sentindo-te ainda em mim
Impregnado e só
Sonhar-te tornou-se obsoleto
Esperar é quase a própria vida
E crer
No dia em que não partirás sempre
Nem serás sombra ou cilada
Que me assalta
E
Saqueado o dia
Esvaziada a noite
Outro verso torto
Foi o que sobrou
D’outra noite a sós
Eu e eu sem ti.
______________

Foto de Diario de uma bruxa

Noite de Amor


Noite escura sem luar.
Da um frio na barriga
Ao te ver se aproximar.

No escuro, sem sombra
Posso te ver, por causa
Das luzes das janelas abertas.

Você caminhando tão leve
Em minha direção
Perco a respiração, cada vês que se aproxima

Você...
Um deslumbre na imensidão
Fecho os olhos pra sentir sua respiração

Cada vês mais próximo
Agora posso escutar
A batida do seu coração

Que bate por mim
Somente por mim

Nessa noite ninguém irá impedir
Nosso amor fluir
Seremos um só

Até a lua virá aplaudir
Será nossa guia e companheira
A noite inteira.

O amor é uma semente
Plantada no coração
Cresce tão de repente

Que quando percebemos
O amor já tomou conta
E não tem reparação.

É o amor em meu coração.

POEMA AS BRUXAS

Foto de Jonas Melo

NO BALANÇO DAS DEUSAS

NO BALANÇO DAS DEUSAS

Elas conhecem nossos maiores segredos
Como o vento, brincam ao nosso redor
Se divertindo de nossos medos

Sabem de nosso começo e quando chegará nosso fim
Ficam sempre atreladas ao grande quinhão ou ao fio menor
Independente de qualquer situação, jamais terão pena de mim

Venha meu amor antes que a noite adormeça
E nossos sois estremeçam em um eclipse eterno
E no balanço das deusas eternamente te esqueça

São extremamente respeitadas por qualquer deus
Ninguém jamais ousou em desrespeitá-las
Pois elas guardam o grande segredo, inclusive do próprio Zeus

São elas que cortam o grande véu para a morada dos mortos
São elas e não o próprio Zeus, que determinam à existência dos mortais
E nos dão a escolha entre o bem e o mal, por isso devemos estar apostos

Venha meu amor antes que a noite adormeça
E nossos sois estremeçam em um eclipse eterno
E no balanço das deusas eternamente te esqueça

Filhas do próprio Zeus entre si irmãs
Cada uma detendo os fios da própria vida
Não interessando, se são humanos, deuses, semi-deuses ou mesmo titãs

Clotho na roda seleciona a vida de todos os seres
Lachesis no alto de sua concentração mede a duração
Átropos indicava o fim, ceifando quaisquer quereres

Venha meu amor antes que a noite adormeça
E nossos sois estremeçam em um eclipse eterno
E no balanço das deusas eternamente te esqueça

Da roda da fortuna jamais se que participar
Mesmo estando por um fio no jogo do amor
Sendo destino, todos teimam em não querer cooperar

Nix em seu momento soturno, apenas ilumina as almas aladas
E as fiandeiras Nona, Décima e Morta quedam-se no momento ideal
Para sucumbi toda gestão de uma vida em nossa eterna e breve caminhada

Venha meu amor, antes que a noite adormeça
E no balanço das Parcas ou das Moiras
Eternamente te esqueça

Jonas Melo !

Foto de Carmen Lúcia

Natal na favela

Noite de Natal!
Sentam-se à mesa.
O mesmo ritual...
Os filhos, a mãe, o pai.
De entrada, uma fatia de pão;
a mesma fatia...de sobremesa.
Hora da oração!
"O pão nosso de cada dia..."
E lá se foi a última fatia.
Nos olhos parece ter areia.
Vontade de chorar!
Na parede, o quadro da Santa Ceia!

Carmen Lúcia

Foto de Julinho09

Sonhando acordado

Quero acordar e ver que nada foi apenas um sonho,quero pode dizer que te amo com toda serenidade e sinceridade, que só eu posso lhe proporcionar.
Adoraria olhar nesses olhos grandes e brilhantes feito a lua e dizer o quanto és linda.
Te levar para dançar às estrelas em cima de pétalas cor de rosa,tornando a noite magica.
Queria que você se sentisse leve como uma pluma e doce como mel,flutuando sem medo de cair sem medo de amar.
Faria isso e não apenas isto,faria muito mais, pois meu coração insiste e implora para que eu diga, eu não tenho mais medo de te amar.
Quero te alertar: Sou e serei mais do que você pode imaginar.

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