Noite

Foto de Rosinéri

QUANDO PRECISO DE VOCE

Quando preciso de você,
Eu apenas fecho meus olhos e estou com você,
E tudo que eu tanto quero te dar
Está apenas a uma batida do coração de distância...
Quando preciso de amor,
Eu estendo minhas mãos e toco o amor.
Eu nunca soube que havia tanto amor,
Mantendo-me aquecido noite e dia.
Milhas e milhas de espaço vazio entre nós.
Um telefone não pode substituir o seu sorriso,
Mas você sabe que não estarei viajando para sempre.
Está frio lá fora, mas mantenha-se firme e faça como eu...
Quando preciso de você,
Eu apenas fecho meus olhos e estou com você,
E tudo que eu tanto quero te dar,
Está apenas a uma batida do coração de distância.
Não é fácil quando a estrada é o seu condutor,
Querido, é uma carga pesada que suportamos.
Mas você sabe que não estarei viajando uma vida toda.
Está frio lá fora, mas mantenha-se firme e faça como eu...
Eu preciso de você...Pra me aquecer.

Foto de Osmar Fernandes

De modelo só a propaganda

De modelo só a propaganda

Na cidade grande é assim:

O trânsito fica enlouquecido.

O guarda quase engole o apito.

O pedestre fica perdido...

É fúria na hora do pico.

É briga no engarrafamento.

É difícil prever o fim.

Ninguém respeita o acostamento.

No “ligeirinho” há sempre confusão.

Um sempre grita: – pega ladrão!

Outro: – tira essa mão boba daí!

No centro a lei obriga pagar o “Estar”.

Para o engravatado há sempre um táxi.

Nas lombadas o “pardal” está sempre acordado...

É obrigatório bater continência para o senhor Radar.

Quem é multado perde ponto... Paga caro.

No sinaleiro é comum ser assaltado.

Nas rodovias, o soberano ladrão, é o pedágio.

O motorista está sendo crucificado.

O IPVA é o cupim – o vírus do ágio...

O “DPVAT” dá nó no cérebro da democracia.

Ao povo resta-lhe o recado da sorte:

“Quem sai de casa fica à mercê da morte.”

O trânsito virou caso de polícia.

À noite a vida não demora passar.

O homem do viaduto tem sono trágico.

O bandido sai à caça para matar.

Impera a lei do poder do tráfico...

Homens-cavalos puxam suas carroças,

Limpando a cidade, sonhando em voltar pra roça.

Atraídos pelo mundo moderno que encanta,

Choram ao descobrir, que, de modelo, era só a propaganda.

Foto de Rosinéri

SELVAGEM É O VENTO

Eu tentei te fazer feliz
Você sabe que eu tentei tanto ser
O que você esperava que eu fosse
Eu te dei o que você queria
Deus não poderia dar o que você precisava
Você queria mais de mim
Que eu poderia ser
Você queria coração e alma
Mas você não sabia
Selvagem é o vento
Que me leva de você
Fria é a noite sem teu amor
Para me ver passar
Selvagem é o vento
Que sopra pelo meu coração
Você deve entender
Você precisa de alguém para te abraçar
Alguém para estar lá noite e dia
Alguém para tirar seus medos
Eu somente fui aparentar
Muito fraca, muito orgulhosa, muito dura para dizer
Eu não poderia ser uma
Que fizesse seus sonhos tornarem realidade
É por isso que tive que ir
Embora eu precisasse de você
Talvez uma mulher melhor
Viveria e morreria por você
Uma mulher melhor iria
Jamais te dizer adeus

Foto de Rosinéri

FOI SOMENTE ONTEM

Após ficar sozinha o suficiente
Cada um deve encarar a sua parte de solidão
Na minha vez ninguém sabia
A dor que eu estava passando
E esperar era tudo o que o meu coração podia fazer
Esperança era tudo o que eu tinha até que você veio
Talvez você não consiga enxergar o quanto você significa para mim
Você era o amanhecer quebrando a noite
A promessa da luz da manhã
Preenchendo mundo ao meu redor
Quando eu te abraço

sinta como se fosse assim, as coisas ficarão bem
o seu amor me fez
Livre como uma canção, cantando para sempre
Somente ontem, quando eu estava triste e sozinha
Você me mostrou o caminho para deixar o passado e todas as suas lágrimas para trás
Amanhã talvez estará mais claro que hoje
Uma vez que eu mandei a tristeza embora
Somente ontem

Eu encontrei a minha morada aqui em seus braços
Em nenhum outro lugar na terra eu realmente preferiria estar
A vida nos aguarda, compartilhe-a comigo
O melhor está para acontecer
Muito foi deixado para vermos

Foto de janaina barbara

O negro lado da noite

O negro lado da noite

Fazia frio. A madrugada era um breu... Tudo era calmo demais. A vida parecia parar por um instante. O negro lado da noite ocupava o lado vermelho do inferno... O mundo parecia ter parado no tempo e no espaço. O sonho adormecido tentava descansar na calçada do sofrimento. A lua se recolheu por algum motivo inexplicável.
O mendigo que não fechava os seus olhos, tremendo de frio, naquela cidade sem alma e sem governante, embrulhado feito “saco de lixo”, em papel velho de jornal, parecia um bicho arisco, estava atento a tudo e ao nada; com medo, e já sem motivação para viver vida.
Aquela rua parecia um cemitério de vivos desesperados. Era um após o outro. Crianças, velhos, jovens eram os esquecidos, os abandonados, os sem sortes, os sem abrigos, os sem vida.
De repente, o Negro lado da Noite, indaga aquele que não dormia os olhos, e diz:
- Por que você vive desse jeito,nessa miséria humana, não se envergonha?
- Vevo assim, purque num sei falá como dotor, num tenhu diproma.
- Mas isso não quer dizer nada. Tem muita gente que não é doutor, nem tem diploma e leva uma vida digna, tem família, tem casa, tem comida, tem Deus, enfim.
- O sinhô fala assim purque não veve aqui nesse mundo disgraçado... Já tivi tudo isso, mas esse Deus que o sinhô diz, pra mim num ixiste, moço. Tirou tudo de mim. Já tivi famia, já fui da roça, mas cansei. To pidindo pra morrer faz tempo, mas até a morte – essa disgraçada - num mi quer.
- O senhor está desiludido. Sua desilusão é mais mendiga que sua situação. Sua miséria está dentro do senhor. Quando se perde a vontade de lutar, de vencer, de querer viver; se ganha à desgraça por premiação, é a falência humana. Vira um trapo como o senhor.
- Num sei o que o sinhô qué dizê cum isso. Mais, a pior disgraça é ter a disgraça pra oiá. .. Vê um monti di disgraçados qui vevi du meu ladu, moço. Aqui devi sê o inferno. .. Oia lá! Aqueli bateu as botas, viro picolé. Ta cum sorti.
- Não. Não foi ele que bateu as botas... Vamos, Temos um dia todo nos esperando e uma noite infinita pra andarmos... Lá, você vai contar sua história e vai dá conta de seus dias vividos aqui. Vamos... Agora ninguém mais pode te ver, te ouvir ou te salvar.
E, assim, o Negro Lado da Noite cochilando, dormiu... Viajou. E a lua começou a mostrar a sua silhueta lentamente, como quem estava despreguiçando numa rede à luz de velas.

.

Foto de Rosinéri

NUNCA DIGA ADEUS

Enquanto eu me sento nesta sala enfumaçada,
A noite próxima do fim.
Eu passo meu tempo com estranhos
Mas esta garrafa é minha única amiga.
Lembro quando nós costumáva-mos estacionar
Na rua no escuro.
Lembro quando nós perdemos as chaves
E você perdeu mais do que isso no branco traseiro
Lembro quando nós costumávamos conversar
Sobre explodir - nós partiríamos os corações deles,
Juntos - eternamente.
Nunca diga adeus,
Você e eu e meus velhos amigos,
Esperando que nunca terminasse.
Persistindo - nós precisamos tentar
Persistindo para nunca dizer adeus.
Lembro dos dias de faltar na escola,
Carros de corrida e ser "maneiro".
Com um grupo de seis e o rádio
Nós não precisávamos de nenhum lugar para ir.
Lembro na festa de formatura naquela noite,
Você e eu tivemos uma briga.
Mas a banda tocou nossa canção favorita
E eu te abracei tão fortemente.
Nós dançamos tão próximos,
Nós dançamos tão lentamente.
E eu prometi que nunca deixaria você partir,
Juntos - eternamente.
Eu acho que você disse que costumávamos conversar
Sobre detonar.
Nós partiríamos os corações deles,
Juntos - eternamente

Foto de Joaninhavoa

NEM TUDO SE ESVAI...

*
NEM TUDO SE ESVAI...
*
Tudo o que é forte...
*
FICA
*

Ah se não fosse a esperança da manhã
Com seu manto de névoa leve e sã
Transformar o dia a dia em minha vida
Como quem faz malha com lã, ternura perdida

Ah se não fosse ainda o raio de sol
Que teima em aquecer-me noite e dia
E aquele cantar do rouxinol
Do quadro emoldurado que persistia

Ah se não fosse ainda o teu olhar
em minha direcção
Sentir o toque das tuas em minhas mãos
Imaginar aquele abraço nunca dado
nunca esquecido

Aquele bem apertado
De raízes enxertadas
Do fundo dos jazigos

Alí erámos amigos!

Joaninhavoa
(helenafarias)
02 de Novembro de 2008

Publicado no Recanto das Letras
Código do texto: T1261451

Foto de Letícia

Finados

Não choro
Tua ausência
Choro minha desesperança por ter te perdido
Choro minha inconstância e meu ser partido
Que jamais voltará a te ter

Choro nossas alegrias
Que se esquecem
No dia-a-dia que me enlouquece

E faço uma prece por mim

Choro nosso desencontro
Choro teu tempo finito
Choro porque acredito
Que te perder foi minha morte

E não quero ser forte

Quero toda a dor de tua ausência
Quero a lembrança constante
Quero em delírio te ver na noite
Quero te sentir por perto

Sei que não é certo
No dia de hoje
Chorar

Mas choro

E faço uma prece por mim

Foto de Mentiroso Compulsivo

SAUDADES DE UM POEMA

.
.
.

Nesta noite,
não tive saudades de um amor,
nem de amar a mulher com doces palavras
em beijos que serei incapaz de contar
na cama onde sempre cabe um grande amor.
Apenas quis o que não vi, nem escrevi
Apenas sonhei ter sentido o que quis ver
na voz que se calou no tempo,
como ave ferida em noite fria.
Deitado na folha branca deste papel
esperei o poema que há muito o sinto,
as palavras que me ajudassem a escreve-lo
capazes de iluminarem o meu sentimento
nada mais surgiu que palavras banais
que o dia a dia destes meus dias
me fornece em excessos repetidos,
tornando iguais a todos os outros
Fiquei apenas com os meus gestos
tentando inventar um poema
ainda não escrito no interior do dia
o poema que devia ter sido,
ficou escondido sobre o fato de um homem,
um homem (a)normal que quer e não quer
este desencontro continuado,
cerrando com um beijo os lábios
que deixou na boca uma saudade,
com um olhar indiferente a tudo
no sonho impossível de ser poema.

© Jorge Oliveira

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" LAMENTO DAS FLORES"

*-*
*-*
*-*
*-*

Achou que era um jardineiro
Era na verdade um forasteiro.
Mãos pesadas,
Áurea negra.
Onde tudo colocou a mão
A tudo destruiu,
As flores denegriram.
Secou a todo jardim.
Petrificou as raízes
Das hortênsias.
Quebrou dela a aparência.
Roubou das rosas o perfume.
Hoje só lamento queixumes.
Tirou o giro das margaridas.
Hoje só feridas.
O amor perfeito
Quase não tem jeito
As folhas secaram-se
Com o mal feito.
Dos girassóis
Só restou o pó!
Tristeza de dar dó.
A dama da noite
Perdeu sua magia,
Até seu perfume
Que a noite contagia.
Bem me quer não tem
Mas escolhas,
Perderam-se as folhas.
As flores estão decepcionadas.
Estão murchas secas.
Mal podadas, mal cuidadas.
Aquele homem que se dizia
Jardineiro.
Assassinou o jardim inteiro!

(Plante uma flor, em seguida uma árvore)
A natureza merece!
Nossos pulmões agradecem!

*-* A FLOR DE LIS.

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